Castelo de Vidro escrita por Purple Sparkle


Capítulo 12
Sentindo a pressão


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho. E ai como vocês tão? Espero que gostem do capítulo, boa leitura! Quero agradecer e dedicar esse capítulo a Lady Scarllet autora de "Amor Proibido!!" pelos comentários maravilhosos e também por criar nomes de ships incríveis! Ela deixou de escrever os capítulos da fic dela pra ler a minha fic, menina seus leitores vão me matar rs. Sem mais delongas aqui vai o capítulo beijinhos!!



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# Narração Angela (ON):

Acabei de chegar em casa e o Sr. Matias me avisou que minha neta está em seu aposento junto com uma amiga, pedi para ele chamá-las para jantar. Enquanto ele foi chamá-las, fui em direção à sala de jantar e me lembrei de hoje mais cedo.

* flashback (ON):

– Ela cada vez mais lembra a mãe dela não é, Carlos? - disse sem pensar

– Fisicamente ou na personalidade mamãe?

– Na personalidade meu filho, você sabe que ela é quase uma versão feminina sua.

– Verdade... Ela puxou a personalidade forte da Clara... - ele disse nostálgico

– Darling... Não te faz bem se lembrar dessa mulherzinha. - Miriam soltou seu veneno

– Não fala assim da Clara, Miriam... Ela é a mãe da minha filha... - Pela primeira vez vejo Carlos sendo ríspido com ela

– Filha que é ingrata contigo, Carlos... Já te falei o que ela precisava...

– Não fale assim da minha neta! Ela está sobre a minha tutela agora, então eu decido o quê é melhor para a menina e ponto final.

Fui embora, porque não estava disposta a aturá-la enchendo a cabeça do meu filho. Apesar de não ter muita simpatia pela Clara, ela foi embora sem dar explicações e nunca mais deu as caras, pelo menos ela não era tão desnaturada como a Miriam e não era venenosa.

* flashback (OFF):

O jantar já estava posto na mesa, ele foi servido muito rápido e eu nem tinha percebido, porque estava perdida em meus devaneios. As meninas estavam chegando para jantar rindo e isso era bom. Melissa fez uma leve reverência ao me ver, coisa que não era necessária afinal a conheço desde bebê.

– Dona Angela, sempre é um prazer em vê-la. - Melissa disse educada e polida como sempre

– Melissa, muito bom revê-la, sinta-se a vontade, afinal a casa também é sua.

– Muito obrigada... - ela sorriu

– Vovó, Melissa vai dormir aqui hoje. Tem algum problema? - senti o medo desnecessário na pergunta de Anna Júlia

– Jamais... Volto a repetir... Melissa é sempre bem vinda nessa casa. Vamos jantar?

– Vamos! - as duas responderam em uma só voz

Começamos a jantar quando a campainha tocou, logo um eufórico Felipe apareceu em nossa sala de jantar.

– Dona Angela, me desculpe aparecer sem avisar, mas eu estava preocupado com a gatinha, eu queria ter a certeza que ela está bem. - ele disse ficando corado

– Tudo bem meu filho, sente-se e jante conosco.

– Não é necessário...

– Venha...

# Narração Angela (OFF):

# Narração Anna Júlia (ON):

Felipe sentou-se e jantou conosco, não havia muita conversa durante o jantar em si, mas sabia que assim que terminássemos de comer teríamos que conversar.

Quando o jantar terminou, a sobremesa veio, vi Melissa negando e já sabia que ela estava se segurando pra não por tudo pra fora. Peguei meu celular escondido e mandei uma mensagem pra ela.

* mensagem (ON):

Não se preocupa, vai lá e fala que precisa fazer uma ligação. Lá no meu banheiro tem tudo o que você precisa no armário dentro de uma caixa azul... Consegui trazer todos os kits de emergência. Relaxa que eu seguro as pontas aqui.

* mensagem (OFF):

Melissa fez uma cara quando recebeu a mensagem e eu vi que ela sacou a deixa. Ela deu um sorriso fraco e colocou uma mecha de seus cabelos tingidos de vermelho atrás da orelha.

– Err... Dona Angela... Preciso me ausentar por uns minutinhos... Sabe a minha mãe... - Melissa merecia um Oscar

– Tudo bem minha filha... Vá e quando você voltar comeremos a sobremesa.

– Não precisam me aguardar, talvez eu demore um pouco, minha mãe é um pouco dramática. - ela riu um pouco e saiu

Preferi não deixar o assunto morrer, porque sabia que ela provavelmente iria demorar.

– Felipe... A apresentação dos troublemakers foi incrível, tirando a parte que vocês me chamaram eu fiquei em choque.

