Enquanto a sirene soava alto Akemi corria o mais rápido possível pelos corredores esbaforida. Ela olhava para todos os lados e a todo momento se esbarrava em presas que a olhavam feio. Ela sentiu-se um pouco reprimida, não se sentia bem no meio daquelas mulheres estranhas, isso fez com que seu instinto a levasse para o lado oposto que todas estavam indo. Logo Akemi estava nos fundos da delegacia. Do lado de fora ela pode ouvir o barulho movimentado na rua, parecia que os pedestres que passavam por ali já haviam recebido a notícia do acontecimento que ouve ali e fugiam apressados.

– Fique parada! –Alguém gritou. Akemi se virou deparando com uma policial que estava a alguns metros de distância apontando uma arma.

– Sinto muito senhora, mas não posso obecerder. – Ela sorriu para a policial e correu, a policial começou a correr atrás dela. Logo Akemi avistou uma porta, não sabia exatamente onde chegaria, mas correu o mais rápido que pode para aquele ponto.

Ao chegar do outro lado da porta ela se deparou com uma rua extremamente deserta, não soube inicialmente para onde correr e aquilo a deixou paranoica, logo a policial lhe alcançaria. Um caro virou a esquina cantando pneus. Era um Honda civic preto com janelas escuras o que tornava impossível saber quem dirigia. A porta de trás se abriu o que fez Akemi engolir em seco.

– Entra logo ou quer voltar lá pra dentro? – Disse uma voz vinda de dentro do carro.

Akemi entrou e o carro saiu cantando pneus, a polical que saiu na porta naquele momento tentou atirar nos pneus do carro, mas acabou errando e logo o carro já atingia uma velocidade inalcançável. Akemi fechou a porta do carro e olhou para frente. No banco do motorista estava uma mulher de capuz, ela ultrapassou o sinal vermelho e um pouco irritada retirou o capuz. A mulher não era japonesa, era uma linda mulata de cabelos afros e olhos castanhos que olhou para Akemi e sorriu.

– Você é a Info-chan? – Perguntou Akemi e a garota gargalhou.

– Não, eu sou legal e normal. – Ela fez sinal para que Akemi passasse para o banco da frente. – A Info-chan é uma pervertida louca e você não deve ser muito normal também, mas existem poucas pessoas normais neste mundo. Sou Agatha, você é?

– Akemi.

–A famosa Akemi. – A garota agora fitava a estrada. – Info-chan te adora, agora me diga, está fazendo isso tudo por causa de um garoto?

– Sim, você não faria qualquer coisa por amor?

– Não. Sou diferente de você, eu faço qualquer coisa por dinheiro. É por isso que estou aqui, Info-chan me pagou para lhe buscar.

A coversa acabou por ali. Durante todo o resto do percurso Akemi dormiu, pois estava exausta. Depois de várias horas acordou com o barulho da chuva forte que caiam sobre o carro. Ela olhou do lado de fora e reconheceu aquele lugar. Estavam perto do colégio, logo param na frente de uma casa que Akemi costumava passar na frente todos os dias.

– Por que estamos aqui? – Perguntou.

– Porque este é o destino que Info-chan me passou. – O portão da casa abriu e elas entraram. – Vamos desça eu preciso partir o mais rápido possível.

Akemi desceu do carro. Agatha acenou e foi embora, o portão se fechou e Akemi entrou na casa, estava deserta o que foi estranho. Ela subiu as escadas indo para o segundo andar e logo se deparou com uma espécie de covil. Havia uma mesa no meio da sala com um computador de ultima geração. Na parede dos fundos estavam pregadas todas as fotos que Akemi havia tirado e enviado para Info-cha e no canto esquerdo haviam algumas fotos de Akemi. Ela se aproximou observando todo o local.

– Estava a sua espera. – Falou uma voz vinda de trás. Akemi se virou e se deparou com uma garota um pouco mais alta que ela. A gorata era branca, cabelos vermelhos com um corte masculino e usava óculos, ela tinha um sorriso satisfatório estampado no rosto.

– Info-cha?! – Akemi se afastou das fotos.

– Sente-se. – Info-chan fez sinal para que Akemi senta-se na poltrona, logo ambas sentaram. – Fico feliz que tenha consegui fugir, agora poderemos por a última etapa em prática.

– Ultima etapa?

– Pensou que era só matar todas as garotas da escola e estaria tudo pronto? – Info-chan revirou os olhos. – Ainda tem uma garota na sua frente. – Ela entregou uma foto para Akemi. Na foto havia uma garota de cabelos loiros abraçada com Hiro, aquilo fez Akemi se irritar. – Yui, a única garota que faltou a aula no dia da chacina, você deixou ela passar e agora ela está lá se esfregando no Hiro, mas você pode reverter isso.

–Como?

– Hoje eles tem um encontro e você minha cara irá acabar com o encontro. – Info-chan agarrou as mãos de Akemi. – Traga a Yui viva para mim, nós iremos nos divertir um pouco com ela. Em alguns dias o Hiro estará em suas mãos.

– Mas, ele deve pensar que sou louca. – Akemi se encolheu. – Ele sabe que cometi todos aquele crimes, e se ele não me quiser o que farei?

– Relaxa, talvez ele tenha gostado de tudo isso. Garotos gostam de ver garotas cometendo loucuras por ele. – Info-chan se levantou. – Preciso resolver algumas coisas, esteja na rua de baixo as seis, pegue a Yui e traga para cá, você sabe como.

Dizendo isso ela caminhou em direção á porta. Naquele momento Akemi percebeu que Info-chan estava vestida o uniforme do colégio o que era estranho, pois ela nunca havia visto Info-chan no colégio, ela nem ao menos sabia qual era o seu nome verdadeiro. Aquilo estava muito estranho, mas ela não se importou, precisava por seu plano em prática.

Logo encontrou um quarto destinado a ela. Akemi tomou um longo banho e se trocou. Ficou de frente para a porta esperando que o tempo passasse e o relógio marcasse a hora para ela sair, não demorou muito e o horário chegou. Ela saiu na rua da maneira mais discreta possível, disfarçada é claro. Desceu a rua e esperou, logo uma sorridente garota de cabelos loiros dobrou a esquina.