Just Mine escrita por Charlottie Evie


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores
Peço mil desculpas pelo atraso, me esqueci completamente de atualizar a fic. Isso não acontecerá novamente é uma promessa. Espero que gostem do capítulo.

Boa Leitura!



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Todos observavam a garota que insistia fitar a janela enquanto falava. A sala de interrogatório estava escura e fria. Akemi não fitava o delegado ela estava em uma espécie de transe, era como se a adrenalina que sentiu no momento que matou as suas oponentes ainda estivesse percorrendo todo o seu corpo.

Alguém bateu na porta, o delegado a abriu. Era uma mulher alta de cabelos pretos presos em um coque alto. Ela aparentava ter por volta de trinta anos e parecia preocupada.

– Sou a advogada da garota. – Disse. – Será que o senhor pode nos deixar a sós? Preciso conversar com a minha cliente.

– Tudo bem, mas seja rápida. Já está tarde e a suspeita precisa ir para a cela.

–Não se preocupe, é assunto rápido. – O delegado saiu da sala. A mulher observou Akemi por alguns segundos e depois sentou-se de frente para a garota. – Estou aqui para lhe ajudar, mas para que eu lhe ajude você precisa me ajudar.

– O que devo fazer? – Perguntou Akemi friamente.

– Revele a identidade da Info-chan, eu poderei jogar todo o problema para cima dela, dizer que ela lhe obrigou, sua pena será menor.

– Como irei revelar algo que nem eu mesma sei? – Akemi fitou a mulher. – Info-chan nunca se revelou para mim.

–Mas deve ter acontecido algo que lhe dê uma pista, tente se lembrar Akemi.

Dois policiais entraram na sala, eles soltaram a algema que prendia Akemi à cadeira e logo em seguida a levaram para sua cela.

A noite estava longa, ela virava de um lado para o outro em sua cama. Todas as vezes que fechava os olhos sua mente a levava para a cena na qual ela matava a garota. Aquilo a perturbou durante dias e ela não sabia o que fazer para espantar aqueles pensamentos. Era algo mais forte que ela.

Quando o despertador tocou Akemi já estava de pé. Já havia se arrumado para o colégio, antes de sair resolveu ligar o seu computador, havia recebido um email.

“ O vídeo será enviado para todos os alunos depois do sinal de entrada, tente ficar o mais longe possível da Yoko ela saberá que foi você e fará de tudo para se vingar. No intervalo não vá para o terraço, desça para a enfermaria deixarei algo para você em cima da maca, guarde em segurança e só use quando eu mandar.

Tenha um bom dia,

Info-chan”

Akemi desligou o computador e foi para o colégio. Não ficou perto dos armários naquele dia esperando Hiro, afinal ela sabia que Yoko iria lhe causar problemas, assim resolveu ir logo para a sala. Sentou-se no seu lugar e começou a fazer desenhos aleatórios em seu caderno, a medida que os alunos iam chegando e a sala ia se enchendo.

O sinal bateu e passados cinco segundos todos os celulares tocaram ao mesmo tempo, os alunos viram o vídeo e logo começaram a comentar. Pode-se ouvir um grito vindo do pátio e assim todos saíram de suas salas e foram até o local de onde havia vindo o grito. Akemi correu junto com todos os alunos. No pátio havia muita gente e todos faziam um círculo ao redor de duas garotas, Yoko e Keiko. Yoko parecia irritada enquanto Keiko entediada.

– Olha a confusão que você nos meteu. – Gritava Yoko. – A minha vida já estava ruim e agora isso tudo por sua culpa.

– Não jogue toda a culpa para cima de mim. – Keiko respondeu. – Você aceitou Yoko-chan, você é tão culpada quanto eu. E quem ferrou a sua vida não foi eu, foi ela. – Keiko apontou para Akemi.

–Sim. – Yoko respondeu. – É tudo culpa da Akemi.

