Death Note, Another Chance escrita por Tio Thi


Capítulo 3
Ódio


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo aparecerá finalmente o L! O momento que todos que já acompanham a fic estavam esperando! Espero que todos gostem do capítulo e, por gentileza, comentem! Preciso saber a opinião dos meus amados leitores. ♥



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Delineador preto, lábios negros e sombra escura. A pele de Scarlett era alva como a neve, e combinada àquela maquiagem pesada, lhe dava um ar mais sexy e misterioso. E era disso que os homens que frequentavam o clube ‘Delicious Desire’, gostavam. Scarlett trabalhava como stripper e era a dançarina mais almejada por todos os clientes do clube. Várias de suas colegas de serviço já haviam saído com clientes e tido relações sexuais, contudo, Scarlett era a única que nunca se deitou com nenhum cliente e por conta disso, atiçava ainda mais o desejo deles.

As curvas de seu corpo enfeitiçavam os homens, seus seios fartos hipnotizavam, e suas pernas e coxas excitavam a imaginação deles. Seminua, Scarlett vestia apenas o necessário para brincar com a imaginação dos rapazes. As roupas coladas e curtas, colocavam seus seios e suas pernas em evidência, fazendo-a receber gracejos de todos que a assistiam dançar no bastão de ferro no palco principal do clube. Terminado o show da ‘Viúva Negra’, nome fictício dado para Scarlett se apresentar, ela saiu do palco e digiriu-se ao camarim. Retirou as roupas e vestiu um vestido longo e preto, com um decote bem sugestivo.

Finalmente… É hoje! ㅡ Scarlett admirava-se pelo espelho do seu camarim, terminando de maquiar as maças do rosto. Caminhando em direção a saída do clube, uma de suas colegas a impediu de passar, chamando sua atenção... ㅡ Pra onde você vai ? O show ainda não terminou... ㅡ Perguntava a colega, aflita. Scarlett esboçou um sorriso malicioso em seus lábios negros.

Acertar contas. ㅡ Respondeu friamente e, sem olhar para trás, saiu do clube.

Persistente, a colega de Scarlett continuou gritando para que ela voltasse ao clube, porém foi em vão, ela já estava distante demais para ouvir os gritos. “Ainda são 19:30hrs. Vai dar tudo certo…” Refletia Scarlett, caminhando em direção a estação de metro de Pigalle Saint-Georges, o bairro mais quente e sexy de Paris.

Nascida na França, Scarlett ainda reside em Paris, porém com uma imensa vontade de largar tudo para trás e ir para outro lugar. E só então que ela percebe que seu ‘tudo’ residirá sempre na França. Se aproximando da estação central em passos lentos e ritmados, Scarlett chamava a atenção por onde passava. Os homens paravam de fazer o que estavam fazendo para virar e admira-lá por um instante. Até os casados não resistiam em dar uma olhada nas curvas sinuosas e provocantes de Scarlett.

E tudo o que ela conseguia sentir ao receber aquela atenção toda era repulsa, nojo...ódio! “Tenho vontade de sufocá-los com minhas próprias mãos, mas isso acabaria com as minhas unhas… E eles não merecem tanto.” Scarlett formava um sorriso nos lábios ao pensar em seus devaneios de ódio aos homens. E há um motivo para tanto ódio e repulsa... Quando ainda era criança, Scarlett sofria graves abusos sexuais e agressões de Fabion Legrand, seu pai. Fabion batia tantas vezes em Agneta, mãe de Scarlett que a deixou incapaz, fazendo-a se tornar um ‘vegetal’.

Agneta sofreu agressões por vários e vários anos e só se agravava com o tempo. Fabion ameaçava ela e Scarlett de morte, caso algumas delas o denunciasse para as autoridades. Atualmente, Agneta se encontra em uma casa para idosos especiais onde é tratada com muita atenção e carinho por todos os funcionários. Ela já não consegue pensar como antes e nem falar com antes e tudo por causa das agressões sofridas no passado. Isso deixou uma cicatriz coração e alma de Scarlett e ela prometeu a si mesma que se vingaria de Fabion.

Chegando a estação central de Paris ás 20:00hrs em ponto, Scarlett suspira aliviada. “Cheguei a tempo. O show vai finalmente começar…” Pensou, caminhando até uma cafeteria dentro da estação. ㅡ Um capuccino simples, por favor. ㅡ Pediu calmamente ao atendente da cafeteria que não conseguiu resistir e ficou admirando os seios avantajados de Scarlett. Sentada em uma das cadeiras do estabelecimento, Scarlett tinha a visão de todos os metrôs e de quase todas as composições que saíam naquele horário e Fabion estaria exatamente nesse horário em uma daquelas composições… Assim que deu 20:12hrs, Fabion embarcou em uma composição que o levava o ponto mais próximo do aeroporto principal de Paris, ele pretendia viajar para os Estados Unidos. Do andar de cima, Scarlett conseguiu ver seu pai entrando na composição, como lhe era previsto e nesse momento, seu capuccino chegou á mesa.

Muito obrigada. ㅡ Agradeceu gentilmente, pegando a xícara e a levando até a boca, bebericando um pouco. Não pôde deixar de dar uma pequena risada ao ver a composição começar a partir. E mentalmente ela começou a contar “3..2..1” E assim que terminou sua contagem mental, a composição que começara a partir se chocou com outra que vinha em sua direção. Dois trens bateram de frente, fazendo com que um deles amassasse a frente do outro e se atravessassem aos poucos. Vários passageiros já estavam feridos, machucados e alguns, talvez, até mortos. A gritaria e correria na estação foi imediata, todos da estação correram para ver o que aconteceu e como todos estavam. Scarlett permaneceu sentada, apreciando a vista e tomando seu capuccino como se estivesse assistindo um filme.

Seu pai acabara de sair da composição e, aparentemente ele estava apenas com alguns arranhões até que.., “Voilá, Papa!” Nesse momento, Fabion olhou para cima e no segundo andar da estação do metrô, viu alguém sentado lhe observando, e ele reconheceu prontamente… “Scarlett” Mas já era tarde demais. Com o atrito das duas composições, a explosão foi imediata..

