POV Raphael

Eu simplesmente não havia entendido a atitude da Fernanda, e nem o por que dela ir embora de casa. E pra onde? Onde ela teria ido? Ela era realmente uma maluca, ou algo do tipo! Assim que ela saiu de casa eu entrei e fui até o quarto dela, a cama estava feita, muito bem arrumada nunca tinha visto o quarto da Fe daquele jeito tão impecável. Abri o guarda – roupa dela e estava literalmente vazio! Ela tinha mesmo ido embora.

Não conseguia entender! Na verdade era ela quem tinha que entender que agora nos éramos apenas irmão. Mais infelizmente a única verdade que eu sabia daquilo tudo que o que eu sentia por ela continuava sendo o mesmo, eu á amava como mulher, eu precisava dela como mulher! Eu era perdidamente apaixonado por ela. Mais por um acaso tínhamos descoberto que era éramos irmão!

Me aproximei da cama dela e me deitei deixando com que minhas lágrimas rolassem pelo meu rosto, e ali me deixei ficar pelo resto do dia!

***

Acordei um pouco atordoado na manhã seguinte, me levantei e olhei em volta, eu estava no quarto da Fernanda eu tinha dormindo ali. Sai do quarto dela e fui para o meu precisava me arrumar para ir á faculdade, se não chegaria atrasado mesmo não tendo vontade nenhuma para ir. Fui até o banheiro fiz minha higiene pessoal, tomei uma ducha rápida e voltei para meu quarto, me troquei e sai do meu quarto. Cheguei a sala de estar e Verinha limpava algumas coisas lá, e ela chorava baixinho para que ninguém percebesse.

– O que foi minha querida? – Digo me aproximando dela.

– Minha menina foi embora! Estou preocupada com ela! – Ela diz enquanto tentava enxugar suas lágrimas.

– Ela com certeza está bem! – A abraço. – Se você me der o endereço de onde ela está eu posso ver ela! – Torno a dizer.

– Melhor não, ela não deu permissão para tal! – Diz Verinha.

– Por favor Verinha, eu sou irmão dela e tenho o direito de saber. – Digo.

Faço um charminho e com bastante custo ela me da o endereço. Sai de casa atrasado e com certeza eu perderia a primeira aula na faculdade. Cheguei lá e estacionei meu carro e fui até a cantina. Lá pedi um suco de laranja e me sentei para esperar o começo da segunda aula.

– Raphael! – Ouço uma voz conhecida. Era Ana.

– Ana! O que deseja? – Digo seco.

– Nada demais, só queria saber como você está? – Ela diz.

– Indo! – Digo.

– Porque? – Ela pergunta.

– Acabei de descobrir que eu e Fernanda somos irmãos! – Digo e me arrependo logo em seguida.

Ana me olhou com uma certa alegria. E eu não acreditando que eu tinha aberto a minha boca, eu não conseguia mais nem olhar para cara da Ana, muito menos voltar a creditar nela um dia! Ela era ridícula.

– Que pena! – Ela diz com um pequeno sorriso.

Ela começa a se aproximar de mim e tenta me beijar eu desvio, e ela continua investindo pra cima de mim, e eu continuo a tentar me desviar dela. Mais ela é insistente e com um descuido meu ela conseguiu me beijar a força, e eu a empurrei logo em seguida. Ela era uma maluca, vulgar, nojenta! Ana olho para um lugar atrás de mim e sorriu vitoriosa, e eu sem entender nada me virei e dei de cara com a Fernanda que ao me ver saiu do refeitório as presas. Me levanto e tanto ir atrás dela, mais sou interrompido por alguém que segura meu braço, viro – me, era Ana.

– Me solta! – Digo e puxo meu braço.

Saio de lá apressado queria encontrar ela ainda na faculdade. Cheguei ao estacionamento e procurei por ela e pelo carro dela, mais não estava mais lá, ela já deveria ter ido embora. Mais por sorte eu tinha o endereço de onde ela estava morando e era pra lá que eu iria. Dei partida em meu carro e sai com ele em direção ao endereço que Verinha havia me dado.

***

POV Fernanda

Meu Deus eu ainda não compreendia como o Raphael era idiota, ele já estava na faculdade se esfregando com ela puta da Ana. Quando vi os dois beijando não consegui me segurar e deixei com que as lágrimas caíssem. Sai de lá aos prantos e fui para o estacionamento, peguei meu carro e dei partida indo em direção ao meu apartamento.

Cheguei em frente ao meu apartamento que ficava em um bairro de luxo, entrei com o carro na garagem e depois de estacionar meu caro entrei no elevador e parei no quinto andar. Abri a porta do meu apartamento e entrei as presas. Coloquei minha bolsa em cima do sofá e me sentei no mesmo e fiquei olhando pro nada durante alguns minutos, eu não sabia o que fazer nem o que pensar, pelo jeito eu estava sozinha eu teria que enfrentar tudo e todos sozinha, quem eu pensei que poderia me ajudar já estava sem engraçando com a idiota da Ana.

Ouço batidas na porta, mais finjo não escutar, não estava afim de ver ninguém. Mais as batidas na porta continuam com insistência, então me levanto de onde estava e fui até a porta, olhei pelo olho magico e vi de quem se tratava, era Raphael.

– Fernanda, abre essa porta! – Grita ele do lado de fora.

– Vai embora! – Grito.

– Não Fernanda, eu só saio daqui quando você abrir essa porta e falar comigo entendeu! – Ele continua gritando do outro lado.

– Então você ficará aí por um bom tempo, por que eu não vou abrir essa porta nunca! – Grito também.

– Fernanda por favor, me escuta! – Grita ele.

– Não quero te escutar! Porque você é um idiota e já foi correndo atrás daquela vaca da Ana! – Grito e as lágrimas voltam a brotar dos meus olhos com insistência.

– Ela me beijou a força, eu juro! – Ele também grita. – Por favor!

Olho pelo olho magico novamente e ele havia se sentando encostado na porta. Eu precisava dele, eu precisava dar uma oportunidade para ele e para mim também eu merecia ser feliz com o homem que eu amava, e eu sabia que ele também me amava.