– Para de show, gatinha... Você arrasou... Nós arrasamos!! - ele falava animado

– Até parece... Tá puxando o meu saco descaradamente. - comecei a rir

– É verdade o quê ele falou, Anna... Assisti as apresentações... - tomei um susto

– Sério que você foi dona Angela? Ai caramba que legal! E aí você gostou? - poderia definir euforia como o nome do meio de Felipe

– Vocês são sensacionais... - para tudo... Minha avó elogiando alguém... O MUNDO VAI ACABAR - ... E Anna, você canta bem, sabe agora me bateu uma dúvida.

– Obrigada... - sorri sincera

– Não falei gatinha... Não é exagero meu!

– Ok Felipe, eu acredito! Vovó, qual a sua dúvida?

– Você ainda toca piano?

Engoli em seco e meus olhos nublaram, eles esperavam a minha resposta e eu pensei em mentir, mas saberia que não enganaria minha avó fácil, então decidi responder a verdade.

– Sim... Eu ainda toco, mas não com frequência...

– A GATINHA TOCA PIANO! CARAMBA QUE LEGAL! TOCA PRA GENTE! - esse garoto é louco e se fosse outra pessoa já teria mandado ir pastar, mas com ele não conseguia, gostei desse mané de cara

– Boa ideia, Felipe! Vamos na sala de música quando acabarmos de comer a sobremesa.

Sabia que não tinha como fugir então assenti levemente com a cabeça enquanto torcia mentalmente pra Melissa estar tendo tempo o suficiente pra se sentir aliviada.

# Narração Anna Júlia (OFF):

# Narração Melissa (ON):

Toda vez que eu como é a mesma coisa. Não consigo segurar a comida por muito tempo, acabo colocando tudo pra fora. Preciso manter a boa forma, não posso ser gorda. Sabe não adianta toda vez que eu me olho no espelho eu vejo que não estou nem perto da minha meta de corpo. Nunca consigo nada... Não tenho o corpo perfeito, meus pais preferem meu meio irmão. Manter as aparências de uma garota perfeita não é fácil.

Quando recebi a mensagem da Anna respirei aliviada, tinha medo de por tudo a perder. Dona Angela até tentou me esperar para eles comerem a sobremesa, mas sabia que ia demorar, sempre demorava.

Subi correndo as escadas e fui direto pro banheiro, segui as instruções, peguei a caixa azul e a abri. Tinha tudo o que eu precisava naquele momento, uma escova de dentes, e produtos de limpeza. Possuía um kit desse de emergência no meu banheiro também.

Eu e Anna Júlia possuíamos esse sistema de kits de emergência, devido ao nosso passado.

Parecia que eu coloquei a minha alma pra fora, me arrumei como se nada tivesse acontecido e me olhei no espelho. Mais uma vez não sabia quem eu estava encarando. Meu reflexo mostrava uma pessoa que eu não queria ser, estava longe do meu objetivo.

Era torturada pelo meu reflexo enquanto ele dizia que eu nunca ia conseguir nada e que Nathaniel sempre roubaria o meu lugar. Segurei minha vontade de socar o espelho e sai correndo dali.

Desci a escada e não achei ninguém na sala de jantar, escutei uma melodia e comecei a segui-la.

# Narração Anna Júlia (ON):

Estávamos na sala de música e naquele momento sabia que não podia desistir. Olhei para o piano e respirei fundo. Nesse momento comecei a caminhar em sua direção. Sentei e fechei meus olhos. Comecei a tocar e cantar Vermillion part 2 do Slipknot. Não sabia o porquê de ter escolhido essa música, mas comecei seguir sua melodia.

She seemed dressed in all of me
Stretched across my shame
All the torment and the pain
Leaked through and covered me
I'd do anything to have her to myself
Just to have her for myself

Now I don't know what to do
I don't know what to do
When she makes me sad

Felipe pegou um violão e começou a me acompanhar, não lembrava desse violão aqui, na verdade nunca tinha reparado tanto na sala, somente tinha reparado no piano.

She is everything to me
The unrequited dream

A song that no one sings
The unattainable
She's a myth that I have to believe in
All I need to make it real is one more reason

I don't know what to do
I don't know what to do
When she makes me sad

But I won't let this build up inside of me
I won't let this build up inside of me
I won't let this build up inside of me
I won't let this build up inside of me

Melissa chegou nesse momento, ela me lançou um olhar de surpresa, ela sabia do motivo de eu evitar chegar perto do piano. O motivo era minha mãe, eu não a vejo faz anos e nem tenho notícias vindas diretamente dela. A única coisa que eu sei é o que sai em revistas quando eu conseguia ter acesso a elas escondida.