Vários passageiros que ainda estavam dentro dos trens durante a explosão, acabaram mortos. Fabion, apesar de estar do lado de fora da composição, estava muito próximo ao trem e também não conseguiu se salvar da explosão. Fabion foi arremessado para longe com a força com que a explosão lhe atingiu. Seu corpo caiu no chão, chamuscado pela explosão assim como todos os passageiros que estavam dentro do trem.

O local onde Scarlett ficou durante a explosão era estrategicamente escolhido para não ser atingido Ela continuou sentada e tomando o capuccino como se nada tivesse acontecido. Mas seu corpo vibrava por dentro, era como se seus sangue pulsasse em suas veias. Pela primeira vez em toda a sua vida, ela se sentiu viva e feliz no que acabara de fazer. “Vá para o inferno, papai.” Terminou de bebericar seu café, mas não havia nenhum funcionário na cafeteria, todos já haviam descido o andar para saber como as pessoas estavam e o que realmente havia acontecido. Scarlett foi a única que permaneceu no mesmo lugar, apenas observando. Levantou-se da mesa da cafeteria e saiu em direção a saída da estação, deixando o dinheiro do capuccino encima do balcão.

Satisfeita ? ㅡ Perguntou Devila, a shinigami que seguia Scarlett para onde fosse. Com um sorriso no rosto e os olhos quase mareados, Scarlett respondeu: ㅡ Era o meu sonho. E foi realizado. Cumpri a minha vingança, era tudo o que mais queria... ㅡ Sua voz era imponente, Scarlett parecia não se importar com as centenas de vidas que tirou só para se vingar de seu pai.

Você destruiu várias famílias só para satisfazer sua vingança. Acha que valeu a pena ?ㅡ Indagou Devila, curiosa para saber a resposta. Scarlett parou no ato e olhou no fundo dos olhos da shinigami. ㅡ Eu nunca tive tanta certeza na minha vida… Sacrifícios são necessários. Minha mãe foi o sacrifício, logo, os outros podem se tornar sacrifícios também. ㅡ Soltou uma gargalhada por entre os lábios, ela não queria que as pessoas da rua achassem que estava rindo ou falando sozinha, afinal, Devila era invisível e inaudível para todos que não tocaram no Death Note que ela, acidentalmente deixou cair no mundo humano.

Mas agora que ‘seu sonho foi realizado’, o que pretende fazer, Mademoiselle ? ㅡ Devila ironizou a nacionalidade de Scarlett chamando-a de ‘senhorita’ em francês.

Ah, eu preciso me planejar. E... ah! Eu sempre me esqueço, desculpe Devila. Mas qual é mesmo a diferença desse Death Note, para um Death Note comum ? ㅡ Scarlett movimentava os lábios calmamente para que não a vissem falando sozinha na rua. Devila decidiu esperar ela chegar em casa para repetir mais uma vez o que havia dito sobre o caderno. Chegando em casa, Scarlett se sentou rapidamente no sofá, aguardando a resposta da shinigami.

Eu espero não ter essa conversa tão cedo com você. Vamos lá, essa é a última vez que eu te explico. Como eu havia dito, no Mundo dos shinigamis existe o Rei e a Rainha. Nosso atual Rei é um shinigami chamado Ryuuk, e bom, eu sou a Rainha! Esse Death Note que você tem nas mãos não é um Death Note comum, ele é bem mais poderoso que os outros... Pra começar que este caderno é de prata, os outros Death Note são pretos. Ah, e o caderno do Ryuuk é de ouro! Ou seja, você conseguiria diferenciar meu caderno e o do Ryuuk de qualquer outro. Até aí, tudo bem ? ㅡ Devila fez uma pausa para saber se Scarlett estava prestando atenção e principalmente, se estava entendendo tudo. Ela fez um sinal de positivo para que Devila prosseguisse com as informações.

Nos cadernos comuns, você precisaria do nome e do rosto para matar. Neste caderno de prata, você precisará apenas do nome. Antes que você me pergunte como isso é possível, eu já irei explicar. Suponhamos que, alguma amiga sua tenha um companheiro que se chame, Paul Morgan. E certo dia, essa sua amiga venha lhe contar que esse tal Paul, a agrediu violentamente. Você não precisará saber do rosto dele para matá-lo. Apenas tendo o nome, é só você imaginar Paul Morgan, morto. Mas qual Paul Morgan ? Aquele companheiro que bateu na sua amiga… Deu pra entender ? Você não precisa do rosto, só de alguma coisa que possa usar como referência e pronto, ele estará morto. Mas claro, tem que pensar nessa referência enquanto escreve o nome no caderno, caso contrário, não funcionará. ㅡ A Rainha fez uma pausa para saber se Scarlett estava absorvendo as informações que lhe eram dadas. E novamente ela fez um sinal de positivo para que Devila continuasse.

Continuando… Só de se ter um caderno do Rei ou da Rainha, você automaticamente recebe os Olhos de Shinigami, sem nenhum tipo de custo. Ah...! Eu me esqueci que ainda não te contei sobre os olhos.., Pois bem, o acordo dos olhos de shinigami já é feito há séculos. Quando um Death Note comum cai na terra, e um humano pega, ele pode, se quiser, fazer o acordo dos olhos. Isso permite que o humano veja o nome de qualquer pessoa só olhando para ela, o nome da pessoa aparece no topo da cabeça, é quase como colocar lentes de contato. Um portador do caderno com os olhos de shinigami pode matar quem quiser, pois ele sempre vai saber o nome de quem vai matar. Mas para isso, há um preço! O custo para um portador de Death Note comum ter os olhos, é a metade da vida restante dele. Ou seja, se ele fosse viver por mais 50 anos, com esse acordo, ele só teria mais 25 anos de vida, entendeu ? Como você tem posse do meu caderno, no caso, da Rainha shinigami, você ganha os olhos automaticamente, sem precisar pagar com sua vida. ㅡ Devila dava uma pausa sempre que apresentava uma nova informação, para deixar mais claro e de fácil entendimento. Scarlett continuava a acenar com a mão para que a shinigami continuasse quando quisesse, ela estava prestando total atenção na rainha.

