CLARY
Apesar de Cassie andar bastante estranha comigo, é claro que eu não vou deixar de comemorar o aniversario dela, eu preparei uma coisa bem simples e casual. Apenas um festinha entre amigos, não seria uma coisa tão grande, mas seria bem especial. Vamos dizer que um pedido de desculpas por algo que nem cometi.
Esses últimos dois dias não conversei ou vi ela muito bem, quando acordava pra ir pro trabalho ela já tinha ido. Quando chegava em casa, ela já estava dormindo. Com certeza estava me evitando, e eu fiquei um pouco chateada com isso.

[...]

Era um dia normal, como todos os outros, tirando o fato que temos uma aniversariante do dia. Eu já tinha atendido vários pacientes, e depois de muitas insistência aceitei lanchar na cantina do Hospital mesmo, com o Dr. Peter. Lembra que eu disse que não rolaria nenhuma amizade? Podem ver, eu não tenho palavra.
Estavamos conversando, claro que ele não sabia sobre o aniversário da Cassie, eles só estavam "juntos" a algumas semanas. Então eu disse pra ele e contei o que estava preparando para ela. Combinei com ele que ele teria que tirar ela de casa, fazer algum tipo de passeio com ela e as 10h em ponto ele a levaria de volta. Com isso tudo, daria tempo para terminar de preparar tudo em casa e me arrumar.

– Eu não entendo nada de garotas, nunca cheguei a fazer isso para um garota. - de fato isso era verdade, esse tipo de homem não se apega a ninguém, muito menos dá presentes no dia do aniversário.

– Tem uma primeira vez pra tudo baby. - ri com deboche.

– Preciso da sua ajuda, quero que me diga o que comprar pra ela.
– Tá bom, eu te ajudo.
– Pode ser agora?
– Estamos trabalhando não percebeu?
– Você não tem mais ninguém pra atender hoje não é mesmo? - concordei com a cabeça. - E nem eu! Vamos depois eu dou um jeito depois. Ser Diretor de um Hospital tem seus privilégios.

[...]

Fomos a um Shopping.
– Aonde vamos Clary?
– Só me siga.
Entramos em uma loja de sapatos.
– Que tal essa? - peguei uma linda Pump vermelha e mostrei pra ele.
– Porra cara!
– Fala baixo Peter. - adverti ele enquanto observava ao redor parar ver se ninguém viu essa cena.
– Não vou comprar isso. - cruzou os braços.
– Tudo bem, vamos em uma loja de roupa... - puxei ele para uma loja ao lado.
– Se for pra escolher outra coisa cara não quero nem saber.
– Entra logo bebezao. - ri com sua cara de "eu sou macho alfa".
Mexi nos cabides a procura de um vestido. Encontrei um lindo vestido azul marinho.
– Esse vestido vai ficar maravilhoso com aquele Pump preto. - fiquei entusiasmada com a ideia.
– Você já viu o preço desse vestido ai?
– Deixa de ser "mão de vaca"!
– Não vou comprar.
– Estou pagando todos os meus pecados com você. Nada de roupas ou calçadas, afinal oque vai comprar?
– Eu não sei. - a cara de frustação dele era ótima. Mas também pra que manda ser "mão de vaca"?
Caminhávamos pela praça, quando eu avistei uma joalheria. Minha ultima esperança.
– Vem. - puxei ele para loja.
– Olha essa pulseira está linda Peter. - tão linda que até eu queria uma.
– Quanto custa? - perguntou para o joalheiro.
– Essa pulseira é uma imitação de rubi e diamantes, custa só 100R$.
– Oque acha Peter?
– Vamos levar!
Graças a Deus ele comprou um presente, estava cansada de andar. Ele me deixou em casa e depois foi embora.

[...]

Já anoitecia, Peter já veio buscar Cassie e o plano estava em andamento. Me produzi e depois com a ajuda de uns amigos consegui arrumar tudo e deixar a festa preparada para quando ela chegar.
Ouvi batidas na porta. Fui até lá e abri.
– Adam! - pulei em cima dele abraçando-o. Claro minha gente que eu iria convida-lo.
Me afastei e fitei seu olhar malicioso, ele me puxou pela cintura e me beijou.
Puxei ele para o sofá na sala, ofereci uma bebida para ele. Algumas pessoas já estavam bebendo, outras conversando.
– Estava com saudades. O senhor poderia ter me avisado que viajaria.
– Não deu tempo anjo. Estava com saudades dessa boquinha. - sua mão envolveu meu rosto, com o polegar ele acaricio minha pele e em seguida me envolveu em um beijo novamente.
Tive que interromper, pois meu celular vibrou e era uma mensagem de Peter.

"Já estamos subindo"– dizia a mensagem.

Adam olhou pra tela do celular e em seguida para meu rosto, ficou confuso. Bem se perguntando "que é esse cara". Eu não tinha tempo de explicar nada agora.
Pedi silencio a todos, apaguei as luzes e ficamos a espera deles.