Castelo de Vidro escrita por Purple Sparkle


Capítulo 11
Desabafo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/619299/chapter/11

# Narração Luiza (ON):

Desde que essa garota chegou ela virou o foco dos meninos, eles não param de falar dela. Não entendo qual o porque de todo essa fascínio por ela, convenhamos ela não tem nada de atrativo além da beleza, ela é má, dissimulada, manipuladora, metida, nojenta, fútil e ainda por cima possui aquele olhar sarcástico. O mais engraçado disso tudo é que eu nem precisei a conhecer pra tirar essa conclusão, todos daquele grupinho são assim é o pior é que muitos se matam pra aparecer para pelo menos tentarem fazer parte do grupinho.

Daniel vive falando que quer descobrir quem ela realmente é, que ela usa uma máscara e possui um lado bom, eu não acredito nisso e mesmo eu tentando o convencer do contrário ele não me escuta, aquela bruxa o enfeitiçou. Ele a levou para o nosso luau e o pior ele ficava a olhando vidrado e encantado, não adiantou nada eu a olhar com ódio, ela não se abalava e me ignorava.

Felipe já está pagando um pau pra essa garota que nossa eu não aguento, é gatinha pra lá, gatinha pra cá. O quê ela tem que eu não possuo?

Não posso perder os meus amigos para essa víbora que tá se fazendo de boazinha. Fomos no refrão com ela, ficamos numa área especial, e já não bastou ela ter a atenção de todos quando ela foi chamada pra cantar com os meninos e depois quando ela cantou solo, ela tinha que tomar um chá de sumiço e causar um reboliço enorme.

Uma das nojentas que a acompanha sempre fez o favor de fazer geral sossegar e deixar a garota sozinha, até porque eu não estava nem um pouco disposta a procurar a víbora ladra de amigos.

Lucas falou que o motorista dele nos deixava em casa e eu dei logo um jeito de fugir e não aceitar o favor engomadinho. Entre todos ele era um dos que eu menos tinha algo contra, mas como eles são tudo farinha do mesmo saco prefiro não me envolver.

Resolvi desviar o meu caminho falando que ia no banheiro e realmente fui lá lavar o rosto e me olhar no espelho. Não era possível, eu estava fadada a encontrar em todo lugar um deles.

– Ora ora, se não é a mais nova amiguinha da minha querida sister. - Larissa disse, aquela garota me dava nos nervos

– Amiga? Desde quando? - arqueei a sobrancelha - Vamos deixar bem claro que não sou amiga da sua sister e de quebra não gosto dela. - fui ríspida

– Maravilha!! Então temos algo em comum. - ela disse enquanto batia palmas

– Acho que não.

– Claro que temos... Droga... Não nos apresentamos devidamente... Sou Larissa. - ela falava com aquela voz de patricinha sem noção

– Eu sei quem é você... Meu nome é Luiza.

– Claro que você sabe quem eu sou... Enfim... Você não gosta dela e nem eu, sabe podemos nos juntar pra fazê-la ir pra longe, até porque não precisamos ter esse incômodo em nossa vida... Certo? - ela soltava umas risadinhas esquisitas

– O quê te faz pensar que eu te ajudaria? Não é porque eu a odeie que eu irei te ajudar, sabe... - soltei uma risada irônica - ... Eu também não gosto de você, e também não to nem um pouco disposta de me juntar com uma cobra. Se vira ora afastar ela. - olhei no fundo dos olhos dela enquanto disse isso

Virei de costas e fui embora, a deixei com uma cara de idiota que me fez ganhar o dia. Sei que a proposta dela foi tentadora, mas prefiro fazê-la sumir por mim mesma.

# Narração Luiza (OFF):

# Narração Lucas (ON):

Melissa tirou o dia pra me testar, primeiro ela me proíbe de procurar a minha prima e depois fala que mesmo que eu tentasse achá-la eu nunca conseguiria e agora ela não dá notícias. Que parte ela ainda não entendeu, eu to preocupado com a minha prima.