O Death Note de Prata também permite que você faça que desastres naturais aconteçam. Por exemplo, aqui em Paris, não é propenso há ter tornados ou furacões. Mas se você escrever no caderno que um furacão irá matar alguém que mora aqui, irá acontecer! Nesse caderno, você é capaz de controlar as ações de uma pessoa por 365 dias. Ou seja, você pode controlar quem quiser por um ano inteiro, mas no final, ela terá que morrer, aí você vai escrever a forma como será a morte da pessoa. E tem mais uma regra, mas eu não tenho permissão de conta-lá para você. Está escrito na última contra capa do caderno... ㅡ Devila encarava Scarlett aguardando uma resposta. Pela regra do mundo dos shinigamis, nem a própria Rainha pode falar o que bem entende sobre o poder real dos deuses da morte.

Eu não preciso saber de mais nada. Tudo o que você me disse será muito útil no que pretendo fazer daqui pra frente. Obrigada pelas informações, Devila. Elas serão de grande utilidade...ㅡ Respondeu Scarlett, levantando-se finalmente do sofá, indo tomar um banho para, em seguida, dormir.

A tensão e a euforia prevaleciam na reunião da Interpol com os representantes da polícia criminalística de todas as partes do mundo. Todos os membros de todas as unidades de polícia estavam presentes tais como: CIA, FBI etc… ㅡ 5 pessoas se suicidaram misteriosamente. E todas elas deixaram letras no local, e, juntas, a palavra se torna ‘Fênix’ ! Como o departamento de segurança dos Estados Unidos não conseguiu descobrir nenhum suspeito ainda ? ㅡ Exclamou, Rodolph Layer, chefe da unidade principal de polícia da Inglaterra.

A gritaria era constante, todos os membros da Interpol queriam falar ao mesmo tempo, tornando o lugar uma verdadeira bagunça. Os membros do FBI acusavam diretamente os membros da CIA e vice-versa. A discussão sem sentido cessou quando uma salva de palmas se fez presente no âmbito. Todos os membros da Interpol olharam para ver quem estava batendo palma e caçoando da discussão desnecessária que estavam fazendo.

É assim que querem vencer Fênix ? Parabéns...ㅡ A voz da misteriosa mulher era serena e rude ao mesmo tempo. Ela se vestia num estilo lollita com um pequeno terno verde de mangas longas e que um decote exagerado, uma saia bege curta e calçava botas longas e roxas. Além das roupas, a mulher misteriosa usava uma máscara no formato de “X” que bloqueava quase todo o seu rosto. As únicas partes para fora da máscara eram as maças de seu rosto e alguns centímetros dos seus lábios. Todos os membros da Interpol primeiro, ficaram surpresos ao ver uma mulher tão bonita e jovem, chamando a atenção deles através de palmas.

E quem você pensa que é, mocinha ? ㅡ Perguntou o representante do FBI, indignado com a arrogância da garota.

Podem me chamar de X. E eu, bom, eu sou a única pessoa desta sala que é capaz de contactar o L... ㅡ Sua voz soou tranquila e suave,, mas falou alto o suficiente para que todos os presentes na reunião pudessem lhe ouvir. Os membros dos diversos países da reunião se indignaram ao ouvir a mulher sugerir que eles pedissem ajuda ao L. ㅡ

L ? Você só pode estar brincando né garota… Já é um absurdo ele aceitar casos que só lhe interessem pessoalmente. E agora quer que a gente peça ajuda a ele ? Faça-me o favor... ㅡ Respondeu o representante da polícia da Alemanha e a maioria dos outros representantes pareciam concordar com ele. A mulher misteriosa plugou seu notebook com a tela de projeção de última geração da sede da Interpol e finalmente deu voz ao L. Obviamente, ele não apareceu, apenas a letra de sua sigla ‘L’ a qual foi passada de geração a geração.

Olá, pessoal. Eu sou o L... ㅡ O silêncio na sala foi quase imediato, ninguém ousava questionar ou atrapalhar as palavras seguintes do detetive. “Hm, se ele é dito como o melhor detetive da geração, é melhor que prove mais do que fala..” Pensou, Clarke Thoms, representante do Canadá. ㅡ

Por favor, vamos manter a calma e raciocinar. Essa é a única maneira de conseguirmos pegar o culpado por de trás desses assassinatos. Bom, primeiramente eu quero lhes assegurar que não foram meros suicídios. Eles foram premeditados... ㅡ L apresentava passo a passo de sua teoria quando foi interrompido pelo representante da França.

Desculpe a intromissão L, mas não pude deixar de notar que você disse assassinatos ao invés de suicídios. ㅡ Comentou, Pascal Marchal.

Tenho quase 95% de certeza de que essas mortes não foram pensadas pelas vítimas, acredito que elas tenham sido induzidas a fazerem isso. ㅡ Explicava L, do outro lado do notebook, com calma e muita transparência. Os membros da Interpol vibraram ao ouvir as palavras de L.

Isso é impossível. Não tem como alguém mandar outra pessoa se matar daquela forma...ㅡ Todos berravam ao mesmo tempo, o barulho era desconcertante. A mulher misteriosa chamada ‘X’, ligou o microfone que estava preso na dobra de seu terno, ele era conectado em todos os alto falantes da sala.

SILÊNCIO! O DEIXEM TERMINAR! ㅡ Ela berrou alto o suficiente para fazer doer os tímpanos de quase todos os presentes na reunião, sua voz foi amplificada graças aos alto falantes, tornando seu grito ainda mais audível. L aguardou que todos se acalmassem para só então, prosseguir.

