Depois que Adam foi embora, eu fiquei pensando em tudo que aconteceu nos últimos dias e cheguei a uma conclusão, eu tinha que saber se esses sentimentos pelo Peter eram apenas atração ou de verdade. Estava prestes a cometer o pior erro da minha vida, mas eu tinha que aceitar as consequências.

Coloquei uma roupa simples e fui até o apartamento do Peter, quando cheguei lá bati algumas vezes na porta até que ele á abriu. E pra minha surpresa ele estava apenas de cueca box, dei um suspiro. Pulei nos seus braços e o beijei, ele interrompeu e antes que abrisse a boca eu o calei com outro beijo. Ele me puxou para si e fechou a porta atrás da gente. Eu estava com muita roupa e pra agilizar logo o processo, retirei toda a minha roupa.

Fomos para o quarto, enquanto ainda nos beijávamos, ele me jogou na cama, levantou os meus braços a cima da minha cabeça e distribuiu beijos pelo meu pescoço, o que me fez arrepiar. Levantei sua cabeça e a puxei para os meus lábios. Retirei sua cueca, deixando agora a mostra. Sua ereção era vidente, seu pênis estava ereto em cima da minha barriga, pele com pele. Ele percebeu que já era o momento, abriu as minhas pernas e penetrou seu pênis devagar, começou com estocadas lentas e depois foi ficando mais rápido, gemi a cada nova estocada....

Quando acordei, ele estava dormindo ao meu lado nu. Olhei para o meu corpo também nu e logo o sentimento de vergonha tomou conta de mim. Como deixei um cara me transformar em um completa puta. Lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto pegava as minhas roupas espalhadas pelo apartamento e me vestia.

Agora eu entendia cada sentimento que existia dentro de mim, mas foi preciso ir pra cama com outro homem para descobrir que a pessoa com quem eu amo hora dessas estava dormindo em sua cama. Por muito tempo me via cega com todos esses sentimentos, agora eu entendo cada um deles, essa sensação de atração por Peter não existi mais e eu agradeço a Deus por não ter mais que ficar dividida entre dois homens, de não ter que escolher um ou outro, de poder esquecer tudo e recomeçar. Mesmo que Cassie ainda não saiba de nada e agora ela não precisa saber, isso é passado. Todo mundo comete erros, eu sou humana e tenho direito de errar.

Fui pra casa e dormir um pouco, já que daqui a algumas horas eu recomeçaria minha vida, recomeçando pelo meu trabalho.

Depois de algumas semanas...

Minha vida tinha se normalizado, a minha amizade com Cassie voltou a normal, o trabalho ia bem, o namoro melhor do que jamais esteve. Claro que encarar isso tudo como se não tivesse acontecido nada, não é nada fácil. Tenho que olhar pra cara do Peter todos os dias e depois do que fizemos em seus apartamento e difícil de esquecer e seguir normal. Eu sei que deveria contar para Cassie, mas ela não precisa sofrer; eu não posso perde-la e já que tudo está normal, pra que piorar!?

Combinamos de almoçar juntas hoje, somente nos duas para colocar os assuntos em dia. Ela estava tão contente, uma vez ou outra ela ainda relembra as minhas loucuras no Hotel e eu sempre invento alguma desculpa esfarrapada pra fugir do assunto.

– Faz tempo que não fazemos isso. - digo pegando o cardápio em cima da mesa.

– Concordo. Já escolheu oque vai pedir? - balanço a cabeça afirmando.
Ela chama o garçom e fazemos o nosso pedido. Depois de alguns minutos o garçom veio com nossa macarronada e salada.

– Desse jeito você vai engordar. - Cassie olhou pra mim confusa, pela forma como comia, feito uma desesperada.

– Amiga eu só ando faminta agora, acho que tenho um buraco negro em vez de barriga. - digo rindo.

Conversamos um pouco, enquanto terminávamos o almoço. Pagamos a contas e fomos até o estacionamento, viemos com o meu carro. Quando estavamos chegando no carro me deu uma tontura, tive que me segurar no veiculo pra não cair.

– Você está bem Clary? - ela coloca a mão em minhas costas.

– Estou, só um pequeno enjoo. Acho que comi de mais.

– Me da as chaves que eu dirijo e quando chegarmos no Hospital você vai ver a Dr. Amy (ginecologista do Hospital).

– Já disse que não é nada. - disse entregando as chaves pra ela e entrando no carro.

– Sem discussão queridinha.

Chegamos no Hospital e fomos direto pra sala da Amy, não tem como contrariar Cassie, ela sempre manda no final. Eu estava bem, foi apenas a comida.

– Amy! - Cassie a comprimento.

– Vocês duas por aqui? O que posso ajudar? - Amy perguntou.

Cassie explicou pra ela do enjoo. Amy fez alguns teste comigo, alguns enxames e recolheu um pouco de sangue.

– Já previa isso. - ela diz contente.

– Previa o que? - pergunto assustada. Cassie também a olhou confusa.

– Hora o que! Você está gravida... Quando me falaram do enjoo eu já tinha suspeita, e o enxame confirmou tudo.

– Gravida?! Como assim gravida? Isso não é possível. - um turbilhão de pensamentos passaram pela minha cabeça, isso não pode estar acontecendo.

– Adam vai ser papai! - Cassie parecia mais feliz do que eu com a noticia.

– Isso explica o atraso na minha menstruação, a minha vontade de comer interminável. Como eu não pensei nisso? - comento.

Pelos meus cálculos a ultima pessoa com quem dormi... Não é possível, eu tomei pílula do dia seguinte, a gente se protegeu. Isso não pode acontecer, não consigo lidar com outro problema envolvendo Peter. Eu estava recomeçando e depois de hoje era como se tudo fosse em vão.

