Encontrando o Amor escrita por Thamires Dias


Capítulo 36
Capítulo Trinta e Seis


Notas iniciais do capítulo

Depois de anos, a autora resolveu entregar o capítulo para vocês. Me perdoem, por isso dividi o final em dois capítulos e ainda hoje postarei a ultima parte da história do nosso casal.
Espero que gostem.



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Assim que sai do carro de Rick, meus olhos se encheram d’água, mas ignorei e prometi a mim mesma que não choraria, então entro em casa com a cabeça erguida e sem dá uma última olhada em seu lindo rosto.

Quando ele me deu o cordão eu sabia que nunca iria esquecê-lo, a metade desse ano foi o melhor por causa dele e das pessoas que ele trouxe para minha vida. Tudo começou com uma birra da Carla em relação a mim, e hoje além de minha amiga, ela é meio que minha meia irmã. Tantas coisas mudaram, e ainda vão mudar.

Subo direto pro quarto, e quando passo pelo quarto da minha mãe escuto-a chorando.

— O que aconteceu, mamãe? - eu digo, entrando no quarto e me sentando com ela na cama.

— Ah! Kyara, o que vou fazer com você morando tão longe? E seu irmão que agora resolveu ir fazer faculdade em outro lugar também.

— Para né, mãe. Eu já disse que posso vir pra cá direto. E John nem vai estar tão longe. E agora você tem o Luís. - eu digo. - E quer saber de uma coisa? Eu aprendi com uma mulher muito sábia, que devo correr atrás dos meus sonhos.

Ela sorriu, e ficamos assim um bom tempo, até o meu irmão chegar com uma pizza enorme, e ficamos ali no quarto mesmo comendo.

Fazia tanto tempo que não tínhamos um momento igual a esse, quando papai viajava minha mãe trazia eu e John pra dormir com ela e então assistíamos desenhos e depois dormíamos, e foi exatamente isso o que aconteceu.

— Dona Rose, nós te amamos demais. – John diz, e eu concordo.

— Você merece um tempo só para você. – eu completo.

Três semanas depois ...

Hoje que estou indo para Califórnia, nem acredito. São oito horas de viagem, e apenas duas de avião, por isso minha mãe está mais relaxada por que sabe que pode me ver com apenas duas horas de distância. Saio do meu quarto com a última caixa que estou levando, onde estão meus livros, as outras duas já estão no carro.

Coloco a caixa no carro, as malas já estão lá também, e vou pra cozinha e encontro uma mesa de café da manhã completa cheia de coisas que adoro.

— Resolvemos fazer uma despedida decente para você. – minha mãe diz.

— Já que a pirralha está indo embora. - meu irmão fala e estica a mão para bagunçar meu cabelo como se eu ainda tivesse sete anos de idade.

— Para com isso, Jonathan. – falo empurrando ele, e eles começam a rir.

— Vou sentir até falta disso, dessas briguinhas idiotas de você dois. - minha mãe diz.

Tomamos café rindo e meio nostálgicos, mando uma mensagem para Sam que também está indo hoje para Boston, ela vai morar com uma prima que faz faculdade lá também. Meu irmão não quer dizer de jeito nenhum para onde está indo, Carla resolveu fazer um mochilão com o namorado pelo mundo, Gui e Ben irão ficar aqui na cidade mesmo, e farão faculdade na cidade vizinha. E Rick, eu apenas não sei para onde ele foi, mas sei que já se foi.

— Mana, aqui está o endereço do apartamento que eu disse para você. Vocês vão dividir o aluguel do apartamento, e não fica muito longe da faculdade. – John diz, ele que arranjou um lugar para eu ficar, o nome do cara é Mauricio e ele é gay, e é um conhecido do meu irmão. Então relaxei totalmente.

Despeço-me da minha mãe e do meu irmão, e entro no carro. Está na hora de seguir com minha vida, uma nova vida.

Oito horas depois ...