Como eu estava dizendo…. Não acredito que essas pessoas estavam completamente sãs na hora que cometeram suicídio. Eu reuni algumas informações das situações e as dividirei com vocês. Minha colega, X, perguntou a todos os policiais que estavam de plantão no dia que houve a rebelião na prisão, e James Christian e Fred Williams cometeram suicídio, escrevendo as letras “F” e “E” na parede usando com o próprio sangue. Segundo os policiais e até os outros presos, eles estavam com olhos vermelhos e com expressões vazias, era como se estivessem sendo controlados por alguém ou alguma coisa. E isso também se repetiu na morte de Georg Simmons, que ligou para a polícia e disse a eles assim: ‘ a próxima letra era ‘I’ ‘ e depois colocou fogo na própria casa e morreu. E segundo o policial que atendeu sua ligação, sua voz parecia robótica, como se estivesse sendo forçado a dizer aquilo. Isso sugere que... ㅡ Mais uma vez L foi interrompido, e dessa vez foi por Kristoff Prime, irmão de Curtis. Kristoff trabalhava investigando casos de incêndios criminais de Manhattan e por conta disso também foi convidado para a reunião da Interpol. ㅡ

Espera aí. Você está dizendo que alguém pode controlar as ações de outras pessoas ? Como isso seria possível ? ㅡ Questionou Kristoff, tentando compreender a linha de raciocínio de L.

Se minha dedução estiver correta, há uma forte possibilidade de estarmos lidando com um novo caso Kira. ㅡ Revela L, deixando todos os membros da Interpol completamente abalados.

Isso é impossível. O caso Kira foi encerrado há mais de 100 anos. Não tem como ser ele novamente....ㅡ Respondeu rapidamente, o chefe do departamento de polícia dos Estados Unidos.

Acredito que, de alguma forma, essa pessoa que se intitula ‘Fênix’ tenha recebido os mesmos poderes que Kira teve no passado. Estamos lidando com alguém muito poderoso e, assim como Kira, com um conceito muito infantil de certo e errado. Antes de prosseguirmos, quero focar a investigação nos Estados Unidos, precisarei da ajuda do FBI e do departamento de polícia de incêndios, especificamente do departamento de Manhattan. ㅡ Informou L,

Por que Manhattan, especificamente ? ㅡQuestionou Kristoff, preocupado. Afinal, ele é o ‘subchefe’ do departamento de incêndios criminalísticos de Manhattan e se L pretende obter a ajuda da polícia, Kristoff teria que ajudá-lo diretamente.

Não contei isso á vocês, mas há uma possibilidade do nosso suspeito estar em Manhattan. É apenas uma suposição, mas se estiver correta, é a maneira mais rápida e prática de pegarmos a Fênix. A partir de agora, focarei minha investigação somente nas unidades policiais que eu falei. FBI e o departamento de polícia de Manhattan, aos outros membros da Interpol, não se preocupem, trarei a cabeça da Fênix como recompensa. ㅡ L se despediu de todos da reunião e sem demora, desligou a conexão com a sede da Interpol. A mulher chamada ‘X’ desligou o notebook e o recolheu de cima da mesa, ela já caminhava em direção a saída da sala quando foi questionada pelo diretor geral do FBI. ㅡ Hey, garota. Como vamos saber quando o L precisará da nossa ajuda ? ㅡ Perguntou, irritado com a maneira que do L atual de fazer as coisas. Exausta de tantas perguntas, a mulher misteriosa virou na direção do homem que lhe questionou e respondeu e alto e bom som.

Você vai saber quando ele entrar em contato novamente. Até lá, fique vivo e cuidado com a Fênix. ㅡ Respondeu acidamente e saiu da sala de reuniões logo em seguida, sem dar a menor chance de uma contra-resposta. “Isso é tão inesperado. Primeiro essa viagem, que me pegou de surpresa, agora é esse assassino louco que, segundo L, pode estar em Manhattan. Isso é tão cansativo, eu só quero voltar pra casa…” Refletiu Kristoff, saindo da sala de reuniões, assim como todos os outros representantes.

Isso é impossível! ㅡ Responde Alex, indignado com a revelação de Curtis. ㅡ É isso mesmo, eu matei todas aquelas pessoas. Elas eram escórias para a sociedade e mereciam serem mortas. ㅡ Curtis explicou calmamente, sentando-se na beirada de sua cama, enquanto observava as reações de seu amigo, Alex. Ele parecia não ter peso na consciência por ter matado aquelas cinco pessoas.

Mas foi comprovado, todos eles se suicidaram! Como você os matou ? Isso não faz sentido. ㅡ Alex tentava entender o que Curtis estava lhe dizendo, e por mais que ele tentasse raciocinar, não conseguia chegar a uma conclusão lógica. ㅡ Alex, eu sei que você é o número um da nossa classe. Foi eleito um dos garotos mais geniais de Manhattan, seu QI é muito acima da média. Mas para compreender isso, você terá que acreditar em Deuses da Morte... ㅡ Comentou Curtis, levantando-se para pegar seu Death Note de dentro do armário de roupas, ele havia deixado o caderno guardado na gaveta de cuecas, pois sabia que ninguém, nem mesmo seu irmão, mexeria naquela parte de seu guarda roupa. Alex continuava sem conseguir compreender o que Curtis estava explicando, mas para ele, era tudo muito confuso e irracional. ㅡ Isso não faz o menor sentido...ㅡ Desabafava Alex, sentando-se na cadeira da mesa de computador.

Tudo vai começar a fazer sentido no momento em que você tocar e abrir este caderno. Mas Alex, eu lhe aviso, o que está prestes a ver não é algo desse mundo. Não grite, tente não se apavorar. Não vai acontecer nada, confie em mim. ㅡ A voz de Curtis já mostrava uma certa mudança desde que ele conseguira o caderno, Alex percebeu a mudança repentina no tom de voz do amigo, mas preferiu ignorar. Ele não respondeu, apenas acenou com a cabeça, confirmando. Curtis esticou sua mão direita para que seu amigo pudesse tocar o caderno. Alex suspirou, tentou acalmar ao máximo a sua respiração e finalmente pôs as mãos no caderno. Ele segurava as pontas do caderno com as duas mãos, mas continuava com os olhos fechados. No momento em que decidiu abrir os olhos, se deu conta de que não estava sozinho com Curtis naquele quarto. Alex congelou e ficou boquiaberto quase que imediatamente, ele não podia acreditar na criatura diante dele, era Takarashi, o shinigami, dono do caderno.

