Os dias que se seguiram foram os melhores. Adam um homem (não o chamo mais de primo estão vendo? u.u ) tão atencioso, carinhoso. Ele cuidava de cada detalhe quando saiamos.
[...]
Era mais um dia qualquer, de trabalho em uma quinta-feira a noite. Estava no estacionamento do Hospital indo pegar um taxi para ir pra casa. Dessa vez não teria meu carrinho para ir pra casa, Cassie saiu mais cedo e o pediu emprestado, uma sainda um tanto misteriosa, ela vai me explicar oque ouve direitinho.
Estava um pouco escuro, e eu como uma desastrada assumida não prestei atenção na hora que atrevessava o estacionamento até o outro lado ao encontro de uma táxi. Foi tudo muito rapido, a luz forte nos meus olhos.
Fecho os olhos esperando por um impacto que não aconteceu. Por milagre o infeliz conseguiu desviar de mim.
E se não aconteceu porque eu estava estirada no chão? Bem simples, com o susto acabei tropeçando e caindo no chão.
Por um momento pensei que a pancada tinha sido muito forte e essa seria a unica explicaçao. Foram as palavras que encontrie para descrever as cenas seguintes.
– Você está bem? - ele se agachou até mim.
Um homem com cabelos pretos, uma fisico bem definido, a voz firme, aqueles olhos azuis, um cheiro amadeirado inebriante que o deixa ainda mais sexy. Pera! Eu conheço essa pessoa... PUTA MERDA! Poderia ser qualquer um, menos o PETER.
Eu deveria parar de reparar nas pessoas em momentos constrangedores, só agora que eu notei que o encarava. Ele deve estar se sentido o gostosão agora.
– Sim estou bem. - disse nervosa me levantando com sua ajuda.
– Deveria tomar mais cuidado. Uma donzela indefesa e ... desastrada.
Eu ainda estava tão constragida com a cena toda, que só agora notei do que ele tinha me chamado.
– Pode repetir de novo?
– A parte da donzela indefesa ou da desastrada? - repetiu como se fosse tudo muito normal.
Cretino! Como eu queria enfiar a mão na cara dele. Mas como meus pais me ensinou "quem da moral pra bosta é mosca" e como eu não sou mosca não fiz me limitei a ignora-lo. Virei de costa já decidida a ir embora. Mas ele segurou o meu braço.
– Admito! Foi importuno de minha parte. - pelo menos não era tão cretino como eu pensava. - É que... princesas devem ser tratadas como tal. Não é mesmo?
Eu sorri. Ele soltou meu braço.
– Começamos com o pé direito não é mesmo.
– Acho que não... Se não lembra, começamos com você dando em cima da Vicky na recepção.
Ele sorrio um sorriso malicioso.
– Sou Peter. - me estendeu a mão.
– Sou Clary. - apertei bem firme, queria deixar claro que daqui não sairia nenhuma amizade. Não com esse tipo de pessoa.
– Posso ao menos te levar até em casa? - acho que ele não notou que não quero sua aproximação. Mas é o minimo que ele poderia fazer, uma carona não seria tão ruim assim. Apesar de eu querer mandar ele pra "aquele lugarzinho lá".
– Pode ser.
Entramos no seu carro. Passei as informaçoes de onde eu morava. Cerca de trinta minutos ele parou em frente ao meu apartamento.
– Obrigada. - disse saindo do carro.
– Boa noite princesa. - buzinou e saiu.
A parte mais ruim da noite não era essa, era contar para Cassie. Como contar: "O seu peguete está dando em cima de mim".
– Onde você estava mocinha?
– Não sei por onde começar. - respondi em um tom de degosto e então contei toda a confusão.
– Princesa? - sim , ela estava com raiva. Não se de mim ou dele, mas o que eu tinha haver com isso?
– Sim. - olhei confusa pra ela.
Depois disso, ela se levantou do sofá e foi para o seu quarto. Não entendi bem a cena, mas não vou tocar no assunto e nem ir atras dela. Não fiz nada de errado. Ou fiz?
Antes de ir para o meu quarto, fui fazer um lanchinho na cozinha. Olhei no calendário ao lado da geladeira e me lembrie que o aniversário de Cassie estava proximo e eu queria fazer algo diferente.
Me direcionei para o meu quarto, entrei no banheiro onde tomei um banho gelado e depois me joguei na cama. Mas em nenhum momento aquele sentimento de julgação saiu de mim. Sabe quando você julga uma pessoa sem conhecher? Será que o Peter era tão terrivel assim? Não será só coisas da minha cabeça?