Death Note, Another Chance escrita por Tio Thi


Capítulo 6
Amigo


Notas iniciais do capítulo

Olá amados leitores, pela primeira vez na história da Fanfic Death Note; Another Chance eu consegui postar em um mês certinho. Definitivamente, esse foi o melhor capítulo que eu já fiz, e não, não digo isso de todos os capítulos. Scarlett coloca-se em dúvida sobre seus ideais, Alex e Curtis estão na mira de L. E Jeremy e Hayako decidem entrar na confusão viajando para Manhattan.



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Respiração ofegante, passos corridos e batimentos cardíacos cada vez mais rápidos. ㅡ Acho que conseguimos despistar eles. ㅡ Comentou Devila, levitando ao lado de Scarlett. O pavor começava a consumir a mente da portadora do Death Note prateado. Ela sequer conseguia dar atenção a shinigami, pela primeira vez, Scarlett estava em pânico. ㅡ Mas tenho que dizer. Sua ideia de causar um blecaute na cidade foi genial, parabéns!ㅡ Devila tentava animar sua “parceira”, mas suas palavras eram em vão, pois naquele momento, Scarlett parecia estar desolada. ㅡ Olhe pra mim. Estou dentro de um túnel de esgoto conversando com um shinigami. Eu tô fodida! ㅡ Desabafou, sentando-se no chão do túnel. Devila não era nem de longe o melhor ser para consolar alguém, então preferiu calar-se e deixar Scarlett com seus próprios pensamentos. “Eles invadiram o meu apartamento, todos os meus pertences estão lá. Escova de cabelo, sabonetes, minhas digitais… Ah, espere. Acho que eles não vão poder usar isso contra mim...” Scarlett ergueu o seu olhar que era atenuado pelo brilho da lua que penetrava no esgoto pelo buraco da tampa. Lágrimas rolavam de seu rosto, mas ela mantinha um sorriso confiante nos lábios. “Ainda consigo dar um jeito… mas não sei se quero...” Questionava-se.

A mansão da família Moore era munida de um gerador de energia, por conta disso, a luz não caiu nem por 3 segundos e já havia sido restabelecida novamente. ㅡ Ok, eu tenho dois minutos antes que tudo ligue novamente. ㅡ Respondeu Alex, de maneira rápida e consistente. Ele se afastou de Curtis, ficando de frente para o amigo. ㅡ Curtis, eu tenho uma forte suspeita de que há câmeras e escutas não só aqui, mas como na sua casa também. ㅡ Alex falava rápido, conferindo sempre os segundos que se passavam com o seu relógio de pulso. Curtis arqueou as sobrancelhas, ele não entendia o que havia acontecido, ou do que Alex estava falando. ㅡ Mas se tem câmeras, porque está falan-...ㅡ Curtis foi interrompido por Alex. ㅡ Eu já sabia que iria perguntar isso. Bom, quem instalou as escutas e câmeras, provavelmente não sabia que meu pai ajudou a criá-las. Acontece que eu sei exatamente como elas funcionam, você pode não ouvir, mas nesse momento elas estão emitindo um som que é inaudível para quem não conhece… Na verdade, o som é extremamente irritante. ㅡ Comentou, rindo.

Mas enfim, o fato é; Quando a energia caí, os dispositivos levam cerca de 2 minutos para restabelecer ligação com quem os ligou, e levando em consideração que esse equipamento não é nada barato, essa pessoa também deve ter geradores onde está, não tenha dúvidas… Prepare-se, as câmeras vão ligar novamente! Não esqueça, tome cuidado. Há câmeras na sua casa, não aja como se soubesse disso. Não fale com Takarashi, tome cuidado! Aja naturalmente… ㅡ No final da frase de Alex, a conexão foi restabelecida e L podia assisti-los novamente.

O que acha que causou esse blecaute ? ㅡ Perguntou Curtis, descontraidamente. Por sorte de ambos, Curtis conseguia simplesmente se desligar do mundo e agir com naturalidade sempre que quisesse, aquele era um dos dons que possuía. Então, ele simplesmente ignorava o fato de estar ser filmado e ouvido, e conversava com Alex como se estivessem a sós, obviamente, mantendo o bom senso.

O que houve ? Por que essa queda ? ㅡ Questionava Zero Absoluto, enquanto tratava de adequar novamente as câmeras instaladas na mansão da família Moore. Desde a queda de energia, L se manteve calado, apenas analisando os acontecimentos. ㅡ Eu acho que essa queda de energia não foi acidental. Acredito que alguém provocou isso. ㅡ Comentou Layout, pensando em todas as falhas da sua linha de raciocínio para saber se estava ou não certo em suas deduções. ㅡ E por que acha isso ? ㅡ Questionou o hacker, curioso para saber a opinião do detetive. Mas antes que ele pudesse responder, foi surpreendido por uma mensagem de vídeo do trio Jo, Ken Po.

L, foi tipo assim, muitcho legal. Tipo assim, correr, pular, andar, foi tipo, ah meu deus, muito legal!ㅡ Joanne a (Jô) do trio falava como uma garota de doze anos, apesar de sua idade, não amadureceu mentalmente.

Sem histeria, Jô. L, entramos numa casa extremamente suspeita. Assim que entramos, uma mulher... ㅡ Kendall(Ken) foi interrompido por Porschal(Pô) que queria falar também no vídeo.

Ah, me deixa falar também, poxa! Então L, ai a gente entrou né ? Ok, né ? Ai uma mulher toda de preto e tal, pulou da janela né ? E então... ㅡ Novamente, a conversa foi interrompida, desta vez por Joanne(Jo) que queria termina de contar a história. Enquanto L rolava os olhos de total desaprovação da postura dos agentes, Zero Absoluto não conseguia segurar seus risos, ele gargalhava freneticamente.

Se comportem! Tenham mais respeito. Agora, desembuchem logo! ㅡ Gritou Vex, que acabara de chegar no apartamento extremamente irritada. “Obrigado, Vex.” Pensou L, voltando sua atenção para o trio Jo, Ken e Po no vídeo.

Encontramos uma possível suspeita, senhor. Ela se assustou quando entrarmos no apartamento, parecia estar tentando fugir. Foi exatamente na hora que a energia acabou, ela pulou da janela e sumiu na escuridão. Mas eu consegui tirar uma foto dela. Ou pelo menos da metade do rosto. Também encontramos fios de cabelos e digitais, não vai ser muito difícil localizar a suspeita agora. ㅡ Respondeu Ken, envergonhado pela infantilidade do grupo.

Perfeito, agora será fácil pegá-la. Só preciso de um fio de cabelo e consigo descobrir tudo. ㅡ Afirmou Zero, confiante ao saber da notícia. Ele queria mostrar-se útil e hábil para poder impressionar Vex. Virou-se em piscou na direção da agente que riu dele, e depois focou sua atenção no vídeo dos agentes.

Tudo bem. Muito obrigado aos três, me desculpe pela grosseria da Vex. Me enviem uma foto dessa mulher. ㅡ O detetive agradeceu com um sorriso no rosto, apesar de ser um caso extremamente cansativo e estressante, ele não achava justo descontar em quem só queria ajudar. Ken assentiu com a cabeça e enviou pelo seu celular uma foto da metade do rosto do da mulher misteriosa, L pediu para que o hacker abrisse a foto na tela principal do computador do apartamento e o susto foi imediato! ㅡ Não acredito. ㅡ Disse Zero, espantado.. ㅡ Eu a conheço…. Tenho quase certeza.ㅡ Revelou, com um certo pânico em seu tom de voz.

