Back To Past escrita por Katherine Maia


Capítulo 4
FlashBack - Part 3.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeey Lovers! Sentiram a minha falta? DESCULPA! Eu realmente sinto muito pela demora. E logo quando eu disse que quanto mais comentários, mais rápido sairia o próximo. Eu estou me sentindo péssima por fazer vocês esperarem! Será que vocês ainda se lembram de mim? Haha. Bom, a última parte do FlashBack está aqui. Espero que curtam. O próximo capítulo já partirá da continuação do primeiro. Espero que gostem e comentem!



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As portas se abriram rapidamente e a ruiva parecia observar o local atentamente. O lugar estava completamente sujo e empoeirado, parecia ser um balcão velho. Natasha desceu cuidadosamente da máquina com a mala em mãos e começou a conferir o lugar. A área parecia estar abandonada há um bom tempo julgando pela quantidade de terra que estava acumulada pelos cantos. A ruiva checava cada canto do lugar, que apenas tinha algumas colunas e grandes brechas nas paredes que pareciam ser janelas, não havia existência de portas.

– Será que eu voltei no ano certo? – Ela sussurrou para consigo mesma.

O silêncio estava presente no ambiente, o que deixava Natasha ainda mais irritada. A ruiva já estava para conferir novamente o ano na máquina, mas foi interrompida por sons de passos e gritarias do lado de fora do balcão. Natasha apressadamente apertou em um dos controles que havia recebido e a máquina sumiu instantaneamente, a ruiva rapidamente se escondeu atrás de uma das colunas.

– Estamos livres! – Alguém gritava. - Finalmente, estamos livres desse pesadelo!

– Hoje é um dia para comemoração! Vamos juntar nossos amigos, parentes e esposas e vamos festejar! – Outro celebrava.

Nenhuma voz foi mais ouvida. Natasha olhou com cautela para de onde, provavelmente, viriam os sons e não avistou ninguém. Já tinham ido. Ela se aproximou da grande abertura e enxergou dois homens que estavam trajados como soldados correndo e cantarolando. Eles estavam indo em direção há algo fumaçante: Uma cidade. A ruiva respirou fundo, arrumando a saia e começou a segui-los por entre os matos, seus passos eram os mais cautelosos possíveis, já que ela não queria que suspeitassem que alguém estava os seguindo. Pouco tempo depois, a ruiva pôde presenciar a euforia de uma cidade pós-guerra. Pessoas abraçando umas as outras, alguns recebendo de braços abertos os filhos soldados que acabaram de chegar, e muitos chorando pelas perdas dos mesmos. A cidade estava totalmente agitada.

Natasha continuou a andar pelas ruas, parecia que todas às pessoas do mundo inteiro estavam ali. Ela estava perdida no meio de toda aquela movimentação. Ela continuava a andar, até ser puxada por um desconhecido para um abraço. A ruiva ficou em choque por alguns segundos, ela não conseguia falar e muito menos se mover. “O que esse idiota pensa que está fazendo? – pensou a mulher.”

– A guerra acabou. A guerra finalmente acabou! – Berrou o homem ao se separar da ruiva e seguir caminho entre os outros.

– Idiota! – Murmurou. Apesar do que acontecera, Natasha sabia que não podia culpá-lo, além do mais era o que todos estavam fazendo agora: Abraçando uns aos outros. Estavam todos comemorando uma vida nova que teriam a partir daquele dia.

A ruiva caminhou por alguns minutos ainda com a mala pesada em mãos. Ela tentava se comportar como uma típica mulher da década de 40 que acabara de chegar a um lugar novo: Tímida e assustada. “Certo. Já sabemos que você está no ano certo. Agora o segundo passo é achar um lugar para ficar. – pensa a ruiva.” A mulher andava tão aérea observando todos os letreiros, em busca de um hotel em que pudesse se hospedar que sem querer acaba se esbarrando em alguém.

– Oh, eu sinto muito! – A jovem loira se pronunciou. - Eu sou tão desastrada...

– Imagina! Isso acontece. – A ruiva sorri gentilmente, mas uma vez arrumando à sua saia. - Olha... – Natasha começou, atraindo mais a atenção da garota para si. - Eu acabei de chegar e estou à procura de um lugar para me hospedar. Você poderia me indicar algum hotel?

– Bom, então eu acho que nos esbarramos por um bom motivo. O meu pai tem uma hospedaria, ela é simples, mas posso lhe garantir que é aconchegante. Eu e minha irmã é que tomamos conta. Se estiver interessada... – A loira ofereceu.

– Como? Claro, claro que eu estou interessada. – A ruiva abriu seu melhor sorriso. Quem diria que já conseguiria um lugar apenas se esbarrando com alguém? - É muito longe daqui?

– Não, não. Fica logo ali. – A mulher apontou para um hotel no final da rua. A ruiva assentiu ao ver. - Vem. Eu posso fazer logo à sua reserva!

– Seria muita gentileza! – Natasha agradece, enquanto é puxada pela recém conhecida para onde estava localizado o hotel.

– Bem, eu poderia saber o seu nome? – A loira pergunta.

