Irmãos Por Acaso escrita por Milena Magalhães Aguiar


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oii gente linda, voltei!
Boa leitura!



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POV Raphael

Acordei tarde na manhã seguinte, na verdade mal tinha dormindo se consegui dormi duas horas tinha sido muito. Fiquei o tempo todo deitado pensando em como agir com tudo aquilo que estava acontecendo. Eu não tinha com falar e nem a quem recorrer, estava sem jeito de falar com Fernanda. A reação que ela teve não foi nada boa, na verdade ela não teve reação nenhuma em nossa frente, tinha conseguido se segurar coisa que eu infelizmente não consegui me conter.

Me levantei e resolvi tomar um bom banho, talvez aquilo me animasse um pouco. Fui até o banheiro, me despi abri o chuveiro e deixei a água gelada cair sobre meu corpo. Desliguei o chuveiro, me seguei e depois de me trocar voltei para meu quarto.

Saio do meu quarto, e a casa estava silenciosa como nunca tinha visto antes. Vou até a cozinha andando a passos largos. Precisava comer alguma coisa, mais não tinha fome nenhuma, mais precisava comer pois saco vazio não para em pé e eu já não comi desde ontem a tarde. Lá peguei uma fruta qualquer e comi rápido, eu necessitava falar com Fernanda e não podia esperar mais. Dá cozinha fui até a porta do quarto dela e bati com insistência, mais ela não abriu, tentei a maçaneta mais a porta estava trancada então continuei batendo com mais insistência do que antes. E depois de um bom tempo a porta se abriu e Fernanda disse:

– Nem um banho mais pode se tomar em paz nessa casa! Entra!

Entro no quarto dela que ainda estava bem escuro. Ela estava enrolada em uma toalha e secava seus cabelos com outra. Estava linda como sempre, tinha olheiras enorme nos olhos mais isso não a prejudicava em nada na beleza, mais apesar de tudo naquele momento eu sabia que ela era minha irmã e que não podíamos ter mais nada tão intimo como antes, teríamos que manter respeito um pelo outro.

– O que você quer? – Ela diz jogado a toalha com a qual secava os cabelos em cima da cama.

– Quero saber como você está? – Pergunto.

– Bem, é só isso? Se for pode ir embora! – Ela diz secamente.

– Que isso Fernanda! Eu só queria que fossemos amigos agora que soubemos que somos irmãos! – Digo sério.

– E você acreditou nessa idiotice que eles disseram? – Ela diz e me olha fixamente nos olhos.

– Sim, e porque não acreditaria? – Digo sem entender nada.

– Ah Raphael, pelo amor de Deus! Se nos fossemos mesmo irmãos eles teriam falado desde o começo. Porque nos esconderiam por tanto tempo! Eles querem nos ver separados, eles estão mentindo! – Ela diz nervosa.

– Você está maluca Fernanda, eles não mentiriam sobre uma coisa tão séria como essa. Eles não seriam capazes disso! – Diz com os olhos cheios de lágrimas.

– Ou seriam? Da sua mãe eu espero tudo! – Ela diz.

– Para de me confundir! E não fala assim da minha mãe por favor! – Digo, e me sento na cama dela.

– Raphael pensa por favor! – Ela diz.

Em que ela queria que eu pensasse? Minha mãe não seria capaz de me falar tanta mentira assim, ela era minha mãe e eu tinha que acreditar nela! Mais como ela fez para enganar meu pai por tanto tempo, será que ele era assim tão idiota.

– O que acha se pedirmos um exame de DNA? – Fernanda diz.

– Não, nem pensar! Eles não estão mentindo e...

– E sai do meu quarto! – Ela me interrompe.

– Porque? – Pergunto.

– Por que se você não acredita em mim também não te aceito mais no meu quarto. Some daqui! – Ela diz apontando o dedo indicador para porta.

Dou as costas para ela e saio do quarto dela batendo a porta atrás de mim. Não entendia porque ela pensava daquele jeito, ela estava louca só pode. Eu não queria saber mais daquele assunto. Iria sair dar uma espairecida, e era isso que eu ia fazer, fui até meu quarto me troquei e sai sem destino.

***

POV Fernanda

A única pessoa que eu pensei que podia contar, tinha me deixado na mão e o pior não tinha acreditado em mim. Mais isso não ia ficar assim, eu iria dar um jeito de descobrir tudo e de esfregar na cara dele que tudo que meu pai e Eva disseram era uma verdadeira mentira. Acabei de me secar e me troquei. A minha primeira decisão era ir embora de casa sair daquele ninho de cobras que a casa que tinha sido criada tinha se tornado.

Eu tinha um apartamento que eu mobilei do meu jeito, que meu pai tinha me dado quando eu fiz 18 anos. E era para lá que eu iria. Peguei algumas malas que eu tinha em meu quarto e coloquei minha roupas, sapatos, produtos de belezas, joias, resumindo tudo. Eu resolvi levar tudo que era meu embora. Peguei a chave do meu carro, do meu apartamento e a da minha casa.

Com certo esforço levei todas as malas para sala e aos poucos fui descendo com elas até a garagem. Eu não podia ficar nem mais um minuto naquela casa, principalmente por causa do Raphael, eu não podia ficar perto dele sem poder tocar nele, sentir o cheiro dele e beija – ló, isso eu com toda certeza não aguentaria. Coloquei tudo no carro e voltei para pegar minha bolsa, e quando abri a porta para sair sinto alguém chegar por trás de mim e dizer:

– A onde você vai?

– Sair. – Digo para Raphael.

– Sim, mais a onde você vai? – Torna ele.

– Não é da sua conta! – Digo seca.

– É sim! Você é minha irmã, preciso saber a onde você vai! – Diz Raphael.

– Como você disse, você é meu irmão e não meu dono! – Continuo dizendo seca.

– Quanta grosseria Fernanda! Eu só quero ser seu amigo! – Ele torna.

– Não quero amigos que não acreditam em mim! – Digo.

– Pó...

– Se você quer saber mesmo onde eu vou, vou te dizer. Estou indo embora! – Digo.

– Embora? Para onde? – Ele diz espantado.

– Não posso te dizer! – Digo e lhe dou as costas.

Abro a porta e saio de casa deixando Raphael parado na porta me olhando sem entender nada. Chego no estacionamento e entro em meu quarto, dou partida queria sumir dali o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Não deixem de comentar, beijos