Só ainda não sai atrás delas porque Amanda está aqui em casa e já falou um milhão de vezes que a minha prima está bem e que ela é grandinha e entre outras coisas. Tomei um grande sermão dela, porque de acordo com ela eu deixo de viver a minha vida em prol da minha prima, mesmo elas sendo amigas eu sei que Amanda não conhece todos os detalhes da vida de Anna, muitas coisas foram ocultadas e por causa disso tenho que fingir que concordo pra evitar problemas.

Sei que entre amigos não deveriam existir segredos, mas algumas coisas são melhores quando permanecem enterradas.

Deixei Amanda no meu quarto e fui pegar uma caixa que mantenho escondido na biblioteca, mas paralisei na porta quando vi meu pai conversando no Skype com a minha tia Clara, no começo fiquei na dúvida se era realmente ela, até porque não a via a anos, desde que ela foi pra Milão, confirmei minhas suspeitas quando meu pai a chamou em alto bom som pelo nome. Era ela... Minha prima precisava saber disso... Fiquei ali parado tentando escutar a conversa, mas ele estava com fone de ouvido e por isso só escutava o que ele falava.

– ... Clara, ela está bem. Eu sei que você sente falta dela, mas você não acha que não tá na hora de falar com ela, sabe ela deve sentir a sua falta.

Tenho que dar um jeito de falar com a tia Clara e saber que história é essa.

– ... Eu sei que você já tentou, mas agora ela não tá mais lá, Lucas me contou que ela ta na casa da avó dela... Não faz essa cara, sei que a velha é jogo duro, mas acho que ela pode te ajudar, não só ela como meu filho... Nossos filhos são bem próximos... E sobre a dona Angela eu acho que ela quer ver a neta feliz então não custa tentar.

Sai dali, não poderia arriscar ser pego. Pesquei algumas informações importantes, precisaria de ajuda pra saber de informações sobre a casa do pai da AJ, mas quem poderia me ajudar?

Entrei no quarto e Amanda me olhava com o cenho franzido, fiz sinal com a mão pra ela não pentelhar sobre isso e decidi esfriar a cabeça vendo um filme com ela.

# Narração Lucas (OFF):

# Narração Melissa (ON):

O caminho até a casa da Anna foi rápido e durante o trajeto evitamos tocar em qualquer assunto complicado. Viemos escutando música e comentando sobre algumas trivialidades.

Fomos direto para o seu quarto e a partir daquele momento sabia que poderíamos botar tudo em pratos limpos que não teria problema.

– Amiga... Por que você saiu correndo assim que terminou o show?

– Precisava pensar e por minha mente no lugar, sabe... Você estava certa... Eu estava precisando de espaço.

– Te conheço a muito tempo, sabe... Hoje você foi assunto na mesa de café da manhã... Sabe como já te disse o Nathaniel dormiu lá em casa porque ele teve que ajudar um amigo, ai soltei logo que eles travam fazendo tempestade atoa.

– Como sempre você implicou com ele né... Realmente eles fizeram tempestade, mas até que não foi atoa, eu fiquei um caco, até porque eu ainda gosto dele.

– Se você gosta dele então porque vocês não voltam, ele tá disposto é só você aceitar.

– Não posso... Principalmente depois do que eu descobri...

– Descobriu o quê? - a incentivei continuar

– Miguel me traia com a Larissa... A Amanda viu e me contou, na real eu a forcei soltar tudo porque não aguentei o surto dela no celular... Ela tava histérica falando ai meu Deus conto ou não conto.

– Que garoto filho da puta! Me diz que a Amanda fez um barraco e acabou com ele!

– Que nada...

– Mas também hein... A Amanda é inútil nessas horas... Credo... Enfim você tá certa em ter terminado e em ter feito o que fez, você merece alguém melhor que ele.

– Obrigada... E você nem sabe... Além de ter descoberto isso e ter ficado na merda, tacado o porta retrato na parede no meio de um ataque de fúria, depois fiquei desolada no chão quase em posição fetal... Ai sabe quem me surge aqui no quarto e me flagra destruída... O Daniel... Fiquei com uma vontade enorme de morrer.

