Once Upon a Time escrita por Lucy G Salvatore


Capítulo 11
Batman.


Notas iniciais do capítulo

O que será que temos para hoje? Muitas revelações. Muito obrigada por todos os lindos comentários! Não deixem de ler as notas finais ;) Vou deixar vocês lerem agora. Boa leitura!



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POV FELICITY

Chego em casa depois de mais um dia corrido na empresa e me apresso em me arrumar para o tal jantar. Tomo um banho e faço uma maquiagem leve no rosto. Opto por deixar os cabelos soltos e escolho um vestido vermelho mais arrumado. Fico pronta rapidamente e resolvo prosseguir com minhas pesquisas sobre o tal homem que me salvou. Consigo localizar no departamento da polícia imagens que captaram um dia antes da agressão, resolvo fazer o download delas e enquanto isso checo o depoimento de testemunhas. O boletim de ocorrência é de um morador de rua que alega ter visto um homem com capa preta em um dos becos próximo ao novo esconderijo do Team Arrow. Olho a data e coincide com o dia em que fui agredida. Me surpreendo quando vejo as características que o senhor usou para descreve-lo “Semelhante a um morcego”. Meu interfone toca e acredito ser o motorista. Desligo meu tablet e desço antes de conseguir ver as imagens. Ao chegar na portaria me deparo com Sr. Wayne encostado em um belo Audi R8 preto.

– Podemos ir? – O homem pergunta quando paro de andar surpresa. Desencosta do carro e abre a porta para mim. Engulo seco e sorrio fraco. – Está linda. – Sussurra quando passo por ele para entrar no carro. Meu sorriso aumenta, mas não respondo. Me sinto incomodada ao entrar no carro, afinal não quero dar falsas esperanças a ele, mas não há nada demais em aceitar a carona. O silêncio domina o carro durante o trajeto, mas assim como eu, Bruce parece não ligar.

[...]

Chegamos ao restaurante e justamente o que temia acontece. Oliver e os investidores estão do lado de fora e observam quando eu e Bruce chegamos juntos. Evito olhar para Oliver. Ele não merece isso. Logo um homem se aproxima, acredito ser o gerente e nos acompanha até nossa mesa. O assunto sobre a empresa começa, mas não consigo me concentrar. Oliver está sentado à minha frente e seus olhos estão tristes. Me seguro para não toca-lo diante de todos e resolvo me distrair com o cardápio.

– Não acha, Srta. Smoak? – Um dos homens me pergunta e me desespero. Não ouvi nada que eles falaram. Olho para Oliver que me fita curioso. Um silêncio se instala na mesa e não sei o que responder.

– Acredito que a Srta. Smoak ainda não tem a resposta para essa pergunta. – Oliver começa. – Ela acabou de assumir a empresa e não tem interesse de expandir o mercado. Até porque nosso objetivo em Starling City ainda não foi alcançado. – Finaliza sem tirar os olhos de mim e agradeço com o olhar.

– Acho válido. – Um dos senhores diz. As horas passam e conseguimos fechar o acordo. O celular de Oliver apita e rapidamente ele o tira do bolso. Sua feição muda e sei que não é coisa boa. Oliver se levanta, pede licença e segue em direção aos banheiros. Me preocupo e penso ir atrás dele.

– Pode ir. – Bruce sussurra ao perceber minha intenção e sorrio, me levantando.

Encontro Oliver do lado de fora do restaurante. Ele finaliza a ligação, passa a mão nos cabelos, o que ele geralmente faz quando está preocupado e se vira. Se surpreende ao me ver parada.

– Está tudo bem? – Sei que não está. Mas pergunto mesmo assim.

– Connor foi internado novamente. – Vejo a preocupação estampada em seu rosto, ficamos alguns segundos em silêncio até que me aproximo.

– Acho que deveria ir vê-lo. – Pouso a mão em seu rosto e ele suspira. Seu olhar é piedoso e sei que ele está na dúvida se deve ou não ir.

– Eu estou com medo. – Sussurra e fecha os olhos. Quem não estaria?

– Eu sei. – Acaricio sua bochecha. – Ele vai te amar. – Oliver abre os olhos e os prende aos meus. – Não tem como não amar. – Digo e ele sorri fraco. Nossos olhos travam uma batalha e a proximidade começa a fazer efeito quando o maravilhoso cheiro de Oliver chega as minhas narinas. Uma vontade imensa de beija-lo me domina, mas não sei se devo. – Eu seguro os investidores. – Pigarreio e me afasto um pouco. Oliver assente e toca meu ombro. Instantaneamente meu corpo corresponde e ele percebe.

