Me acordei assustada, atordoada. Não sabia que horas era, por um minuto pensei que estava no meio da semana prestes a acordar pra ir trabalhar. Graças a Deus não é!

Antes que eu me esqueça, eu amo meu trabalho, nunca trocaria oque eu faço por outra coisa. Devem estar se perguntando qual o meu trabalho? Bem... Eu sou medica no Hospital Oregon, medica pediátrica pra ser mais precisa. Quando atendo e vejo o sorriso daquelas lindas crianças para mim, eu me derreto toda, os sorrisos iluminam minha vida e meu começo de dia sempre fica mais feliz. Só de pensar que posso ajudar na recuperação ou melhorar a qualidade de vida de alguma delas já me deixa super feliz. Sinto que meu trabalho foi bem feito. Posso dizer que meu trabalho é minha vida, apesar de eu dar uma de streep-puta-encapetada nos finais de semana.

Batidas na porta do meu quarto me tiraram dos meus devaneios. Me levantei cambaleando pelo quarto e abri a porta.

Lá estava Cassie me olhando com um sorriso estampado no rosto. Devo admitir que se eu fosse lesbica, eu pegaria Cassie com certeza. Ela é linda, um rosto angelical e harmonioso, com lindo par de olhos azuis, cabelos loiros e naturalmente ondulados que vão até a altura dos ombros. Tem um belo corpo distribuído por 1,75 de altura e 25 anos.

Cassie é minha melhor amiga, nos conhecemos na época da faculdade, desde então fazemos tudo juntas. Dividimos o apartamento, trabalhamos no mesmo Hospital. É isso mesmo! Cassie também é medica, mas ela é ginecologista.

– Amiga você está um lixo. - fala "na lata" entrando no meu quarto e sentando na cama.

– Obrigada. - ironizo. - Será que eu poderia dormir mais um pouco?

– Deixa de drama e me escuta. Vamos a uma festa hoje tá?

– Não acredito Cassie, que você me acordou só pra me chamar para ir a uma festa qualquer. - digo irritada. - Eu posso tirar um domingo para descansar? Você sabe o quanto nossa rotina é cansativa. Não sei nem de onde você tira tanta coragem.

– Deixa de ser chata! Vai se produzir, quero você muito linda essa noite.

– Pra que? - cruzo os braços.

– Vou te apresentar a um amigo de um amigo. - um sorriso aparece em seu rosto, oque essa menina tem de angelical, tem de demônio. Cruzes!

– Que eu me lembre, não cheguei a pedir nenhum cupido. - reviro os olhos. - E se você lembra, o ultimo que me apresentou me deu um maior "bolo".

– Clary veja pelo lado bom... - pausa a fala como tivesse procurando as palavras pra falar. - Hoje é domingo e amanhã já começa tudo de novo.

Ela se levanta e pula em cima de mim, me implorando.

– Oque não faço por você ne.

Resumindo tudo, a Cassie sempre inventa encontros pra mim. Mas no final nenhum dá certo, tenho uma lista enorme de fracassos, como por exemplo;

*Daniel: o carinha da farmácia, bem bonito, com um problema. Ele tem mal hálito. Meninas vamos concordar, um cara pode ser o Justin Timberlek da vida, mas se tiver mal hálito não serve pra nada.

Enfim... Vou parar por aqui, se não vou passar o dia falando de encontros fracassados.

– Vai tomar banho e escovar seus dentes, seu mal hálito está pulverizando o quarto. - diz rindo da minha cara.

– Chata. - digo indo para o banheiro do meu quarto.

Paro em frente do espelho, vejo meu reflexo. Estou horrivelmente horrível! Entro no box já despida. Faço minha higiene. Cerca de trinta minutos depois saio do box. Pego duas toalhas, uma enrolo meus cabelos e a outro em meu corpo.

Vou até o closet pego uma lingerie vermelha, me visto e me olho no espelho. Meu corpo ainda em ordem me deixa uma mulher com curvas muito bem delineadas, oque ajuda muito quando vestimos uma lingerie e queremos que fique bonita.

Em seguida reviro o closet atrás de uma roupa. Pego um vestido preto tubinho, colado no corpo ( não de forma que fique parecendo aquelas vagabas, mas sim que defina ainda mais minhas curvas ) e o visto.

Faço uma maquiagem leve com rímel e um batom rosa fosco. Solto meus cabelos loiros que vai quase até altura da cintura da toalha, uso as mãos para dar aquela arrumadinha básica.

Pego um salto alto azul-turquesa, pra dar destaque no look, calço-o. Passo perfume, pego uma bolsa de mão também azul-turquesa para combinar com o salto, jogo dentro da bolsa o celular, batom e estou pronta.

Vou até a sala, onde Cassie já estava toda produzida e arrasou como sempre.

– Ai sim amiga. - diz aplaudindo com exagero.

Rio com seu comentário. - Vamos. - digo pegando as chaves do meu carro.

O elevador para no estacionamento e seguimos em direção ao táxi que já estava a nossa espera, informamos o local e partimos para a festa.

[Continua]