Candy Dream escrita por Aerith


Capítulo 17
Capítulo 17 - Phil


Notas iniciais do capítulo

"O estranho é que enquanto eu olhava pra esquina, eu tive uma visão, ou uma alucinação, surpreendente, Eu vi Robert, o melhor amigo que já tive na vida, andar diretamente para mim e ele acenou sorridente como sempre fazia, sorri para a alucinação feito um retardado sorrindo para o nada. As pessoas a minha volta naquele momento deveriam achar que eu era um retardado sorrindo e acenando para o nada.Mais não era “o nada” era o meu “melhor amigo” que sorria para mim dizendo que tudo havia sido um pesadelo"



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"A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você."(Autor desconhecido)

 

 

 

4 Dias antes... [Phil]

 

 

 

O céu estava limpo e sem nuvens, o Sol brilhava como nunca.Olhar para ele incomodava minhas pupilas e ele também queimava as minhas costas.

--Maldito Sol...—murmurei pra mim mesmo olhando para ele.

--Que foi?—perguntou Alec ele estava andando ao meu lado.Estávamos indo pra droga da escola.

--Nada não, cara— respondi estreitando as pálpebras—Tava falando comigo mesmo.

--Depois fala que não é retardado.

--Cala Boca—disse revirando os olhos.

Ele riu (maldito).

A minha escola é uma das única na cidade, consecutivamente a maioria do pessoal entre 14 e 19 anos estuda aqui ou em outra das poucas escolas que tem nessa cidade, eu já estou no terceiro ano e o vestibular parece assombrar cada um dos veteranos.Alguns estudam feito loucos desde já—e realmente acabam enlouquecendo—outros deixam para estudar na ultima hora—e também acabam enlouquecendo—E o resto deixam a coisas rolarem—que nem eu.

As aulas ultimamente vinham muito chatas, pensando agora quando foi que elas foram legais? Talvez com um ou dois professores quando eu estava no primeiro ano, mais ultimamente até os professores legais de antigamente  deixaram as brincadeiras e botaram mais fogo na nossa “panela de pressão”—ou cérebro, chame como quiser.

Minha mãe não cansa também de falar na minha cabeça que eu tenho que estudar, estudar e estudar.Não sei nem quantas vezes eu deixei de fazer alguma coisa divertida na minha vida —só pra variar—apenas para ESTUDAR!. 

“Minha vida ta uma droga!”

 

Bom, pelo menos, uma coisa que me incomoda mais do que “estudar” é o silêncio... Quando estou no meu quarto e está muito silencioso, eu ligo a TV ou o rádio por que quando está silencioso eu lembro da minha vida de antigamente, não que ela havia sido ruim, apenas quando há relembro eu me lamento por ter acabado. Lembro da minha antiga casa, escola e dos meus amigos...”Como Alice e Rob estarão agora?” depois de tanto tempo, já cansei de procurar por eles... Daria qualquer coisa para inventar uma máquina do tempo e voltar no passado para viver esses dias de antigamente de novo, mais todos nós sabemos que isso é impossível—Ainda mais do jeito que eu sou burro. Bom, parece que o jeito é eu aprender a viver com essas sombrações—ou melhor, “Os fantasmas do meu passado”.

“Que se dane!”

Depois do cansaço de todas as aulas e a tortura de conversar com o Alec e meus outros “amigos” eu finalmente cheguei em casa—mais inconsciente do que acordado, mais cheguei.

--Ah! Olha quem finalmente deu as caras...—Disse minha mãe sarcástica como sempre.Isso é o que mais me irrita nela!

--Oi...—disse quase desmaiando de tanto cansaço e dor de cabeça misturado com o desânimo que é chegar em casa e ver a cara da sua mãe sarcástica.

--Onde é que você estava até a essa hora?—Disse ela me encarando com um olhar mortal.

--Ahn?—disse desligado.

Olhei desnorteado para o relógio no meu pulso, que marcava exatamente 01:30AM.”Meu Deus!”já era tarde pra “casete”.

--Hein?!—Disse ela exigindo uma resposta imediata, apontado (ou melhor me “ameaçando”) com um taco  de beisebol na mão.

No primeiro momento me assustei com o tamanho do taco de beisebol—era imenso(ainda mais em comparação com o tamanho da minha mãe)—“Aquilo deveria doer muito!”—pensei—No segundo momento vasculhei minha memória para ver se eu me lembrava exatamente aonde eu estivera nas ultimas três horas—depois da escola é claro. Analisei bem minha memória e finalmente me lembrei, assim que vi a minha roupa e o meu corpo, que eu havia ido a uma festa com Alec depois da escola—festa de um “conhecido dele”--Bom, analisei meu hálito e digamos que ele já esteve melhor...