– Como podem me julgar assim? – Perguntou Akemi. – Vocês não tem provas contra mim, não venha me culpar, afinal de contas eu não tenho culpa da vida ruim de vocês. – Ela sorria enquanto falava.

– Olha o que você fez. Não vê que agora somos motivos de piada? O Hiro vai me achar uma idiota. Tudo por sua culpa. – Keiko não respondeu, apenas ficou paralisada fitando a pessoa que havia acabado de chegar e fitava ambas com desprezo.

– Qual o problema de vocês? – Perguntou Hiro. – As garotas desta escola parecem todas estarem ficando loucas. ­– Ele se aproximou de Yoko. – Eu já mais olharia para você, você me envergonha. – Ele se esbarrou na garota e passou direto enquanto Keiko se afastou e cobriu o rosto com as mãos. Todos os alunos começaram a rir de Yoko que correu desesperadamente para o ginásio enquanto Akemi observava tudo de longe sentindo-se vitoriosa por dentro.

– Vão todos para sala agora! – Falou a supervisora. Todos se dirigiram para suas salas comentando o acontecido.

Logo o sinal do intervalo tocou, todos se dirigiram para o terraço enquanto Akemi correu para a enfermaria, olhou para todos os lados para ver se ninguém lhe perseguia, estava sozinha. Assim abriu a porta e entrou. Sobre a maca havia uma seringa e ao lado uma ampola. Por baixo de ambos havia um bilhete.

“Dentro desta ampola tem tranquilizante, guarde, pois logo precisará. Ira usar somente quando eu mandar, se usar antes terá grandes problemas comigo. Lembre-se eu sou a voz, os olhos e os ouvidos deste lugar, eu sei sobre tudo e todos. Se sair da linha comigo eu acabarei com você.

Me envie fotos das duas próximas vítimas até amanhã, preciso planejar o seu próximo passo.

Info-chan”

Akemi guardou a seringa e a ampola dentro da sua mochila e depois correu para sua sala, pois o intervalo havia acabado. A professora adentrou a sala e se dirigiu pra o quadro, iria começar a aula quando algo chamou a atenção de todos. Um vulto passou em alta velocidade pela janela. Os alunos levantaram de seus lugares e correram para a janela a tempo de ver o corpo de Yoko encontrar com força o chão e sangue espalhar por toda parte. Ouve gritos e choros, alguns se sentiram culpados por zombarem da garota, afinal ela havia cometido suicídio, tudo isso pelo fato de ter sido rejeitada. Akemi sorriu, era menos uma em sua lista.

Todos foram para o pátio, no meio da multidão Akemi não encontrou Hiro, o que lhe pareceu estranho. Assim ela subiu a escada as pressas indo até a sua sala, ele não estava lá, mas ela o viu de relance indo em direção ao banheiro masculino. Indo devagar para que seus passos não fossem ouvidos ela foi atrás dele, ao virar o corredor se deparou com algo que a irritou. Keiko estava atrás da porta do banheiro masculino observando Hiro que utilizava um dos mictórios. Antes que Hiro pudesse vê-la ela saiu rapidamente se esbarrando com Akemi.

– O que fazia no banheiro masculino? – Perguntou Akemi.

–Não é da sua conta, agora sai da minha frente. – Keiko a empurrou.

– Acho que ele odiaria você mais ainda se eu contar o que acabei de ver. – Brincava Akemi.

– Não ouse fazer isso. – Keiko se aproximou. – Eu acabo com você em questão de segundos.

– Vamos ver que acaba com quem primeiro. – Dizendo isso Akemi se afastou. O celular vibrou dentro de sua bolsa.

“Siga a Keiko e mate-a, mas não use o tranquilizante que lhe dei. Encontre algo na rua e dê um fim no corpo.

Info-chan.”


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Notas finais do capítulo

se gostou já sabe, comente, comentários são importantes para mim. Até o próximo capítulo. Não vou dar certeza, mas vou tentar postar quarta a noite. Até la.



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