O telefone tocou às cinco da manhã. Akemi acordou assustada e depois de alguns segundos o pegou e olhou era uma mensagem da Info-chan.

“Acho melhor acordar, você terá um dia longo hoje. Nessa semana você deve aniquilar todos aqueles que estão no seu caminho, precisa ser rápida eu irei lhe ajudar. Espalhei algumas coisas que você poderá usar como armas na escola e deixei alguns uniformes extras no ginásio, pois irá precisar.

Lembre-se, ninguém pode lhe ver e você precisa acabar com todas as provas do crime, tudo que ligue a você, caso não faça isso poderá ser pega e não conseguirá atingir os seus objetivos.

Boa aula e boa sorte,

Info-chan.”

Akemi ficou por um tempo ali parada apenas observando a mensagem, ela não sabia como começar e o que deveria fazer, as vezes aquilo lhe parecia errado, mas ao se lembrar do prêmio tudo mudava e ela se sentia decidida. Por fim ela se levantou e arrumou para ir ao colégio, abriu a sua gaveta e pegou uma de suas calcinhas preferidas, afinal ela acreditava que elas lhe davam sorte, cada cor lhe da um tipo de sorte diferente e naquele dia ela escolheu a rosa, pois lhe deixava confiante.

Antes de sair Akemi fitou a foto que havia tirado alguns dias atrás do seu adorado Hiro. Ela havia feito um pequeno altar onde colocou algumas coisas relacionadas a ele.

Correu o mais rápido possível e naquele dia foi a primeira a chegar no colégio, assim teve tempo suficiente para procurar uma das armas que info-chan havia lhe falado. Encontrou uma tesoura com ponta em baixo de uma das árvores, rapidamente a colocou dentro da mochila quando viu Hiro adentrar a escola. Ela se afastou um pouco afinal não queria que ele visse o quanto estava vermelha. Logo os outros alunos começaram a chegar, ela rapidamente cumprimentou um por um, tentando assim causar uma boa impressão e fazer amizade.

Todos se dirigiram para os armários quando seu telefone tocou.

“Sua primeira vítima está no laboratório de informática. Cabelos curtos, preto com mechas rosas. Diga que tem algo para ela, ela gosta de animes e jogos, pense em algo. Ela é uma vítima fácil, sua missão é tirar-la do laboratório e matar-la.”

Akemi engoliu seco e correu para dentro do colégio, passou por todos e depois foi em direção ao laboratório. A garota estava sentada na frente do último computador assistindo anime. Akemi se aproximou, não sabia exatamente o que fazer assim sentou-se de frente ao computador que estava ao lado da garota e começou a acessar sites aleatórios. Depois de um tempo ela pensou em puxar assunto.

– Esta assistindo anime? – Perguntou.

– Acho que sim.- A garota respondeu.

– Me desculpe pela pergunta idiota. – Akemi sorriu sem jeito. – Então tenho um amigo que consegue mangás de graça.

– Sério? – A garota parecia surpresa. – Como ele consegue?

– Ele tem um amigo que trabalha em um distribuidora. Esse meu amigo sempre pergunta se quero mangás, mas não gosto muito de ler então nunca pego, mas se quiser posso pegar para você.

– Eu seria muito grata, muito mesmo. – Respondeu a garota. – Meus pais me proibiram de comprar mangás, eles dizem que isso está atrapalhando o meu rendimento.

– Vem comigo, vamos procurar esse meu amigo, acho que ele deve estar lá perto do portão. – Akemi se levantou, sentia-se bem, não pensou que seria tão fácil conquistar a garota daquela forma.

– Ok, vamos. – A garota se levantou e assim as duas foram para o pátio, à medida que caminhavam Akemi arquitetava uma forma de matar-la em sua mente, logo todo o plano estava pronto e assim ela começou a agir. Levou a garota até os fundos da escola ao lado de um grande forno chegando ali ela se virou de frente para a garota que parecia confusa. – Onde está o seu amigo? Você não disse que ele estaria na frente da escola? – Perguntou.