– Natasha R-Romanoff. – A ruiva se embaralha um pouco. Já fazia um bom tempo que não era chamada por Romanoff. Desde o casamento com Steve, Natasha já não se preocupava mais se era chamada ou não como Romanoff. Ela já tinha se acostumado com Natasha Rogers. E ela gostava. - Ah, e o seu é...

– Oh, claro. Elizabeth Jones. – A mulher estendeu a mão para a ruiva e a mesma a apertou. - Chegamos. Por favor, entre e fique a vontade. – Disse enquanto entrava no estabelecimento e era seguida por Natasha. O lugar estava calmo. Aparentava não ter ninguém hospedado nos quartos, mas como poderia? Já que as pessoas estavam todas lá fora festejando. Uma moça parecida com a loira estava atrás de um balcão com a cabeça apoiada entre as mãos: Estava dormindo. A ruiva percebeu quando Elizabeth deu um longo suspiro e foi até a jovem a cutucando sem piedade.

– À hora de dormir já passou, Lucy. – Elizabeth revirou os olhos assim que ouviu o bocejo da outra. – Mil perdões, Natasha. Essa é a minha irmã mais nova, Lucy. – As apresentou.

– Tudo bem. – Ela assentiu. - Prazer, Natasha Romanoff.

– Lucy Jones. – A mais nova sorriu.

Depois de acertar tudo em relação à estadia, Natasha sobe às escadas e vai em direção ao seu mais novo quarto. Assim que abre a porta, joga a mala em um dos cantos do quarto e sem pensar duas vezes vai em direção à cama, se jogando no móvel. Retira os seus sapatos calmamente dos pés e se encolhe na grande cama, enquanto fechava os olhos vagarosamente.

[...]

Algo vibrava impiedosamente no quarto onde se encontrava Natasha. A ruiva virava de um lado para o outro, mas o som a fazia ficar cada vez mais irritada. Sabendo que não conseguiria voltar ao descanso como antes, ela se levanta furiosa em busca daquilo que não estava a deixando dormir. Ela respirou fundo ao perceber que o barulho vinha de sua mala, foi até ela a abrindo e descobriu o motivo de não estar conseguindo dormir: O transmissor. “Eu acabei de chegar, o que diabos querem? – pensou antes de responder a transmissão.”

– Agente Rogers na escuta. – Sua voz era rouca.

– Natasha? Ah, graças a Deus! Achamos que tinha acontecido algo com você! – A voz do outro lado gritava transbordando preocupação. Era Hill. - Onde você está? Deu tudo certo?

– Calma. Ninguém ainda morreu. – Ela bocejou. - Segundo, a viagem deu tudo certo, eu estou em 1945. Não precisa se preocupar, eu estou bem. Agora você poderia me explicar à causa de toda essa gritaria?

– Problemas. – Hill murmurou.

– Ótimo, acabo de chegar e já tenho mais um problema. – A ruiva falava mal-humorada. - Têm haver com a viagem? Por que se não for eu realmente não me importo...

– Não só com a viagem, mas também com a sua vida pessoal. – A morena interrompeu, deixando Natasha ainda mais preocupada com a resposta.

– O que você quer dizer com isso? – Natasha foi até a cama e se sentou. Prestava bastante atenção no que Maria falava.

– Steve Rogers. – Esse nome foi o bastante para que a ruiva entendesse tudo. Ele deveria ter feito uma besteira. Talvez ter ido até a base da S.H.I.E.L.D e arranjado alguma discussão com Fury por causa da missão ou algo do gênero. Ela suspirou pesadamente antes de perguntar ao certo o que o marido tinha feito.

– O que ele fez? – Ela perguntou ainda sentada na cama.

– Simples. Steve Rogers voltou ao tempo junto com a segunda máquina. – A morena falou tranquilamente.

– Como? – Natasha pulou da cama e agora andava de um lado para o outro no quarto. - Você só pode estar brincando comigo, Maria.

– É isso mesmo que você ouviu, eu não brincaria com uma coisa dessas. O Capitão América voltou ao tempo e isso ainda não é tudo. – Maria fez uma pequena pausa para depois continuar. - Ele não tomou a vacina, o que quer dizer que ele não deve se lembrar de nada. Não deve se lembrar da S.H.I.E.L.D, dos Vingadores, da missão e muito menos de você Natasha. A única coisa que ele deve se lembrar a essa altura é a sua vida de soldado e da guerra que acabara de enfrentar.

– Mas por quê? – A ruiva não conseguia ainda digerir a informação. – C-Como vocês deixaram isso acontecer?

– Mas nós não deixamos. Pelo que parece o seu marido conseguiu acesso, não sei como, da sala onde estava à outra máquina e viajou nela. – Hill respondeu.

– Tudo bem. O que você sugere? – Natasha agora assumia a pode de uma verdadeira agente treinada para não enlouquecer com qualquer problema que aparecesse.

– Nada. Estamos tentando descobrir o que aconteceu por aqui, estamos checando todas as câmeras de segurança. Eu espero que encontremos respostas. Só continue com a sua missão normalmente. – Hill solucionou.

– Certo, mas alguma bomba? – Perguntou à ruiva.

