Death Note, Another Chance escrita por Tio Thi


Capítulo 8
Decisão - A Extinção da Fênix


Notas iniciais do capítulo

"Ué, Tio Thi, o próximo capítulo não iria sair só no mês que vem?" Exatamente, mas eu quis fazer uma surpresinha pra vocês ♥
Com o feriados e os dias livres que ganhei da faculdade, eu pensei, por que não adiantar um capítulo ? Assim eu consigo postar o penúltimo em novembro e finalmente o último, em dezembro.
Então, espero que gostem da surpresinha. Aproveitem a leitura!

ps. Só lembrando que esse é anti-penúltimo capítulo

E mais uma coisa, meus leitores, eu gostaria que vocês lessem esse capítulo enquanto escutam essa música : https://www.youtube.com/watch?v=BIFkcytKvKE
A letra dela retrata bastante o que está sendo transmitido e bom, diz muito a respeito do final da história. É só saber interpretar :P hahaaha



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A voz de Agneta ecoava pelo dormitório da clínica, as enfermeiras corriam para socorrê-la. Mais uma vez, a idosa tentou se levantar por conta própria, e acabou caindo no chão, pois já não havia mais tanta força em seu corpo para se sustentar. A mulher clamava por sua filha, ela queria ver Scarlett a qualquer custo. Um grito de socorro mórbido e agudo fez a morena despertar do pesadelo que lhe assombrava,

Mamãe. ㅡ chamou Scarlett, olhando ao redor como se estivesse procurando-a. Mas só então a ficha lhe caiu, ela estava tão distante de sua terra natal e de sua mãe, que qualquer lembrança deixava-a preocupada, desnorteada.

Uma voz em seu subconsciente implorava para que ela voltasse para casa para cuidar de sua mãe, se manter segura, o pouco de bom senso que ainda lhe restava dizia isso. No entanto, a força de vontade, a determinação, e principalmente, o ódio, cegavam a visão dela. Scarlett já não conseguia racicionar com a mesma clareza de antes. Desde que desembarcou em Manhattan, sua vida nunca mais foi a mesma. Ela chegou na cidade com a intenção de encontrar Fênix e destruí-lo com as próprias mãos, contudo, ela sequer descobriu a real identidade de seu ‘rival’. Despreguiçando, Scarlett olhava calmamente para o relógio que estava encima do criado mudo ao lado de sua cama, já estava na hora dela começar colocar seu plano mirabolante em prática. Sua parceira, Louise, continuava deitada na mesma posição que a morena a deixou quando retornou ao apartamento ontem à noite.

Vamos levantando, anda anda! O dia só está começando. ㅡ Scarlett chamava Louise como se a mulher pudesse lhe responder, mas na verdade, já estava escrito no caderno a hora que ela iria se levantar e seguir a portadora do caderno para executar seu plano, tudo já estava programado. A francesa penteava o cabelo com um sorriso diabólico em seu rosto, ela sentia-se realizada, como se o que ela fosse fazer determinaria o destino de tudo e de todos. Com a enorme fortuna de sua companheira, Scarlett comprou várias roupas e acessórios novos ao seu bel prazer. ㅡ Vermelho é a cor ideal.ㅡ comentou a morena, gargalhando.

A portadora do caderno prateado estava segura e mais do que pronta, Manhattan teria uma enorme surpresa até o final do dia.

Não quero mais fazer isso...ㅡ brandiu Curtis num tom nervoso, autoritário, mas também, amedrontado e confuso. Mas seu semblante não enganava Alex, ele estava muito assustado, frustrado. O garoto temia pela morte de sua família, ele não suportaria saber que algo aconteceu a sua avó por negligência dele.

Calma, Curtis. Se acalme, ok ? Primeiro eu preciso dizer o quanto eu estou orgulhoso de você. ㅡ Alex reconfortava o amigo olhando no fundo dos olhos dele. De início, o loiro sentiu o medo correr por todo o seu corpo, Curtis falava de uma maneira que parecia ter feito uma enorme besteira, mas ao saber que o moreno finalmente desistiu de sua utopia, Alex suspirou aliviado. Num inesperado ato de satisfação, o loiro se aproximou de Curtis e lhe selou um beijo em sua bochecha esquerda. O garoto afastou-se no ato, ele não havia entendido a reação do amigo. Alex se enrubesceu de imediato, mas preferiu fingir que não passava de uma brincadeira. ㅡ Fiquei feliz de ouvir você dizer isso, relaxa. ㅡ acalmou o amigo, rindo da cara dele. No entanto, o ato ‘inesperado’ de Alex só evidenciava seus verdadeiros sentimentos.

