My Broken Hero escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 6
Chapter V - Her Frenemy


Notas iniciais do capítulo

Hello, Midgardianos!! Sentiram minha falta?
Eu voltei com mais um capítulo, demorei um pouco mais voltei o/ :D
Ainda não arranjei tempo para responder os comentários da oneshot do Loki, então... Paciência comigo, por favor.
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Dedico esse capítulo a Anna, vulgo Delacoir, vulgo missjackson, por fazer um vídeo lindo sobre a Lola *----* e por sua capa diva (que colocarei em breve, assim que ela me mandar) e a linda recomendação na oneshot do Loki *-----* #PESSOAFOFADOUNIVERSOÉELA
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Link para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=epEsrB-gzUM
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Espero que se divirtam com este capítulo
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*Contém link de música camuflado*



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Capítulo V - Seu Aminimigo

Estar de volta à Área 51 era algo estranho para Lola, porque na verdade, parecia mais ser a primeira vez. Quando esteve lá antes, ela estava congelada, passou quarenta anos adormecida nessas instalações e nunca as viu com os próprios olhos. Até mesmo quando foi descongelada nesse mesmo lugar, a Stark foi sedada e só ficou consciente no prédio da SHIELD, em Nova York, ao lado de Steve Rogers.

Agora, com os olhos bem abertos, agentes que ela não fazia questão de interagir a guiavam de canto a canto. Lola nunca estava sozinha, exceto em seu cubículo de seis metros quadrados que poderia ser chamado de dormitório provisório.

Tinha uma cama e uma poltrona, não havia TV, não havia Internet, não havia celular, não havia banheiro particular (ela usava um coletivo para mulheres no corredor desse andar), não havia luxo ou conforto a que ela sempre esteve habituada. E Lola não deu a mínima para isso, não tinha um segundo sequer em que ela parava de pensar na gravidade em que a vida de seu herói se encontrava.

Ela estava tão focada nele que não prestava atenção na estrutura física dos cômodos onde adentrava, não prestava atenção nas pessoas e nem falava com os agentes. Era tipo: no lugar mais isolado do mundo, Dolores Stark estava se isolando de tudo e todos ainda mais. A única pessoa com quem
ela trocava pouco mais do que cinco palavras era Sharon Carter. O que era um tanto deprimente.

E naquele mesmo instante, um agente, cujo rosto Lola nem se preocupou em olhar, guiava a morena ao encontro da loira. A Stark não prestava atenção nos ambientes, não tentava olhar por cima do ombro dos agentes quais eram as senhas de segurança para abrir as portas pelas quais passavam, nem sequer sentia-se tentada a querer burlar regras. Lola estava desligada e nem parecia ela mesma.

Estava mergulhada em tristeza pela condição de Steve e, consequentemente, raiva de Samuel Ford. XY-32.

Apenas quando ela e o agente chegaram a seu destino foi que Lola se viu obrigada a prestar um pouco de atenção no mundo ao seu redor. Era um tipo de sala de reunião, três mulheres, uma delas era Sharon, e quatro homens.

Carter estava em pé ao lado da mesa redonda, como se não pertencesse ao grupo de pessoas, ou como se fosse uma intrusa. As seis aguardavam alguém, e esse alguém era a Stark.

A expectativa era tão grande que quase todos não conseguiram disfarçar a ansiedade e se consertaram nas suas cadeiras quando a porta foi aberta para que Dolores entrasse.

– Bom dia. - Lola disse apenas por hábito.

As outras pessoas se levantaram das cadeiras instantaneamente e responderam empolgadas, com expressões na direção de Lola que a garota não compreendia. Dois deles, um dos homens e uma das mulheres, tentavam não sorrir de satisfação ao analisá-la de cima abaixo; se a Stark estivesse em seu humor habitual, com certeza diria que era até meio assustador. Sharon, por sua vez, começou a fazer as apresentações.

– Então, XX-23. Esses são os cientistas que ajudaram a te descongelar no Projeto Fênix, te socorreram até você acordar, e que estão trabalhando para fazer o mesmo pelo Capitão. - Ela disse.

– Prazer, Doutores. - Lola comprimiu os lábios tentando buscar um pouco de simpatia em si. - Acho que tenho muito a agradecer a vocês... - Ela dizia, mas foi interrompida por um dos cientistas.

– Nós é que temos a agradecer a você, tornou nosso trabalho real. - Um dos homens a olhava parecendo fascinado com cada ato de inspirar oxigênio que Lola dava.