Por que não está preocupada com as digitais ou com os pertences ? Eles podem descobrir sem nome rapidinho...ㅡ Alertou Devila, a shinigami estava curiosa para saber o real motivo de toda aquela auto confiança da humana.

Antes de você pensar em deixar esse caderno cair na terra, eu já tinha planos para assassinar o meu pai. Com ou sem Death Note, eu iria fazer aquilo! No entanto, não estava nos meus planos ser presa, eu gostaria de matá-lo com as minhas próprias mãos e fugir sem ser pega… Foi aí que eu conheci um hacker incrivelmente habilidoso, me aproximei dele por puro interesse e o idiota caiu. ㅡ Scarlett dava seguimento a história com um sorriso nos lábios, como se ela se segurasse para não gargalhar.

ㅡ ...E aí ela me pediu para deletar todos os dados a respeito dela no mundo, sua certidão de nascimento, sua identidade, não existe mais nenhum registro oficial dessa mulher... ㅡ Zero Absoluto contava exatamente a mesma história para L, sua voz soava com um pesar imenso, ele jamais imaginaria que depois do trabalho que teve para ajuda-lá, ela fosse simplesmente desaparecer.

E você não sabe o nome dela, certo ? ㅡ L mantinha-se apático, ouvindo toda a história para só então tirar uma conclusão. ㅡ Seu nome era Belle, mas depois de todo o cuidado que ela teve em desaparecer, eu acho pouco provável que seja o nome verdadeiro dela. ㅡ Zero mantinha seu tom de voz baixo, ele estava muito chateado consigo mesmo. “Por minha culpa a suspeita está livre, não há como encontrá-la e eu sou o responsável por isso..” Refletia o hacker, se martirizando pelo ocorrido.

Me desculpe L, estraguei tudo. ㅡ Zero abaixou a cabeça se segurando para não desabar em lágrimas. Layout se aproximou do garoto, levou sua mão até o queixo dele e a ergueu novamente.

Não se preocupe, nós vamos pegá-la, É uma promessa! ㅡ O detetive abriu os lábios num sorriso em direção ao garoto. Ele estava disposto a encontrar aquela mulher a qualquer custo.

Sabendo de tudo isso, quero que façam uma coisa e deve ser feita imediatamente...ㅡ Vex e Zero se entreolharam, tentavam adivinhar o que L pediria desta vez. ㅡ E o que seria ? ㅡ Questionou Vex, apreensiva. Ela também aparentava esta disposta a sacrificar o que quer que fosse para conseguir pôr as mãos na suspeita e levá-la para a justiça.

Divulguem essa imagem para todos os meios de comunicação. Eu quero uma visibilidade massiva! O mundo precisa conhecer o rosto dessa mulher. ㅡ Revelou Layout, confiante em sua decisão. “Talvez isso a faça parar por um tempo. Não adianta eu perguntar onde Zero a conheceu, apesar de já imaginar que tenha sido na França. Ninguém deve conhecer o nome verdadeiro dela.. hm” ponderava L. Vex e Zero assentiram com um aceno de cabeça, e apesar do hacker ainda estar cabisbaixo com a situação, Vex tentou animá-lo selando um beijo em sua bochecha.

Não conte isso a ninguém. ㅡ Falou X, piscando para o garoto e logo voltando sua atenção ao seu telefone. Zero corou no momento em que sentiu o beijo em seu rosto, imediatamente seu rosto se enrubesceu e era o que faltava para se sentir confiante novamente. Enquanto Vex ligava para todas as emissoras gigantes da comunicação, Zero tratava de espalhar a imagem na internet em em todas as redes sociais existentes, em fração de segundos, o rosto de Scarlett era o assunto mais comentado em toda a internet. Minutos depois a energia da cidade já havia sido restabelecida. L recebeu uma nota das autoridades informando que o diretor da companhia elétrica pediu para que um de seus funcionários interrompesse a energia temporariamente, e logo depois disso, ele morreu de parada cardíaca. “Foi ela, agora tenho certeza”. Pensou Layout.

Curtis e Alex continuavam a conversar como se não estivessem sendo observados, mas eles já não eram mais prioridade para L no momento. ㅡ Acho melhor você ir agora, a energia já voltou e bom, está ficando tarde. ㅡ Disse Alex, sorrindo para o amigo.

Tem razão. Nos vemos na sala de aula amanhã então...ㅡ Curtis se despedia, mas inesperadamente recebeu um abraço forte e carinhoso de Alex. ㅡ Tenho saudade das nossas conversas. ㅡ Ele esperava que Curtis entendesse o que estava querendo dizer. Antes de deuses da morte, polícia, investigações.. mortes, enfim, antes de tudo aquilo, eles eram jovens no colegial vivendo suas vidas. “Só quero que tudo isso tenha fim. Não aguento viver com medo do amanhã. Temo pela minha vida, mas temo principalmente por Curtis. Não quero perdê-lo…” Alex manteve seu rosto escondido no ombro do amigo.ㅡ Não se preocupe. Amanhã nós continuamos a conversa. ㅡ Curtis agia como se nada tivesse acontecido.Se afastou de Alex, deu uma batida de leve nas costas do amigo, despedindo-se dele. Acompanhou Curtis até a porta depois dele sair, trancou-a atrás de si. Enquanto se despediam, L olhava atentamente para a cena. “Hm…

Assim que Alex retornou ao seu quarto, imediatamente ele ligou o computador para saber a causa da falta de energia. E assim que entrou no primeiro site de notícias que encontrou, sua expressão mudou drasticamente. Ele estava aterrorizado. Não conseguia acreditar no que via. Alex se deparou com a foto da mulher misteriosa, a principal suspeita de ser a criminosa por de trás do homicídio que foi televisionado em rede nacional. “Mas essa mulher.. Ela é a mulher que estava com Kristoff! Ele a levou para a casa… Isso significa…” Ao saber da notícia, Alex se viu forçado a aloprar e a fazer algo que, apesar de já ter imaginado, jamais cogitar executar. “Preciso falar diretamente com L.”, pensava.

Scarlett caminhava pelo túnel na esperança de encontrar uma escada que a levasse até a tampa do esgoto para conseguir sair dali. ㅡ Faz quase meia hora que estou caminhando. Vamos parar um pouco. ㅡ Sem esperar pela resposta de Devila, sentou-se novamente no chão do túnel.

Não está curiosa para saber o que as pessoas estão achando de tudo isso ? ㅡ Pergunto Devila, a shinigami se mostrava sempre interessada no que Scarlett pensava. A pergunta da rainha fez com que a portadora do caderno erguesse as sobrancelhas.

