P.O.V. Mina.

Acho que estou enlouquecendo. Posso jurar que consigo fazer coisas que são fisicamente impossíveis.

Faço as coisas se moverem sem tocar nelas, vejo e falo com pessoas mortas. Fiz as chamas da nossa lareira subirem a uma altura incrivelmente grande.

—Papai. Temos que conversar.

—Sim meu bem?

—Acho que estou ficando louca.

—Porque?

Contei a ele o que estava acontecendo e ele riu.

—Ah, querida. Você não está louca, você é uma bruxa.

—O que?

—Isso mesmo. A última descendente viva de Mary James, uma das bruxas mais poderosas do mundo.

—Isso é impossível.

—Eu também pensava assim, até conhecer a sua mãe. Assim como você ela era uma bruxa, uma bruxa boa e deixou algo pra você.

—O colar. Eu o usarei para sempre.

—Isso também, mas ela te deixou algo muito mais poderoso.

—O que?

—Os conhecimentos de todas as bruxas da sua família incluindo ela mesma.

—Como?

—Grimórios, milhares deles. Ela queria muito ensinar você a usá-los com sabedoria, mas infelizmente Deus quis levá-la antes disso.

Enquanto isso do outro lado da rua...

P.O.V. Elizabeth.

Depois de ter ficado em um cativeiro durante anos eu finalmente consegui fugir e estou voltando pra casa.

Quando cheguei consegui entrar sem muitos problemas em casa e vi a minha filha de perto pela primeira vez em muito tempo.

—Mina.

—Mamãe?

—Elizabeth.

—Você pode vê-la?

—Sim.

—Então quer dizer que...

—Estou viva sim.

—Como?

—Foi uma poção paralisante que me deixou "morta" por 24 horas e quando acordei, estava cercada, fui feita cativa.

—Mas, quem fez isso com você mamãe?

—Pessoas malvadas que agora estão mortas de verdade. Todas elas.

—Oh, meu amor. Você está de volta e está segura agora. Vou pegar aqueles que lhe fizeram isso e elas pagarão.

—Elas estão mortas William! Tive que matá-las para fugir. Serei condenada não é?

—Não. Vamos chamar os melhores advogados e você vai atestar que foi legítima defesa, vai dizer quem foram seus captores e se algum deles ainda estiver vivo será condenado á forca.