A garota pôde então entender o porquê estavam olhando maravilhados para ela. Ela era o "monstro" e eles eram os "Doutores Frankenstein", contemplavam sua ciência ganhar vida.

– E sem a sua ideia de soro inicial nós nunca nem sonharíamos em trabalhar com criogenia e reestabelecimento vital. - Uma das mulheres completou com encanto nos olhos.

– É, nem me lembrem. - Lola suspirou não muito contente.

Acabou notando que um dos cientistas estava paralisado encarando-a, parecia que nem respirava, e a olhava sem piscar. Ela teria que se acostumar com isso, porque eles eram um tipo de fãs dela, e até um espirro vindo dela todos achariam dignos de aplausos.

– Me diga, você vê ou sente o mundo hoje de forma diferente de quando foi congelada? - Um dos homens indagou com curiosidade.

– Olha, não tenho intenção de ser grosseira, mas a cada minuto que conversamos sobre outros assuntos equivale a um minuto a menos que pensamos numa cura para o Ste... Capitão. - Ela tentou trazê-los para a realidade.

–Você está certíssima. – Sharon concordou.

– De fato. - Uma das cientistas concordou também.

Lola notou, pela primeira vez que eles tinham crachás de identificação. Dra. K-657, Dr. K-435, Dr. L-768, Dra. L-858, Dr. S-582 e Dr. G-963.

O Dr. L-768 foi aquele que recebeu a missão de entregar à XX-23 a pasta de arquivo contendo tudo o que eles tinham feito para salvar a garota do
banho de radiação vita que tinha recebido e do que eles haviam feito e estavam fazendo para tentar ajudar o Capitão América.

Lola precisou se sentar, na verdade, Sharon pediu que todos se retirassem para dar mais espaço para a morena e também saiu. A Stark ficou trancada naquela sala por horas, analisando e aprendendo sobre cada procedimento que haviam sido aplicados nela e em Steve.

Foi só após quase sete horas trancada que ela resolveu requisitar o agente que estava de plantão do lado de fora da porta. Analisar aqueles papéis foram de suma importância, serviram para mostrar para Lola o quanto ela estava ultrapassada. Mais da metade dos procedimentos e dos equipamentos utilizados eram coisas que não existiam há quarenta anos.

Eram coisas novas que Lola não tinha entrado em contato porque desde que acordou no Século XXI não havia se preocupado em estudar. Volta e meia, em seus meses de adaptação, ela teve aulas de treinamento com o Doutor Bruce Banner, mas as aulas eram mais testes para descobrir se o sistema cognitivo dela estava intacto do que tentativas de fazê-la aprender sobre super-novas tecnologias biomédicas e médicas.

Um pouco de desespero bateu nela. E agora? Agora ela teria que estudar, teria que aprender mais sobre essas tecnologias. E o que significava isso? Sua aceleração no que pensava ser sua capacidade de ajudar Steve havia sido retardada.

Ela ainda não estava apta a ajudar o Capitão e isso era terrivelmente amedrontador.

[...]

Howard guiava a pequena por um dos corredores da mansão Stark. Os dedos dela ao mesmo tempo em que cobriam os olhos para garantir a surpresa estavam emaranhados com as mechas de sua franjinha. Ela morria de curiosidade, mas mantinha sua visão tapada obedecendo ao pai que parecia empolgado.

A pequena, com apenas meses ao lado dele, realmente se apegou ao Stark, e de uma forma que ela nunca foi e nem nunca seria com a própria mãe. Howard estava aprendendo a ser um pai e Lola a ser uma filha, faziam isso juntos e em harmonia. Os dois se entrosavam tanto que Maria se sentia uma deslocada às vezes.


– Posso abrir, Papai? - A vozinha ansiosa dela não aguentava mais o suspense.

– Ainda não, amendoinzinho. Mas estamos quase lá. - Howard estava empolgado, não via a hora de assistir a reação dela à surpresa.

Ele a guiou por mais alguns metros, e então finalmente girou uma maçaneta. Fez a garotinha entrar dizendo:

– Pronto, pode abrir! -. A menininha tirou as mãos dos olhos e os abriu, quase que instantaneamente prendeu a respiração como se tivesse tomado um susto, porém um susto bom. Ela sorria.

– Não acredito! - Ela começou a correr pela sala de felicidade e até deixou cair as barras de alcaçuz que estavam em seu bolso sem nem se importar.

– É todo meu? - Lola alisou a camurça cor de vinho de um dos acolchoados.