Como acha que consigo me livrar dessa confusão ? ㅡ questionou Curtis confiante de que havia alguma maneira. “Alex é um gênio, ele vai conseguir pensar em alguma coisa”, ponderou.

O loiro abriu um sorriso de orelha a orelha, sua maior satisfação e alegria era ouvir o moreno dizer que havia desistido daquela ideia lunática de ‘limpar o mundo’.

O primeiro passo você já deu, estou muito orgulhoso, Curtis! ㅡ comentou Alex, sorrindo na direção do amigo. ㅡ Bom, você não deve usar mais o caderno! Eu sei que ele está comigo, mas você ficou com algumas folhas se bem me lembro. Queime-as! ㅡ respondeu pensando nos prós e contras daquele plano. O mais importante era desgrudar Curtis do poder maldito do caderno, Alex estava inclinado a pensar que eles não precisavam dele para lidar com a assassina. ㅡ Temos algo bem mais poderoso. ㅡ respondeu Alex, confiante em suas palavras.

Temos ? ㅡ ironizou Curtis, rindo de sua própria pergunta.

Sim, temos. Nossa inteligência! ㅡ explicou o loiro, ele abriu um sorriso no canto dos lábios em direção ao amigo.

O moreno sabia que o amigo não lhe deixaria na mão. “Não posso me esquecer de agradecer eternamente a ele, caso eu saia vivo dessa”, refletiu. Assustado com a hora que o relógio de pulso mostrava, Alex tratou de se arrumar rapidamente e levantar-se da cama. Ele havia dormido na casa de Curtis noite passada e por isso precisava ir correndo para casa, senão sua mãe puxaria suas orelhas.

Faça o que eu disse! ㅡ sem dar a chance do garoto responder, o loiro simplesmente seguiu rumo a sala, despediu-se de Madeleine e saiu do apartamento indo direção ao elevador.

Porém, quando Alex chegou ao elevador, o celular pré-pago dado por L começou a tocar… Seu coração disparou no ato. Mil coisas passaram em sua cabeça naquele momento. “Será que ele mentiu quando disse que iria retirar as câmeras e escutas? Se ele ouviu toda a nossa conversa… já era!” Sua mente estava uma verdadeira bagunça.

Atordoado, ele resolveu atender o telefone.

Alex ? ㅡ chamou L no outro lado da linha.

O-Oi...ㅡ respondeu Alex, com uma voz cortada e trêmula.

Está tudo bem aí ? ㅡ questionou L, notando uma mudança estranha no comportado do loiro.

Tudo sim. Diga o que quer.ㅡ disse o loiro num tom mais sério, ele queria saber logo o motivo da ligação do detetive..

Recebemos algumas cartas da assassina e bom, eu acho que vou precisar da sua ajuda. ㅡ revelou L, relutando em convidar o garoto. Layout era extremamente orgulhoso e odiaria ter que depender da ajuda de alguém para solucionar alguma coisa, no entanto, o detetive visualizou por horas e horas os bilhetes escritos pela suspeita e não obteve sucesso.

Alex evitou suspirar aliviadamente, pois L poderia ouvir no outro lado da linha. Mas ele sentia como se um enorme peso tivesse sido retirado de suas costas, por um instante ele realmente imaginou que L tinha ouvido toda a conversa dele com Curtis.

Te espero naquele beco, chego lá em quarenta minutos! ㅡ respondeu Alex, já pensando em todos os seus passos assim que a ligação fosse encerrada. Finalmente a porta do elevador se abriu e ele desceu no térreo, saindo do edifício.

Ok.ㅡ falou L, encerrando a chamada. De imediato, Alex ligou para que seu motorista fosse buscá-lo, ele primeiro iria em casa para só então, ir de encontro ao detetive.

Hayako rolava os olhos ao tentar entender o gráfico feito por Jeremiah no computador do apartamento que alugaram. ㅡ Vê ? Acho que pra termos as respostas que queremos, teremos que entrar em contato com Curtis e Kristoff Prime. ㅡ comentou o dono do circo, pensando em todas as consequências de uma aparição inusitada.

Eles são filhos daquele político que foi morto né ? ㅡ questionou Hayako, olhando a foto de Steve Prime, falecido patriarca da família. Jeremiah assentiu com a cabeça confirmando a afirmação dele.

Yoko, o que você disse a respeito dos olhos de shinigami mesmo... ㅡ comentou o palhaço, mas não obteve resposta. Ele olhou ao redor em busca do shinigami, dono de seu caderno, mas ele parecia não estar no apartamento.

Eis que o Deus da Morte surge atravessando o teto. Yoko sentou numa poltrona vazia, ele encarava os dois humanos com indiferença.

