Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 22
Flash.


Notas iniciais do capítulo

Pela primeira vez teremos nosso querido Barry Allen narrando o capítulo! Gente, eu amo ele



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CENTRAL CITY- POV BARRY

Sempre fui atraído pela ideia de ajudar as pessoas e fazer o máximo para protege-las. Acredito que esse sentimento surgiu quando perdi minha mãe para, até alguns meses, algo inexplicável. Entrei para a polícia buscando encontrar uma explicação para seu assassinato e por causa desse meio, tive a oportunidade de conhecer o vigilante de Starling City. Ajudei Oliver sem ao mesmo saber quem era e me encantei com a ideia de ter uma equipe. Até que o imprevisível aconteceu e me tornei outra pessoa. Ser um herói é o motivo pelo que luto todos os dias. Uso minha super velocidade para contribuir para a cidade e cumprir meu dever de protege-la. Mas há uma parte desse trabalho que nunca vou me acostumar: os vilões. A maioria deles são apenas idiotas movidos pela ganância ou vingança pessoal. Entretanto existem aqueles movidos por um desejo de dominação, aqueles que utilizavam da inteligência e falta de escrúpulos para subjugar e controlar as pessoas, que não se importam com as vítimas ocasionais deixadas pelo caminho. Esses são os piores porque agem nas sombras e nunca sou capaz de prever quando vão atacar. E quando atacam o resultado é sempre o mesmo: Caos.

A cidade está uma desordem, um grupo terrorista ainda não identificado invadiu a prefeitura de Central City e sequestrou o prefeito. A polícia não sabe o que fazer, então Joe pediu para que o Flash resolva esse problema. Cisco está a alguns minutos tentando rastreá-los com o programa de reconhecimento facial que Felicity criou. Os computadores começam a apitar e as telas ficam pretas.

– Vocês não vão me parar. – Uma voz grave ecoa pelo local, nos surpreendendo.

– Quem é você? - Pergunto irritado e recebo uma risada seca como resposta. - Eu vou pará-lo, você não sabe do que eu sou capaz! – Ameaço, mas a risada não cessa.

– Eu sei quem você é. – Engulo seco. - Você é o Barry Allen, perito forense, filho de Nora e Henry Allen. Foi atingido por um raio no dia da explosão do acelerador de partículas e agora possui super velocidade. - Desabafa tediosamente. Gelo ao ouvi-lo passar toda minha ficha. Como ele descobriu minha identidade assim tão fácil? - O importante é que você não pode nos parar. - Ri novamente.

– Eu vou. - Respondo decidido, enquanto Cisco tenta localizar algum endereço. O perímetro está quase definido e me choco ao ver a direção, na qual estão se movendo: Starling City.

– Como pretende me parar, Sr. Allen? Pelo que eu saiba você possui super velocidade e não capacidade de estar em vários locais ao mesmo tempo. O que você vai fazer? Salvar o prefeito ou centenas de pessoas em um hospital em chamas? Ou aquelas crianças no orfanato no qual eu estou prestes a acionar uma bomba? ­- Lanço um olhar rápido para Caitlin que confirma a veracidade de suas ameaças. Droga! - A escolha é sua, Flash.

– Perdi o sinal! - Cisco grita. - Vou tentar rastrear a entrada dele no nosso sistema, mas vai demorar um pouco. Eu não sou a Felicity. – Assinto e visto meu traje.

– Nós precisamos fazer alguma coisa. – Minha voz sobressai. – Caitlin, ligue para Joe e explique a situação. Cisco, localize o responsável por isso. Vou para o Hospital tentar parar o incêndio e desarmar a boba no orfanato. – Corro até o hospital e apago o fogo depois de tirar todos de lá. Parto para o orfanato e em segundos localizo a bomba. Consigo desarma-la sem dificuldades e saio em direção ao centro da cidade onde uma série de assaltos estão ocorrendo nos bancos, agora que a polícia está incapacitada de ajudar.

Tento me comunicar com a equipe, mas o comunicador parece estar danificado. Ligo para Caitlin e cai na caixa postal. Alguma coisa está errada. Volto para Star Labs o mais rápido possível e me desespero ao ver tudo destruído, os computadores, os equipamentos, mesas e cadeiras espelhados pelo local. Procuro pela equipe por todos os cantos e os encontro presos na antiga cela do Dr. Wells.

