Olicity - Muito Além da Amizade escrita por Buhh Smoak


Capítulo 8
Capítulo 08


Notas iniciais do capítulo

Oieeee, amores.
Viu como estou prendada e seguindo o calendário de postagem? hahahahaha
Espero que gostem.

Agradecendo pra sempre minhas betas: Helo e Emily.
Sejam gratos a elas também, porque essas duas tem me ajudado muito a dar rumo as fanfics, porque conversar com elas faz com que eu encontre caminhos que só pensando não seguiria. Amo vocês meninas.



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— Felicity

A voz de Diggle ecoou no comunicador assim que ela saiu correndo para o banheiro. Os enjoos estavam piorando com o passar dos dias e isso a preocupava, já que deveria estar ajudando quem estava em campo, não prestes a vomitar.

— FELICITY.

Agora era a voz de Oliver que gritava por ela. Parou de frente para o espelho e viu o quanto estava pálida. Ia desligar o comunicador, porque não queria que eles ouvissem ela colocando o que não tinha no estômago para fora, mas respirou fundo respondendo o chamado.

— Estou aqui.
— Porque demorou a responder? – falando mais alto.
— Desculpe.
— Fala o que está acontecendo ou eu largo tudo aqui e vou descobrir por mim mesmo. – ainda mais bravo.
— Ânsia, Oliver. Estou prestes a vomitar na orelha de vocês se eu não desligar a droga do comunicador. – abrindo a torneira e molhando os pulsos e a nuca.

Barulhos de tiro preencheram seu ouvido, mesmo estando prestes a desmaiar pela fraqueza das muitas horas sem comer e vomitar sem parar, ela correu para a sala de comando e viu que eles estavam encurralados.

— Diggle, tem uma passagem subterrânea a 300 metros de onde vocês estão.
— Esgoto?
— Não, parece uma galeria, faz parte do prédio. Seguindo por ela vocês vão sair na rua lateral e mais perto de uma linha de fuga sem serem alvejados.
— Achei a entrada. OLIVER.

O calafrio era o aviso que ela não tinha mais como ignorar a ânsia, graças a uma vasilha que Laurel deixou próxima a sua mesa, só precisou inclinar o corpo para vomitar.

— Felicity. – Laurel gritou descendo as escadas correndo.

Seu nome era dito milhares de vezes por dia e ela começava a pensar que trocar de nome era uma boa alternativa. Segurando os cabelos dela, esperou que terminasse de se aliviar, para ajuda-la a se acomodar na cadeira.

— Você precisa ir para casa, AGORA.

Oliver gritou no comunicador, fazendo com que Felicity tirasse o aparelho da orelha e o jogasse na mesa.

— Como se não bastasse passar mal ainda tenho que ficar ouvindo o Oliver gritar na minha orelha.

Laurel assistiu o pequeno surto dela sem dizer nada, viu Felicity esconder o rosto entre as mãos e só quando o primeiro soluço veio ela abaixou a sua frente.

— Os hormônios estão tirando sua calma, acho que o Oliver está certo quando diz que você precisa ir para casa.
— Não quero ir.
— Mas precisa, Fel. Dizem que essas coisas melhoram depois dos primeiros meses, não exija tanto de si mesma.

A atitude de Laurel com Felicity deixou todos impressionados. Nunca foram próximas, mas desde que Felicity contou que estava grávida, ela fazia o possível para ajuda-la.

— Essa mudança de humor está acabando comigo. E se continuar assim vou perder o namorado antes de completar uma semana. – debruçando na mesa e deitando sobre os braços.
— O Oliver não é tão fácil de ser afugentado. Se fosse para ele fugir já teria o feito.
— Bom saber que tenho tanta credibilidade com você, Laurel.

Felicity levantou o rosto ao ouvir a voz dele, mas a ânsia não permitiu que ela fizesse isso. Só teve tempo de virar e vomitar.

— Eu disse que você tinha que ter ficado em casa. – Oliver correu até ela, segurando seus cabelos.
— Vou buscar um pouco de água gelada pra ela. – disse Laurel subindo as escadas para o Verdant.
— Quero uma cerveja, por favor. – disse Diggle, que descia as escadas.
— Claro, já trago seu pedido. – rindo.

Oliver esperou ela se recuperar para correr até o banheiro em busca de uma toalha úmida. Voltou para perto, passando a toalha em seu rosto.