--Phil!—Gritou minha mãe interronpendo meus pensamentos.

--Sim?—Disse assustado.

--O que é isso no braço e no seu pescoço?!—disse ela apontado para os meus membros superiores.

Olhei para eles e vi que eu ainda estava cheio com pulseirinhas fluorescentes nos braços e no pescoço... ”Idiota!” O álcool obviamente havia consumido uma parte do meu cérebro—A parte da minha sensatez!

Ah! agora eu me lembrei...Também não havia nenhuma garota bonita na festa, que perda de tempo!, Desperdicei toda a minha sexta à noite naquela festa sem garotas decentes, mais olha pelo lado bom... A comida foi de graça!

Sorri para mim mesmo quando lembrei o tanto de coisa gordurosa empilhada em uma pequena mesa de madeira sendo devorada por um monte de pessoas mortas de fome—E tudo de graça!—se bem que seria o cúmulo eu ainda ter que pagar para entupir as minhas artérias numa festa daquela.

Por um momento, esqueci que minha mãe ainda aguardara a minha resposta com a guarda armada e pronta para atacar. Sorri sem graça e trêmulo para ela—olhando novamente o tamanho do taco de beisebol—e disse:

--Numa Festa... —Sussurrei incapaz de mentir, estava sendo sensato sabendo que ela saberia que eu estaria mentindo (ainda mais do jeito que eu mentia...)

--Numa o que?!—Gritou ela sacudindo o taco de beisebol.

--Eu tava numa festa—repeti já sentindo a dor só de olhar para o taco.

Eu já estava ajoelhado sem perceber e suplicando pelo seu perdão.

Ela olhou nos meus olhos com um olhar que eu descreveria ser possuído e disse.

            --Claro que eu vou te perdoar—Disse ela irônica.

            --Obrigado—Disse choramingando feito uma criancinha.

            --Depois que você passar no vestibular!Seu vagabundo!—Disse ela batendo o taco com toda a força na minha cabeça.

            --Aiiieee!!!—Disse já lacrimejando com a dor.

            --Você adora festas não é?—Disse ela me batendo com o taco de novo—Não sabia que precisa estar vivo pra ir nelas?!—Aquilo obviamente era uma ameaça.

Estremeci com aquilo, ela me olhava como se fosse me matar de verdade.

--Se quer continuar vendo o brilho do Sol—ela me olhava com olhos malignos de um vermelho brilhante de arrepiar—Trate de Estudar!—Disse ela tacando o taco de beisebol no meio da minha testa.

--Siiim!—disse chorando, assustado e com dor.

“Nããão!” eu pensava chorando, assustado e com dor.

 

           

 

Na segunda feira, depois do feriado, eu ainda estava dolorido pela ultima sexta feira, depois de me arrumar, tomar café—um café bem tenso na minha opinião (encarando a minha mãe) – peguei minha bicicleta e fui de encontro ao...Alec. E depois de dar uns tapas nele, fomos juntos como sempre, à escola.

Enquanto pedalávamos para não chegarmos atrasados. Enquanto Alec pedalava ao meu lado o vento trazia o odor do seu perfume até as minhas narinas, logo as entupindo com o cheiro doce.Isso me incomodava porque automaticamente me fazia lembrar do “amigo” que abandonou outros e que fez eu ver minha “irmãzinha” sofrer quase à morte sem eu poder fazer nada. Sentir esse cheiro me dava raiva, mais estranhamente parece que é isso que faz com que eu me aproxime mais de Alec—saber disso me incomodava um pouco. 

 Repentinamente Alec começou a me falar sobre uma garota interresante que ele havia conhecido casualmente na rua e que estava super “a fim dela”.

--Ela é bonita, engraçada, gentil, simpática... —disse ele sorrindo feito um idiota(bom, ele era um idiota).

--Não existe uma garota assim de verdade tem certeza que ela é real?—Eu disse censurando-o –Não ta exagerando nas bebida?

            --Tenho—disse ele revirando os olhos—e Eu não bebo.

            --Quem é essa garota afinal?—perguntei—Você fica falando o tempo todo dela ultimamente

            --Tenho?—disse ele feito o Idiota que ele é.

            --Tem—revirei os olhos—Gente apaixonada é muito sem graça...

            --De qualquer modo, você vai conhecer ela hoje.

            --Vou?

            Ele sorriu.

            --Eu disse a ela que ia te apresentar a ela—Disse ele meio animadinho demais.