– Vocês estão bem? – Pergunto preocupado ao ver o baixo nível de oxigênio no container. – O que aconteceu?

– Barry. – Cait me chama com a voz fraca, recuperando o ar. - Eles soltaram todos os meta-humanos. – Sinto um aperto forte no peito e cerro os punhos com raiva. Todo o sacrifício que fiz pela cidade foi completamente desfeito. Eu não sei mais o que fazer. Eles estão sempre um passo à frente. Minha cabeça começa a trabalhar em uma possível solução.

– Eles destruíram tudo? – Indago e Cisco sorri erguendo um tablet.

– Depois de quase um ano, ainda não aceitou que eu sou um gênio. – Solta convencido.

– O que você conseguiu? – Pergunto sem tempo para brincadeiras. O prefeito ainda está em perigo.

– Não muito, apenas esse nome. – Diz apontando para a tela, com grandes letras garrafais H.I.V.E. e um número de I.P. – Não sei do que se trata e não consegui rastrear. – Levo a mão até a cabeça tentando clarear as ideias.

– Precisamos de ajuda. – Assumo convencido. – Precisamos da Felicity. – Cisco e Caitlin assentem. Assim que pego meu telefone, o rosto da hacker surge na tela. Parece que nós não somos os únicos com problemas.

Em menos de 5 minutos chego ao novo endereço da caverna. Paro diante de Felicity e a abraço transmitindo todo o conforto possível devido a situação pela qual está passando. Oliver desliga o telefone com uma feição indecifrável e enfim me cumprimenta.

[...]

– Você foi atingido por um raio? – Selina pergunta curiosa. – E ganhou super velocidade, como consequência? – Questiona chocada e dou os ombros.

– Relaxa. – Olho para Diggle. – Depois de um tempo você se acostuma. – Maneia a cabeça. – Eu acho. – Finaliza e rio com seu jeito cético.

– O que aconteceu em Central City? – Bruce interrompe nossa conversa.

– O prefeito foi sequestrado e a polícia não estava conseguindo conter a situação. – Respiro fundo e passo a mão pelos cabelos. – Eles fizeram uma série de atentados em localizações diferentes. Então eu e minha equipe precisamos intervir. – Ele provavelmente entende meus motivos de deixar o prefeito ser levado.

– Fique tranquilo. – Toca meu ombro. – Conseguiremos sair dessa. – Assinto com seu consolo e olho para Selina com o olhar preso em Bruce. Pigarreio chamando a atenção de Jonh e aponto com a cabeça discretamente. Ele parece entender e me acompanha, deixando os dois a sós. Passo os olhos pela caverna, observando todos a minha volta. Oliver e Felicity estão abraçados na área de treino. Posso imaginar como ela deve estar se sentindo. É bom vê-los juntos. É bom ver que Oliver finalmente está onde sempre foi destinado a ficar, ao lado dela. Um pouco afastado dos dois Laurel está conversando com alguém no telefone, provavelmente avisando Thea sobre toda a situação. É impressionante como todos se envolveram nessa cruzada, sem pensar nas consequências. Afinal, é nosso dever, como heróis. Uma movimentação onde há pouco estava com Dig me chama atenção. Bruce e Selina estão próximos um do outro e parecem discutir.

– Já vi esse filme antes. – Jonh diz, analisando a cena ao meu lado. Sorrio com sua honestidade. Selina revira os olhos e se afasta, deixando a caverna. – Eu disse. – Ergue a sobrancelha e imagino o que Jonh não passou com a teimosia de Oliver e Felicity. O barulho da tranca ecoa por toda a sala e todos se aproximam, esperando por Ray.

– Espero que não tenha problema. – Ergue as mãos em rendição e já sei que lá vem bomba. – Eu trouxe reforço. – Franzo o cenho ao ver uma mulher entrar no local com um sobretudo preto. Tenho quase certeza que a conheço de algum lugar. Me surpreendo quando outras duas pessoas conhecidas entram e automaticamente cerro os punhos. Capitão frio e Onda térmica. Nosso último encontro não foi dos melhores e não sei se estou disposto a cometer o mesmo erro novamente. Felicity me lança um olhar curiosa e solto o ar de meus pulmões, tentando me acalmar. Estou prestes a dize algo, quando a porta abre novamente e Sara Lance surge em meu campo de visão. Olho para os lados e encontro uma reação esperada pelo resto da equipe. Meus olhos antes em Felicity vão até Laurel que está mais afastada.