Eu consegui pegar meu celular antes de sair de casa. Como sou lerda... Obrigado, Devila. ㅡ Agradeceu a shinigami por lembrá-la e sem pestanejar, a humana retirou o telefone de seu decote e acessou a internet imediatamente. Scarlett viu várias publicações com a foto que foi tirada em seu apartamento antes de conseguir escapar. ㅡ Filha da puta! ㅡ Xingou, furiosa com o anão que conseguiu tirar uma foto de seu rosto. Ela continuava a rolar a página dos sites de notícias e lá haviam vários comentários de pessoas da sociedade pedindo para que ela fosse morta da maneira mais cruel possível, vários homens diziam que se a encontrassem iriam estuprá-la e depois assassiná-la. Scarlett desligou a tela de seu celular e umedeceu os lábios, um pouco mais a frente no túnel havia avistado uma escada. ㅡ O que pensa em fazer agora ? Ao que parece, todos já sabem como é seu rosto e as pessoas querem pegar você. ㅡ Indagou Devila, pensando no que a humana estaria planejando.

A portadora do caderno formou um sorriso nos lábios, seu olhar parecia mais confiante que nunca antes visto. ㅡ Graças ao invasor, todos agora sabem que eu sou. Agora eu serei mais temida que o próprio Fênix, e logo, ele e também L estarão mortos. Não existe modo de saberem meu nome. Quanto a minha mãe, sempre que eu ia visitá-la, usava perucas diferentes e o nome na lista de familiares da clínica que ela internada, também é falso. Só há um pessoa capaz de me reconhecer por uma foto, e está é a minha mãe. Agora chega de papo, vamos sair daqui! ㅡ Explicou Scarlett, com uma certa arrogância em seu tom de voz. Ela não parecia estar preocupada em ser conhecida mundialmente, na verdade, parecia estar gostando daquilo.

Scarlett caminhou em direção a escada e subiu com cuidado pois as barras de ferro estavam escorregadias e ela poderia cair e se machucar seriamente. Subia com muito cuidado e ao chegar no topo, conseguiu empurrar a tampa redonda do esgoto, ela estava cuidado, afinal, se ela saísse no momento em que um carro passava, provavelmente seria morta. Depois de ter certeza que não havia nenhum carro em movimento naquela estrada, Scarlett apoiou suas mãos no asfalto e as forçou para baixo, levantando seu corpo da escada e finalmente, saindo do esgoto sujo, escuro e fedido. No momento em que saiu do túnel, começou a cair pingos de chuva que com o tempo, iam engrossando. Ela respirava fundo ao estar finalmente livre do túnel. Scarlett não percebeu, mas havia uma viatura da polícia federal parada a poucos metros de distância. Ela olhava para o céu e, por alguns instantes, parecia estar hipnotizada, como se estivesse tendo um flashback momentâneo.

O policial arqueou a sobrancelha ao ver aquela mulher sair do poço daquela forma. Aos poucos ele começava a identificá-la. Conferiu a foto enviada para todos os policias e comparava com o rosto da mulher com a suspeita de ser a assassina. ㅡ É ela! ㅡ Disse para si mesmo, pegando um revólver. Antes de sair do carro, emitiu um sinal para a sede dos policias pedindo reforços. ㅡ Hey você. ㅡ Chamou a atenção da mulher, mirando a arma na cabeça dela. Scarlett virou-se assustada, ela não sabia que havia alguém nas proximidades. Engoliu a saliva a seco ao ver que se tratava de um policial e estava armado. Olhava-o com desprezo, levantando suavemente as mãos até o seus seios. Sua ideia era pegar um pedaço do caderno que estava escondido em seu vestido.

Não se mova ou eu atiro! ㅡ O policial havia dado o primeiro e último aviso, ele não estava brincando. Scarlett ignorou o que ele dizia e se movimentou rapidamente na intenção de pegar um pedaço do caderno para matá-lo. Nesse momento, um tiro pôde ser ouvido e o corpo de Scarlett caía para trás, Devila estava boquiaberta e assustada.

O policial havia sido baleado no braço e na perna, impossibilitando-o de se mover por algum tempo. Scarlett estava caída no chão, assustada ao ouvir dois disparos atrás de si. Virou-se para trás para ver quem havia atirado no policial e avistou um senhor que parecia ter uma idade avançada, tinha cabelos brancos estranhamente espetados e volumosos. vestia um kimono vermelho com vários símbolos e emblemas japoneses. Agora, a chuva já havia aumentado consideravelmente. Scarlett, graças ao susto, não conseguia vislumbrar com exatidão o rosto do homem. ㅡ O que está fazendo deitada aí ? Entre aqui! ㅡ A voz do homem era grossa, arrastada e bem atenuada, ele acabara de guardar a arma que usou para imobilizar o policial.

Se não fosse por ele, você estaria morta, Scarlett. ㅡ Avisou Devila, encarando cuidadosamente o senhor de cabelos brancos. Aos poucos o policial começava a se levantar do chão novamente. Sem pensar nas consequências, Scarlett entrou na picape velha do homem misterioso e fugiu com ele. O senhor havia tampado o número da placa do veículo antes de arrancar com a picape, assim, eles estariam seguros, pois a polícia não poderia rastreá-los. Cansada e atordoada, Scarlett encostou sua cabeça na poltrona do carro e adormeceu.

O circo Bloomstorm havia acabado de apresentar seu número de encerramento, os artistas foram prestigiados com uma salva de palmas de todo o público. Jeremiah estava deitado atrás da lona do circo. Ouviu os aplausos de longe e formou um sorriso nos lábios. “Circo. Um lugar em que cavalos, pôneis e elefantes podem assistir a homens, mulheres e crianças bancando os idiotas. ”Aos poucos, os visitantes do circo iam se despedindo dos palhaços e caminhando de volta para as suas casas. O atual dono do circo, Jeremiah, continuava deitado no gramado, com os olhos fechados, como se não se importasse em ouvir os aplausos, para ele, a alegria era tão momentânea que não valeria a pena presenciar as pessoas aplaudindo-o.

Inesperadamente, Hayako surge por de trás da lona, mas aquilo não foi o suficiente para assustar Jeremiah, na verdade, a única coisa que ele fez foi resmungar. ㅡ Já tá sabendo ? ㅡ Questionou o lançador de facas, curioso para ouvir a resposta do amigo. ㅡ Se você não falar, não terá como eu saber, certo ? ㅡ O palhaço rolava os olhos com desaprovação ao companheiro de entretenimento, e apesar de terem uma relação ácida, eram realmente amigos e confiavam cegamente um no outro.

Se falar assim comigo de novo, eu te soco até afundar seu rosto. Enfim, dá só uma olhada nisso… Acho que você não é o único a ter aquele caderno estranho... ㅡ Hayako gargalhava, ele sabia que aquilo prenderia a atenção do amigo. O fato do lançador de facas ter comentado sobre o caderno, fez com que Jeremiah ergue-se a cabeça e tentasse prestar atenção no que ele dizia. Hayako entregou ao palhaço um mini televisor que estava conectado há um canal que falava sobre a suspeita dos homicídios televisionados. O repórter explicava que a foto foi divulgada pela polícia para que a população ajude as autoridades a encontrar a mulher o mais rápido possível. ㅡ Se isso realmente for verdade, e foi essa mulher que conseguiu causar esse show ao vivo e em rede nacional, então ela pode ter um Death Note. ㅡ Com o choque daquela informação, Jeremiah sentou-se no gramado, encarando o céu estrelado e limpo. Dado o passo de que nos EUA, havia uma forte chuva, na França, o tempo estava límpido e agradável. ㅡ Não sei você, mas eu tô louco pra conhecer essa mina. Além dela ser gata, eu quero pegar esse caderno dela...ㅡ Comentava Hayako, gargalhando só de se imaginar usando um death note. Desde que Jeremiah obteve o caderno, o lançador de facas nunca se impressionou com o poder do caderno, na verdade, ele considera o caderno como um objeto para pessoas fisicamente e mentalmente fracas. ㅡ Bom, não podemos deixar esse caderno por aí. É uma arma muito perigosa, temos que detê-la. ㅡ Disse Jeremiah, rolando os olhos só de imaginar o trabalho que aquela plano lhes daria.

