Akemi conseguiu muito rápido fazer amigos e se tornar alguém conhecida no colégio. As intrigas que a mesma estava envolvida serviram apenas para que sua popularidade crescesse e isso era bom. Ela conseguia vantagens e sempre instruída por Info-chan conseguia uma forma de rebaixar as suas concorrentes.

Agora ela havia parado com a matança, ficava mais pregando peças, como jogar água do terraço em cima das garotas, roubar as suas roupas no vestiário. Coisas que as deixariam envergonhadas. Isso fazia com que a popularidade das garotas caíssem, porém Akemi não estava conseguindo o que ela mais queria, a atenção de Hiro.

Todos os dias ela enviava diversos tipos de fotos para Info-chan, desde fotos comuns das garotas conversando até fotos das suas partes íntimas. Aquilo a fazia pensar que com certeza Info-chan era alguém pervertido, por sempre estar pedindo fotos como aquelas. De certa forma, Akemi já estava um pouco irritada com Info-chan, ela sempre estava ali fazendo o que era pedido e indicado, mas não via o resultado. A cada dia que se passava era como se Hiro estivesse cada vez mais longe.

Os meses foram se passando. As professoras e membros do colégio estavam cada vez mais receosos, afinal de contas ainda não havia sido descoberto o culpado pelos assassinatos. Todos os alunos estavam sendo vigiados e isso tornava o trabalho de Akemi mais difícil. Na primeira segunda-feira de primavera, quando as cerejeiras começaram a florescer ela recebeu uma nova mensagem de Info-chan.

“Segunda, terça, quarta e quinta = Tente se aproximar o máximo de todos, seja bondosa, mostre ser a melhor em tudo que faz. Sei que já esta fazendo isso, mas quanto mais, melhor. Você não pode ser considerada como suspeita quando o dia x chegar.

Sexta = Dia da morte. Você irá fazer uma chacina no colégio, irá matar todos que tiver ao seu alcance, de preferência as meninas, depois irá escolher alguém para usar como culpado. Você vai precisar ser esperta Akemi, não deixe nenhuma pista.”

Naquela semana Akemi foi melhor do que sempre foi. Ela conquistou toda a atenção que precisava e quando a sexta-feira chegou ela começou a agir. Sua primeira vítima foi afogada na fonte. A última a chegar no colégio. Ela não esperou muito para ir até a próxima que matou eletrocutada no banheiro. Jogou outro de cima do terraço, fazendo parecer um suicídio e depois envenenou a comida. Havia corpos por toda parte e ela sabia que logo eles seriam encontrados.

Quando estava subindo as escadas para o segundo andar encontrou uma garota do primeiro ano que viu a faca em suas mãos. A menina já estava desesperada, provavelmente viu o corpo no banheiro. Naquele momento ela começou a gritar, Akemi revirou os olhos e a empurrou, a menina tentou se defender, sem paciência Akemi enfiou a faca na barriga da garota que perdeu o controle do seu corpo, assim ela enfiou a faca na sua garganta e em questão de segundos a garota estava morta.

Ela a arrastou até o terraço, depois limpou todo o sangue com um rodo. A água do balde estava vermelha por causa do sangue. Akemi sabia que estaria em uma enrascada se alguém a visse ali naquele estado. Foi quando ouviu vozes vindas do pátio. Ela encostou na grade e viu uma menina falando no celular animadamente. Akemi sorriu, pegou o balde e jogou toda a água suja de sangue na garota que começou a gritar desesperada depois saiu correndo para o vestiário.

Ela desceu as escadas correndo e chegou esbaforida no vestiário. A garota estava no chuveiro, assim Akemi agiu rapidamente. Pegou um uniforme novo e vestiu, depois pegou o seu sujo de sangue e camuflou dentro do armário da garota junto com a faca do crime.

Algum tempo se passou e os corpos foram achados. Um sinal de alerta foi emitido, havia corpos por toda parte, a maioria mortos devido ao envenenamento. Alguém havia implantado veneno no lanche e ele havia acabado não só com vários alunos, mas também com muitos professores.

A polícia então começou a investigar, todos foram interrogados e revistados. Depois de uma hora a faca foi encontrada e a garota dona do armário foi levada pela polícia como principal suspeita. Naquele dia Akemi recebeu uma ligação de Info-chan a parabenizando pelo feito incrível, agora elas poderiam passar para o segundo plano, porém algo deu errado. No uniforme foi encontrado fios de cabelo de Akemi presos no botão, e assim eles começaram a investigar, ela havia deixado várias digitais em diversas partes, e uma câmera conseguiu captar Akemi implantando as provas do crime. A garota foi liberada e Akemi foi presa em seu lugar como principal suspeita.

Ela é claro se entregou, estava cheia de se esconder e precisava dizer para alguém tudo que tinha feito. Para ela seu ato havia sido heroico, quem seria capaz de cometer uma loucura como a sua? Aquilo era a mais pura prova de amor. Ela traçou um coração feito de sangue no armário de Hiro e dentro dele fez a junção de suas iniciais “H+A”. Como havia sido boba em ter feito aquilo, mas agora ela não se importava. Como pensou Info-chan arrumou um jeito de lhe tirar daquele lugar e ela só precisava derrubar mais uma para alcançar Hiro.

A garota loira acabava de virar a esquina. Naquela noite Yui estava diferente de todas as vezes que Akemi a viu na escola. Ela trajava um vestido preto e seu cabelo estava solto, parecia estar indo para algo muito fino. Aquilo irritou Akemi, ela sentia tanta raiva de Yui, seu ódio por ela era maior do que toda raiva que ela já havia sentido na vida e ela sabia disso, pois suas mãos tremiam e suavam frio. Akemi se escondeu na penumbra e quando Yui passou em sua frente ela a agarrou tapando a sua boca com o pano úmido de clorofórmio que havia trago dentro de sua bolsa. Yui logo desmaiou e Akemi a carregou com um pouco de dificuldade até a casa.

Antes de começar a pensar ela trancou todas as portas e depois amarrou a garota numa cadeira. Era estranho Info-chan não estava ali, mas Akemi não se importou, ela agora tinha um plano e ela ia fazer o que queria, chega de seguir ordens, agora ia agir por si mesma. Akemi agarrou a bolsa de Yui e de dentro retirou o seu telefone. Vasculhou a agenda até encontrar o número de Hiro, o discou e logo começou a chamar.

A maçaneta foi girada. Ainda com o telefone na mão Akemi se virou para quem havia acabado de chagar. Info-chan estava parada sorridente na porta ao ver o grande passo que Akemi havia dado. Naquele instante um telefone começou a tocar, Akemi e Info-chan arregalaram os olhos ao mesmo tempo.