Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 27
Sacrifício.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Eu sei, eu sei! O que eu fiz não tem perdão! Mas mesmo assim peço de coração que me perdoem por esse sumiço de meses.
Poderia fazer uma mega nota inicial justificando minha mancada, mas prefiro compensa-las com um capítulo repleto de novidades. O maior que já fiz, sem dúvidas!
Então, já falei mais de mil vezes que estamos na reta final, e acreditem, é verdade :( Não dá para estender muito (e é exatamente o que estou fazendo). Para terem noção, quando comecei a fanfic, iria escrever até o capítulo 15 apenas. Mas muitas de vocês vieram com ideias maravilhosas, logo, não pude negar agradar a todos, inclusive a mim. Enfim, reta final! Obrigada pelos lindos comentários e pela compreensão do meu sumiço. Vocês são demais!
Ah! Antes que me esqueça, vou mudar a classificação da fanfic para +18. Logo, logo vocês entenderão o motivo hehe Não me odeiem!
Boa leitura!



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POV FELICITY

– O que tem em mente? – Richard aguarda meus comandos para agir e começo a digitar em busca dos arquivos da Palmer Technologies. Sei que minha ideia é maluca e arriscada, mas é o que temos para o momento.

– Quando lutamos contra Ra’s Al Ghul há alguns meses, Ray usou seus neurotransmissores para parar os efeito da arma biológica Alpha-Ômega. – Meu pai assente demonstrando conhecimento sobre o episódio. - Minha ideia é usa-los novamente para produzir um pulso eletromagnético e assim cortar a transmissão dos neurotransmissores que estão controlando os meta-humanos de Damian. Pelo menos assim poderemos evitar mais alguns conflitos.

– Felicity é muito arriscado. – Enfim opina sobre meu plano. – Conheço Damian. – Fecho a cara. – Quando ele cisma com um plano não o abandona até conclui-lo. Ele não é o tipo de homem que foge quando surgem imprevistos. Ele virá atrás de quem ousar atrapalha-lo. É muito arriscado.

– Felicity! – A voz de Oliver ecoar através do comunicador antes que pudesse argumentar contra meu pai. – Damian não está aqui! É uma cilada. – Diz furioso e posso ouvir evidências de um conflito contra meta-humanos. – Encontre-o! – Ordena com a voz alterada e sei que não está para brincadeiras. Começo a digitar freneticamente e não encontro nada através do meu programa de reconhecimento facial.

– Eu não consigo acha-lo! – Me desespero. – Droga, ele é muito bom em se camuflar. – Ouço um estrondo pelo comunicador e vejo o corpo do Arqueiro e do Batman serem arremessados através da parede da sala que Damian supostamente estava. – Oliver! – Grito seu nome sem ligar para a presença de meu pai que até agora não sabia sua real identidade. Dois meta-humanos saem pelo buraco na parede em direção aos heróis caídos. - Preciso fazer algo. – Lanço um olhar rápido para Richard e antes que ele pudesse me impedir aperto o botão que libera os pulsos eletromagnéticos.

– Não! – Richard grita e corre em minha direção. Ignoro seu desespero ao ver que os meta-humanos agora estão se contorcendo com a mão na cabeça e aos poucos cedendo ao chão. Suspiro aliviada quando vejo os dois heróis se levantarem a caminho de rende-los. – Você não tem noção do que acabou de fazer. – Meu pai me repreende.

– Eu fiz exatamente o que os heróis fazem, pai. – Contra argumento. – Me sacrifiquei pelas pessoas que amo. – Sorrio fraco e homem se aproxima me envolvendo em seus braços. Uma sensação boa me atinge, sensação essa que não sentia há anos.

– Precisamos avisar o resto da equipe que agora viramos alvo de Damian. – Diz ao separar nosso abraço. Olho de relance para as câmeras e vejo todos da equipe entretidos com os capangas de Damian e outros problemas muito maiores que me proteger de um possível ataque. – Felicity. – Prende minha atenção novamente. – O que está esperando? – Franze o cenho. Eu não posso simplesmente avisa-los sem ter certeza da veracidade do risco que estou correndo. Eles estão salvando outras vidas. Um estrondo ecoa pela caverna e dessa vez o som não sai pelo comunicador. – Tarde demais. – Meu pai grita e corre em direção a gaveta de armas.