Mas pra que ? O que vai fazer depois de pegar o caderno ? ㅡ Questionou Hayako, ele esta firme e não pretendia ir para Manhattan. ㅡ Assim que pegar esse outro caderno, pretendo destruí-lo e abrir mão do meu após isso. Até lá, acho melhor ficarmos com o meu, usaremos só em caso de necessidade. ㅡ O palhaço respondia sem empolgação e com uma voz arrastada. Encarava o seu com um certo desânimo, e seus dedos dedilhavam o seu colar em forma de chave.

Pode falar, sei que quando você mexe nesse colar tá rolando alguma coisa...Você nunca foi desses, Jeh. Diz aí, porque quer tanto se meter nisso ? Sabe que se isso tudo for verdade nós podemos morrer... ㅡ Apesar de serem donos de um circo, Hayako sabia a hora de falar sério, e ele não via necessidade se meter naquela confusão só para poder pegar outro caderno.

As Flores brotam, e morrem. As estrelas brilham, mas um dia se apagarão. Tudo morre. A terra, o Sol, a Via Láctea e até mesmo todo este universo não é exceção! Comparado a isto, a vida do homem é tão breve e fugidia quanto um piscar de um olho. Neste curto Instante, os homens nascem, riem, choram, lutam, sofrem, festejam, lamentam, odeiam pessoas e amam outras! Tudo é transitório. E em seguida, Todos caem no sono eterno chamado morte… ㅡ Jeremiah filosofava, lembrando-se da sua época de criança em que tudo não passava de inocência e ingenuidade. Ele acariciava o cordão ao lembrar-se do seu querido amigo de infância que simplesmente desapareceu.

Você tem razão, Hay. Não quero entrar nessa confusão só pelo caderno ou para descobrir quem é essa mulher. Algo me diz que, se eu for atrás dela, talvez reencontre um amigo de infância, quero saber se ele ainda carrega o colar que fiz pra ele. ㅡ O palhaço sorriu ao lembrar do dia em que entregou seu colar caseiro para seu amigo.

Sabe que pode contar comi-... ㅡHayako foi interrompido pelo palhaço que se recusava a ouvir aquela frase.

Por favor, não continue essa frase. Da última vez que a ouvi, fui abandonado para trás. Meu amigo simplesmente desapareceu depois que eu contei a ele sobre o incidente do estupro no circo. Hayako, se não fosse por você, não tenha dúvidas, eu já teria aloprado. ㅡ Revelou Jeremiah, olhando no fundo dos olhos do amigo. Ele não respondeu, apenas se aproximou do palhaço e lhe deu um tapa nas costas como cumprimento. Hayako sabia que, desde o caso do estupro. Jeremiah nunca voltaria a ser o que era antes, e por isso não o questionava.

Layout dedilhava seu cordão com pingente de chave lembrando-se de Jeremiah e suas brincadeiras na infância. Mas aqueles devaneios se esvaíram da cabeça quando Zero chamou a atenção do detetive. ㅡ O que está havendo ? ㅡ Perguntou L, tentando entender o motivo de todo o alarde.

É o Alex! Ele tá tentando acessar nosso computador central. ㅡExplicou Zero, tentando criar barreiras para impedir que o garoto pudesse acessar as informações do computador central do detetive.

Sei quais serão as consequências dos meus atos. Mas eu não tenho a quem recorrer. L tem muito mais poder relevância mundo afora que eu, e preciso da ajuda ele. ㅡ Desabafou Alex, falando consigo mesmo. Seu plano foi invadir a rede instalada pelos aparelhos de investigação e acessar o computador central e direto da fonte. Alex conseguia driblar todas as defesas criadas por Zero. Era uma verdadeira batalha de gênios! ㅡ L, eu não compreendo. Em todo o meu histórico, ninguém nunca foi capaz de conseguir acessar meus sinais. Mas esse garoto faz tudo parecer fácil... ㅡ Comentou, enraivecido pela atitude de Alex, afinal, ele fazia todo o trabalho do hacker parecer em vão.

Deixe-o acessar. Quero ver o que ele irá fazer. ㅡ Ordenou L, obrigando Zero a deixar caminho livre para que Alex pudesse entrar e sair do computador central livremente.

Assim que Alex obteve acesso, ele escrevia uma mensagem por um aplicativo de texto direto do computador do detetive. Enquanto ele digitava a mensagem em sua casa, L, Vex e Zero podiam ler em tempo real.

A suspeita já foi até a casa dos Prime! Pergunte a Kristoff.” Aquela foi a mensagem transmitida por Alex diretamente a Layout.

IDIOTA! ㅡ Berrou L, irritado ao ler a mensagem. Ele havia avisado a Kristoff para não dar o nome tão facilmente. Suspirou, tentando se acalmar.ㅡ Isso quer dizer que...ㅡ Vex foi interrompida por L, que aparentava estar realmente irritado.

Exatamente Vex. Essa mulher pode matar Curtis e Kristoff quando bem entender.... ㅡ Desabafou Layout, pensando no que poderia ter passado pela cabeça de Kristoff para ele convidar uma mulher desconhecida para sua casa.

E o que pretende fazer com Alex ? O fato dele ter conseguido hackear nosso sinal já é prova suficiente que ele sempre soube das câmeras, só não entendo como ele descobriu tão rápido...ㅡ Questionou Zero, tentando entender como Alex poderia ter chegado naquela conclusão. ㅡ Esse garoto deve ser um gênio. ㅡ Comentou Zero, sem vislumbrar nenhuma falha nas ações de Alex.

Layout gargalhou ao ouvir o comentário do hacker. ㅡ Gênio ? Admito que desde o começo ele foi extremamente detalhista e cuidadoso, mas não o superestime, ele é só um adolescente que sabe demais. O fato dele ter descoberto o nosso sinal só comprova a minha teoria… Zero, por acaso, você conferiu os criadores oficiais dos produtos de investigação que você adquiriu ? Procurou saber se esses nomes eram alter-egos ? Eu não estranharia se esses equipamentos tivessem sido feitos pela família do Alex e por isso, talvez, ele tenha descoberto com tanta facilidade. Tenho quase noventa por cento de certeza disso. Mas isso não vem ao caso agora.ㅡ Layout desabafava com um certo tom de arrogância no tom de sua voz, na verdade, ele estava extremamente entusiasmado por ter alguém tão detalhista cuidadoso quanto ele no meio do caso. “Isso definitivamente deixa as coisas bem mais interessantes”. refletiu.