Eram vinte cadeiras organizadas em quatro filas de cinco. Uma "Pipocaria" e Bomboniere do lado esquerdo e uma imensa tela na parede diante das cadeiras.

– Todo nosso. Nosso Cinema Secreto. - Howard sorria vendo a filha ziguezaguear pelo ambiente.

– Não são muitas coisas "nossas" e "secretas"? Mamãe vai ficar com ciúme. Nosso Balanço Secreto, Nosso Laboratório Secreto, Nossa Casa da Árvore Secreta, Nosso Barco Secreto, e agora Nosso Cinema Secreto... - Lola fez mais uma de suas perguntas inusitadas. Ela vivia fazendo isso com ele.

Howard sempre conseguia ver que a mente dela funcionava diferente das de outras crianças de sua idade, não que ele tivesse muito contato com outras crianças.

– É só eu aumentar o limite de um dos cartões de crédito dela que ela esquece. - Ele disse.

Lola riu, principalmente porque concordava.

Maria, que três meses atrás havia se tornado a Senhora Stark, tentava levar a filha consigo em eventos sociais, principalmente desfiles de moda, em cada final de semana. Arrastava Lola para fazer compras sempre que podia, Howard inclusive teve tempo de construir o cinema a domicílio porque as duas acabaram de voltar de uma viagem de compras por uma semana em Milão.

Mas Lola não tinha o mesmo gosto da mãe, ia porque era uma criança e não se dominava. Preferia mil vezes ficar com o pai, trancada em casa, brincando no laboratório enquanto ele trabalhava. Não esquecendo de comentar que a pequena Lola o achava o máximo por ser um cientista que inventava coisas, perto dele ela se encontrava, se identificava, sentia-se em casa.

Contudo, a própria relação com o pai a lembrava de como eles se conheceram. No meio de uma tragédia. Lola só o tinha conhecido naquele dia por causa dos assassinatos.

– Oh não! Howard! Você mima muito a Lola! – Maria adentrou a sala descobrindo do que se tratava.

– E você não? Comprando a Itália inteira e trazendo na sua bagagem. – Howard brincou enlaçando a esposa pela cintura e prendendo-a contra si.

– No meu caso é diferente. – Ela se defendeu cerrando os olhos de brincadeira.

– É verdade, amor. – Ele concordou e deu um beijo sorrateiro no pescoço dela antes de completar o que dizia. – No seu caso ela não se diverte. -.

– Isso não é verdade! Ela se diverte! Não se diverte, Lola? – Maria deu um empurrãozinho no marido.

– Me divirto, mamãe. – Lola mentiu em nome da felicidade que Maria transbordava enquanto fazia compras com ela. – Me divirto sim. -.

– Está vendo. – Maria se gabou.

Howard balançou a cabeça e a provocou.

– Lola será uma ótima cientista quando crescer, já sabe até ludibriar para conseguir patrocínio. -.

– Nada disso! Lola será a próxima Miss Estados Unidos, quiçá Miss Universo! Olhe como ela é linda! – Maria discordava.

Lola apenas os assistia sem dar uma palavra.

– Estamos criando uma cientista e não uma modelo, quer apostar quanto? – Ele desafiou.

– Querido, você nunca foi muito bom em apostas. – Maria se gabou.

– Por que não uma Modelo-Cientista? – Stuart, o mordomo, adentrou o local. – Com licença, senhores, mas o Sr. e a Sra. Vanko já chegaram, juntamente com o pequeno Ivan. -.

– Oh sim! Eles vieram para o jantar. – Howard recordou-se do convite. Ele queria muito trabalhar em conjunto com Anton Vanko no que seria no futuro o Reator Arc. – Querida, você pode recebê-los e dizer que já desceremos, quero falar uma coisinha a sós com a Lola antes. -.

– Claro, amor. – Maria depositou um beijo rápido nos marido e depois seguiu com o mordomo indo receber a família russa.

Quando ficaram mais uma vez sozinhos, Howard sorriu para a filha há alguns metros de distância. Lola sorriu de volta, mas sem entender o porquê do pai querer falar algo a sós e ainda não ter começado. Mal sabia ela que ele estava tentando criar coragem.

– O que foi, Pai? – Lola sorria ainda super feliz com o presente.

– Tenho outra surpresa para você. – Howard anunciou caminhando até uma estante de madeira, Lola o seguiu e o viu abri-la.

