Encontrando o Amor escrita por Thamires Dias


Capítulo 35
Capítulo Trinta e Cinco


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, voltei com o penultimo capítulo da história. Espero que gostem, e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/619454/chapter/35

Todos dançavam enquanto eu cantava a música para ela, eu a vi desde o momento que ela entrou na quadra, quando estava dançando e sorrindo com os amigos, eu não planejei fazer uma serenata e uma declaração para ela. Eu só sabia que mesmo não tendo-a de volta, eu precisava dizer para ela que finalmente eu percebi, que eu entendi que amar dela não me fazia alguém melhor, que eu sempre fui bom o suficiente para ela e que eu a amava independentemente de estarmos juntos ou não.

Quando eu soube do acidente me destruiu completamente, eu sabia que a culpa era minha já que se eu não tivesse aceitado cada palavra que o pai dela disse para mim e ainda feito exatamente o que ele queria, nós teríamos vindo juntos ao baile e ainda estaríamos namorando e planejando irmos juntos para uma universidade. Só que não foi assim que aconteceu, eu estraguei tudo com apenas palavras.

As semanas de prova, eu tentei falar com ela de qualquer jeito, mas ela fugia ou sempre alguém a ajudava a não falar comigo. O único lado bom de tudo isso, é que acabei me aproximando do meu pai e claro da minha irmãzinha, passei a ir mais na casa deles e admito que minha madrasta não é a pior pessoa do mundo. Também vendi a casa da minha mãe, e com o dinheiro comecei a planejar a minha ida para universidade, arrumei um apartamento na cidade que fica alguns quilômetros da universidade, mas como estarei indo de carro então não será um problema.

Assim que olho novamente no lugar onde Kyara está sentada, percebo que ela não está mais ali. Ignorando a dor que sinto, agradeço os aplausos e logo passo a deixa para o DJ.

— Ela correu para dentro do colégio. – Sam diz assim que me vê olhando pela quadra.

— Obrigado, vou atrás dela. – digo e saio de perto. E antes de sair vejo Ben e Gui dançando e sorrindo juntos. Carla está com o namorado na mesa. Pelo menos meus amigos estão felizes.

Ando pela escola, e acabo achando Kyara na nossa sala de aula, ela está sentada na mesa do professor olhando para as cadeiras vazias.

— Você fugiu de mim de novo? - digo, me sentando ao seu lado.

— Não é exatamente o que você faz? - ela diz sendo irônica.

— Espero não fazer mais isso. – respondo. – O que achou da música?

— Linda, assim como o que disse.

— Então por que saiu?

— Por que precisava pensar, eu decidi que é o melhor assim. – ela diz e eu a olho, tentado entender. – Eles dizem que namoro de colégio não dura, e eu pensei que o nosso duraria.

— Ainda podemos fazer dá certo. – eu digo.

— Sim, poderíamos. – ela responde e eu sei que a resposta é não. – Só que vamos deixar como está. Se formos para ficarmos juntos, vai acontecer.

— Não irei dizer mais nada, acho que seremos apenas amigos mesmo. – digo com pesar. – Posso pelo menos te dá uma coisa?

— Não me beija. – ela diz assustada e me olhando. Então eu tiro a caixinha que está no meu bolso, ela me empurra e grita. - Ai meu Deus, não me peça em casamento.

— Pelo amor de Deus, baby. Não vou te pedir em casamento. - então eu abro a caixinha, e mostro o cordão que já tinha comprado para dar a ela. - Só quero que aceite isso, eu tinha comprado já faz um tempo, iria te entregar no dia que fui jantar com você na sua casa, mas você mudou meus planos e acabamos fazendo amor, em vez de eu te entregar.

— É lindo, vou usar sempre, te prometo. - ela me abraça.

— Não precisa usar se não quiser, eu só queria que fosse seu. – eu digo ainda abraçados.

— Eu quero usar. Coloque para mim? – ela pede, se virando e entregando o cordão para mim. Assim que coloco nela, ela se vira e me abraça de novo.

— Obrigado mesmo. – ela diz e então me dá um beijo na bochecha e sai da sala.

— Obrigado você, Kyara Keller.

Depois do baile só fui ver a Kyara no dia da colação de grau, a cerimônia foi longa e chata e a única parte que vale a pena é a que todos jogamos nossos chapeis e estamos prontos para irmos embora. Ben, Gui, Carla, Sam, Kyara e eu combinamos de sairmos de noite, então apenas tiramos algumas fotos e conversamos um pouco e logo fomos ficar com os familiares.

— Rick, Rick. – Luiza foi a primeira a gritar e correr em minha direção. Eu a pego no colo.

— Parabéns filho. – meu pai diz, me abraçando.

— Parabéns querido. – minha madrasta fala, e abraçando também.

Nesse tempo estou morando com meu pai, mas semana que vem já estou indo embora mesmo e gosto de ficar perto da Luiza.

Quando anoitece, tomo banho e me arrumo, quando chego na lanchonete, todos já estão lá, menos Kyara.

— Meu Deus, como ela consegue se atrasar pra tudo? - Gui diz ao me ver. Eu me sento com eles.

— Gui, você sabe que ela sempre foi atrasada. - Sam a defende.

— Só que ela é demais da conta, toda vez que vamos sair a única a chegar atrasada é ela. - Ben reclama.

— Vocês podem parar de me amar? - Kyara chega e já me empurra para sentar.

— Você nem se acha em? - Carla diz brincando.

— Querida, eu me amo. - ela fala, rindo. Então se vira pra mim, e aponta pro pescoço, e então vejo o cordão.

— Você está o usando. - eu digo, sou tão idiota.

— Então vocês se resolveram? - Ben pergunta.