Essa é uma informação extremamente valiosa. Conhecendo Kristoff, ele jamais me contaria isso. Se não fosse por Alex, não teria como eu saber disso. Vamos retribuir o favor, amanhã bem cedo quero que retirem as câmeras e escutas na mansão Moore e no apartamento dos Prime. Quanto ao Alex, quero o dobro de atenção nesse garoto. Ele é bastante inteligente. ㅡ O detetive encarava a ficha de Alex com uma certa admiração, era como se ele pudesse se ver em Alex quando mais novo. “Hm, ele é realmente bem parecido comigo. Eu teria feito exatamente a mesma coisa.

Ainda sonolenta, Scarlett aos poucos despertava de seu sono. Ela pulou imediatamente da cama quando se deu conta de que estava no quarto de um desconhecido. Passou a mão por todo o seu vestido, mas não encontrou seu death note. ㅡ Meu caderno... ㅡ Reclamou, extremamente assustada e irritada. Afinal, o caderno da morte era a única defesa de Scarlett no momento, sem aquilo, ela estava extremamente exposta e indefesa. Ela olhou ao redor na intenção de procurar algo que pudesse ser usado como arma, ele sequer imaginava quem poderia estar naquela casa que mais parecia uma fazenda. Não conseguia se lembrar de nada que havia acontecido na noite passada. Eis que ela encontra um mini canivete no criado mudo ao lado da cama. Com muito cuidado, Scarlett aproxima-se da porta e gira o tambor da maçaneta, colocando seu rosto para fora com muita cautela. Havia um corredor com várias portas de madeira e ao final do corredor parecia haver uma pequena cozinha, ela ouvia passos vindo do final do corredor.

Caminhava em passos taciturnos na esperança de pegar a pessoa desprevenida esfaqueá-la com o canivete que havia encontrado. Se aproximando da entrada da cozinha, Scarlett viu o movimento de um homem preparando um almoço, aos poucos ela começava a ter lembranças de já ter visto aquele senhor, mas não hesitou em correr na direção dele com o canivete na mão.

Eu não faria isso se fosse você, ㅡ Joel, o velho senhor do kimono vermelho, sequer se virou, mas ele já sabia que Scarlett havia despertado no momento em que ela pulara da cama.

Calma, calma. Seu caderno está ali encima da mesa, eu já me tornei íntimo dessa sua amiguinha fantasma.ㅡ Joel falava de maneira paterna, como se Scarlett fosse uma filha. Ele apontou para cima e a mulher pode ver a rainha shinigami se deliciando com pães frescos oferecidos pelo velho senhor. ㅡ Ele não me deixa com fome, Scar. Acho que vou trocar de humano.ㅡ Devila e Joel caíram na gargalhada juntos como se fossem amigos há anos, enquanto Scarlett tentava ajeitar sua mente para entender o que estava acontecendo.

Eu fiquei maluca né ? Não duvido, passei tanto tempo dentro daquele esgoto... ㅡ Comentou, colocando o canivete encima da mesa, ela havia desistido de ferir Joel no momento em que pôs as mãos no caderno novamente.

Eu vou contar tudo para você, sente-se aqui. ㅡ Joel, cavalheiro como era, arrastou uma cadeira e ofereceu um lugar a bela mulher. Scarlett ainda desconfiada sentou-se na cadeira segurando o caderno contra os seios. Joel riu ao vê-la protegendo o objeto com tanto esmero. ㅡ Não quero pegar esse caderno amaldiçoado de você, não se preocupe, ele é todo seu. ㅡ Respondeu friamente, rindo da reação dela.

Quem é você ? Por que estou aqui ? Não preciso nem perguntar porque você consegue ver a Devila, mas por que estão tão próximos ? Isso...ㅡ Scarlett desabafava, sua mente estava prestes a explodir, ela simplesmente não conseguia se lembrar de absolutamente nada.

Você não se lembra mesmo né ? Eu me chamo Joel, e bom, vamos fazer assim... Eu vou ir contando tudo o que aconteceu e caso não acredite em mim, sua amiga flutuante ali, pode confirmar o que estou dizendo, tudo bem pra você ? ㅡ Joel falava de maneira calma e serena, desde criança ele aprendeu a tratar uma mulher com muito carinho e respeito. Scarlett olhou em direção a shinigami que concordou com um aceno, enquanto comia outra porção de pão.

Muito bem. Ontem à noite, eu vi você saindo da tampa de um esgoto no meio da estrada. Eu estava prestes a entrar na minha picape quando vi a cena, aquilo me intrigou, por isso continuei a observá-la. Foi aí que eu ouvi a voz do policial mais a frente, ele não havia me visto, mas eu estava observando-o. Eu percebi que você não iria obedecê-lo e por isso tomei a liberdade de imobilizá-lo. ㅡ Joel explicava etapa por etapa cada acontecimento com muita precisão. Mas ainda sim, Scarlett o interrompeu para fazer uma pergunta que já iria ser respondida.

Mas por que fez isso ? ㅡ Questionava-o olhando no fundo dos olhos do homem grisalho.

Porque eu percebi que ele não hesitaria, ele ia te matar se eu não tivesse impedido. ㅡ Joel arrastou um pouco o tom de voz na intenção de mostrar a jovem que não era brincadeira.

Eu vi você desobedecendo e se mexendo rápido demais, eu sabia que ele não hesitaria em atirar em você.ㅡ Explicou.

Mas por que achou que eu merecesse ser salva ? ㅡ Indagou Scarlett, tentando entender o real motivo dele ter agido daquela forma. A morena conferia sempre com a shinigami quando o grisalho falava uma nova informação. ㅡ Relaxa Scar, além dele ser legal e não me deixar com fome. Ele está falando a verdade. ㅡ Comentou Devila, atacando a cesta de frutas.

Eu acho que todos merecem uma segunda chance. Eu vi algo relacionado a você nos jornais e agora que sei desse caderno, não tenho dúvidas, você é a tal suspeita! Mas isso não me importa. Sabe Scarlett, eu sou um apenas um velho homem que aproveitou o máximo da vida. Sempre fui uma pessoa simples, a cidade, a modernidade nunca me encheram os olhos. Na verdade, são as pessoas que me impressionam. ㅡ O homem grisalho abriu um sorriso galanteador para a jovem. ㅡ Mas se sabe que sou eu. Não tem medo que eu possa te matar ? ㅡ Questionou Scarlett com um certa agressividade em sua voz. Ela ainda não conseguia compreender o porquê aquele homem a ajudou,

Aqui estamos seguros. Minha fazenda é afastada de qualquer lugar e de qualquer cidade. Pra chegar aqui leva horas de viagem, duvido que algum policial venha para esse lado. Enquanto estiver aqui, está segura. ㅡ Alertou Joel, tomando seu café.

Responda minha pergunta! ㅡ Insistiu Scarlett.

Não tenho medo de você porque eu vejo seus olhos. ㅡ Revelou Joel, sentando-se ao lado dela.

Meus olhos ? ㅡ A mulher tentava refletir, mas eram tantas informações que ela não conseguia organizar a mente.

Bom, levando em consideração esse caderno da morte e tudo que a Devila me contou sobre shinigamis, eu não duvido que seja você a suspeita que andam procurando por aí. Mas… Eu não me baseio pelas pessoas, prefiro ter minha própria opinião e isso eu posso te garantir.. Há luz em você. ㅡ Joel explicava da maneira mais simples possível. Scarlett encarava-o com uma expressão assustada, ela não esperava ouvir aquela resposta e pela primeira vez em anos ela começava a se sentir querida.