Você me dá metade de sua vida restante e, em troca, eu lhe dou olhos de shinigami. Com esses olhos, você pode ver o nome de qualquer um só de olhar para seu rosto. ㅡ explicava Yoko com uma certa sonolência, ele era um tipo de shinigami que só se animava se coisas acontecessem ao seu redor, e desde que Jeremiah pegou seu caderno, nada que ele julgasse divertido havia acontecido.

Interessante… Mas oferecer metade da minha vida é um preço alto demais. Não vale a pena. ㅡ respondeu o ruivo, voltando sua atenção a tela do computador. “No entanto, é a maneira perfeita pra descobrir o nome da assassina. Afinal, há fotos dela por todos os cantos. “ ponderou.

Estou com um pressentimento… Vamos esperar até o fim do dia. Se nada acontecer, eu faço o acordo dos olhos.ㅡ respondeu o portador do caderno. Hayako o encarava com uma certa dúvida em seu semblante. O moreno não achava muito inteligente trocar metade de sua vida para descobrir o nome da assassina só para matá-la, afinal, Fênix ainda estaria à solta por aí. Eles continuaram a discutir especulações e pesquisar informações a respeito do caso na internet.

Curtis levantou-se finalmente da cama, ele ainda estava com o rosto de quem havia acabado de acordar. Tomou um rápido banho, escovou os dentes e pegou as oito páginas do caderno que havia escondido em sua gaveta de cuecas. “Se não fosse por Alex, eu provavelmente já estaria morto.” pensou. O garoto abriu a porta com força e caminhava em direção a saída com pressa.

Curtis... ㅡ chamou Madeleine, preocupada. Apesar da idade avançada, era difícil enganar a senhora Bell. Ela era capaz de ser tão astuta quanto a maioria dos jovens na idade de seu neto.

O garoto parou, virou-se para trás e lançou um sorriso na direção de sua avó.

Eu tomaria cuidado com essas folhas se fosse você. Ela também irá me ver se tocar nelas.ㅡ alertou Takarashi flutuando ao lado da cabeça do portador do caderno. Curtis mordeu o lábio inferior, ele havia esquecido daquele detalhe. O Deus da Morte gargalhava com as caras e bocas que o humano fazia.

Está tudo bem ? Tenho sentido você tão tenso ultimamente... ㅡ comentou Madeleine, ela encarava seu neto com atenção, ela sabia que havia algo de errado, seu coração lhe dizia isso. ㅡ Tudo bem, vó. Alex esqueceu essas folhas de exercício aqui, estou indo devolver a ele. ㅡ explicou Curtis, mostrando as folhas em sua mão, mas para evitar que sua vó tocasse, ele as dobrou e enfiou no bolso traseiro de sua calça.

Ah, que bom! ㅡ a senhora sorriu aliviada ao ouvir a resposta de seu neto, se ele dizia que estava tudo bem, então ela acreditava. Mesmo que seu coração lhe dissesse o contrário. Madeleine sentia que algo estava errado, parecia que alguma coisa irreparável estava para acontecer, mas ela preferia ignorar esses sentimentos e focar apenas na sua família. A mulher aproximou-se de seu neto e lhe deu um abraço carinhoso e maternal.

Eu amo você, Curtis. Não se esqueça disso. ㅡ sussurrou no pé do ouvido do moreno, afastando-se dele. Ela abriu a porta que o neto pudesse sair e se despediu dele com um aceno.

Com uma certa dificuldade, Scarlett conseguiu colocar um vestido no corpo de Louise, sua “ajudante”. A francesa já estava com quase tudo pronto para que seu plano mirabolante tivesse início. Ela poderia estar relutante já que havia cinquenta por cento de chance de falhar, no entanto, a arrogância da morena a impedia pensar em fracassar. “Eu nunca falho, eu vou vencer esse jogo!”, pensava.

Fique aqui, Louise. Cuide do caderno, eu já volto! ㅡ falou a francesa, dando uma piscadela para a mulher que não respondia, apenas assentia confirmando.

Scarlett colocou a peruca loira na cabeça e desceu da picape, indo em direção a uma loja de departamento de veículos.

Jeremiah e Hayako tinham acabado de descer do apartamento quando passaram ao lado da morena que usava a peruca. O atirador de facas não resistiu e olhou para trás para conferir o corpo da loira que acabara de passar. ㅡ Ôh, lá em casa! ㅡ gritou para a mulher, mas num tom de brincadeira. Ele jamais ofenderia uma mulher por livre espontânea vontade.