– Oliver! – Chamo-o pelo comunicador, mas não obtenho resposta. Pancadas na porta agora ecoam mais alto pelo local. Droga! – Oliver! – Tento novamente revezando meu olhar entre o computador e a porta. Pego a arma que Richard me estende e me sinto estranha. Essa não é a primeira vez que seguro uma, mas pode ser a primeira vez que irei usa-la.

– Fe..ty. – Sua resposta sai picotada e vejo o quanto a conexão está péssima.

– Oliver, se você estiver ouvindo, venha para a caverna imediatamente! Damian Dark está aqui. – Assim que termino de falar a porta cede e alguns homens invadem todo local. Sem esperar qualquer movimento meu pai atira e apenas o acompanho. Não vou esperar me matarem. Disparo a metralhadora em direção aos homens e recuo com Richard para trás de algumas mesas. – Armas e salto alto não combinam. – Murmuro nervosa enquanto meu pai recarrega a arma. Olho pelo reflexo do vidro os homens avançarem em nossa direção. Conto quatro capangas, mas não há sinal de Damian. Meu pai adota uma posição melhor e dispara acertando um dos homens. Respiro fundo e ergo meu corpo disparando mais algumas balas e acertou outro. Comemoro enquanto me abaixo, mas ouço um urro vindo de meu pai. Olho para lado e o vejo caído com a mão no braço. Engatinho até ele e posso ver o sangue sair de sua ferida. Droga! Pressiono a ferida e fito seus olhos com lágrimas. Um sorriso surge em seus lábios e franzo o cenho.

– Minha filha é durona. – Desabafa e não contenho um riso nasalado.

–Essa não é hora de fazer piadas. Não quando estamos a ponto de sermos assassinados. -Sinto uma mão puxar meu rabo de cavalo com força e grito com a brutalidade. O outro homem ergue meu pai pelo seu braço machucado e posso ver sua feição de dor.

– Não a machuquem! – Implora enquanto o homem me arrasta até a cadeira. Me sento com seu empurrão e estremeço quando aperta minhas mãos com amarras. Um silêncio se instala no local quando Damian surge na sala. Seus olhos vagueiam pelo local parcialmente destruído e param em meu pai agora ajoelhado.

– Veja quem está aqui! – Sorri cinicamente enquanto se aproxima. – Procuramos por você em todos os lugares. – Dá os ombros. – Imaginei que estivesse com sua família. Mas fiquei surpreso quando fomos até Vegas e você não estava com Donna. – Oh não! Mamãe. – Ela continua a mesma mulher durona de sempre. – Provoca e engulo seco, enquanto lágrimas se apoderam de minha face.

– Filho da mãe! – Meu pai grita. – Se você fez algum mal à ela, eu juro que...

– Jura o que? – Desdenha e expande o sorriso. – Que irá me matar? Não sei se percebeu, mas não está em posição de fazer ameaças. Não quando estou com sua filha na minha mira. – Posso ver meu pai engolir em seco e o olhar frio de Damian me atingir. – Você é a famosa Megan. – Franzo o cenho de leve e levo os olhos até meu pai. Então ele acha que me chamo Megan? Por isso não veio atrás de mim. Meu pai deve ter dado um jeito de esconder minha real identidade por todos esses anos e fez isso para me proteger. – Tenho que admitir, não esperava encontrar uma pessoa com habilidades que ultrapassam as de seu pai. – Caminha parando a alguns centímetros diante de mim. – Estou curioso. Onde está seu herói que ainda não apareceu? Esperava que ele viesse a meu encontro. – Sorrio vitoriosa por pelo menos isso ter falhado em seu plano.

– Ele está ocupado acabando com seus capangas. – Retruco com não sei qual coragem. Sua feição se fecha e seus olhos se estreitam como se me analisasse.