— Não, galera. Nós não voltamos. - Kyara diz, e antes de alguém dizer algo a respeito, ela já corta. - Somos duas pessoas maduras que também são amigos, e não quero conversar sobre isso, e tenho certeza que o Rick também não.

— Okay, entendemos. E achamos ótimo toda essa maturidade. – Carla diz sorrindo.

— Só uma coisa que não entendi. – Gui diz, e olhamos para ele.

— A parte em que eles são maduros, amor? – Bem pergunta, e eles riem.

— Nossa que engraçado, Bernardo. – eu digo o chutando por debaixo da mesa.

— O que? Eu apenas disse o que todos pensaram. – ele responde.

— Fica quieto, Ben. – Sam pede.

— Viu vocês me distraíram tanto, que eu esqueci o que eu não entendi. – Gui reclama e todos nós rimos.

Depois disso conversamos sobre os nossos futuros, brincamos uns com os outros, falamos sobre como não podemos perder contato, eles contam para qual universidade irão. Ficamos até fechar a lanchonete, ou melhor, até a garçonete nos expulsar já que a partir de um ponto estávamos rindo alto, algumas batatas fritas saiam voando, ou um cubo de gele. Quando estávamos todos lá fora, e cada um foi para seu carro ou carona, percebo que Kyara está sem seu carro.

— Você veio como? - eu a pergunto.

— Vim de moto com meu irmão, que já deveria estar aqui. - ela diz, pegando o celular e ligando pra ele. Ela fala algumas coisas, e escuta algo que não gosta obviamente percebo pela sua careta. E então desliga.

— Meu irmão é o melhor, não vai dá para ele vir me buscar. – ela diz, e então olha para os dois lados da rua. – Onde vou arrumar um taxi?

— Para de graça, te dou uma carona. - eu digo, já pegando a chave do carro.

— Acha uma boa ideia? - ela pergunta.

— Por que não seria? – pergunto em dúvida, então ela me olha e eu reviro os olhos. – Não irei te atacar, Kyara.

Dirijo em silencio, é estranho tê-la dentro do carro e não estamos rindo, ou eu mandando ela tirar os pés do banco, ou ela colocando uma música que odeio, é apenas estranho.

Quando chego na sua rua, ela solta o cinto e logo estaciono em frente a sua casa, paro o carro.

— Ei, espera. - eu digo. - Eu realmente te desejo tudo de bom, e quero que você seja feliz.

— Eu sei. - ela diz, e sobe no meu colo, e a olho assustado. - Sabe eu ainda tenho esperança, que quando acabarmos a universidade e estivermos estabelecidos em qualquer lugar, um de nós, provavelmente eu, irei ligar e dizer que devemos tentar de novo, e que dessa vez dará certo, porque os dois são adultos e consciente do quanto somos importantes um pro outro.

— Você é mesmo uma sonhadora. - eu digo, mas no fundo eu realmente também quero acreditar nisso.

— Pior que sou, e você me ama mesmo assim. - ela diz, e então me beija.

É aquele tipo de beijo, que arrebata qualquer um, e ao mesmo tempo sei que é uma despedida, mas eu realmente quero que tenhamos um futuro juntos.

Ela sai do meu colo quebrando o beijo, e então sai do carro sem dizer uma palavra. E então vou pra casa.

Uma semana depois ...

Estou com minhas malas prontas, e me preparando para ir Princeton, escolhi essa faculdade por que é longe de casa e tem uns dos melhores cursos de arquitetura.

— Filho, você não poderia escolher universidade melhor. Lá tem mulheres maravilhosas. - diz meu pai, que está me ajudando com as malas.

— Por favor, não dê ouvidos ao seu pai. – Claudia diz revirando os olhos.

— Nunca. E pai, eu não estou indo pra universidade atrás de mulher, estou indo atrás dos meus sonhos.

— Você pode deixar que os dois andem juntos.

— Pelo amor de Deus, cala a sua boca e pare dê dar péssimos conselhos ao seu filho. – Claudia diz entrando para casa.

— Ela me lembra a Kyara. - eu digo, mas na verdade, Cláudia ás vezes me lembra a minha mãe. Só que prefiro não dizer isso.

— Nós sempre gostamos das mandonas. - ele diz, se lamentando.

— Rick. - Lulu sai gritando e pula no meu colo. - Você não vai embora pra sempre, né?

— Não, meu amor. Qualquer tempo livre que eu tiver, venho te ver.

— Cadê a sua baby? - ela diz.

— Kyara não é mais minha baby, mas ela disse que sempre irá ligar pra você. Ta bom?

— Então tá.

Me despedi de todos, e peguei na estrada. São algumas horas até Califórnia, eu sorrio ao pensar que estou finalmente realizando o sonho da minha mãe, e meu claro, de ir para uma universidade e seguir minha vida. Eu sinto falta dela todos os dias, mas sei que ela está orgulhosa de mim e que sempre vai olhar por mim. Oito horas depois, paro o carro em frente ao prédio em que aluguei para ficar, o porteiro me ajuda a subir com as minhas coisas e o apartamento tem pouca mobília, mas dá para viver. E eu ainda tenho que esperar minha colega de quarto, já que vou ter que dividir o aluguel com alguém. Andei conversando com três pessoas, e elas essa semana e na outra devem vir ver o lugar. Escolho o quarto maior, e vou deixando minhas coisas lá. E assim que sento na cama percebo que de agora em diante, tenho uma nova vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sobre o capítulo não irei dizer muito já que posso dá spoiler do que irá acontecer. Gostaria de perguntar quem é fã de Harry Potter? Está nos meus planos que minha próxima história seja voltada para Harry e Gina, antes deles terem os filhos e se casarem. Que acompanharia?
Beijos e até o último capítulo que vou soltar semana que vem ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encontrando o Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.