Aquilo fez Scarlett parar imediatamente, ela virou-se para trás e o encarou com fúria, mas Hayako e Jeremiah continuavam a andar. Por um instante, ela ameaçou pegar um pedaço de folha do caderno que esconde em seu decote para matá-lo, mas decidiu não fazê-lo.

Foi nesse instante que Yoko vibrou ao sentir o poder do caderno prateado, o shinigami olhava para trás procurando a Rainha, mas ela não estava por perto.

Jeremiah percebeu a irritabilidade do shinigami e se virou para trás, a loira já havia desaparecido de seu campo de visão. O ruivo mordeu o lábio, mas continuou a andar como se nada tivesse acontecido.

Quero três galões, por favor. ㅡ pedia Scarlett para a gentil atendente da loja de automóveis que adentrou. A funcionária achou estranho a mulher pedir tantos galões, mas não questionou, apenas os entregou em uma bolsa enorme, assim ela teria mais facilidade para carregá-los.

A ‘loira’ agradeceu a balconista e seguiu de volta para a picape. Ela se sentou no banco, colocou os galões na parte detrás da picape, pisou no acelerador e foi em direção ao “Har”.

Te espero lá, L e Fênix. ㅡ disse, gargalhando.

Adiantado por cinco minutos, Alex chegou no beco, mas percebeu que L ainda não havia chegado. O garoto dedilhava seus dedos no ferro do poste, curioso para saber quais foram as cartas enviadas ao detetive. Contudo, ele estava verdadeiramente feliz ao saber que o amigo também queria se “livrar” da Fênix. “Só precisamos pegar essa mulher e estamos salvos, Curtis.” Ponderava Alex, mas ele estava redondamente enganado e descobriria isso da pior maneira possível.

X se aproximou do garoto com a mesma caminhonete que usou na última vez que o levou até o apartamento do detetive, como pedido por L, Vex cobriu as placas do carro para que ele não pudesse rastrear o veículo assim que estivesse em casa. “Ele realmente pensa em tudo” refletiu. O loiro entrou na caminhonete e como ordenado, colocou novamente as vendas nos olhos para não memorizar o caminho.

Chegando lá, Vex o levou para dentro do apartamento e retirou as vendas do garoto. Imediatamente, Alex se surpreende ao ver oito imagens sendo exibidas nos telões em frente a poltrona do detetive. Layout não parecia estar em seus melhores dias.

Olhe, analise, leve o tempo que for necessário... ㅡ disse Layout friamente, ele continuava a detestar a ideia de precisar da ajuda de Alex, mas se quisessem colocar as mãos na assassina, aquela era a única maneira.

Alex assentiu com a cabeça, e, se pôs a entender as evidências dadas pelo detetive.

Primeiro, ela assassinou oito homens que já haviam sido condenados a pena de morte por estupro, depois, escreveu o nome de cada um deles e selou os lábios com batom vermelho em cada carta oito vezes. ㅡ comentou Layout em voz alta, Alex assentia com a cabeça o que fez com que os dois chegassem a mesma conclusão.

Isso significa que ela matou os estupradores só pra chamar a atenção. ㅡ disse L e Alex ao mesmo tempo, parecia que tinham combinado de falar juntos. Zero arqueou a sobrancelha, impressionado com a performance em conjunto dos dois.

Mas por que oito ? E porque marcar os lábios 8 vezes ? E principalmente, que números são esses ? ㅡ questionou Alex, tentando entender o que a assassina tentou dizer com todos aqueles bilhetes.

Talvez não seja nada demais.ㅡ sugere Vex, tentando entender a intenção da suspeita por detrás daqueles números e batons em vermelho.

Não. Tenho certeza que há algo contido nessas numerações, só ainda não descobrimos o que é...ㅡ respondeu Layout, analisando logicamente todas as possibilidades que aquele enigma poderia resultar.

Alex encarava as marcas de batom com estranheza, ele percebeu algo que ninguém havia percebido antes.

Já fizemos todas as junções de números possíveis, essas numerações não são de telefone. ㅡ enfatizou Zero, frustrado por sua intenção de combinar os números ter falhado.

Eis que Alex imagina uma outra justificava para os números.

E se tiver a ver com as cores ? Digo… os tons que ela usou ? ㅡ questionou Alex, virando-se e olhando no fundo dos olhos de Layout.

Ainda não entendi, Alex. ㅡ admite L, tentando entender o que o loiro estava explicando. Aquilo o irritava profundamente, ele detestaria ser passado para trás por Alex.

Rápido, abram a tabela de tons de vermelho. ㅡ pediu o loiro afobadamente, se ele estivesse certo quanto a sua suposição, era a oportunidade perfeita para colocarem as mãos na suspeita.