Eu não sei qual é a sua história de vida ou as razões que a levaram a ser desse jeito, mas eu vejo um brilho nos seus olhos. É como se fosse uma pequena luz no meio de tanta escuridão. Você é uma boa pessoa, só precisa descobrir isso. E se quiser me matar, vá em frente. Não pretendo trancá-la nem denunciá-la está livre para ir embora ou continuar aqui, a decisão é sua. ㅡ Joel se levantou da cadeira, levou suas mãos até o topo da cabeça da morena, acariciando-a. Na defensiva, Scarlett afastou a cabeça, fazendo Joel rir dela..

Não se engane, Scarlett. Os olhos são a janela para a alma. Você é muito mais forte do que pensa, e não precisa desse caderno, Lembre-se, estou apostando em você. ㅡ Sorriu amigavelmente para a mulher. Joel não mentia para agradá-la, ele realmente via algo de especial na garota, ela só tinha que deixar aquilo florescer. Scarlett engolia a seco ao ouvir todo o discurso motivacional do grisalho. Por algum motivo, aquelas palavras conseguiam chegar no coração escuro dela e fazer com que uma luz brilhasse. “Quem é esse homem ? Por que ele está sendo tão gentil ? Homens são perversos, malignos, não tenho motivos para deixá-lo vivo, eu irei matá-lo”. Por mais que ela refletisse sobre, a morena jamais conseguiria capaz de matar Joel, não depois de tudo o que ele fez por ela.

Eu vou me deitar, sinta-se livre para comer o que quiser. Bom, não sou um senhor de tecnologia, mas tenho um computador simples na sala, sinta-se a vontade para usá-lo. ㅡ Despediu-se da mulher com uma piscadela, Joel caminhou até o corredor e entrou em seu quarto, deitando-se na cama.

Scarlett não o respondia, apenas ouvia e revirava os olhos. Ela tentava demonstrar que estava completamente apática em relação a ele, mas por dentro, questionava-se. Assim que o homem sumiu, ela tratou de puxar uma caneta qualquer da estante da cozinha, abrir o death note e começar a escrever o nome dele.

Não acredito. Você vai mesmo matá-lo ? ㅡ Questionou Devila, incrédula. “Mesmo para você Scar, isso é baixo demais.”, pensou.

A mente da humana estava em conflito constante, sua mente mandava-a matá-lo o quanto antes, mas a pequena luz que ascendeu em seu coração a impedia. Scarlett já havia escrito as primeiras letras do nome de Joel. Ela olhava ao redor, pensando em todas as coisas que o grisalho fez por ela naquelas últimas vinte e quatro horas, isso a fez irritar-se a ponto de jogar o caderno para longe e a se ajoelhar no chão, colocando as mãos na cabeça e a balançando de um canto a outro como forma de negação.

Não consigo fazer isso. Aquele imbecil!!!!! Eu o odeio. ㅡ Revelou, furiosa por não conseguir matá-lo.

Se o odeia então porque n- ㅡ Devila bancava a irmã mais velha e extremamente chata. Scarlett tratou de interromper a pergunta da shinigami apenas apontando seu dedo indicador a ela.

Faço isso amanhã. Vou deixá-lo vivo por mais um dia. ㅡ Respondeu aparentemente confiante em sua decisão. Levantou-se do chão, pegou seu caderno de volta e caminhou em direção ao computador. Arqueou a sobrancelha ao ver o equipamento velho e ultrapassado, contudo, havia conexão com a internet. ㅡ Vai servir... ㅡ Resmungou com a shinigami antes de ligá-lo e começar a acessar sites de notícias e fofocas. De início ela ficou pasma com a velocidade que a foto tirada em seu apartamento foi compartilhada nas redes sociais, ainda era o assunto mais comentado no mundo, Scarlett ia de página em página lendo sobre as informações divulgadas pela polícia quando deu de cara com a manchete principal de um dos jornais mais importantes de Nova Iorque; “um policial conseguiu localizá-la, porém, um velho misterioso atirou no policial, fugindo com a suspeita.

Isso o colocou em risco, e agora ele está sendo procurado também. Ainda não entendo porque ele fez isso..” questionava Scarlett, tentando decifrar o que se passava na cabeça de Joel. A morena mordeu suavemente o próprio lábio tentando imaginar qual seria o próximo passo da polícia. ㅡ Não tem como eles descobrirem meu verdadeiro nome, isso deixa minha mãe protegida na clínica que está internada. Quanto a boate que eu trabalhava, apenas uma pessoa sabe do meu nome e tenho certeza que ela não contará nada. Ainda tenho o controle...ㅡ Argumentava Scarlett com um sorriso confiante nos lábios. Ela olhava para o céu através da janela se imaginando frente a frente com L. “Vamos ver quem vai vencer esse jogo L. Tá na hora de revidar…” Contudo, apesar dos pensamentos hostis, Scarlett sentia uma estranha sensação de querer desistir de tudo, era como se uma voz dentro de sua mente implorasse para que ela desistisse daquela ideia e voltasse a viver sua vida normalmente.

Foram os estresses recentes, tenho certeza”, era o que ela pensava. Mas ela sabia que Joel, aos poucos, conseguia se aproximar verdadeiramente de seu coração.

O sinal tocou e como combinado Alex aguardava Curtis no pátio central do colégio, ele sabia que naquele horário o local estava vazio. ㅡ Atrasado como sempre. ㅡ Resmungou, olhando para os lados procurando pelo amigo porém, sem sucesso. Eis que Curtis surge atrás dele, empurrando suavemente a cabeça do loiro para frente. ㅡ E aí, não me atrasei muito dessa vez. ㅡ Comentou Curtis, deitando-se ao lado de Alex, rapidamente ele puxou o isqueiro dado pelo amigo e o acendeu, contemplando o fogo.

Babaca. O que eu tenho pra te contar é sério...ㅡAlex engrossou a voz, ele queria que o garoto percebe a seriedade do assunto, porém ele estava encantado demais com o fogo para prestar atenção em suas palavras. Alex suspirou tentando se acalmar e revelou sem enrolação.

Falei com o L. ㅡ Revelou, olhando no fundo dos olhos de Curtis.

VOCÊ O QUE ? Ficou doido ? Está do lado de quem Alex ? Droga! Porque faria isso ? ㅡ O moreno ficou extremamente furioso, sentou-se rapidamente e focou toda sua atenção no loiro.

Curtis...ㅡ Alex estava cabisbaixo, como se estivesse contendo as lágrimas. Ele não queria dar aquele notícia ao amigo, mas ele precisava saber, era caso de vida ou morte, as coisas pioravam cada vez mais e saber daquilo destruiu a fé inabalável de Alex.

Desembucha cara! ㅡ Curtis começava a se preocupar porque sabia que o amigo não era de criar suspense se o assunto não fosse realmente sério.

A mulher suspeita de ser a assassina… ela...ㅡAlex engoliu o choro a seco, fechou os olhos e os abriu novamente.