– Não. Qualquer novidade te avisarei. – Disse antes de encerrar a transmissão.

Natasha jogou o transmissor violentamente dentro da mala. Ela queria entender o porquê dele ter feito uma idiotice dessas. Alguma coisa tinha acontecido, Steve não tinha feito uma coisa dessas por motivos banais. Sim, ele estava com raiva, mas isso não era uma justificação. A ruiva se voltou para a janela do quarto e caminhou lentamente até a vidraça a abrindo serenamente e contemplando a belíssima visão das estrelas no céu e da enorme lua que iluminava a sua face. Olhou para baixo avistando pessoas dançando e cantarolando músicas da época. Natasha até que entendia elas. Não que ela tivesse passado na pele à dor que uma guerra mundial causasse, mas ela sabia o significado da palavra “livre”. Ela estava feliz pelos civis que conseguiram essa conquista. Ela riu ao ver a reação de alguns soldados bêbedos cortejando as damas, ao contrário de muitos, eles só ficaram mais atrapalhados e mal conseguiam ficar em pé.

Logo a sua face risonha se torna séria. Soldado era mais que uma simples palavra para Natasha. “Simples. Steve Rogers voltou ao tempo junto com a segunda máquina.” Essa frase passava e repassava na cabeça da ruiva. Seus pensamentos retornaram mais uma vez para o Capitão. Ela não conseguia entender, não conseguia entender o porquê de ele tomar um ato tão impulsivo desse jeito. Ainda mais sem tomar à vacina. Agora ele está por aí sem lembrar quem ele era, dos seus amigos, e o pior, sem lembrar-se de quem era ela. Natasha apenas enfiou sua cabeça por entre as mãos permitindo que o doce vento que percorria a rua lhe permitisse uma folga de seus pensamentos conturbados.

[...]

A luz do Sol clareava lentamente o quarto por entre as brechas da janela. Natasha despertava sonolenta. Ela havia dormido tarda no dia anterior, já que no mesmo dia havia dormido por boas horas. Levantou-se e foi até o banheiro para sua higiene matinal: Fez suas necessidades, escovou os dentes e tomou um longo banho relaxante, logo após vestindo uma das roupas que trazia na mala e penteou o seu cabelo em perfeito cachos estilo anos 40.

– Nada mal, Natasha. – Sorriu ao se ver no espelho e ,imediatamente, foi em direção a porta do quarto a abrindo e logo após a fechando quando já estava do lado de fora. Desceu às escadas e cumprimentou Elizabeth que estava atendendo alguns hóspedes de outros andares. Ela precisava conhecer cada canto da cidade em que estava para poder arquitetar a missão, depois encontraria à pessoa que está à procura e seguiria todos os passos dela, como passo final a mataria para evitar problemas no futuro. Essa era a missão e Natasha estava disposta a concluí-la perfeitamente, sem erros.

O dia foi tranqüilo ao ponto de vista ruiva, certo que ainda estava presente a euforia da sociedade em período de pós-guerra. Mas foi realmente harmônico para a ruiva, ela não precisava sair em missão e isso já era um grande ponto positivo. Ela se sentia como uma pessoa normal, sem um passado obscuro e sem problemas para se preocupar.

A ruiva havia conhecido algumas pessoas simpáticas durante o passeio pela cidade. Era bom conhecer pessoas que não a conhecessem como a Viúva Negra e sim como Natasha Romanoff. Isso trazia um momento de paz para a Natasha. Ela pela primeira vez era uma pessoa como qualquer outra.

O céu já estava escurecendo quando Natasha ainda se encontrava em um típico bar no centro da cidade. Havia passado à tarde ali. Quando chegara ainda estava bastante vazio, mas agora que as pessoas estavam chegando para comemorar, tudo estava tão agitado. A ruiva olhou pela janela e via que as pessoas estavam se reunindo para comemorar juntos na rua. Talvez não fosse uma má idéia caminhar um pouco antes de retornar para o hotel.

Despediu-se do dono do bar, que já fizera amizade assim que chegou, e foi andando pelas ruas da cidade. Todos estavam com sorrisos largos no rosto. Natasha cruzou os braços e caminhava rapidamente entre os cidadãos. Passado um bom tempo que estava andando uma frase dita por alguém que estava próximo da ruiva lhe chama atenção.

– Um viva para o nosso querido companheiro, o Capitão América! – Um homem gritou. Sendo acompanhando por palmas e gritarias alheias em seguida.

– Steve? – A ruiva sussurrou. Imediatamente, seu coração batia mais forte e um grande sorriso formava em seus lábios. Natasha correu entre os homens ali presentes e mesmo sobrevivendo aos empurrões que uns davam-nos outros para se aproximarem do Capitão, ela teve que sobreviver há algo pior: Ver a cena do seu marido beijando outra.


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Notas finais do capítulo

Haha, e então? O que acharam? Dicas? Críticas construtivas? Algum comentário? Aceito qualquer opinião! Ah, e eu gostaria de agradecer os comentários de vocês. Vocês são uns amores (Será que eu já disse isso?) e eu amo de paixão cada comentário. Vocês fazem o meu dia. Obrigada!