– Obrigado. – Sussurra, beijando meu rosto e sorrio abobada.

– Mande notícias. – Digo enquanto ele se afasta.

Volto para a mesa e todos ainda conversam, não mais sobre os assuntos da empresa. Olho no relógio e vejo que é tarde. Bruce percebe que já não quero mais ficar e resolve pedir a conta. Deixamos o restaurante e partimos em direção a minha casa.

– Esqueci de agradecer as flores. – Tento quebrar o silêncio no trajeto. Os olhos de Bruce me fitam e um sorriso surge em seus lábios. Sem dizer nada, ele volta a atenção para o trânsito e rapidamente chegamos em casa. – Obrigada pela carona. – Solto o cinto.

– Não foi nada. – Sua voz sai suave e rapidamente ele deposita um beijo em minha mão. Sorrio e saio do carro. – Até mais, Felicity. – Diz e rapidamente arranca com o carro.

Entro em casa e jogo minha clut sobre a mesa. Tiro os sapatos que estão me matando e me jogo no sofá. Não consigo evitar e penso em Oliver. Ele está com medo da reação do filho ao conhece-lo. Não o culpo, o menino cresceu com um padrasto. Oliver não sabe se o menino tem conhecimento de que ele é seu pai biológico. Queria estar ao lado dele nessa hora. Sei que sua decisão visava o meu bem-estar, mas eu o amo e queria que ele percebesse que estou com ele em qualquer situação. Um barulho no quarto me chama atenção e me sento euforicamente no sofá. Um medo surge no peito e não sei ao certo se estou paranoica. Pego o abajur e caminho lentamente até o cômodo. Entro no quarto e não vejo nada, graças a Deus. Suspiro aliviada e coloco o abajur na mesinha de canto. Ouço um silvo cortar o ar e uma fisgada no pescoço. Levo a mão a local e pego um dardo? Fico tonta em alguns segundos. Tento permanecer em pé, mas quando dou o primeiro passo, meu corpo cede e a última coisa que vejo é uma sombra preta se aproximar antes de ser engolida pela escuridão.

[...]

Acordo com um gosto amargo na boca e sinto uma superfície macia abaixo do meu corpo. Está tudo escuro e não consigo identificar o lugar que estou. Tateio a cama e me levanto com dificuldade. Me surpreendo com a porta do cômodo aberta, não sei ao certo se devo sair, mas não há outra opção. Caminho devagar até a porta e o chão de madeira range quando chego ao corredor. Congelo por alguns minutos, mas não há sinal de movimento. O local está mais claro e agora consigo ver por onde posso sair. Me deparo com uma escada no final do corredor e procuro outra saída a minha volta. Infelizmente, não há. Desço os degraus e chego a uma grande sala iluminada com vários computadores e armas penduradas na parede. O local é parecido com a caverna e minha mente começa a trabalhar. Um homem mascarado, semelhante a um morcego, me salvou há alguns dias. Será que temos outro vigilante na cidade? Um barulho ecoa alto pelo local, viro a cabeça tentando encontrar a fonte do barulho e quando volto meus olhos para a caverna um homem está de pé bem no meio. Enrijeço sem saber como reagir. Então é verdade, há outro vigilante. Ele caminha em minha direção e não sei se devo me mexer. Fico parada o encarando.

– Estava ansioso para nosso encontro de hoje à noite. – Diz com a voz firme e franzo o cenho. – O que achou das rosas? – Pergunta e agora tudo faz sentido. Meu queixo cai. – Queira me acompanhar. – O “morcego” estende a mão e aponta para uma cadeira. Ignoro sua mão esticada e me dirijo até a cadeira.

– Qual seu nome? – Pergunto extremamente curiosa.

– Eu acho que você já sabe. – Diz e ergue meu tablet.

– Hey! – Fecho a cara. Ameaço levantar e ele endurece, volto a me sentar no mesmo instante.

– Vejo que tem feito pesquisas sobre mim. – Começa a mexer no tablet.

– Não consegui ter acesso a todos os depoimentos do departamento da polícia. Não vi a conclusão dos downloads. – Um breve sorriso surge em seus lábios. – Não vai me dizer seu nome?