Olá, eu me chamo Takarashi. E Curtis, não terei que explicar as regras pra ele não, né ? Já foi um saco explicar pra você. ㅡ O shinigami respondia com uma certa indignação no tom de sua voz, ele se jogou no chão e se deitou, como se nada estivesse acontecendo. ㅡ Relaxa, Takarashi. Deixa que a partir daqui, eu assumo. ㅡ Respondeu friamente Curtis, voltando sua atenção para Alex que ainda parecia abalado com o shinigami. Alex olhava repetidas vezes para Takarashi e depois olhava para Curtis, tentando entender como eles criaram um laço de amizade juntos, e de que forma isso foi possível. ㅡ Isso é insano demais pra mim, Curtis. Não consigo compree-... ㅡ Alex estava prestes a devolver o caderno para Curtis e ir embora da casa dele, quando foi interrompido e surpreendido por Curtis que se aproximou dele e o olhou no fundo dos olhos, cara a cara.

Presta atenção Alex, você não precisa usar a lógica para compreender o que é isso e o que está acontecendo. Takarashi é um Deus da Morte do Japão e esse caderno, bom, é um Death Note, um caderno da morte. Se eu escrever o nome de uma pessoa nesse caderno, enquanto penso no rosto dela, essa pessoa morre da maneira que eu quiser que ela morra. O caderno é muito poderoso, apesar das várias regras e termos de uso. Você vai entender melhor quando ler. Agora, leia as regras da contra capa. ㅡ Curtis se afastou e sentou-se novamente na cama, fechando os olhos, esperando que o amigo terminasse a leitura das regras do caderno. Ainda sem compreender, Alex decidiu abrir o caderno e ler as regras da contracapa. Ele demorou 20 minutos para terminar e analisar as informações do caderno uma por uma.

Isso não é normal. Esse caderno é detalhado demais pra ser brincadeira. Mas o que houve com Curtis e por que ele faria isso ? Será que se ele tivesse esse poder nas mãos, realmente agiria assim ? Se for o caso, estou lidando com um piromaníaco, mas isso é insano demais de se imaginar. Ele é meu amigo, tenho que acreditar nele. “ Pensava Alex, tentando ajeitar a bagunça que estava a sua mente naquele momento.

Preciso saber se esse caderno é realmente real. ㅡ Proferiu Alex, com uma voz de falsa coragem, se fosse verdade mesmo e aquele caderno fosse real, ele não saberia o que responder.

Simples. Abra o caderno e veja as mortes que eu programei. Toda as mortes que foram noticiadas e comentadas na internet a partir das 19:00, estão escritas aí. E não teria como eu saber dessas mortes e nem das condições delas, se eu mesmo não tivesse planejado, não é ? ㅡ Apesar de Alex ser o mais inteligente da classe, Curtis também não ficava pra trás, seu raciocínio era rápido e objetivo, mas só quando necessário, em questão de inteligência, Alex ainda estava na frente. Ainda incrédulo com toda aquela história de shinigamis, deuses da morte, cadernos que matam, Alex decide abrir o caderno diretamente na folha que Curtis escreveu detalhadamente a morte de cada uma das vítimas e as horas como foram previstas. Ele não podia acreditar no que estava lendo, aquilo era fisiologicamente impossível para Alex, a menos que o caderno fosse real e Curtis realmente pudesse controlar as ações das pessoas que antecedem sua morte. “Isso só poderia ser possível se esse caderno fosse real. “ Raciocinava Alex, tentando juntas todas aquelas informações para finalmente chegar a um senso comum.

Posso matar quem você quiser. Só preciso do nome e do rosto e pronto, estará morto. ㅡ Curtis já não falava mais com sentimento, aos poucos, o poder do caderno e sua ideologia de limpar o mundo, afetava sua mente. Alex se levantou da cadeira e se aproximou de Curtis, devolvendo o caderno a ele. ㅡ Só tenho uma dúvida... ㅡ Alex fez uma pausa, para fechar o punho e ter forças para conseguir falar.

COMO VOCÊ FOI CAPAZ DE MATAR AQUELAS PESSOAS ? ISSO É DESUMANO, ISSO É ERRADO. VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE TIRAR AS VIDAS DAS PESSOAS DESSA FORMA. VOCÊ NÃO PODE BRINCAR DE DEUS. ㅡ A voz de Alex se sobressaiu mais que o costume, seus olhos já estavam mareados e uma raiva imensa se aflorava em seu interior. Curtis ouviu os questionamentos de Alex com tanta indignação que, no momento que pegou o caderno de volta, ele se levantou da cama, se aproximou de Alex e o pegou pela gola de sua camisa, Curtis parecia estar tremendamente irritado pelas palavras do amigo.

ELES ? E QUANTO A MIM ? POR QUE VOCÊ ACHA QUE EU MERECI O QUE FIZERAM COMIGO ? POR QUE VOCÊ ACHA QUE EU MERECI SOFRER TANTO COM A PERDA DOS MEUS PAIS ? EU CRESCI SEM TER O APOIO MATERNO E PATERNO PARA ME SUSTENTAR. TIVE QUE APRENDER A CONVIVER COM A DOR. ESSA MESMA DOR QUE DILACERA MEU CORAÇÃO E MINHA ALMA CADA VEZ QUE EU PENSO NAQUELE DIA. E TUDO POR QUE ? POR CAUSA DE DOIS FILHAS-DA-PUTA QUE QUERIAM ROUBAR O CARRO DOS MEUS PAIS… ELES DESTRUÍRAM A MINHA VIDA PRIMEIRO. ESTOU APENAS DEVOLVENDO DA MANEIRA QUE ELES MERECEM! ㅡSeus olhos ardiam de ódio, Curtis já não controlava o tom de sua voz, falou tão alto que sua avó até poderia ouvir a conversa mesmo estando na sala. Por sorte, Madeleine dormia, enquanto a televisão da sala estava ligada. Depois de extravasar, Curtis empurrou Alex pra cima de sua cama e se afastou dele, ainda em fúria.