ㅡ ...ela saiu com seu irmão há alguns dias. Ele a levou até a sua casa, eu os vi no dia que brigamos e fui embora do seu apartamento. Não tenho dúvidas, era ela. ㅡ Alex contava a verdade como se estivessem enfiando uma estaca em seu próprio peito, sua respiração estava ofegante, ele sabia que a reação do amigo não seria nada boa.

Curtis ficou boquiaberto, ele não acreditava no que acabara de ouvir. ㅡ Ela sabe o nome do meu irmão, da minha avó e meu ? ㅡQuestionou olhando para Alex e suplicando par que a resposta daquela pergunta fosse não. Seus olhos aos poucos se enchiam de lágrimas, ele não conseguia mais se conter.

Curtis...ㅡ Alex tentava se segurar para não desabar na frente do amigo, ele sabia que mais do que nunca que Curtis precisava de alguém para apoiá-lo e encorajá-lo. Porém, aquilo não foi o suficiente para conter a raiva e o ódio que explodiu no moreno.

Ele levantou-se num pulo, correu em direção a grande árvore do pátio do colégio e começou a dar uma série de socos sem se importar com suas mãos ou com a dor que sentiria depois. Suas mãos aos poucos começavam a sangrar, mas ele não se importava, continua a socar a árvore imaginando o rosto da suspeita,.

Isso não pode ser verdade! Temos que eliminá-la! ㅡ Gritava Curtis machucando cada vez as suas mãos. Alex correu em direção ao amigo e o puxou fortemente para si. O loiro não tinha tanta força corporal quanto o amigo, mas foi o suficiente para fazê-lo se afastar da árvore. Ele o segurava fortemente, encarando-o nos olhos.

Curtis, CURTIS… Olha pra mim, ok ? Eu ainda estou aqui ! Lembra do que prometi ? Tô contigo até o fim. Não vou desistir, estamos juntos nessa. Não se preocupe, ok ? ㅡ O loiro confortava o amigo, mas também corria lágrimas dos olhos dele. Aquilo havia afetado estrondosamente Curtis, pois ele sabia que independente de qualquer coisa, aquela mulher teria a vida deles como garantia agora se sabia seus verdadeiros nomes e rostos. Alex abriu os braços de amigo e o abraçou fortemente.

Não vou deixar nada acontecer, confie em mim. Ela não vai tirar sua família de você. ㅡ Sussurrou Alex no pé do ouvido de Curtis. Ele afastou-se do moreno, tentando esconder as lágrimas num sorriso encorajador. ㅡ Vem, senta aqui. ㅡ Sentou-se no gramado e aguardou Curtis sentar-se ao seu lado para pegar seu kit primeiro socorros de sua bolsa lateral.

Primeiro, Alex limpou os ferimentos do amigo com um remédio, depois emendou os arranhões com curativos para manter limpo e livre de infecções. ㅡ Você é um amigo de verdade, obrigado Alex. ㅡ Agradeceu Curtis, ainda se desabando em lágrimas. Ele era extremamente agradecido por toda a ajuda que Alex lhe deu desde o começo, mas a hipótese de perder o que restou de sua família, quando ele já havia perdido seus pais, foi o suficiente para deixá-lo atordoado. Pela primeira vez, ele temia, não por ele, mas pela sua família.

O céu estava estrelado, a lua vinha para encantar qualquer um que soubesse apreciar sua beleza. Scarlett apreciava a paisagem, sentindo uma doce e gélida brisa em seu rosto. Ela vestia uma camisola vermelha de renda que atenuava a sua cintura e seios. Apesar de estar longe de perigo, a mulher aparentava estar apreensiva, como se estivesse pensando muito em alguma coisa. “Está na hora.”

Scarlett afastou-se da janela da sala de estar e caminhou em direção ao quarto de Joel. Girou a maçaneta e adentrou ao cômodo sem fazer muito barulho. Sorriu ao vê-lo deitado na cama, aparentemente dormindo. Em passos leves e taciturnos, ela aproximou-se da cama e se deitou ao lado dele. Devila flutuava encima dos dois apenas assistindo a cena. ㅡ O que quer fazer agora ? ㅡ Surrurrou no pé do ouvido de Joel, sua voz era arrastada e gemida, ela tentava seduzi-lo, mas esperava a reação dele. Joel levantou-se rapidamente da cama e tampou os olhos, olhando para outra direção. ㅡ Scarlett por favor, vá se vestir. ㅡ Questionou a ação da mulher, envergonhado por ela tentar provocá-lo com aquela roupa. E apesar de tentar resistir, Joel não conseguia e dava uma ou outra olhada no corpo da morena de vez em quando.

Por que ? Eu sei que você quer.. Todos os homens são assim. ㅡ Disse Scarlett, tirando calmamente a camisola, o tecido escorregava pelo seu corpo e agora, ela estava desnuda na frente do homem.

É aí que você se engana. Se você estivesse na casa de qualquer marmanjo por aí, não tenha dúvidas, já teriam pulado encima de você. Só que eu não sou assim. Eu lhe respeito, jamais faria isso se não me sentisse realmente a vontade. Eu sei o que você está tentando fazer, mas não é assim que funciona, Scarlett. ㅡ Apesar de estar desnuda, Joel se irritou com ela a ponto de olha-lá nos olhos e não desviar o olhar em momento algum.

Você é melhor que isso, por favor, vá se vestir. ㅡ O homem recolheu a camisola dela no chão e a devolveu. Furiosa ao ouvir resposta do homem, ela pegou as vestes e voltou para a sala.

Seu maldito, por que não consegui seduzi-lo ? Seria mais fácil para máta-lo.. Merda! ㅡ Resmungava Scarlett, coçando a cabeça e pensando que ia fazer.

Scar, eu não entendi muito bem o seu plano. O que pensava em fazer ? ㅡ Questionou Devila, sentada no sofá da sala de estar.

Todos os homens são iguais, Devila. Eu queria provar isso e depois matar ele sem arrependimentos. Queria seduzí-lo para mostrar que homens são fracos e previsíveis, mas...Ele me olhou nos olhos, não entendo...ㅡ Aos poucos, ela começava a entender que nem todos do sexo oposto eram de fato, iguais, e isso deixava a cabeça limitada e preconceituosa de Scarlett, confusa. “Acho que estou começando a gostar dele. Será que é por isso que não consigo matá-lo ? Droga, se ele tivesse caído na minha provocação seria muito mais fácil, mas agora eu não consigo, definitivamente. Na verdade, eu acho que não quero matá-lo.”, refletia.

Na manhã seguinte, Alex terminava de se arrumar para ir ao colégio. Dessa vez, ele decidiu fazer um pouco de exercício físico e dispensou o motorista. Despediu-se de seus pais e saiu. No caminho, ele percebeu alguém vestindo um casaco longo com um capuz na cabeça se aproximando, mas não deu muita importância, podia ser uma pessoa qualquer. Ao se aproximar do colégio, a pessoa que vestia o casaco com capuz entrou na frente de Alex e o abordou, levando-o para um beco próximo. O loiro quase não tinha força braçal e por isso não resistiu, seguiu como ordenado. Quando a pessoa misteriosa retirou o capuz, Alex ficou boquiaberto.