– Eu sou Batman. – Sua voz sai firme.

– O que quer comigo, Batman? – Pergunto sem medo e seus lábios formam uma linha fina. – Não acho que vá me matar. – Digo e ele se surpreende.

– Por que pensa isso? – Tenta e sorrio de leve.

– Você me salvou há alguns dias. – Justifico e ele dá os ombros. – No que posso ajudar? – Repito a pergunta.

– Assim como você, fiz pesquisas sobre a Senhorita e preciso de sua ajuda. – Engulo seco e assinto. Esse é o terceiro vigilante que ajudo. – Suas capacidades em T.I não passaram despercebidas. – Sorrio de leve. – Muitas vezes eu consigo ter acesso a algumas informações importantes através da tecnologia.

– E para que exatamente você usa essa tecnologia? – Interrompo.

– Uso com o mesmo objetivo de sua equipe. – Espera. Ele sabe? - Preciso que me ajude a travessar um firewall. Não tenho habilidade suficiente, mas sei do que é capaz.

– Como sei que posso confiar em você?

– Porque estamos no mesmo barco. – Dou os ombros e me contento com a resposta. Levanto e caminho até os computadores. Alguns minutos passam e consigo atingir meu objetivo. O homem se aproxima e começa a ler o que está escrito. Um cheiro conhecido invade minhas narinas e me levanto rapidamente. Não é possível. Começo a pensar nas coincidências. O morcego aparece na cidade um dia antes de minha reunião com Bruce Wayne. O homem fica encantado com minha habilidade em T.I e me propõe a conhecer seus laboratórios. Não acredito! Levo a mão até a testa, ele percebe minha descoberta e caminha até mim. Levo a mão até seu rosto e toco sua máscara. Meus olhos se conectam aos dele e então rapidamente a tiro. Me afasto lentamente ainda sustentando nossa troca de olhares.

– Por que está aqui? – É a única pergunta que consigo pensar. Ouço o barulho da tranca e uma mulher mascarada se aproxima, parando ao lado de Bruce.

– Srta. Smoak. – Diz e automaticamente, sei quem é.

– Selina?! – Afirmo incrédula e a morena sorri. – Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Os dois se olham.

– Precisava de sua ajuda para derrubar esse firewall. Já faz alguns dias que estou buscando respostas sobre um suspeito, mas surgiu esse contratempo e precisava de sua habilidade. – Maneio a cabeça.

– Hey! Você me ameaçou! – Aponto para Selina e ela ergue as mãos em rendição.

– Me perdoe por isso. Precisava que aceitasse a proposta de parceria com a Wayne Enterprises para termos um motivo da visita de Bruce a cidade, caso contrário, descobririam sua identidade como Batman. – Assinto e ela sorri – Você sempre nos ajudou, Felicity. Era hora de enfim nos conhecermos. – Franzo o cenho.

– Ray vivia te pedindo ajuda por mim, mas agora que ele se foi tive que recorrer a seu serviço pessoalmente. – Bruce explica.

– Ray sabe o seu segredo? – Pergunto incrédula.

– Quem você acha que o ajudou ao voltar ao tamanho original? – Sorrio com a ideia de Ray pedindo ajuda ao morcego. - Obrigado mais uma vez, Srta. Smoak. Espero que esse pequeno contratempo não mude sua opinião sobre nossa parceria. – Sorri e suaviza a voz.

– Fique tranquilo, Sr. Wayne. Afinal, estamos no mesmo barco.


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Notas finais do capítulo

Viu gente?! Eu falei que esse fogo entre os dois não era nada preocupante. Serviu para Oliver ficar com ciúmes ;) Ele apenas queria a ajuda da hacker novamente.
Como algumas de vocês sempre me pedem spoilers nos comentários, já adianto que no próximo capítulo teremos o tão esperado encontro de Oliver e Connor! Vai ser focado na visita que Oliver foi fazer para o menino no hospital.
Além disso, tenho um grande comunicado a fazer. Uma ideia surgiu na mente, assim que comecei a escrever essa história. Resolvi tentar uma parceria com uma das escritoras daqui do site, que escreve maravilhosamente bem, a luna_lovegood. E graças a Deus, ela topou! Já estamos preparando uma reta final repleta de aventura e surpresas! Espero que tenham gostado do capítulo. Não deixem de comentar! Beijinhos e até breve!



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