Uma noite no museu 4: Saindo das sombras escrita por Lua Chan


Capítulo 3
Capítulo 3: Dúvidas e pegadas na neve




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–Pessoal, sinto muito, mas agora iremos fechar a biblioteca. -Falou Abgail.

–Tudo bem. Será que poderíamos levar estes dois livros?

–Claro, sr. Daley. Entregue-me no dia que quiser, mas cuidado: se a minha avó encontrar alguma irregularidade, terá que pagar pelo dano. -Respondeu ao guarda noturno.

Ahkmenrah estava em silêncio. Na verdade, todo o local. Às vezes, Abgail perguntava se ele estava bem, mas sempre ouvia a mesma resposta: "melhor, não estaria". Era mentira. Ele estava confuso com tudo ao seu redor. Até mesmo consigo.

–Vamos, Ah- Benjamin. -Larry quase pronunciou seu nome verdadeiro. Até quando teriam que manter esse segredo? -Precisamos voltar pra casa.

–Tudo bem. Adeus, Abgail. Estamos agradecidos pela sua atenção.

–De nada, Benjamin.

Os dois estavam indo ao museu. Este era o horário em que as exposições acordavam, até mesmo Ahkmenrah.

–Oi, Rexy! -Falou o Larry para o enorme dinossauro que acabara de despertar. -Você quer brincar, é? Ah, quer sim. Eu sei que você quer! -Começou a fazer uma voz infantil, como se aquela montanha de ossos fosse um pequeno e frágil cachorrinho -Eu trouxe um osso pra você! Vai lá pegar! -Então atirou o mais forte possível.

–Ahkmen! -Seh correu para os braços de seu filho. -Onde você esteve? Por que e como saiu do museu? E que trajes são estes?

–Calma, mamãe! Eu sai do museu. Fui para uma biblioteca, próxima à residência do Guardião do Brooklyn. A minha placa, de alguma forma, me deu tamanha liberdade. Não é incrível?! -Exclamou o jovem faraó.

–Sim! De fato! Que bom, meu menino! Você, finalmente está livre! -Seh o abraçou novamente. Ela sabia que "seu menino" poderia superar os seus obstáculos. É o que muitas mães desejam para seus filhos.

–Mas ainda não conseguimos encontrar o motivo. -Larry interrompeu o afeto.

–Sei que vão conseguir. -Respondeu a cleópatra.

Boom!

–Que barulho foi esse? Jed? Octavius? Dexter? -Larry chamou os possíveis culpados pelo estrondo.

–Não se preocupe, filho. -Teddy o acalmou. -Acredito que foi um cão ou outro animal.

–É... verdade.

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Era uma noite tranquila e gelada. Esse fato tornava a respiração um desafio. Poucas pessoas se encontravam nas ruas, já que passavam o tempo nas suas casas, bebericando chocolate quente, próximo à lareiras, onde o fogo crepitava constantemente.

Não era o caso de Abgail. A jovem andava pelas ruas, a procura de um certo alguém. Ahkmenrah.

O faraó despertou uma curiosidade profunda no coração da menina, só não reconhecia exatamente o porquê nem como.

Não sabia muitas coisas sobre "Benjamin", o seu homem misterioso, mas uma delas, era que ele visitava o museu. "Gosto muito de lá. Tenho muitas amizades. Você poderia visitá-lo, quando quisesse." Ela lembrou o que ele havia dito e era o que estava disposta a fazer.

Depois de um tempo, aproximadamente 7 minutos, encontrou o seu destino.

–"Museu de História Natural" -Leu a grande placa. -Espero que ainda esteja aberto. -Falou, antes de subir o lance de escadas.

No penúltimo degrau, ouviu vozes oriundas do museu e resolveu investigá-las com cuidado.

–Ahkmen! Onde você esteve?

Por que e como saiu do museu? E que trajes são estes? -Ouviu uma voz feminina.

–Calma, mamãe! Eu sai do museu. Fui para uma biblioteca, próxima à residência do Guardião do Brooklyn. A minha placa, de alguma forma, me deu tamanha liberdade. Não é incrível?!

–"Essa voz... Benjamin!" -Concluiu nos seus pensamentos. -"É ele, com certeza! Mas por que o chamaram de Ahkmen? Não era esse o nome do faraó que ele e Larry estavam falando?"

–Sei que vão conseguir -Continuou a ouvir.

–"Esse tal de Benjamin é mais misterioso do que eu imaginava. Devo seguir os seus passos. Descobrir os seus segredos e acabar de uma vez por todas com essa dúvida" -Pensou novamente.

Antes de sair, Abgail tropeçou em uma lata de lixo prateada.

Boom!

–Oh, não! Eles vão me ver! Tenho que ir embora! -Abgail falou consigo mesma. -Prepare-se, Benjamin! Pois eu irei descobrir o que você me esconde: Quem realmente é você? -Correu até a sua casa, deixando somente sua pergunta e pegadas na neve.


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