– Você poderia ser útil. – Desabafa e ergue a mão em minha direção. Viro meu rosto com nojo de seu toque, mas um puxão em meu queixo me obriga a encara-lo novamente. – Será um desperdício matá-la.

– Por favor, não a machuque. – Meu pai implora novamente e Damian quebra nossa troca de olhares para fita-lo. – Eu volto a trabalhar para você, mas deixe-a fora de toda essa confusão. – Uma risada escapa dos lábios do vilão e um frio corre por minha espinha.

– Por que eu iria querer você de volta? Se eu tenho ela. – Vocifera e estremeço com a ideia de ser usada para qualquer mal. Droga, Oliver, onde você está? – Está resolvido. – Damian volta a sua calma anterior. – A garota vai conosco. – Um dos capangas assente e me desamarra.

– Quanto a ele? – O outro questiona apontando para Richard.

– Mate-o. – Damian ordena e caminha em direção a saída. O homem me ergue com um aperto no braço e começa me arrastar.

– Não! – Grito e tento me soltar desesperada. Olho para Richard, mas o enxergo com dificuldade, já que meus olhos estão repletos de água. – Pai! – Ele me olha com um sorriso nos lábios e sussurra um “Eu te amo”. – Não! - O homem me joga por seu ombro e esperneio não me deixando ser levada. – Por favor. – Soco suas costas e assim que atravessamos a porta ouço um barulho de tiro. - Não! Pai! Por favor. - Paro meus movimentos ao ver que não fazem nem cócegas e sou jogada com brutalidade no fundo de uma van. A mesma começa a acelerar e imagino ser meu fim. O que eu vou fazer? Onde está Oliver? O que será de mim?

[...]

Alguns bons minutos se passam desde todo o conflito na caverna e imagino pelo tempo que já estamos próximos a saída de Starling City. Minhas lágrimas já cessaram, mas ainda não posso acreditar que perdi meu pai e que dessa vez é para sempre. Logo agora que tinha conseguido recuperar esse vazio que ocupava meu coração. Acordo de meus pensamentos quando a van freia e automaticamente meu corpo é arremessado para a outra extremidade. O homem que me vigiava me puxa pelo braço e me tira de seu caminho até a porta.

– Não tente fugir. – Diz antes de sair pela porta e me trancar novamente. Ah claro, porque eu realmente vou seguir seu conselho e não vou aproveitar a oportunidade de tentar fugir, afinal eu quero fazer parte dessa organização. Ironizo em meus pensamentos e levo um susto ao ouvir uma troca de tiros do lado de fora. Finalmente! Os barulhos aos poucos somem e meu coração está disparado no peito aguardando ansiosa pelo resgate. Ouço alguém forçar a porta e me surpreendo quando vejo vários homens desconhecidos e armados abrirem a porta. Um deles estende o braço para mim e não sei ao certo o que fazer. Arrisco minhas chances e saio da van tempo o suficiente para dar de cara com a última pessoa que esperava ver: Amanda Waller.

– Srta. Smoak. – Me cumprimenta com um aceno de cabeça. – Acredito que tenha uma pessoa desesperada em vê-la. – Franzo o cenho sem entender. Quer dizer, sei que ela se refere a Oliver, mas porque diabos ela me salvou e não ele? – Acredito que sua pergunta não seja pertinente, uma vez que já está a salvo. – Nossa, eu e minha língua. – Venha, vamos leva-la até ele. – Começo a caminhar, mas paro rapidamente e analiso o lugar a minha volta. Está escuro e estamos em uma estrada completamente deserta. Vejo o carro de Damian um pouco mais a frente com todas as portas abertas e sendo analisado por diversos funcionários da A.R.G.U.S. Vejo os corpos de seus capangas no chão, mas não consigo identifica-lo.

– O que aconteceu com Damian? – Questiono curiosa e a mulher sorri.

– Nós já cuidamos disso. – Se contenta em dizer e pela primeira vez suspiro aliviada por não ter o Team envolvido com isso. Entro no carro com Amanda e depois de alguns minutos percebo onde estamos. – Não sei se quero entrar. – Digo em um pio de voz e Amanda me fita curiosa. – Meu pai... – Um nó se forma em minha garganta ao pensar em ver o corpo inerte de meu pai.