— Melhor?
— O que acha? – pegando a toalha de suas mãos.
— Acho que é hora de sair pela tangente. – Diggle, indo até ela e beijando sua testa. – Melhoras loira. E você. – apontando para Oliver. – Paciência.

Recostando na cadeira, ela fechou os olhos sentindo a ânsia volta. Respirou fundo pelo cansaço da noite mal dormida e pela mudança de humor constante.

— Desculpa por gritar com você.

Abriu os olhos e o viu parado em sua frente, de braços cruzados. Fazia dois dias que eles tinham ido a obstetra e desde então não conversaram sobre nada além de pegar os bandidos.

— Sei que não estou a melhor pessoa. Me desculpa também. – se ajeitando na cadeira.
— O Diggle disse que essa variação de humor é normal, mas mesmo você brigando comigo eu vou continuar te pressionando para descansar.
— Oliver.
— Me escuta. – afastando o balde e abaixando a sua frente. – Tudo isso é novo pra mim. Ainda mais sabendo que logo teremos que lidar com mais uma vida para tomar conta. Só que enquanto você estiver passando mal temos que nos adaptar a isso e você tem que dar o braço a torcer que precisa de descanso. Seu rosto está cada dia mais pálido.
— Não vou abrir mão de vir para a caverna, eu tenho direito de estar aqui tanto quanto qualquer um. – sentindo os olhos encherem de lágrimas.
— Você tem mais direito do que qualquer uma aqui, Felicity. Só que precisa se cuidar para continuar tendo forças para nos ajudar.

Ela sabia que Oliver estava certo, estava cada dia mais fraca pela dificuldade de manter a comida em seu estômago. Pegou seu celular quando ele começou a tocar avisando que era hora dos remédios.

— Preciso escovar os dentes e tomar meus remédios. – sentindo tristeza por finalmente aceitar que era hora de ir embora. – E depois eu vou.
— Eu te levo em casa.
— Ok. – levantando e seguindo para o banheiro.

Laurel desceu com uma jarra de água e uma vasilha com gelo, assim que viu a cara de Oliver entendeu que as coisas não estavam fáceis.

— Fiquei esperando lá em cima quando o John disse que vocês estavam conversando.
— É, as coisas estão complicadas. – pegando o balde e levando para os fundos, perto do banheiro.

Não precisou chegar até a porta do banheiro para ouvi-la vomitando de novo, voltou para perto de Laurel com o peito apertado por vê-la sofrer tanto.

— Não aguento ver ela assim, está vomitando de novo.
— É assim que algumas grávidas reagem nos primeiros meses, só nos resta estar sempre por perto para ajuda-la.
— Vou leva-la pra casa, você fica de olho em tudo aqui?
— Claro. E o Diggle disse ia passar em casa para ver a filha, mas volta mais tarde.
— Obrigado. Não só por isso, mas por apoia-la também.
— Nossos problemas não existem mais Oliver e eu realmente gosto dela.
— Eu sei.

O semblante de Felicity era ainda mais cansado quando ela voltou. Pegou a vasilha da mão de Laurel e colocou dois cubos de gelo na boca.

— Obrigada. – agradeceu com a boca cheia.
— Por nada, reforçamos o estoque de gelo para você. – sorrindo.
— Vou me trocar, já volto. – se aproximando de Felicity e lhe dando um selinho.
— Quero um hambúrguer. – disse enquanto ele ia para os fundos. – Um que tenha muito bacon.
— Depois de vomitar desse jeito? – Oliver gritou para que elas o ouvissem.
— Já que vou vomitar que eu possa comer algo que realmente me agrade. Essas comidas que a Thea fica me mandando comer está piorando meus enjoos.
— Ela está te mandando comer? – Laurel riu. – Não consigo imaginar a Thea de cozinheira.
— E ela não é. Fica me mandando artigos de algumas revistas que dizem o que faz bem para as gestantes. – mostrando seu tablet com uma lista de arquivos sobre gravidez. – Entre outras coisas que eu prefiro te poupar.
— Parto, né? – rindo.
— Sim, nunca mais vou superar certas coisas que vi.
— Vamos? – Oliver voltou com uma mala em mãos.
— O que é isso?
— Minha mala.
— Isso eu sei, mas o que ela está fazendo com você?
— Vou pra sua casa, ué.
— Pra minha casa?
— Vai ficar repetindo o que eu disser?
— Explica. – cruzando os braços, sentindo a irritação aumentar.
— Você está fraca e eu não vou deixar você sozinha.
— Não preciso de babá.
— Será que você pode deixar eu ser um namorado normal que se preocupa com sua garota? – segurando seu rosto com a mão e lhe dando um selinho.
— Caramba. Assim eu não consigo continuar brava. – já com os olhos cheios de lágrimas.
— Essa é a intenção. – segurando sua mão. – Qualquer coisa já sabe, Laurel.
— Pode deixar e boa sorte... para ambos. – rindo.
— Vamos precisar. – Oliver saiu puxando Felicity escada acima.