Zero rapidamente abriu uma janela com uma tabela contendo todos os tons de vermelhos. Alex pegou todos os bilhetes e comparou as cores para saber quais tons a assassina havia usado. Depois ele conferiu todos os números com os respectivos nomes de cada tom de vermelho e era lá que continha uma mensagem!

MEU DEUS! ㅡ brandiu Alex, boquiaberto com o resultado de sua especulação.

São as cores! O nome de cada tom de vermelho! São todos quase vermelho, mas o nome de cada tom é diferente. ㅡ o loiro tentara explicar, mas Zero e Vex continuavam sem entender. Layout começara finalmente a compreender, contudo, o mérito era apenas de Alex, afinal, ele havia descoberto primeiro.

Então se juntarmos as cores ficará assim....ㅡ não importava o quanto o loiro falava, os presentes, com exceção de L, não entendiam

Alex começou a desenhar um gráfico na tela do computador de L apresentado todos os bilhetes com as cores e o números feitos pela assassina.

A primeira cor era o “VerMElho-Falu”

(4)(5)

Com as letras 4 e 5 desse nome temos a palavra “Me…


A segunda cor era a “MagENta”

(4)(5)

Com as letras 4 e 5 desse nome temos a frase “Me en...

A terceira cor era a “COrnalina”

(1)(2)

Com as letras 1 e 2 desse nome temos a frase “Me enco...

A quarta cor era a “AmaraNTo”

(6)(7)

Com as letras 6 e 7 desse nome temos a frase “Me encont...

A quinta cor era a “CeREja”

(3)(4)

Com as letras 3 e 4 desse nome temos a frase “Me encontre...

A sexta cor era a “AlizariNA

(8)(9)

Com as letras 8 e 9 desse nome temos a frase “Me encontre na..

A sétima cor era a “BorgonHA

(7)(8)

Com as letras 7 e 8 desse nome temos a frase “Me encontre na ha….

E a oitava e última cor era “Rose”

(1)

Com as letras 8 e 9 desse nome temos a frase “Me encontre na Har.




“Me encontre no Har..” aí temos a frase que a assassina quis nos contar, agora só falta descobrirmos o que é “HAR.”ㅡ respondeu Alex com simplicidade e uma pitada de orgulho de ter descoberto aqueles códigos em conjunto de letras com tanta rapidez. Vex e Zero estavam boquiabertos, eles sequer piscavam.. Ficaram impressionados com a agilidade e esperteza do garoto.

No momento em que Alex abriu a tabela de cores e Layout olhou o nome de cada cor, ele sabia na hora qual era a mensagem, no entanto, foi Alex quem sugeriu aquela ideia primeiro, por isso, não quis interrompê-lo.

Você poderia me substituir...ㅡ comentou L, tocando calmamente sua flauta enquanto tentava decifrar o que significava “Har”. Alex virou-se para ele assustado ao ouvir aquelas palavras.

O que ? ㅡ questionou sem entender o que o detetive estava querendo dizer. Vex o encarava com irritabilidade em seu semblante, Para Vex, Alex jamais poderia substituir L.

Bom, você conseguiu decifrar o enigma das cores e dos números mais rápido do que eu… Eu nem tinha pensado nessa hipótese dos nomes de cada tom. Foi brilhante. ㅡ admitiu L, sorrindo na direção do garoto. O loiro enrubesceu seu rosto, e abriu um sorriso tímido em seus lábios.

Por mais que fosse verdade, Alex não gostava de receber muitos elogios, principalmente quando eles eram sobre sua inteligência.

E então, aceitaria ficar no meu lugar nessa investigação ? ㅡ insistiu L, olhando no fundo dos olhos azuis do loiro. Era como se ele quisesse arrancar a resposta de Alex.

O garoto percebeu o tom estranho que o detetive usou, mas ainda não entendia o motivo daquela pergunta. “É óbvio que não, por que ele está me perguntando isso ?” pensava antes de decidir respondê-lo.

Eu só quero acabar com isso de uma vez por todas. ㅡ respondeu o loiro, olhando para Layout. O detetive percebeu o cansaço no tom de voz dele. “Alex realmente quer que tudo isso termine… Ele se torna cada vez mais apropriado para o cargo..” ponderava L.

Tudo bem então. E você se engana se pensa que conseguiu me passar para trás.ㅡ revelou L, sentando-se em sua poltrona. Ele já havia parado de tocar sua flauta, agora, ele pesquisava em seu computador central, os dados para traçar as coordenadas e chegar ao endereço mencionado pela suspeita.