Você não entenderia pelo o que eu passei. Pela dor que eu senti, pelos olhares de pena das pessoas. Eu não sou um coitadinho! Não quero que as pessoas tenham pena de mim. Eu tive que aguentar isso tudo, sozinho….ㅡ Desabafou Curtis, dando um último suspiro de desgaste antes de sentar novamente na cadeira e abaixar sua cabeça. Alex não esperava uma resposta daquelas, e de início, ficou sem reação. Ele tentava processar todo o ocorrido, toda a informação que lhe foi dada e a reação repentina e explosiva de Curtis em relação aqueles questionamentos. “Pelo visto, esse caderno é realmente de verdade e ele, bom, ele parece decidido no que pretende fazer.” Depois de 5 minutos de inteiro silêncio no quarto, eis que Alex se levantou da cama para concluir a conversa com Curtis, ele já havia tomado a sua decisão! ㅡ Curtis...ㅡ Chamou a atenção de seu amigo, que ainda estava de cabeça baixa.

Você tem razão… Eu nunca vou entender as reais intenções que o levaram a fazer isso. Mas eu também não consigo sequer imaginar a dor e o sofrimento que você passou pela sua perda. Mas não seja egoísta... Seu irmão, sua avó, eu! Todos estavam esticando as mãos para poder te ajudar, mas ao invés disso, você se trancou no seu próprio sofrimento e, pelo visto, nutriu ele até hoje.. Eu não concordo com o seu pensamento e jamais seria capaz de fazer algo parecido. Mas… Se você quer a minha ajuda para qualquer coisa, é só pedir. Apesar de ir contra a minha ideologia, você é meu amigo e o carinho que temos um pelo outro supera quaisquer ideologias que eu possa ter. Mas não se engane! Como eu disse, discordo totalmente desse seu pensamento. Mas, caso você precise de ajuda em alguma coisa, que não seja matar pessoas, estou apto a lhe ajudar… Como por exemplo, a polícia está atrás da Fênix,,, ㅡ Sua voz apesar de um pouco falha, já não apresentava indícios de tensão ou alteração. Para Alex agir daquela forma, era necessário algo surpreendentemente inacreditável. Como, por exemplo, um caderno de um Deus da Morte capaz de matar pessoas. Alex aproximou sua mão do rosto de Curtis e ergueu o rosto do amigo para cima.

Pode contar comigo, meu parceiro! ㅡ Finalizou Alex, sorrindo para Curtis que parecia se acalmar com as palavras ditas pelo amigo. ㅡ Me desculpe, Alex. Eu me exaltei... ㅡ Antes que Curtis pudesse continuar com o pedido de desculpa, Alex fez um sinal com as mãos para que ele parasse naquele instante.

Esqueça isso. Eu também te peço desculpas, não devia ter agido daquela forma. Vamos, me diga. Precisamos pensar agora em como você vai ficar. Você sabe que a polícia vai vir atrás do Fênix, certo Curtis ? E eles não vão chamar um amador. Se duvidar, é capaz de chamarem o melhor detetive do mundo. No caso, o L...ㅡ Informou Alex, sentando-se novamente na cama de Curtis e pensando em possíveis possibilidades para a sua dedução.

Não sei... Assim que eu cheguei em casa, minha avó disse que meu irmão saiu de viagem, e que parecia ser super urgente e importante, era algo que tinha a ver com o trabalho dele, acho que ele foi pra França. Mas isso não é muito relevante, temos é que encontrar um jeito de esconder esse caderno. ㅡ Curtis comentava os acontecimentos com naturalidade, como se não tivesse ideia do perigo daquelas informações. Alex ficou surpreso ao ouvir o que o amigo lhe contou.

CURTIS, ACORDA! Você sabe o que tem na França ? Na França, mais precisamente em Lyon, fica a sede da Interpol! Se o seu irmão foi chamado para lá, e levando em consideração que ele trabalha no departamento de incêndios daqui de Manhattan, é muito seguro afirmar que o L apareceu nessa reunião ou pior… ㅡ Alex parecia estar tenso com suas deduções geniais, mas Curtis, agora, começava a tremer, ele não havia pensado nas consequências que lhe assombrariam por tentar mudar o mundo. ㅡ Como você pode ter certeza ? ㅡ Perguntou Curtis, chocado com a dedução e a rapidez de Alex.

Pensa bem. Seus dois primeiros alvos, além de estarem aqui em Manhattan, foram os culpados pela morte de seus pais. E por que a Interpol faria uma reunião com os policiais do departamento de Manhattan especificamente ? Não sabemos com precisão o que o seu irmão foi fazer na França, mas se minha dedução estiver certa e ele esteve numa reunião da Interpol... ㅡ Alex parou para respirar um pouco, ele suspirava só de pensar na hipótese. ㅡ O que, Alex ? Fala! ㅡ Suplicava Curtis, pedindo para que Alex fosse mais claro naquelas deduções para que ele pudesse entender.

Há uma grande possibilidade do L estar vindo pra cá, ou, já estar aqui…. Não faria sentido ele chamar agentes de departamentos relativamente ‘pequenos’ de um lugar específico. Se esse for o caso e eles estiverem vindo, ou já estando aqui, você corre perigo Curtis, temos que encontrar uma maneira de você esconder esse caderno. ㅡ Explica Alex, lembrando da regra que diz que os humanos que tocarem no Death Note, poderão ver e ouvir o shinigami, dono do caderno.

Tudo bem, vamos lá., Há uma regra que diz que o shinigami tem que seguir obrigatoriamente o dono original do caderno, que nesse caso, sou eu. Então, eu fico aturando o Takarashi, enquanto você, esconde o caderno em algum lugar. Você é um gênio da computação, Alex. Aposto que vai pensar num lugar bem impressionante pra guardar o caderno. ㅡ Respondeu Curtis, tentando tomar as rédeas da situação pouco a pouco. “Se L estiver mesmo vindo. Isso vai ser muito mais divertido do que eu imaginei”, pensava Curtis. ㅡ Muito bem lembrado! Então, está tudo certo, né shinigami Takarashi ? O caderno continua sendo de propriedade do Curtis, ele só irá me emprestar para esconder... ㅡ Alex falava com o shinigami como se ele fosse um criança.