– Ai amiga... Por que você não me ligou? Eu tinha vindo pra cá! - fiquei com uma vontade enorme de abraçá-la

– Não sei... Mas eu não fiquei em casa não... Daniel me arrastou pra um luau aqui na pracinha e eu fui, mas antes liguei pra e ele é terminei tudo, falei a rodo e ele ficou sem entender, Lucas e Nathaniel vieram me caçar aqui e depois Miguel também brotou aqui me trazendo flores e falou várias coisas, sabe eu voltaria se eu não soubesse das coisas, mas como eu sabia das coisas não adiantou nada ele falar. Pra terminar taquei as flores da janela em cima dele ao som de "Take a bow".

– Nossa... Amiga... Você arrasou!! Bem feito ele mereceu!! Minha vontade é destruir ele socialmente. Mas mesmo você tendo feito isso tudo, você não tá bem. Não me diz que você fez aquilo... Por favor... - sabia que tinha algo que não tava batendo, ela acabou com ele, mas ainda tava péssima

– Fiz... Eu sei que prometemos não fazer mais isso, mas... - ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas

– Tudo bem... Eu entendo... Também quebrei essa promessa algumas vezes... - suspirei

– Não consegui me segurar... - ela chorava

– Eu sei... Eu sei... Precisamos ser fortes... Não podemos deixar ninguém descobrir, até porque se isso vazar estamos ferradas.

– Sei disso melhor que qualquer um...

Peguei meu celular e mandei mensagem pra Jennifer avisando que estava tudo bem e que ela não precisava ficar preocupada. Tudo estava sobre controle.

# Narração Melissa (OFF):

# Narração Anna Júlia (ON):

Desabafei tudo com a Melissa, ela me entendia melhor do que ninguém, compartilhávamos os mesmos problemas. Decidi mostrar pra ela o esconderijo da válvula de escape e ela não me julgou em nenhum momento. Guardamos tudo de volta em seu devido lugar, não poderia arriscar de mais ninguém achar isso.

Conversamos sobre mais algumas trivialidades e foi a vez dela desabafar.

– Não importa o que eu faça eu sinto que eu perco sempre pro Nathaniel. Ele está sempre ali roubando o meu lugar em tudo, meu pai o prefere claramente e minha mãe tem simpatia por ele, não basta ele roubar a minha família eu sinto que ele quer roubar os meus amigos.

– No quesito família eu sei bem o que é isso, perdi meu pai pra Larissa.

– Tudo o que ele faz é melhor, sou completamente ignorada e olha que isso já acontece com ele não morando lá em casa, imagina se ele se muda, eu ficaria de vez completamente invisível.

– Pensa no lado positivo, enquanto você não tem ele em casa existe a possibilidade de virar o jogo.

– Impossível, ele é o filho perfeito... Mas mesmo assim não vou desistir. Depois do ano novo eu vou pra casa do meu avô, ele é o único que me apoia, vou fazer um curso de administração, não vou deixar em hipótese alguma Nathaniel administrar o que é meu. Se o meu pai não vai me dar atenção, vovô vai me dar e ainda por cima eu sei que ele não concorda com o comportamento dos meus pais e eu vou usar isso a meu favor.

– Filho perfeito ou não... Arrasa nesse curso e mostra pra todos quem você é Mel!

Nos abraçamos e ali sabíamos que não importava o que estava acontecendo, nunca iríamos nos julgar pelos nossos erros, mentiras e muito menos pelas nossas ambições, até porque quanto mais tentávamos nada parecia ser o suficiente, nunca conseguíamos alcançar o nosso objetivo é isso já estava ficando chato e cansativo. Era hora de apelarmos para meio mais extremos...

Judgement is easy
You pick a side and a comfortable lie
Heavy the burden
When every victim is self-defined

# Narração Anna Júlia (OFF):


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, até o próximo! Beijinhos :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Castelo de Vidro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.