Como podem ver, “Har” é uma sigla para Harlem, que é um bairro de Manhattan. Mas “Har” também é nome de um depósito abandonado.ㅡ informou L, mordendo o lábio inferior.

Isso é...ㅡ Alex foi interrompido por Layout.

Isso mesmo, é uma armadilha...ㅡ Comentou o detetive, pensando em outras maneiras de se entrar naquele depósito sem ser pela porta da frente.

É inútil. Só há uma entrada e saída. ㅡ respondeu Alex, frustrado ao saber daquilo. Eles sabiam onde a morena estava, no entanto, as chances de ser uma armadilha eram enormes.

Vex e Zero analisavam a planta do depósito, não havia outro meio de entrar que não fosse a porta da frente.

Teremos que fazer isso. ㅡ Vex se posicionou firme e forte, se tinha uma coisa que L admirava em sua assistente, era a sua coragem.

A gente vai ter que ir lá, não tem outro jeito! Eu vou ligar para o prefeito, o governador, quem quer que seja, temos que pedir para que fechem aquela avenida, não podemos ter mais vítimas.ㅡ desabafa Vex, imaginando que tipo de armadilha a assassina poderia ter colocado no local.

Vamos fazer assim...ㅡ L pegou um pedaço de papel, desenhou todos os que estavam no apartamento como bonequinhos e começou a fazer rabiscos indicando o que cada um iria fazer.

X, você liga para a polícia e para o prefeito, informe que sou o L. Diga que aquela avenida precisa ser fechada imediatamente! E peça para que viaturas sejam mandadas para o local, vou precisar que eles invadam o depósito.ㅡ falou num tom alto, X tinha que ligar e resolver tudo naquele instante.

Zero, quero que você ligue para o corpo de bombeiros e informe a situação. Novamente, use meu nome. Diga a eles para ficarem perto do endereço, mas não perto demais. ㅡ continuava a explicar, riscando o pedaço de papel com o desenho de todos eles.

X e Zero estarão no solo, afastados no local. Não quero nenhum de vocês perto na hora que a polícia invadir, deixem isso com eles! ㅡ Layout não parava de explicar. no entanto, fora interrompido por Zero, que não entendeu o que ele disse com “solo”.

Solo ? E você vai estar aonde ? ㅡ questionou o hacker, olhando para o detetive.

Estarei num helicóptero junto com Alex, estaremos sobrevoando no local. ㅡ respondeu, abrindo um sorriso para o loiro.

Por fim, se tivermos sorte, conseguiremos pegá-la. Só peço uma coisa para vocês...ㅡ seu tom era sério, L não brincava em serviço. Aquela situação poderia custar a vida de muitos inocentes.

Não banquem os heróis. O que tiver que acontecer, acontecerá! Fiquem num local seguro, não quero ninguém próximo do depósito na hora da invasão, ouviram ? ㅡ perguntou num tom autoritário, olhando nos olhos de cada um de seus ajudantes. Nenhum deles respondeu, apenas concordaram com um aceno de cabeça.

Vamos pegar essa assassina. ㅡ disse Layout, mandando uma mensagem informando o paradeiro da suspeita para um de seus contatos. “Lhe dei a localização dela, Kristoff. Só não faça besteiras…” pensou.

Desde que saiu de casa, Alex estava sendo seguido por Devila. Agora, a shinigami finalmente conhecera L e pôde vê-lo pessoalmente. ㅡ Que interessante! ㅡ comentou a rainha, agraciada por estar ouvindo os planos dos garotos gênios que tentavam pegar a mulher que estava com a posse de seu caderno prateado. A shinigami começava a gostar do que via, a relação de preocupação com o próximo, fazer de tudo para preservar a vida de alguém, eram atos que ela nunca tinha visto em toda a sua vida, e aquilo mexeu com a deusa da morte de alguma maneira.

No noticiário não se falava em outra coisa, todos estavam curiosos para saber porque o prefeito mandou fechar a avenida, obrigando os motoristas a fazerem o cruzamento.

Temos que ir para essa avenida. ㅡ falou Jeremiah, olhando no fundo dos olhos do amigo. Hayako franziu o cenho e arqueou a sobrancelha, sem entender a estratégia do palhaço quanto a ir para o local.

O que acha que vamos conseguir lá ? ㅡ questionou o moreno, aguardando uma resposta plausível. Ele não pretendia se arriscar se o resultado não lhe fosse satisfatório.

Essa pergunta é séria ? Todos sabem que L está atrás da suspeita e do nada o governo manda fechar uma avenida inteira a essa hora da noite ? É claro que algo vai acontecer lá. ㅡ explicou Jeremiah, pensando no que assassina planejava fazer. Ele não tinha certeza que ela estaria lá, na verdade, o palhaço seguia sua intuição. Hayako rolou os olhos indiferente, bufou cansado e se levantou do sofá. ㅡ Vamos logo então. ㅡ respondeu, caminhando em direção a saída do apartamento.