Não precisa falar de forma besta, eu te entendo perfeitamente. Sim, o caderno será emprestado à você., Se isso estiver bem claro na hora da entrega, então tá tudo certo. ㅡ Explicou Takarashi, deixando a sua grosseira em evidência no tom de sua voz. Alex suspirou e voltou sua atenção para Curtis. ㅡAinda bem que eu não vou precisar ficar com esse troço. Não aguentaria um dia sequer com ele... ㅡ Desabafou Alex, olhando para Takarashi de esguelha, e o shinigami levantou os dedos e lhe mostrou o dedo do meio.

Não se preocupe com ele, Alex. Só dê um jeito de esconder esse caderno.ㅡ Curtis estava realmente preocupado com as deduções de Alex, e se ele realmente estivesse certo, L não demoraria muito para agir e Curtis tinha plena consciência disso.

Por enquanto, não precisamos nos preocupar. É provável que L só este vindo pra cá, se que é está vindo mesmo, pra investigar no local. Só temos que tomar cuidado para ele não associar a morte dos criminosos com a morte de seus pais, pois se ele fizer isso, chegará rapidamente no seu irmão e logo, em você…. ㅡ Informou Alex, explicando todo o desenrolar da dedução e, no que ela poderia gerar, caso ele estivesse certo.

Curtis já passou das dez! Eu preciso mesmo ir embora. Me dê o caderno, e eu prometo que guardarei num local seguro. ㅡ Alex se levantou, já preparando a sua mochila pára guardar o caderno, Curtis levantou-se logo em seguida e pegou o caderno de cima de sua mesa de computador. Mas antes de entrar o caderno ao seu amigo, Curtis retirou um total de 10 folhas para uso.

Não sei quando posso precisar… Então, vamos lá! Eu te emprestarei esse caderno por tempo limitado, ele continuará sendo propriedade minha! Está certo, Takarashi ? ㅡ Perguntou Curtis, olhando para o shinigami. Sem ser importar muito, Takarashi só mexeu as mãos, confirmando os termos. Alex pegou o caderno e o guardou na mochila. Caminhando até a saída, Curtis destrancou a porta do quarto e os dois foram em direção a sala. Quando Alex pensou em se despedir de Madeleine, ele a encontrou dormindo, com a televisão ligada. ㅡ Diga que eu mandei um beijo a ela. ㅡ Disse Alex.

Pode deixar. ㅡ Confirmou, Curtis. Os dois se dirigiram para a saída, Curtis abriu a porta e Alex saiu, virando-se e ficando de frente para o amigo novamente. ㅡ Relaxa. Estamos juntos nessa! ㅡ Alex esboçou um sorriso nos lábios e sem esperar uma resposta de Curtis, saiu correndo em direção a saída, ele já sabia exatamente onde guardar aquele caderno, mas precisaria de muita atenção e cuidado.

Era mais uma noite de trabalho no clube ‘Delicious Desire’ como qualquer outra. Scarlett, a ‘viúva negra’, do clube, chamava a atenção de todos os clientes. Ela dava vários giros no pole dance, e flertava com a imaginação dos homens com seus seios fartos. Um deles, um homem loiro, de aparência velha, chamou-a para área VIP, afim de um show solo. Scarlett aceitou, com uma certa quantidade de dinheiro, é claro. Chegando na área VIP, Scarlett fechava as cortinas, enquanto o homem continuava a beber. Na verdade, aquele senhor estava bebendo desde a abertura do local, que no caso, seria desde ás 20:00hrs.

Eu odeio o meu chefe. Ele me faz viajar para esses lugares estranhos e eu não gosto disso, sabe... ㅡ O sotaque do homem parecia ser inglês, mas Scarlett não tinha certeza. ㅡ Aham, pode continuar...ㅡ Ela já estava acostumada a servir de psicóloga para clientes bêbados. A maioria deles, só pagavam pelo show privado para poder desabafar com as dançarinas, poucos tentavam praticar atos sexuais com as strippers.

Eu fui na casa dele, e contei uma coisa importante pra ele. Só que ele me enxotou de lá. Eu disse que seus empregados estavam mortos, mas ele não me ouviu! ㅡ O homem misterioso não parava de beber, e seu último comentário despertou uma certa curiosidade em Scarlett. ㅡ Como assim, mortos ? Quem é seu chefe, o que ele te mandou fazer ? Vamos, pode beber. ㅡ Scarlett o encorajava a beber mais, para que a verdade fosse dita. A stripper nunca viu aquele homem no clube ou pelas redondezas, então era provável que sua história tivesse alguma parcela de verdade.

Eu trabalho pro primeiro ministro de Manhattan. Os dois su-subordinados dele se mataram na prisão. Foram esses dois que mataram Cornelia e Steve Prime. Eles mataram o deputado do parlamento, a mando de Schneider Knight, meu ch-chefe. ㅡ A voz do homem falhava e ele até soluçava e,m algumas partes em que revelava os acontecimentos para Scarlett. Ele estava bêbado demais para medir as coisas que contava para a stripper.

Então quer dizer que o foi o primeiro ministro que mandou matar o deputado Steve Prime ? Essa informação é bem curiosa. E como eles morreram mesmo ? ㅡ Questionou Scarlett, completamente desinformada dos acontecimentos atuais.

Você não soube ? Tá todo mundo falando disso por aí! Apareceu um novo justiceiro na cidade. Alguém para punir os maldosos. Segundo o que eu li, quem os matou ou que armou tudo isso foi alguém, ou alguma coisa que se intitula ‘Fênix’. ㅡ Contou o homem misterioso que não aguentou de tanta bebida que ingeriu e acabou caindo no chão, desacordado. ㅡ Será que pode ser verdade ? Devila…. ㅡ Antes que Scarlett pudesse completar a sua pergunta, a Rainha já vinha com a resposta.