Acho o prédio em que o John me deu o endereço, e logo entro para falar com o porteiro.

— Hey boa tarde. Eu vou morar aqui com um colega de quarto e ...

— AH! Lyara? Deixaram a chave para você. – o porteiro diz me dando a chave.

— Meu nome é Kyara, ele deve ter se confundindo. Obrigado. – agradeço, e ele logo me ajuda a subir com minhas coisas. Percebo que meu novo amigo não está em casa, então acho um quarto vazio com apenas uma cama e penteadeira e resolvo me instalar ali mesmo. Depois que meu quarto está arrumado, eu vou até a cozinha e percebo que não tem nada nos armários, e como estou morta de fome resolvo ir ao mercado para comprar algo para comer.

— Moço, você sabe onde tem um supermercado por aqui? – pergunto me debruçando no balcão que o porteiro está.

— Virando a esquina tem um. – ele responde sem nem me olhar.

Então saio e sorrio ao ver que o tempo está ensolarado, agradeço por ter posto um short e uma regata. Quando estou atravessando a rua em direção ao mercado e olho rapidamente para outro lado tenho a impressão de ver Rick dentro de seu carro, pisco rapidamente e sigo o carro com o olhar só que não dá mais para ver.

— Ai meu Deus, estou ficando louca. – resmungo rindo e atravesso a rua.

Faço uma compra bem básica e com apenas o essencial, quando estou com as sacolas volto para o prédio e subo direto para o meu apartamento. Assim que entro em casa sinto o cheiro de comida, um cheiro muito bom. Vou até a cozinha e vejo o forno ligado, curiosamente abro o forno e vejo uma lasanha com um cheiro maravilhoso.

— Acho que meu colega de quarto apareceu. – digo e então me viro e vou em direção ao meu quarto.

Arrumo uma roupa para tomar banho e quando vou à direção do banheiro e me surpreendo ao vê-lo vazio, achei que o cara estaria ali. Depois de tomar um banho troco de roupa e assim que piso na cozinha, vejo o meu colega de quarto de costas e sem camisa na beira do fogão.

— Uau, contrataram para mim um cozinheiro particular? – pergunto fazendo graça e rindo, mas então tudo acontece muito rápido, ele se vira tão rápido que bate com o braço na panela quente deixando-a tombar em cima do fogão e então grita e se vira pra mim completamente e eu ao ver seu rosto fico em choque e arregalo os olhos e tropeço em meus pés.

— Porra! Porra! Está doendo. – Rick grita segurando seu braço e olhando para mim surpreso.

— Senta no sofá, vou pegar uma pomada e algum curativo. – eu grito e saio correndo direto para meu quarto, assim que vejo a mala começo a revirá-la até achar minha bolsinha com remédios. Enquanto pego e sigo de volta para sala minha cabeça está a mil. Rick está sentando segurando o braço sentando no sofá, eu fico de frente pra ele e me ajoelho, ele me encara e vejo mil coisas passando pela sua cabeça assim como passam pela minha.

— A desastrada sou eu, esqueceu? – eu brinco pegando seu braço com jeito, e passo a pomada devagar.

— Não me esqueci, mas me assustei assim que reconheci sua voz. – ele diz sem me olhar, então levanta o rosto e me encara. – Como que paramos no mesmo apartamento, Kyara?

— Não sei, achei que você poderia me responder. – digo, enrolando a gaze em seu braço.

— Obrigado. – ele agradece, e eu me sento ao seu lado.

— Então você está aqui? Onde está fazendo seu curso?

— Se estou aqui você deve saber que escolhi Princeton. – ele fala e então se levanta agitado. – Eu não entendo como que viemos para mesma faculdade e principalmente para mesma casa.

— Você parece bastante insatisfeito por me encontrar aqui. – eu digo e percebo a decepção em minha voz. Ele que até então estava de costas para mim, se vira e me olha nos olhos.

