Logo se passou um ano desde que cheguei aqui, virei uma investigadora criminal, eu verificava as cenas dos crimes e procurava pistas que pudessem nos levar até os criminosos. Estava tudo indo muito bem, Jack e eu nos víamos diariamente, eu tinha meu próprio apartamento e estava tudo maravilhoso até o momento em que fui solicitada para investigar um crime que ocorrera ali minha antiga cidade, minha primeira reação foi recusar, mas meu chefe não me deu escolha, tive que ir, mas eu estava feliz por pensar que iria rever Rosalya, mas aquele lugar me trazia muitas recordações tristes e minha vida estava muito boa para estraga-la vendo minha antiga casa abandonada, passar perto do cemitério em que meus pais estavam enterrados, sei que isso tudo é coisa do passado mas era a minha historia que ainda permanecia ali, mas o pior de tudo era a grande chance de dar de cara com o Castiel ou Lysandre pelas ruas, mesmo depois de saber o que o Lysandre sentia por mim eu ainda amava o Castiel e essa foi uma das razões para ir embora, entretanto ainda não estava preparada para vê-lo, e se eu o visse o que diria?. Mas eu tinha que ir, tinha que separar minha vida pessoal do meu trabalho.

Minha chegada foi pela manhã, peguei um táxi e fui direto para um hotel, ao chegar no quarto entrei em contato com os investigadores locais e marquei de nos encontrarmos na hora do jantar assim daria tempo de descaçar um pouco. Quando a noite caiu me vesti com a primeira roupa que vi e desci para encontra-los, eles estavam a minha espera eu já sabia quem eles eram pois meu chefe havia falado deles, Verônica uma mulher quase na meia idade porem muito elegante e Julian um homem jovem por volta dos 35 anos, barba bem feita e bem vestido, me senti desconfortável pela roupa que estava trajando, uma calça jeans, uma camiseta branca com o simbolo de uma banda de rock da qual eu gostava, uma jaqueta de couro e um All Star velho.

— Estávamos a sua espera senhorita Mey — Falou Julian beijando minha mão, instantaneamente corei.

— Boa Noite — Eu disse puxando minha mão.

— Boa Noite querida, vamos jantar e assim conversaremos os detalhes do caso e saberemos mais sobre você já que seu chefe te indicou afirmando que você é extremamente competente — Exclamou Verônica me olhando dos pés a cabeça ela parecia não gostar de mim.

Fomos até a mesa que estava reservada, Julian puxou a cadeira para Verônica sentar-se e eu sem rodeios puxei a cadeira e sentei, eles pediram um prato do qual eu nunca ouvira falar e eu pedi apenas uma pizza, enquanto eu comia Julian explicava o caso, um homem era suspeito de matar o cunhado, mas não havia digitais do mesmo no corpo da vitima, porem havia uma testemunha que afirmava te-lo visto matando o pobre homem, no dia seguinte eu decidi ir até a delegacia conhecer o suspeito, minha reação ao ver o suposto criminoso foi de desespero, tive que conter as lágrimas pois eu o conhecia muito bem e sabia que ele jamais faria uma coisa tão horrível dessa, mas eu era a única garantia de que ele não era o responsável, eu teria que provar a inocência dele e não deixar que soubessem que eu o conhecia pois não podemos investigar casos que tenham ligações a nossa vida pessoal. Lá estava o Castiel muito abatido em uma cela, minha vontade era de quebrar tudo ali e tira-lo de lá, o Castiel não era aquele monstro no qual estávamos procurando ! Ele não era..

— O-oii — Mal consegui falar, minhas mãos tremiam, meu coração parecia que iria sair do lugar.

— Oi.. — Sua voz triste ficou pairando no ar, eu não conseguia falar nada mas ao receber um sorriso vindo dos lábios dele me fortaleci.

— Castiel eu sei que você não fez nada, eu vou tira-lo deste lugar.

— Como? eu estava na cena do crime, a arma usada foi encontrada nas minhas coisas, eles vão me condenar a morte sem se importar com mais nada — Ele bateu com força na mesa, força suficiente para que um policial viesse ver o que ocorrera.

— Confia em mim, você é inocente e eu sei, eu vou provar, e você vai sair daqui.

Ele deu de ombros — Não me resta outra escolha —

— Me conta tudo que você sabe.

Ele me contou, o Castiel não era mais aquele garoto ele agora era um homem, e eu o amava ainda mais.

Nos próximos dias minha vida resumiu-se em pensar, procurar evidências que provasse a inocência dele;

Encontrei digitais de um homem na casa onde ocorrera o crime, e marcas de sangue que não eram da vitima nem do Castiel, olhei no banco de dados do governo o endereço dele, fui até a residência do suspeito e não tinha ninguém em casa, encontrei do lado de fora uma bicicleta velha que em uma parte parecia ter sido raspada em alguma parede imaginei, na parede no local do crime havia vestígios de algum tipo de pó roxo provavelmente uma tinta raspada, da cor da bicicleta, um homem se aproximou da casa e pude ver sua mão que tinha um machucado, ele estava nervoso e fugiu, mas não importava eu tinha a prova de que o Castiel era inocente e eu já sabia quem era o tal suspeito, fui correndo para a delegacia dar a grande noticia.

Ao chegar lá me deparei com a esposa do Castiel, sim ele estava casado, e sua esposa estava em prantos.

— Onde está o Castiel? — Perguntei ao delegado.

— O réu foi levado ao presídio, os presos só ficam aqui durante uma semana e depois são direcionados ao presídio mais próximo.

— O que? ele é inocente e eu já sei quem é o culpado ele está foragido.

— Quem é? diga-me imediatamente para que eu possa fazer um mandato de busca.

Eu disse, e fui correndo ao presídio para libertar o Castiel.

Falei com o policial responsável e ele o libertou, fiquei olhando por uma janela o Castiel indo embora, lá estava ele, com as mãos no bolso, um sorriso, e seus belos cabelos, ao vê-lo tão perfeitamente senti um alivio em saber que ele estaria bem e seria feliz mesmo que não fosse comigo.

ele se foi, junto com sua esposa, para longe de mim onde sempre esteve.

Adeus meu amor — Sussurrei baixinho.