Já sei o que vai me perguntar e acredito que sim. Como Rainha, eu posso sentir a presença de outros shinigamis ao meu redor. Há mais alguém com a posse de um Death Note por aí....ㅡ Revelou Devila, sentindo a presença de um Deus da Morte, que apesar da enorme distância, lhe era perfeitamente perceptível. ㅡEntão quer dizer que alguém quer brincar de Kira, não é ? Realmente. Eu não tinha parado para pensar nisso. É bem possível que Kira tenha usado um Death Note no passado…. Hmpf! Enfim, isso não importa agora.. Eu vivo o presente e ninguém irá fazer o meu serviço! Já existe alguém para punir os homens nojentos que vivem pela sociedade. Seja lá qual for essa pessoa, eu irei cuidar dela... ㅡ Respondeu Scarlett, vestindo-se novamente, ela parecia muito decidida no que iria fazer. ㅡ O que pretende fazer ? ㅡ Perguntou Devila, com uma certeza curiosidade. ㅡ Prepare as malas, minha Rainha. Porque vamos para Manhattan! ㅡ Finalizou Scarlett, formando um sorriso malicioso nos lábios. “Odeio ter que estragar a sua festa ‘Fênix’. Mas só há lugar para um Death Note nesse mundo!

Chegando no apartamento escolhido a dedo por L, a ‘X’ se aproximava da porta do quarto dele, mas logicamente, havia um sistema de segurança. ‘X’ retirou sua identidade da bolsa e a colocou de frente para o identificador que estava na porta do quarto de L.

Ah, L. Abre logo essa porta…. ㅡ ‘X’ reclamava, ficando irritada com aquele sistema de segurança criado pelo próprio L. ㅡ Não. Até você pegar o jeito! Abra do jeito que lhe foi explicado, esquentadinha. ㅡ Respondeu L de dentro do quarto. Sua voz era grossa e rouca ao mesmo tempo, lhe dando um ar de mais velho do que realmente aparentava ser. De dentro do quarto, podia-se ouvir mais alguma coisa. Era uma melodia suavemente bem tocada…

Olha aqui, eu sou Vex Rose. Quer fazer o favor de abrir essa porta, agora ? ㅡ A mulher, agora conhecida como Vex, esfregava sua identidade na porta do quarto, no centro do dispositivo de identificação quando L surprendentemente abre a porta e a puxa para dentro do apartamento e lhe dá um tapa no topo de sua cabeça.

Quantas vezes eu tenho que lhe dizer para não falar sobre nome tão facilmente por aí… E você grita ele no corredor do prédio. Sorte sua que eu aluguei o andar inteiro. ㅡ Resmungava L, voltando para sua poltrona onde estava anteriormente. Há uma lenda de anos que diz que todo o detetive que chega se torna o L de sua geração, tem que adotar uma mania para si. O L original, segundo a lenda, tinha mania por comer doces de todos os tipos, o segundo L, ao que parece, tinha a mania de brincar com brinquedos. O L dessa geração tinha uma mania peculiar…

Não acredito que você ainda está to-.... ㅡ L interrompeu os lamentos de sua parceira, Vex, para continuar a melodia. O L tinha a mania de tocar flautas, e naquele momento, ele tocava uma sinfonia quase perfeita.

Não me atrapalhe quando eu estiver com a minha flauta. É o momento em que eu estou pensando e você sabe disso… Minhas habilidades dedutivas sobem em 30% quando eu penso enquanto toco.ㅡ Explicou L, voltando a tocar calmamente a sua flauta. Ele trajava o que parecia ser um blazer roxo com uma gola que ia até o seu pescoço, uma calça preto suficientemente colada as suas pernas. Ele também usava luvas pretas e um colar com um sol como pingente. Vex retirava o ‘X’ que grudou no seu rosto e por fim, tirava toda a roupa que precisou usar para esconder sua identidade.

E então ? Já sabe quem iremos caçar ? ㅡ Perguntou Vex, aparentemente animada com o novo caso. Vex era a única ligação do L com a Interpol e qualquer outra autoridade do mundo. Porém, nenhum membro da Interpol já viu o rosto dela. X e L trabalham juntos há mais de 5 anos, e eles vem capturando criminosos e solucionando mistérios desde então.

Apronte tudo para uma viagem. Tem alguém que eu preciso conhecer…. ㅡ Respondeu L com naturalidade e até com uma certa imponência, ignorando completamente a reação de Vex. ㅡ Você só pode estar brincando com a minha cara… Como eu vou arrumar uma viagem a essa hora ? E outra, pra onde vamos exatamente ? E quem você quer conhecer ? Ah, Layout, só batendo em você...ㅡ Vex pretendia continuar a frase, mas foi surpreendida por um puxão de orelha rápido e repentino de L.

NUNCA. Eu repito caso esteja surda, NUNCA diga meu nome novamente em voz alta. ㅡ Recriminou L, mudando seu tom para o mais sério possível. Vex parecia não entender que o simples fato de alguém saber seu verdadeiro nome poderia ser causa de sua morte.

Ah tá, foi mal… Perdão. Responda a minha pergunta pelo menos. ㅡ X questionava novamente. ㅡ Não brinque com a sua vida, X! Essas pessoas podem te matar só de saber seu nome. Enfim… Arranje uma viagem para os Estados Unidos, em específico, Manhattan. ㅡ Relevou L, cessando finalmente sua melodia e se pondo para pensar.

E quem você quer conhecer ? ㅡ Perguntou, Vex. ㅡ Analisar as provas dos suicídios e principalmente, conhecer a família Prime. Quero ver de perto quem é Kristoff e Curtis Prime, pois se minha dedução estiver correta. Há chances de alguém daquela família ser a Fênix! ㅡ Revela L, voltando a tocar sua flauta calmamente.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, quem quiser dar uma olhada na lista de personagens, nos pp's que eu uso para ilustrar cada personagem, é só dar uma olhada nesse link aqui( https://docs.google.com/document/d/1qw_6R-dS17_a6cxNp-cb5Hm4zB8xC5-02yJLekm5t-Q/edit?usp=sharing )
Espero que gostem e não esqueçam de comentar, obrigado!