— Desculpe se parece isso, é só que eu me segurei até o último momento para não ir atrás de você e fazer o certo que era deixar você livre e viver sua vida. E então eu vou para outro lugar, alugo um apartamento e descubro que meu colega de quarto é minha ex-namorada, a que eu nunca deixei de gostar. – ele diz isso tudo rápido.

— Oh! – eu exclamo já que parei de pensar assim que ele disse que ainda gosta de mim.

— Exatamente, OH! – ele diz, então volta para cozinha. – Vou terminar o almoço e depois de comermos tentamos resolver o que iremos fazer.

Apesar de ter uma vontade imensa de dizer que não me importo de estar aqui com ele, eu apenas assinto e vou para o meu quarto. Assim que deito na cama pego meu celular e ligo para Samantha.

— Fala ai universitária. O que conta de bom, já agarrou algum gatinho veterano?

— Não agarrei nenhum gatinho, mas estou morando com um. – respondo e ela rir.

— Olha que amiga esperta que arrumei, então o colega de quarto é um gayto? – ela pergunta.

— O meu colega de quarto é o Ricardo, Sam. Eu acabei de descobrir que ficarei 5 anos morando com Rick, se ele não pular fora já que está na cara dele que não quer isso.

— Como assim o Rick? Conta-me o que aconteceu direito. – ela pede e eu então descarrego, conto como me senti desde o momento que o vi até o que ele admitiu gostar de mim.

— Eu só sei que não quero desistir da gente, eu sei que soa confuso. Mais depois de perceber que estou aqui com ele, eu sei que quero a gente junto. Eu fui uma idiota por terminar tudo, e agora parece que ele quer fugir e não me ter por perto.

— Olha eu não sei o que aconteceu, mas desconfio. Acho melhor você ligar para seu irmão e Carla, eles estavam planejando algo que abrisse os olhos de vocês dois. – Sam fala e algo estala na minha mente. – E sobre você querer ficar com Rick novamente, eu não sei o que dizer, só que você precisa ter certeza por que vocês ficarão mais juntos que nunca e não será como no ensino médio.

— Obrigado Sam, você sabe que eu te amo né? – eu digo sorrindo.

— Eu sei, e eu também te amo demais. Por isso acho melhor deixar a confusão de lado e decidir o que realmente quer e deixar de fugir.

Ficamos mais algum tempo conversando, e então eu mando uma mensagem para Jonathan:

“Será que você pode me explicar o motivo de eu estar dividindo um apartamento com o Ricardo, meu ex-namorado.”

— Kyara a comida está pronta. – ouço Rick gritar da cozinha.

Saio do quarto e respirando fundo atravesso o corredor e encontro Ricardo sentando e com uma camisa.

— Acho que descobri quem fez essa brincadeira com a gente. – eu digo, e vejo que ele está evitando me olhar. – Quem que te ajudou a conseguir o apartamento?

— A Carla, ela tinha uma amiga e .... – ele para ao ver meu olhar pra ele. – Quem a ajudou, Bernardo não faria isso.

— Meu irmão a ajudou, disse que estava na hora de acordarmos e ver o que está na nossa frente.

— Porra. – ele reclama enquanto eu encho meu prato com a lasanha perfeita que ele fez.

Assim que dou a primeira mordida e sinto o gosto do queijo junto com o molho branco, não resisto e fecho meus olhos e solto um gemido de satisfação. Quando abro os olhos percebo que Rick está com o garfo parado em meio a uma mordida e seus olhos estão dilatados, ele abaixa o braço lentamente e fecha os olhos como se estivesse com dor.

— Desculpa? – eu meio que pergunto, mas estou sorrindo e mordendo o lábio. Adoro saber que ainda o afeto.

— Isso é tortura. – ele rosna e se levanta com o prato e vai pro quarto. 


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Notas finais do capítulo

Juro, juradinho que antes de 00:00 vocês terão o final dessa história que amei escrever e dividir com vocês ^^



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