A catch in my throat, choke
Torn into pieces
I won't, no!
I don't wanna be this...

But I won't let this build up inside of me
(I won't let this build up inside of me)
I won't let this build up inside of me
(I won't let this build up inside of me)
I won't let this build up inside of me
(I won't let this build up inside of me)
I won't let this build up inside of me
(I won't let this build up inside of me)
Won't let this build up inside of me

She isn't real
(I won't let this build up inside of me)
I can't make her real
(I won't let this build up inside of me)

She isn't real
(I won't let this build up inside of me)
I can't make her real
(I won't let this build up inside of me)

Terminei de tocar e Felipe me abraçou forte e eu não consegui repelir o contato. Minha avó me parabenizou e se retirou da sala. Vi Melissa revirar os olhos por causa de Felipe e sinalizar que ia falar com a minha avó.

– Preciso que você não espalhe pra ninguém que eu toco piano. - falei direta

– Por que? - ele indagou assustado com o meu tom de voz

– Porque eu não deveria nem estar tocando, ninguém precisa saber disso, então espero que respeite a minha decisão. - fui ríspida

– Tudo bem... - ele abaixou o olhar - ... Mas se não foi muita intromissão minha gostaria de saber porque você não toca mais.

– É porque me lembra uma pessoa... - respondi mecanicamente -... É passado...

– Entendo... Não fica com essa cara, apesar de você não gostar você toca bem...

– Fala o quê você quer... Tá me bajulando demais. - ele ficou roxo de vergonha

– Não to te bajulando porque quero algo, mas já que você quer saber o quê quero eu falo. Sou apaixonado pela sua amiga e nem adianta perguntar quem é.

– Você tá apaixonado pela minha amiga e tá querendo a minha ajuda. Me responde como posso cogitar te ajudar se você não me fala quem é... Sabe a minha bola de cristal tá com defeito.

– Tá bom... É a Melissa, ela me enlouquece... Ela é perfeita. - ele suspirava

– A Mel? Really? - não aguentei e quase morri de rir, mas parei quando vi que ele tava falando sério - Ok... Não me olha assim. Nossa... Isso vai ser difícil, mas eu te ajudo a conquistá-la, porém eu não garanto nada.

– Beleza... Fechou!

Ele me abraçou novamente e eu tentei ligar os pontos pra ver se eu não estava delirando. Fomos em direção à sala e encontramos a minha avó e Melissa rindo, elas falavam do Sr. Pablo Espiñosa, também conhecido como avô materno de Melissa. Minha avó e ele eram bons amigos e essa amizade entre famílias foi passada de geração em geração.

Felipe resolveu se despedir e ir pra casa, ele abraçou a minha avó e agradeceu o jantar, o levei a até a porta junto de Melissa enquanto minha avó foi para o seu quarto, quando fechei ela só faltou agradecer aos deuses.

– Finalmente aquele mala foi embora... - ela soltou um leve suspiro e olhava pro céu como se agradecesse

– Que horror Mel... Ele é legal... Não fala assim...

– Jura? Acho que você tá dando muita moral pra esses outsiders...

– Ele é exceção...

Fomos para o meu quarto e não pude evitar pensar que tentar juntar esses dois vai ser no mínimo super complicado.

# Narração Anna Júlia (OFF):

# Narração Felipe (ON):

Agora não era mais segredo de quem eu gosto, a sua melhor amiga já sabia e era questão de tempo até eu me declarar. Aquela ruiva mexe comigo, ela é um furacão e meia irmã do meu amigo, acho que vou tomar uma surra dele.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.

Sabia que ia ser difícil conquistá-la, mas não importava o número de vezes que ela iria me repelir, eu continuaria tentando.

Sei que ela jamais vai encontrar alguém que goste dela como eu, me imagino muitas vezes caminhando com ela debaixo de um céu estrelado.

Passei a entender esse lance de gostar de alguém de verdade depois que escutei Nathaniel desabafar todo o amor que ele sente por uma menina, mas ela tinha um namorado babaca.

Aprendi que a ver feliz aquecia o meu coração, acho que no final das contas Nathaniel não vai me bater, ele vai acabar me ajudando. Ele é muito sentimental e ficar perto dele também me fez ser um pouco assim.

No fim de tudo eu estava confiante em conquistar Melissa, mais conhecida por todos como furacão ruivo. O meu furacão ruivo.

# Narração Felipe (OFF):


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Sugestões, críticas ou qualquer comentário não hesite em me mandar vou adorar ler! Beijinhos e até o próximo capítulo



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