"A alegria é o fogo que mantém aquecido o nosso objetivo, e acesa a nossa inteligência." (Helen Keller)

Naquela noite, Assim que chegamos à minha casa, fiz um grande escândalo para que o Phil ficasse comigo, tinha medo de que ele fosse embora e nunca mais voltasse apesar dele negar isso incondicionalmente. Fiz de tudo para que ele dormisse lá em casa e ficasse comigo. O convenci a ligara para sua mãe, para deixá-lo dormir aqui. Claro que eu não esperava que ela deixasse, colocando em mente que nem é certeza para ela que ele havia me encontrado de verdade—mesmo falando com minha voz a o telefone (ela estava muito diferente)—ela também não fazia idéia de onde eu morava nem se ele ia mesmo “passar a noite” comigo—Nos dois sentidos. Bom, mais estranhamente mais muitíssimo felicitador ele não demorará ao telefone e ela logo aprovara à idéia, senti uma forte felicidade no meu peito—Iria passar à noite com Phil ao meu lado—Havia tanta coisa a disser, que eu não tive tempo na lanchonete, nem no caminho. Se bem que, isso não importara tanto, por mim nós poderíamos ficar em silêncio encarando-nos um ao outro, não importara, eu estaria fitando seus olhos negros e sentindo o ar quente que ele soprara da sua boca. Mais estranhamente ainda, minha tia também aprovara de imediato a estada de Phil em casa, e isso me deixara felicíssima.Apesar de termos um quarto sobrando-- usado para visitas-- fingi que ele não existia e aprontei um colchão no chão do meu quarto ao lado da minha cama, minha tia não questionou a minha atitude—O que me deixou ainda mais feliz—Phil também não disse nada, apenas sorriu amigavelmente. Se bem que nós provavelmente não iríamos dormir, queria ficar acordada à noite inteira conversando com ele. Logo que chegou Phil pegou umas roupas emprestadas do namorado da minha tia que dormira aqui em casa de vez em quando, se bem que faz um tempão que eu não o vejo mais aqui. Acho que ele parou de vir aqui por minha causa, pois só o vi nos primeiros dias em que eu estive aqui, depois ele começou a vir uma vez sim, outra vez não, isso me perturbou um pouco—Como se eu estivesse sendo “incomoda”—Mais logo havia esquecido disso. --Posso mesmo pegar essas roupas?—Perguntou Phil franzindo a testa com uma tolha de banho pendurada no ombro. --Claro—Sorri afirmativamente o vendo segurar delicadamente a camiseta do aparentemente ex da minha tia. -- É só que eu acho que vai ficar um pouco grande pra mim—Disse ele encostando a camiseta aberta em o seu peito Eu ri ao ver o tamanho imenso que a camiseta tomava em comparação com o corpo magro de Phil, se bem que ele nem é tão magro assim, diria que ele tem um corpo perfeito—Não tanto quanto do ex-amigo é claro... —Mais é do tipo regular, não muito músculos mais com algumas definições no corpo. --Mais é só pra dormir então quanto maior melhor né—Eu disse—Fica mais confortável. --Mais confortável par você né?—Respondeu ele—Na hora de me cobrir com o lençol, não sei se vou puxar o lençol ou a minha “camiseta lençol” --Bom, acho que tanto faz qual você puxar.—Disse a ele sorrindo. Nós rimos. Depois de Phil ter tomado banho e vestido a sua “camiseta lençol” sentei na minha cama e ele sentou ao meu lado, sem malícia nenhuma, e ficamos conversando até altas horas da madrugada. Minha tia não reclamou por uma só fez de ficarmos ali até amanhecer, apesar do barulho alto dos nossos risos—Mais não pareceu incomodá-la. Aquela noite foi a noite mais feliz desde que me mudara para cá, Fiquei conversando com Phil até amanhecer, até que meu corpo não agüentasse mais e cedesse ao sono e ao cansaço até que eu caísse nos braços dele e dormisse profundamente desejando que ele ainda estivesse ali quando eu acordasse. Acordei na manhã seguinte sentindo a respiração de Phil e calor no meu rosto, ainda estava deitada sobre o peito de Phil na minha cama—Ele deve ter dormido logo depois de mim. Olhei para seu rosto imergido num sono profundo, ele dormia feito um bebê. Sorri para mim mesma ao sentir que ele estava mesmo ali. Olhei despreocupada para o relógio e tive um susto. --Oito e Meia!