            --Pra quê?—Perguntei franzindo a testa.

            --Pra você conhecer ela oras—ele revirou os olhos novamente.

            Bom, então a coisa é sério mesmo!Se bem que segundo ele, eles eram apenas amigos.

            --Tudo bem—Disse cedendo. —Mais não vou poder chegar tarde em casa— eu disse sentindo a dor dos hematomas doloridos da ultima sexta feira em que eu havia chegado tarde em casa, e culpa de quem?

--Ta, então você me encontra depois da aula na sorveteria de sempre, aquela que você adora—Disse o Alec—Vou levar ela lá e você me espera lá em frente ta?

--Ok—confirmei a ele.

 Estranhamente naquela hora senti uma pequena pontada de inveja dele, por estar curtindo uma garota legal e bonita, como eu queria estar no lugar dele.

Olhando daquele ângulo até que o Alec é um amigo leal, companheiro e sincero. Bem, apesar de tudo ele é praticamente o meu irmão, ele é o meu melhor amigo.

Durante a aula vi o Alec se retorcer feito uma cobra na carteira de tanta felicidade —detalhe: ele senta na minha frente—Ele Estava tão animado com

Aquilo, que me deixava a cada vez mais curioso.

            Finalmente as aulas haviam acabado e depois de muita aflição o Alec finalmente se despediu de mim e saiu correndo de encontro com a garota enquanto eu ia andando até a sorveteria aguardar pacientemente ambos.

            Andei um pouco e finalmente cheguei a lanchonete, o tempo que eu imaginara que eu ainda havia de esperar pelo dois só me deixava ainda mais entediado e curioso ao mesmo tempo.Enquanto esperava fiquei em pé na frente da sorveteria olhando pra esquina—ou melhor pro nada—feito um idiota.

            O estranho é que enquanto eu olhava pra esquina, eu tive uma visão, ou uma alucinação, surpreendente, Eu vi Robert, o melhor amigo que já tive na vida, andar diretamente para mim e ele acenou sorridente como sempre fazia, sorri para a alucinação feito um retardado sorrindo para o nada. As pessoas a minha volta naquele momento deveriam achar que eu era um retardado sorrindo e acenando para o nada.Mais não era “o nada” era o meu “melhor amigo” que sorria para mim dizendo que tudo havia sido um pesadelo, apesar de nós dois sabermos que aquilo não era verdade.Não é a primeira vez que meu cérebro castiga o meu senso com esses delírios,  na primeira vez  achei que aquilo realmente fosse verdade, mais depois eu entendi, depois eu vi que era apenas uma miragem quando tentei tocar nele e tudo que aconteceu foi a fumaça da alucinação de decipar com o meu toque.

            De repente senti algo tocar meu ombro, trazendo a minha sanidade de volta, olhei para ver quem era e era nada mais nada menos que o Alec.

            --Ei!—Ta viajando é?—disse Alec sorridente

            --Oi!—respondi sorrindo também--Até que enfim hein!

            Olhei para trás do ombro do Alec, onde havia uma pequena sombra feminina. Quando vi sua expressão, me surpreendi.Estava lagrimejando seus olhos estavam arregalados e sua boca boquiaberta a expressão claramente de surpresa em seus olhos.Senti minha expressão se espelhar À dela depois de um segundo quando meu cérebro havia terminado de processar as informações corretas.

            --Alice!—Eu disse surpreso--Meu Deus!

            Lágrimas escorriam pelo rosto dela, nunca havia visto a alucinação chorar e sim apenas sorrir, de repente outra surpresa, a alucinação me abraçou de repente, pude sentir o cheiro dela e o calor que vinha do seu corpo, nuca havia sido tão real, talvez minha irmãzinha houvesse voltado de verdade.A abracei fortemente. Talvez eu tenha a escutado falar comigo e eu provavelmente respondi involuntariamente, isso não importa, estava mais ocupado em abraçá-la fortemente e absorver na minha memória o cheiro dela.

Se isso for um sonho, o que provavelmente é já que isso é a coisa que eu mais desejo no mundo agora, eu peço que, por favor, por favor, não me acorde. Finja que eu morri e me deixe desfrutar das lembranças mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Nossa como a mãe do Alec é rigorosa né? mais pensando bem 010 da manh㬬
Parece que os capítulo vem aumentando a cada postagem acho melhor eu me conter um pouco na hora de digitarUÚ
Bom mais um capítulo, mais um pedaço da história e mais outro capítulo meio "inutíl" mais bem humorado de Candy Dream Espero que tenham gostado
Saude pra todo mundo e capítulo 18 logo logo ^o^/
Reviews???