Uma sensação estranha assombrou Curtis enquanto ele colocava fogo nas páginas em que escondia em seu quarto. Para não ser visto, o moreno caminhou até o parque abandonado no outro lado da cidade, só para ter certeza de não estar sendo vigiado ou seguido. Ele via as páginas pegarem fogo e aquilo apaziguava sua alma. O fogo era como morfina para sua mente, com as chamas consumindo o papel, ele sentia-se protegido, eternizado, como se nada pudesse estragar aquele momento. E principalmente, Curtis não conseguir tirar o sorriso que estava em seu rosto. Pela primeira vez, em muitos meses, ele sentia que estava, de fato, fazendo a coisa certa.

Você continua sendo meu mártir, Claire. Mas para um futuro melhor. Acho que assim você terá mais orgulho de mim. ㅡ sussurrou olhando para o céu, como se sua amiga pudesse lhe ouvir. E Curtis acreditava que podia.

Kristoff aproximou-se do local com todo o resto da equipe do esquadrão anti-incêndios. Layout chamou os bombeiros por pura precaução. “O depósito fica ao lado de uma velha usina de gás “, refletiu. No entanto, ele não pretendia continuar com a equipe de bombeiros por muito tempo, Kristoff vestiu uma velha farda da época em que trabalhava na polícia e se infiltrou junto com os outros policiais, ele pretendia fazer parte da equipe de invasão. “Assim que eu tiver oportunidade, eu mato essa vadia”, pensou, determinado.

Vex e Zero estavam em um veículo disfarçado de carro de sorvete parado dois quarteirões depois do depósito. Como ordenado por L, eles não tinham permissão de aproximar do local antes de ter certeza absoluta de que estava seguro. ㅡ Vai um de chocolate aí ? ㅡ brincou Zero, oferecendo sorvete para a colega.

Vex se permitiu rir, no entanto, seu sorriso sumiu rapidamente de seus lábios.

Como consegue brincar com tanta coisa em jogo ? ㅡ questionou num tom irritado, mas logo abriu um sorriso para o hacker.

Quero de flocos! ㅡ revelou, mostrando a língua para o garoto.

Zero abriu um largo sorriso para ela, pegou o sorvete da parte de trás do carro e lhe entregou. Layout fez questão de comprar sorvetes de verdade para deixar o disfarce ainda mais verídico.

Jeremiah e Hayako se espremiam em um arbusto há um quarteirão do local. ㅡ Seu gordo, chega pra lá! ㅡ dizia o atirador de facas, empurrando o amigo para o lado.

Eu disse que aqui era o esconderijo perfeito. ㅡ falou Jeremiah, gabando-se.

Apesar do aviso, a mídia não recuou e várias caminhonetes de emissoras chegavam no local, todos filmavam os policiais e o depósito em tempo real.

Alex insistiu que não sabia pilotar, mas L fez questão de ficar junto com ele no helicóptero. ㅡ Você está apenas como co-piloto, não se preocupe. ㅡ falou, sorrindo na direção do loiro. O garoto sorriu de volta, mas era apenas para maquiar sua tensão, ele tinha pavor de altura. O chefe da polícia que comandava os polícias em frente ao depósito se comunicava com o detetive por meio de fones auriculares.

Tudo pronto aqui embaixo, L. Só dar o aviso e entramos.ㅡ informou firme e direto ao detetive.

Aguardem mais um pouco. ㅡ pediu L, dando uma última olhada em todo o local. A mídia que filmava tudo, na verdade, fazia parte da estratégia do detetive. Pois graças a filmagem ao vivo, ele e Alex poderiam ver tudo o que acontecia por um televisor dentro do helicóptero.

Há quilômetros de distância do local, Curtis voltava para casa quando parou em frente a um bar que estava com a TV ligada sintonizada em frente ao “Har”, o depósito. Todos os transeuntes da rua pararam para assistir e tentar entender, o que estava acontecendo. Curtis estava pronto para continuar a andar e ir para casa, quando a câmera focalizou no rosto de Kristoff junto com a equipe da polícia que iria invadir o depósito.

KRISS ㅡ o chamou em voz alta, o que fez com que todos os que assistiam a televisão ao seu redor olhassem para ele. Tenso, Curtis não conseguia se mexer. Continuou a assistir para se certificar de que seu irmão ficaria bem.

É agora, pode entrar! ㅡ Informou L, lançando a luz do helicóptero na direção do portão do depósito.