– Ele está bem, Felicity. – Oi? Ele levou um tiro. Como assim? – Nossa equipe chegou a tempo de poupa-lo. O disparo que ouviu foi para deter o funcionário da H.I.V.E. – Solto todo o ar de meus pulmões e sorrio aliviada. – Ele foi levado ao hospital e passa bem.

– Obrigada. - Desço do carro com um peso menor em meus ombros e respiro fundo antes de entrar na cave. Oh, Deus! Eu estou tão ferrada. Entro no local e me surpreendo quando encontro o espaço vazio. Está parcialmente destruído e opto por começar a arrumar enquanto a equipe não volta.

[...]

Ouço passos apressados na escada e me endireito na cadeira imaginando o que está por vir. Viro a cadeira e encontro o Arqueiro sozinho. Oh, ele está bravo!

– Felicity! – Oliver me aborda de forma nada educada e caminha até mim em passos rápidos. – O que estava pensando? – Joga sua aljava sobre a maca e para bem próximo a mim com uma postura autoritária, típica de quando brigamos. Suas feições não são as melhores. Posso ver seu maxilar tencionado e a veia saltada em sua testa. Sei que o irritei ao extremo agindo por suas costas, mas ele precisa entender meus motivos. Ele não é o único disposto a se sacrificar pela equipe. Estufo o peito e sustento seu olhar duro o desafiando. – Você tem ideia do que poderia ter acontecido se esse plano não desse certo?! – Quase grita e se vira caminhando poucos passos para longe de mim, como se estivesse tentando se acalmar. – Você não pode tomar uma decisão sozinha! – Se vira novamente com os olhos vermelhos de raiva e respiro fundo tentando conter a minha. Me nego a chorar agora.

– Oliver! – O interrompo antes de seu típico discurso. – Você acha que é o único que tem direito de se sacrificar pela cidade? – Seus olhos se estreitam e seu maxilar se tenciona ainda mais enquanto cruza os braços. – Eu precisava fazer alguma coisa, caso contrário perderia todas as pessoas que mais amo. – Ele bufa, revira os olhos e me lança um olhar de reprovação. – Não venha me repreender. – Grito. - Você não tem esse direito! Durante três anos estive do seu lado apoiando qualquer plano maluco que te colocasse em risco. Nesse tempo todo vi você se sacrificando inúmeras vezes para proteger a cidade e as pessoas que mais ama. Sabe qual a sensação de ver a pessoa pela qual é perdidamente apaixonada se entregar a escuridão diversas vezes? – Explodo com fúria e Oliver se surpreende com meu comportamento. Ele não imagina a agonia que vivo a mais de três anos. – Não venha me dar um sermão de como devo me manter segura porque sou importante para você, sendo que é você que se arrisca todos os dias quando sai por essa porta. – Sinalizo a porta e deixo as lágrimas escorrerem por meu rosto. Droga! – Você não pode me privar de proteger quem mais amo. – Finalizo e puxo todo o ar para os meus pulmões tentando recuperar minha respiração. Oliver permanece parado me fitando sem emitir um misero som. Meu coração aperta e minha vontade de chorar se intensifica. Ele acha que não o amo o suficiente para me sacrificar por ele? Ele não entende quando digo que realmente o amo? Como ele pode ser tão teimoso? Bufo frustrada e seco as lágrimas rápidas que escorrem por meu rosto. Ouço o barulho de passos e várias vozes vindas da escada. Lanço um último olhar para Oliver, agora encostado na maca e saio rumo ao banheiro. Não quero que o resto da equipe me veja nesse estado.


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Notas finais do capítulo

É isso ai gente! Eu ia dividir o capítulo da luta final, mas resolvi postar ele inteiro e grande para compensar minha mancada. Vocês acreditam que faltam apenas dois capítulos para finalizar? Eu não posso com isso! Enfim, espero que tenham gostado desse desenrolar da trama de Damian Dark e não deixem de comentar ;) Amanhã tem mais!
Beijos
Xoxo



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