– Sara? – Laurel questiona sem reação e dá um passo à frente.

– Oi gente. – A loira ergue a mão e acena de leve. Um silêncio se instala no local por alguns segundos.

– O que? Mas como? Você... – Felicity se manifesta, mas não consegue formular uma frase. Quase rio com seu jeito afobado. Ela solta o ar pesadamente e caminha até Sara a abraçando com muita intensidade. Depois de alguns segundos, se afasta e olha para Laurel, esperando uma resposta de seu corpo. Sara abre os braços e automaticamente a canário negro corre em sua direção. O único som no local são os soluços abafados de Laurel.

– Eu estou bem. – Diz afagando o cabelo da irmã.

– Sem querer interromper todo esse momento. – Capitão frio gesticula e interrompe. – Temos problemas maiores agora. – Estreito os olhos em sua direção. Ele não tem o direito de atrapalhar esse momento. Vejo Felicity revirar os olhos e quase imito seu gesto. O vilão dá os ombros e se afasta de todos, se encostando na parede. Me aproximo um pouco de Felicity e toco seu ombro em sinal de conforto. Um sorriso surge em seus lábios ao ver Oliver e Sara em um reencontro.

[...]

– Eu comecei essa cruzada sozinho há alguns anos atrás. - Oliver começa. - E tinha a intenção de continuar assim. Tinha um plano. – Permanece com a cabeça baixa. - Mas a vida tinha outro diferente. As coisas começaram a melhorar e formei meu time com duas pessoas extraordinárias. – Sorri para Diggle e depois para Felicity. - Mas como sabemos, tudo que é bom dura pouco. – Volta a encarar o nada. - Coisas estranhas aconteceram e perdi muitas pessoas importantes. Passei por muitas situações e demorei para me tornar quem sou hoje. – Traz o olhar até mim. - Um grande amigo foi atingido por um raio e se tornou o que considerávamos impossível. Ele se tornou um herói e me ensinou que ás vezes não somos bons o suficiente para mantermos nosso lar seguro. Me ensinou que precisamos nos unir como uma equipe para ajudar a salvar o mundo. – Sorrio com suas palavras e assinto, me lembrando do dia exato que o aconselhei. - Nós somos essa equipe. Nós somos a solução para essa guerra e precisamos lutar para proteger quem mais amamos. – Diz convicto e sorrio ao pensar em como Oliver amadureceu.

– Isso vai ser o máximo! – Digo empolgado e percebo que acabei quebrando todo o momento criado.

– Oh, Deus! Será que podemos começar com a ação? – Onda térmica reclama. – Todo esse açúcar está atacando minha diabetes. – Revira os olhos e cruza os braços.

– Nós deveríamos dar um nome ao grupo! – Ignoro o vilão e vejo a feição de Oliver mudar. - Já sei! O que acham da Liga da Justiça? - Oliver me lança um olhar mortal e dou os ombros.

– Nós não nos chamaremos assim. – Diz claramente irritado.

– Eu gostei. – Felicity fala e cora ao perceber que falou em voz alta.


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Notas finais do capítulo

Esse foi o capítulo que a linda Luna_lovegood me ajudou a escrever e palavras não expressam meu agradecimento! Como muitas de vocês sabem, nos fechamos uma parceria para encerrar essa história. Nossa ideia está sendo trabalhada em conjunto e estou muito feliz com o resultado. Sei que esse é o capítulo mais curto que já postei. Pensei em escrever a continuação e posta-lo só amanhã, mas já fiquei muito tempo sumida. Optei por postar logo e não deixar vocês sem leitura por hoje. Nossa ideia nesse capítulo foi de introduzir nosso amado Barry Allen na história e como podem ver ele também está com problemas. Espero que estejam gostando ;) Não deixem de comentar. Beijinhos e até breve!



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