Joel se preparava para sair de casa quando foi surpreendido por Scarlett. ㅡ Eu vou também, nem adianta discordar. ㅡ Disse determinada a ir na cidade comprar algumas roupas, estava cansada de usar aquele vestido preto toda hora, e depois que sua casa foi invadida, ela perdeu toda sua coleção de roupas, restando apenas aquele vestido.

Tudo bem, mas você irá ficar na picape. Vai me dizer o que quer e eu vou comprar. E antes de sair quero que use isso... ㅡ Joel ofereceu a jovem uma peruca loira para que usasse como disfarce. Scarlett olhou para a cara dele em total desaprovação. ㅡ Ou isso, ou você fica. Estamos foragidos, se lembra ? ㅡ O homem ria da reação dela, mas sabia que era necessário. O local onde iam fazer as compras, apesar de ser frequentado, era esquecido pela cidade também, e por isso, ele podia ir e vir sem que fosse reconhecido.

Vamos ? ㅡ Perguntou Joel, rindo da reação de Scarlett, ela realmente ficava estranha com cabelos loiros.

Cala a boca e dirige. ㅡ Respondeu entre risos, sentou-se no banco do carona e ambos foram em direção a cidade.

Chegando na cidade, Joel estaciona próxima uma loja de roupas que ele deduziu que seria do agrado de Scarlett e a manda aguardar dentro da picape. Para a infelicidade deles, Joel não sabia que L havia pedido para que as autoridades se espalhassem por todos os locais, incluindo os menos visitados. A falta de informação seria fatal…

Dois homens fardados encaravam Scarlett com desconfiança , a jovem que usava peruca loira sequer percebeu que estava sendo observada. Devila prestava atenção em todas as pessoas que caminhavam na rua. Joel tinha acabado de comprar roupas novas para a jovem quando, um dos policiais tirou uma foto de Scarlett e fez uso de um aplicativo que compara duas fotos e dá o resultado dizendo se são ou não, parecidas.

Com o avanço da tecnologia ao passar das gerações, aquele aplicativo foi se aperfeiçoando e evoluindo e hoje é usado como recurso para a polícia. O resultado da imagem foi imediato, aquela mulher de cabelos loiros, era, na verdade, a morena que estava sendo procurada de ser a suspeita pelos homicídios.

Scarlett lixava as unhas quando viu Joel se aproximando da picape com a bolsa de compras, inesperadamente um tiro pôde ser ouvido, mas Joel conseguiu entrar na frente da bala antes que pudesse perfurar a cabeça de Scarlett,

JOEL! ! ㅡ Gritava a jovem, os policiais já se aprontavam para atirar novamente.

SE ABAIXA. ㅡ Ordenou Joel, caído no chão, sangrando. Scarlett abaixou-se no banco do veículo e passava a mão pelo assento na esperança de encontrar a arma de Joel. As pessoas da rua gritavam, a pequena cidade havia se tornado um caos. Os policiais não paravam de atirar, mas felizmente para a morena, ela estava protegida pela lataria da picape, contudo, ela não duraria por muito mais tempo.

Scarlett conseguiu encontrar a arma, ela colocou apenas seu braço para fora da janela na esperança de conseguir acertar um dos policias. E conseguiu mirar certeiramente na cabeça de um deles, matando-o instantaneamente. O outro policial abaixou-se para conferir se o amigo tinha morrido mesmo, e essa foi a brecha para que ela levanta-se do banco e mirasse na cabeça do outro, matando-o.

Um sinal havia sido emitido para a central policial antes que os fardados começassem a atirar, era só questão de tempo para os reforços chegarem. Joel estava deitado no chão, agonizando de dor. ㅡ Ah, meu deus. Não acredito, e agora ? O que fazemos ? ㅡ Perguntava ao velho, ela saiu da picape se ajoelhou ao lado do corpo de Joel.

Escuta, você vai pegar meu carro e vai se mandar daqui, entendeu ? Eu sou velho lobo, eu vou ficar bem...ㅡ Ele tentava confortar Scarlett, mas ela sabia a verdade.

Se continuar sangrando assim você vai acabar... ㅡAs lágrimas começavam a rolar do rosto dela, não conseguia suportar a ideia de perder uma das únicas pessoas que viu algo de bom nela.

ㅡ Eu preciso de você...ㅡ Lágrimas caíam no rosto de Joel, e aquilo o fez sorrir com a cena.

Você não é nem metade do que diz ser. Eu sabia. Você é melhor do que pensa, Scar. E eu ainda estou apostando em você....ㅡ Sua voz falhava, era difícil para Joel continuar lúcido, ele já havia perdido muito sangue. Aos poucos, seus olhos começavam a fechar, mas a morena não queria admitir.

NÃO SEU CRETINO. Acorda!!!!! Não faz isso comigo. ㅡ Sua voz ecoava por toda a cidade, de longe podia ser ouvido sirenes de outras viaturas se aproximando.

Scarlett... ㅡ Devila chamou a atenção da humana, elas tinham que ir embora dali.

V-vá Scar.. E não esquece de dar um pãozinho a Devila.ㅡ Joel só estava lúcido pela sua enorme força de vontade para fazer com que a garota pegasse seu carro e fosse embora dali.

Ainda atordoada, Scarlett se levanta do chão, entra rapidamente no veículo e sem olhar para trás, acelera em direção ao desconhecido. Ela batia no volante, gritava, berrava, não conseguia aceitar o que tinha acabado de acontecer. A morena estava tão atordoada que sem pensar, pegou o caderno e começou a escrever o próprio nome no death note. ㅡPARE SCARLETT! ㅡ Ordenou Devila, pegando o caderno das mãos da humana.

Mas eu pensei que você não podia pega-..ㅡ Questionou Scarlett ainda muito chocada e frágil com a situação que acabou de presenciar.

Eu sou a rainha, faço a porra que eu quiser. Mas não vou deixar você fazer isso! Joel se sacrificou por você, e é isso que pretende fazer ? Não mesmo. ㅡ A deusa da morte dava uma lição de moral na humana tentando fazê-la esquecer um pouco da morte do grisalho, e, talvez, único amigo que ela teve na vida.

Eu sei quem é o verdadeiro culpado. ㅡ Com muita dificuldade, a morena engoliu o choro e encarava o céu limpo e azul.

L, seu filha da puta. Dessa vez você não me escapa. Ninguém estará a salvo. ㅡ Desabafou a mulher, caindo em prantos novamente.

Precisamos conversar. ㅡDisse o homem misterioso que olhava para Alex com uma certa curiosidade.

Eu já te vi antes. Na verdade, eu já te vi várias vezes.ㅡ Comentou, encarando friamente o homem desconhecido.

Antes de mais nada quero saiba … Que eu sou o L. ㅡ Revelou Layout, dessa vez, sem máscaras, sem lentes, apenas ele prestes a colocar um novo plano em prática.


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Notas finais do capítulo

Muitas revelações, certo ? Eu pretendia contar pra vocês nas notas finais o título do sétimo capítulo, porém, ainda está em criação, não tenho certeza.
Enfim, espero que tenham gostado e que tenham prestado BASTANTE atenção nas brechas que eu deixei, tem muuuuuuuuuuuita informação nesse capítulo que eu pretendo usar no futuro, então se não fisgou, dá uma relida. É isso meus amores, nos vemos em outubro! Não deixem de comentar, pfvr! ♥