– Obrigada Amy.

Agradecemos e depois fui para minha sala.

Eu sei que é uma criança crescendo dentro de mim, mas no momento eu não estava pensando dessa forma. Eu só pensava em Adam e Adam. Parece que eu nunca vou ser feliz na minha vida, tinha resolvido todos os problemas e agora esse no momento e hora errada.

Estava sem condições de atender ninguém hoje, pedi para a minha secretária remarcar as consultas para outro dia, eu só preciso do Adam agora. Mandei uma mensagem para ele dizendo que iria até sua casa.

[...]

Adam me envolve nos seus braços fortes.

– Que saudades de você meu amor. - depois me beijou.

– Mas a gente se viu ontem...

– Eu sei... por isso mesmo, fazem muitas horas já.

Só ele pra me fazer rir mesmo estando triste.

– Eu te amo. - uma lagrima escorre pelo meu rosto.

– E porque diz isso chorando?

– Por que eu te amo tanto que fico emocionada quando digo. Mas calado que eu não vim aqui pra isso. - empurro-o para sentar na cama.

Ele me olha com cara de malicia.

Eu começo um Strip Tease particular, tirando peça por peça e jogando em cima dele.

– Uhhuu. - ele brinca.

Quando estava apenas de lingerie, me sento em seu colo, enrosco minha mão em seu cabelo e puxo sua cabeça para trás, beijo seu pescoço. Logo ele toma conta da situação e me joga na cama, ficando por cima. Me beijando e acariciando cada parte do meu corpo. Retiro seu short de moletom e jogo em um canto qualquer do quarto. Ele começa a beijar o meu pescoço, em seguida a distribuir beijos pelo meu corpo, até chegar a minha barriga. Tiramos as ultimas peças de roupa que restavam, e agora estavamos nu. E eu apreciei cada minuto daquela perfeição que Deus criou, nunca esquecerei dele.

Seus dedos estavam dentro da minha intimidade, fazendo movimentos circulares no meu clitóris. Eu gemi, meu corpo todo vibrava com aquela sensação de prazer. Estava preste a gozar e quando gozei me contorci toda.

– Você não precisa fazer isso. - disse quando vi oque ele estava prestes a fazer.

– Eu sei, mas quero sentir mais um vez o gosto doce que só você tem. - ele passou a língua, lambendo o sulco do meu gozo. Suspirei.

Seu pênis estava tão ereto que as veias estavam salteadas. Eu supliquei para ele e ele atendeu meu pedido. Como todas as vezes, foi cuidadoso e carinhoso a cada movimento.

O que me fazia lembrar que essa era a ultima vez que o via, era a ultima vez que ele me possuía e me chamará de sua.

Lagrimas escorriam pelo meu rosto, ergui sua cabeça e a puxei para os meus lábios. Entre lagrimas e beijos enquanto ele me penetrava.

– Eu te amo. - digo chorando.

– Você já disse isso. - ele diz sorrindo.

– Eu sei disso, mas quero que jamais esqueça que eu lhe amei.

– Por que isso me parece uma despedida? - ele me olha confuso, nesse momento já tínhamos parado tudo e estavamos sentados na cama.

– Não é! - me deitei e o puxei para perto de mim.
Quando acordei ele estava dormindo, essa era a hora de eu partir. Me vesti e sentei do seu lado, olhei pela ultima vez e acariciei seus cabelos, dei um selinhos em seus lábios e coloquei uma carta do seu lado.

"Essa é uma carta de despedida. Uma carta clichê como todas as outras, como – você sabe – eu não poderia deixar de ser. Seria ótimo se eu soubesse me despedir de uma maneira menos dramática e mais original, mas não deu. E esta carta é uma prova de que eu tenho aprendido a perceber – e aceitar – quando já não dá. Olha, na verdade esta não é uma carta tão clichê assim, porque eu não vou dizer que desejo que você seja feliz e saia por aí rodopiando entre as flores e que eu vou seguir também e tudo vai se arranjar. A gente conhece bem a vida real. Vai doer, pra mim e pra você. Vai doer a primeira noite de sábado, o primeiro filme, o primeiro aniversário de um amigo em comum – e os próximos, talvez. Graças à nossa mania de sermos o tudo um do outro, vai ser terrível. Não vamos sentir falta só das conchinhas e dos beijos, a amizade mútua vai deixar um buraco imenso em nós dois. Vai demorar pra a gente se acostumar a não ter mais a companhia um do outro pros filmes aos domingos – aliás, pra a gente se acostumar a não ter a companhia um do outro pra um monte de coisas... Já não sei mais oque falar, você superou todas as minhas expectativas, me ensinou o significado da palavra "amor", quando era tão desconhecida pra mim.
Não consigo esquecer o gosto do seu beijo, nem o cheiro do seu corpo junto ao meu. Penso em esquecer seu nome, mas eu não consigo, em noites frias de solidão é você que vaga em meus pensamentos. Gostaria de dizer que te odeio, mas seria mentira . Pois o amor que sinto é maior, e até me leva a sonhar acordado com você. Você vai me fazer muita falta. Nunca esqueça que te amo e sempre amarei, não fui corajosa o suficiente para lhe dizer isso pessoalmente, não pense que você cometeu algum erro ( eu que cometi os piores ). Um dia você irá entender os motivos por eu está fazendo isso, espero que um dia me perdoe por tudo. Quando me procurar não estarei mais aqui, então não adianta fazer isso.
Com todo AMOR, Clary.

– Adeus meu amor. - sussurrei entre lagrimas.