—--

O pedido que Felicity fez ao passarem pelo Big Belly Burger seria suficiente para alimentar três pessoas e ainda sobrar comida, mas Oliver não se preocupou com isso. Sabia que aquele lanche não ficaria muito tempo em seu estômago. Estavam sentados na sala da casa dela, em volta da mesa de centro, enquanto ela se entupia de lanche e ele só tomava sua cerveja observando a cena.

— Tem certeza que não quer? – apontando o lanche em sua direção.
— Tenho, vendo você comer assim já me satisfez. – rindo.
— Você que sabe. – voltando a comer. – Ah, liguei pra minha mãe. – fazendo uma careta.
— Então logo estaremos recebendo sua ilustre visita.
— Sim, mas temos um problema. – bebendo um grande gole de refrigerante.
— E qual é?
— Ela acha que você é o pai do meu filho.

Oliver parou com a garrafa a caminho da boca. Ele tinha aceitado esse cargo, mas não imaginou que seria ele a ter que lidar com Donna Smoak quando ela descobrisse que seria avó.

— Nessa hora o Palmer não aparece para arcar com as consequências, não é?
— Juro que não foi minha culpa. Eu disse que tinha uma coisa para contar e que ela precisava ficar calma. Quando contei da gravidez ela começou a gritar que sabia que eu tinha algo com você e deu graças a Deus pelo filho ser seu e não do Palmer. – deixando o lanche sobre a mesa. – E eu não mencionei seu nome em nenhum momento.
— Isso é um problema? – tentando disfarçar a satisfação de ter Donna do seu lado.
— Claro que não, mas ela vai chegar despejando um monte de coisas sobre você.
— Não me importo, vamos deixar ela extravasar e depois contamos a verdade. – pegando o lanche dela e dando uma mordida.
— Ei, isso é meu.
— Está na hora de você começar a se acostumar com o fato de que agora a coisas são nossas e não só suas. – se arrastando até onde ela estava e sentando do seu lado.
— Eu sou apaixonada por você desde o dia que te vi, Oliver.

Aquele era um pensamento que ela não tinha intenção de compartilhar com ele, mas antes que pudesse parar, já tinha o dito. Oliver virou de lado, surpreso com aquela declaração.

— E porque nunca me contou? – colocando uma mexa de cabelo atrás de sua orelha.
— Você estava muito ocupado saindo com todas as mulheres de Starling para me dar essa oportunidade. – sorrindo, olhando para ele.
— Se eu soubesse que você se sentia assim, eu mudaria minha postura. – arrumando sua franja, que caia em seus olhos. – O que te fez largar o Palmer? – aproveitando a sinceridade e entrando no assunto que o intrigava desde o fim do namoro deles. – Porque de longe ele é perfeito para você.

O coração de Felicity estava acelerado, como se aquele fosse o primeiro encontro de sua vida. Esse era o efeito que Oliver causava nela, mas o que ela não sabia é que o coração dele também estava acelerado por ela.

— Terminei com ele porque ele não é você.

Oliver esperava qualquer resposta, menos aquela. Pensou em dizer que há anos sentia o mesmo por ela, que enquanto estava com outras mulheres, era nela que pensava. Só que não conseguiu deixar as palavras saírem, porque a única coisa que queria era encurtar a distância entre eles e tomar seus lábios.

— Oliver. – o vendo se aproximar cada vez mais.
— Sim. – já roçando seus lábios nos dela.

Estavam prestes a se beijar quando Felicity se afastou bruscamente. Levantando do chão, como um gato que foge de seu inimigo, ela correu em direção ao banheiro e começando a vomitar de novo. Oliver esperou alguns segundos antes de dar mais um gole em sua cerveja, para então levantar e seguir para o banheiro.

— Você me paga por isso, Palmer. – entrando no banheiro, tomando para si o papel de pai, que jamais permitiria que seu rival assumisse sozinho.

 

 



PRÓXIMO CAPÍTULO: 08/02/2016


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