Era um móvel cheio de prateleiras de cima a baixo, e de cima a baixo as prateleiras estavam lotadas de rolos de filme, Lola abriu um sorriso imenso para a quantidade de filmes, mas ele logo se fechou ao varrer seus olhinhos pelos nomes deles. Todos eles começavam com “Capitão América e...” ou “Capitão América em...”.

– O que significa isso? – Ela balbuciou aterrorizada olhando de Howard para a estante e da estante para Howard.

Era uma infinidade de filmes sobre o Capitão, apenas uma prateleira (os primeiros) realmente foram feitos utilizando como ator o verdadeiro Steven Rogers, enquanto o resto era hollywoodianos mesmo, a maioria feitos após o desaparecimento do herói.

– Eu conversei com o seu psicólogo e ele acha que seria bom para diminuir seu ódio pelo país se eu te mostrasse coisas boas americanas, resolvi começar te apresentando ao Capitão. – Howard explicava sua tentativa.

– NÃO! Não mesmo! – Dolores saiu correndo com raiva de tudo, de todos, do universo. A garotinha pareceu uma fera ao bater a porta de seu quarto atrás de si. Ela não desceu para conhecer o Sr. e a Sra. Vanko e nem seu filho Ivan.

[...]

Lola terminou de explicar para Sharon e os cinco cientistas que ela não era capaz de acompanhar os procedimentos que usaram nela e em Steve.

A Stark pensou que isso os deixaria perplexos e decepcionados, exatamente como ela se encontrava, mas para sua surpresa eles não ficaram nem um pouco chocados. Não é como se necessariamente eles esperassem por isso, contudo, desconfiavam de que a situação seria bastante provável.

– Sabemos exatamente quem pode te ensinar em curto intervalo de tempo o que precisa saber para ser hábil a nos ajudar a ajudar o Capitão. - Um dos cinco disse de forma receosa. - Alguém que também aprendeu em um curto intervalo de tempo. -.


–Sério?! Quem? -Lola sobressaltou-se. - Por que continuamos desperdiçando tempo? Por que não começaram a me ensinar logo? - Lola estava começando a ficar um tanto furiosa.

– Porque não é nenhum deles quem pode fazer isso. - Sharon cruzou os braços tentando criar coragem para dizer o que tinha de dizer, sabia que os cientistas seriam medrosos demais e ela teria que fazê-lo, mas assim como os outros cinco tinha plena certeza de que contar isso a Stark seria o mesmo que forçar um vulcão adormecido a entrar em erupção.

– E precisaram me deixar perder quase oito horas lendo uma papelada que já sabiam que eu não entenderia grande parte? Por que não me levaram de uma vez para conhecer o meu tutor? Parecem que vocês só querem perder tempo! - Lola acusou.

– Não é tão simples assim. Você precisava convencer a si mesma
de que necessitava de ajuda, pois ninguém aqui na Área 51 seria capaz de fazer isso. - Sharon tentava explicar aos poucos.

– Bobagem! É óbvio que sou capaz de TUDO para salvar o Steve! - Lola realmente se exaltou, não entendia o motivo de tanto enrolarem, tanta burocracia.

Sharon também se exaltou, ainda achava Lola muito mimada para todos os privilégios que recebia. Resolveu jogar a notícia toda de vez na cara da Stark sem mais rodeios.

– TUDO?! Até trabalhar com um inimigo? ÓTIMO! Porque a única pessoa capaz de te ajudar é o Experimento XY-32! Ele também está aqui e graças ao Dr. Samuel Ford e suas contribuições que você está viva e o Steve ainda consegue continuar lutando para não morrer! - A loira fez questão de dar ênfase na última palavra.

– O QUE? - A pergunta chocada de Lola ecoou pela sala, fazendo um dos cientistas sentir sua espia arrepiar.




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Notas finais do capítulo

"Quando você chegar lá
Me diga o que fazer
Porque estou fazendo tudo errado
Você não pode lutar contra o atrito
Então, vá com calma
Você não aguenta a pressão
Então, vá com calma
Não me mande ser forte
Vá com calma"
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Entãoooooooooo? Gostaram?
Me deixe saber por meio de um comentário? Por FAVOOOOOR! 0/
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Quanto ao próximo capítulo, vai demorar um pouquinho, só vou poder voltar a postar toda semana após o enem (26/10). Tenham paciência comigo, pois em breve vão ter é que pedir para eu postar menos capítulos.
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Até a próxima!
Beijoos
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QUEM AINDA NÃO LEU A ONESHOT DO LokiTO.. AINDA DÁ TEMPO (haushaushau): https://fanfiction.com.br/historia/637550/Prisoner_Prince/