Os policiais arrombaram a porta sem dificuldade, estava um breu dentro do local, não se podia enxergar nada, no entanto, uma presença podia ser sentida.

Todos os polícias ligaram as lanternas de suas armas e apontaram para o centro do depósito, a maioria eles ficou boquiaberto com o que via.

Uma mulher morena trajando um vestido negro longo, sentada num trono de ouro com as pernas cruzadas e um sorriso diabólico nos lábios. Os agentes a cercaram, fazendo um círculo em volta de seu trono, no entanto, o piso do depósito estava, estranhamente, molhado.

Kristoff, aos poucos, também entrava no depósito, pronto para mirar na cabeça da suspeita e atirar quando ela começou a falar.

Eu vou fazer com que sintam a minha dor. ㅡ disse, olhando para todos os polícias que miravam a arma para sua cabeça. A morena fez um rápido movimento, retirou um isqueiro revestido de ouro de seu colo e o deixou cair…

No ato, todos os policiais começaram a atirar em sua cabeça, mas era tarde, ela já havia lançado o isqueiro no chão.

Uma estranha força invisível empurrou fortemente Kristoff para fora do depósito, salvando-o. A explosão afetou todos os agentes no interior.. A mulher virou pó, junto com todos os outros policias que haviam invadido o depósito. A combustão fora tão intensa que todos os que estavam perto da entrada do depósito, por pouco, não foram afetados pelas chamas diabólicas.

KRISTOFF! ㅡ Gritou Alex, tentando encontrá-lo no meio da fumaça, mas a explosão tornou-se gigantesca. Scarlett havia feito uma ligação de gasolina com o depósito e a usina de gás ao lado. A fumaça começava a intoxicar os que estavam próximos do local. A equipe de policiais foi obrigada a dispersar.

O corpo de bombeiro chegou imediatamente no local, pronto para acabar as chamas. Mas elas eram intensas, o fogo era a junção do ódio e da fúria de Scarlett para com o detetive. Kristoff foi resgatado pela equipe de polícia que saia do local para que os bombeiros fizessem o seu trabalho.

L encarava o fogo com fúria. ㅡ Não acredito que ela tenha morrido. ㅡ relevou, olhando para Alex.

O loiro ainda estava transtornado com o que acabara de acontecer, ele não conseguia raciocinar com tanta precisão quanto L naquele momento. Apesar de terem quase o mesmo nível de inteligência, Layout ainda tinha algo que Alex não possuía, sangue frio. ㅡ Como pode não acreditar ? OLHA ISSO! ㅡ Alex apontou para o televisor que mostrava o estrago que a explosão causou a todos que estavam ao redor.

Pense Alex. Por que fazer isso agora ? Ela não é tão burra assim. Se ela foi inteligente o suficiente pra enviar aquele enigma pra nós, não seria tão burra a ponto de se matar. ㅡ explicando, L olhava ao redor na intenção de encontrar alguém que se assemelhasse com a suspeita, mas não obteve sucesso. O detetive recusava-se a acreditar que ela havia morrido.

SAI DA FRENTE. ㅡ gritava Curtis, empurrando todos as pessoas na rua, ele havia surtado. Tudo o que queria era saber se o seu irmão estava bem. Ele o viu quase entrar no depósito segundos antes de explodir.

Uma pessoa encapuzada caminhava há quatro quarteirões depois da avenida em que houve a explosão, Jeremiah e Hayako perceberam a movimentação estranha mais à frente, mas não fizeram nada, apenas observavam.

A pessoa encapuzada entrou num veículo e dirigiu até o comércio mais próximo. Assim que chegou, desceu do carro e adentrou numa loja de cosméticos capilares.

Ruivo, por favor.ㅡ pediu a mulher encapuzada num tom forte.

Qual tom de vermelho, moça ? ㅡ perguntou a atendente do estabelecimento.

Escarlate.ㅡ respondeu Scarlett, gargalhando. “Isso ainda não acabou, L.” pensou.


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Notas finais do capítulo

HAHAHAHAHA Bem intenso esse capítulo, não ?
Daqui a frente, mas coisas só tendem a piorar.. Não tem nada fora do lugar no capítulo, fiz a revisão várias vezes. Dito isto, o que vocês acham que foi a força invisível que empurrou Kristoff para fora do depósito antes que ele explodisse ? Me conte nos comentários. Ouviram a música ? Prestaram atenção na letra dela ? Me contem suas dúvidas a respeito do final da história. O que vocês acham que vai acontecer agora ? HAHAHAHAH

O nome do próximo(e penúltimo capítulo) será..... Baile de Máscaras - Parte 1