—exclamei para mim mesma de olhos arregalados. --O que foi?—Disse Phil desnorteado despertado de seu sono e levantando o tronco da cama. “Acho que falei alto demais” --Já são oito horas da manhã. —Disse a ele Ele me encarou com uma cara de sono a ponto de desmaio depois virou-se e deitou novamente. --é por isso que você me acordou?—Disse ele deitado na novamente na cama-- Se é só isso então boa noite. Analisei novamente a situação. Nossa! Eu estou tão acostumada agora a ser “tão freqüente na escola” que começo a “surtar” quando não vou nela—e eu não vou nela hoje. ”Meu Deus!” eu realmente mudará muito, há três anos atrás eu encontrava qualquer motivo para faltar a aula e agora eu surto por não ir assisti-la.O tempo realmente afetou o meu cérebro.Relaxei, claro que depois de varar a madrugada conversando com Phil eu realmente não iria acordar sete horas da manhã para ir a escola—Não hoje. Deitei novamente na cama ao lado de Phil, ele estava de costas para mim, apoiei meu braço no seu ombro então comecei acariciar o seu cabelo fazendo pequenos “cachinhos” com o dedo. Olhei pra o seu rosto imóvel que não mostrava expressão alguma. Sua pele estava quente então irresistivelmente abracei suas costas. --Phil... —sussurrei para ele—Ta acordado? --Não... —gemeu ele. Eu ri baixinho. --Mentiroso—eu disse brincando—Quem ta dormindo não fala --Eu falo dormindo – disse ele sorrindo --Essa é nova pra mim. Ele riu com sono aparente. --Sua mão ta gelada.—disse ele estremecendo Eu ri --Desculpa—disse a ele. Seu corpo voltou a ficar imóvel, exeto pela sua respiração. Silêncio absoluto foi feito comecei a fitar o nada e mesmo eu estando de olhos abertos entrei no lugar mais profundo do meu inconsciente... --Phil... —sussurrei para ele novamente ainda fitando o nada. --Hmm...?—Ele gemeu. --Onde esta o David?—Perguntei diretamente. Em um segundo ele abriu os olhos, virou-se para mim e encarou-me.Vi em seu olhos que ele que ele não estava tão surpreso com a minha pergunta, talvez ele já esperasse por ela. --Eu não sei... —Suspirou ele cm um olhar triste por não ter essa resposta. “É, acho que ele realmente já esperava por esta pergunta.”Desviei o olhar dele e voltei a fitar o nada. --Tudo bem... —Sorri triste para nós dois. No fundo eu sabia que ele desconhecia essa resposta e a procurava tanto quanto eu. Mais eu havia de perguntar para ter certeza. --Mais conheço alguém que sabe. —Disse ele interrompendo-me dos meus devaneios inúteis e botando luz ao problema. --Quem?!—Exclamei esperançosa arregalando meu olhos e segurando fortemente os ombros de Phil. No fundo talvez eu também soubesse quem era, e colocaria mais fé nisso se pelo menos eu acreditasse mais que poderia reencontrá-lo. Mesmo depois de ter reencontrado Phil. --Você sabe quem é—Disse ele para mim aparentemente lendo os meus pensamentos. --Rob... —Sussurrei para mim mesma fitando o vazio, tentando projetar novamente sua imagem na minha mente. Não olhei para Phil, mais o senti concordar comigo. Dentro de mim eu estava sorrindo ao relembrar a imagem, e a ter o mínimo de esperança de trazer meu terceiro anjo sorrindo para mim novamente. É uma pena eu não ter visto naquele momento a expressão de dor e vazio que Phil fazia ao falar sobre Robert pra mim naquela manhã. Talvez se eu notasse essas pequenas coisas, as coisas não estivessem desse jeito. “Mais agora já é muito tarde pra voltar atrás”