– Ele não está lá e nem aqui. – Akemi sorriu. – E ele não existe, eu inventei tudo para você me seguir. – gargalhou.

– Você tem problemas, e eu vou indo. – A garota revirou os olhos, estava irritada e achava Akemi idiota. Ela deu as costas para Akemi e começou a se mover em direção ao prédio, porem Akemi foi mais rápida e em questão de segundos alcançou a garota enfiando a tesoura no seu pescoço. A garota que caiu no chão e começou a engasgar com o seu próprio sangue. As mãos e a roupa de Akemi estavam sujas de sangue, mas ela não se importou apenas ficou ali paralisada olhando para a garota morta. Ela sentia uma grande força em suas mãos, não sabia distinguir se aquilo era certo ou errado, mas sabia que aquele sentimento que estava lhe dominando naquele momento era um sentimento de prazer.

Ela pegou o telefone e fotografou a garota depois enviou a foto para info-chan.

“Parabéns Akemi-chan, você foi muito bem. Agora precisa se livrar do corpo e destruir todas as provas que podem lhe incriminar. Seja rápida.”

Akemi guardou o telefone e depois agarrou a mão da garota a arrastando até o forno, jogou o corpo da garota dentro do forno junto com a tesoura e depois o fechou, em seguida correu em direção ao ginásio. Encontrou os uniformes limpos deixados por info-chan dentro do vestiário e se trocou depois correu em direção ao forno com o uniforme sujo de sangue e o jogou ali dentro, logo em seguida acionou o forno.

Estava indo para sala quando se lembrou que o chão ainda estava sujo de sangue. Assim ela foi atrás de um rodo e um balde e limpou o sangue, depois correu para sala como se nada tivesse acontecido. A aula daquele dia foi chata e ela ficou afastada de todos, pois sentia-se um pouco intensa, ela sabia que ao matar aquela garota havia despertado algo dentro de si, mas não sabia necessariamente o que era.

– Oi.- Disse uma garota de cabelo vermelho. – Akemi a fitou. – Você viu a Tsubasa?

– Quem é Tsubasa?

– Uma garota baixinha, cabelos curtos preto e rosa, sempre fica no laboratório assistindo animes. Ela não apareceu na aula hoje, mas vi quando ela chegou, porem não a vejo desde o início da aula e estou preocupada.

– Ela deve estar no laboratório ou enfiada em algum lugar assistindo anime. – Akemi sorriu.

– Deve mesmo. Bom o sinal já vai tocar, vamos para a sala juntas? – Pediu a garota, sorrindo para Akemi.

– Sim. – Akemi respondeu.

– Vou te contar um segredo, mas não conte para ninguém. – A garota agarrou o braço de Akemi e começou a sussurrar.

– Eu estou gostando do Hiro-kun, deixei uma carta no armário dele, acho que ele vai me chamar para sair.

– Boa sorte. – Akemi logo respondeu e em seguida entrou na sala indo para o seu lugar, ela sentia a raiva borbulhar dentro de si. Naquele momento sentiu raiva da info-chan por ter lhe mandando matar a Tsubasa e não a Yoko, afinal a Yoko que estava na sua frente, a Tsubasa passaria por um tempo despercebida aos olhos de Hiro.

“Eu irei matar-la e me banhar com o seu sangue, não deixarei o Hiro-kum ler a sua carta idiota.” Pensou Akemi.

Antes que a professora entrasse ela se levantou e saiu da sala, por sorte todos os alunos havia se dirigido para sala, assim os corredores estavam vazios. Ela se dirigiu aos armários e foi até o armário de Hiro. Com muito esforço conseguiu arrombar-lo e pegou a carta a guardando dentro de sua bolsa, depois fechou o armário e voltou para sala se sentindo novamente bem.