Os dias seguintes se passaram da mesma forma, acordando ás 6:00. Atendendo consultas marcadas na agenda, indo almoçar com Cassie em lanchonetes ou restaurantes próximos. E ouvindo desaforos do Peter, sempre dizendo que estavamos atrasadas, coisa que sabia que não era verdade. Além de ter que ver ele dando em cima da metade do Hospital.

O sábado havia chegado enfim descanso, dormir um pouco mais e fazer coisas que qualquer mulher adora, ir ao salão de beleza. Não é mesmo?

Claro que eu estava muito feliz pro meu gosto, minha felicidade está pra acabar. Mamãe me ligando:

– Oi mãe.

– Filha! Que saudades de você querida. - sua voz soava um tanto gritante.

– Aconteceu alguma coisa? Como está o papai?

– Seu pai está ótimo. Não aconteceu nada querida, só queríamos convidar você passa almoçar hoje aqui em casa. E não aceito um não como resposta.

Quando eu digo que minha felicidade estava preste a acabar. Eu sei como a dona Sally é, se eu disser não, provavelmente ela me ligará o resto do dia perturbando. E não quero isso.

– Claro mãe.

– Estamos te esperando. Beijos. - ela desliga o telefone.

É minhas horas a mais dormindo? E meu horário no salão? Tudo por agua a baixo. Triste estou, mas feliz também, faz tempo que não fecho minha mãe e meu pai.

Criei coragem e fui para o banheiro tomar uma ducha. Me despi, aproveitei o tempo que tinha para lavar os cabelos com shampoo e condicionador. Fiz toda a minha higiene, cerca de quarenta minutos depois acabei. Me enrolei em uma toalha e sai em direção ao closet.

Escolhi um roupa, fiz uma make simples, coloquei algumas coisas essenciais dentro da bolsa. E estava pronta para ir. Mas antes vou no quarto de Cassie, avisar que eu estava indo a casa dos meus pais.

Bati algumas vezes na porta, como sabia que de jeito nenhum ela se levantaria dali. Eu abri um pouco a porta, coloquei a cabeça para dentro e disse para ela. Ela apenas balançou a cabeça.

Fiz um café da manhã rápido.

Peguei minhas chaves e desci para o estacionamento. Dei partida no meu Citroen Patra 2014 e fui para a casa dos meus pais.

100 km de distancia, demorei cerca de uma hora e meia até chegar lá. Estacionei em frente a casa dos meus pais. Ah! Como era bom era bom rever essa casa onde passei minha infância, a mesma pintura desgastada, porem bem cuidada.

Bati na porta, não demorou muito para atenderem. Isso mesmo "antederem", porque não conhecia aquele homem e queria saber oque ele queria ali.

Vi o rosto da minha mãe por trás daquele lindo homem.

– Filha. - ela veio até mim, me abraçando.

– Oi mamãe.

O rapaz sorrio e saiu.

– Quem é mãe? - pergunto curiosa.

– Seu primo Adam não lembra querida?

Gente como ele mudou. Cadê o aparelho? Cadê aquela bolinha de queijo (como eu o chamava por ser gordinho). Isso tudo tinha dado lugar a um belo homem, seu corpo agora defino, seu sorriso impecável.

Ela não esperou que eu respondesse.

– Vamos entre. - me puxou para dentro, me levando até o quintal.

Minha mãe não falou que era um festa familiar. Se eu soubesse teria trago presentes para todos.

Cumprimentei a todos, tios, tias, primos e primas já crescidos, alguns ex-vizinhos. Ajudei um pouco na cozinha, já que a comida estava quase tudo finalizado. Sentamos em uma grande mesa no jardim e almoçamos em família. Rindo muito, escutando histórias antigas e comendo bastante.

Em vez em quando olhava para Adam e eles olhava para mim, mas rapidamente seu olhar desviava o meu.

No fim da tarde alguns tias/tios foram embora com meus primos.

Todos estavam na sala ouvindo minha mãe contar uma história. Ela sempre faz isso em encontros familiares.

Todos estavam atentos ás palavras da minha mãe.

Saiu para cozinha sem chamar muita atenção.

– Oi

Me assusto e olho bruscamente pra trás.

– Me desculpe te assustar - Adam fala com aquele olhar fofo que ele sempre teve.

– Tudo bem - sorrio. - Você tá crescido hein. Nem me lembrei de você, se minha mãe não tivesse comentado.

– Você também não esta nada mal priminha.

Pisco para ele com um dos olhos. ;)

Ficamos conversando um pouco, eu falando sobre meu emprego na clinica e ele falando sobre seu cargo em uma empresa ai famosa.

Me despedi de todos e fui para casa. Cansada e feliz por rever todos.

Entro no meu apartamento rindo e me deparo com a cena mais horrível do mundo. PETER e CASSIE no meio de uma transa, e como não bastassem estavam se esfregando no meu sofá. Os resíduos das suas partes intimas ficaram registrado no pobre sofá.

– Urhum - pigarreio e eu já sabia que eles iriam se assustar, já que estavam tão entretidos.

– Amiga - Cassie fala ofegante ajeitando seu sutiã. - Eu pensei que só voltaria amanhã.

Peter apenas me encarava, como se eu fosse uma estraga prazer e tivesse ferrado a sua noite.

– Pode continuar o negocio de vocês. - aponto para os dois. - Fez esse ai pelo menos fazer teste de HIV? - saio da sala e sinto o olhar de Peter me fuzilando.

Okay! Esse dia está sendo melhor do que eu pensava.

Tiro minha roupa e troco por um babydoll. Coloco no Ipod musicas clássicas para tocar e adormeço.