Anjos Humanos escrita por Perigo


Capítulo 13
13 – Gabriel




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Gabriel retornava da casa da família do qual havia ajudado, o arcanjo estava feliz e ao mesmo tempo emocionado.

– Que pessoas humildes e sinceras quero de alguma maneira ajuda-las, eles merecem e muito. – Pensava o arcanjo e continuava o seu percurso de volta para o convento.

Parando no farol Gabriel esperava para poder prosseguir o seu caminho e continuava perdido em pensamentos.

– A casa é pequena tem apenas um cômodo, e um banheiro, eles não têm cama dormem no chão em apenas um colchão de casal todos eles e, ainda não tem luz, eles usavam velas pois ela foi cortada pelo menos, tem água que pagam a conta com muito muito esforço, eles mal tem condições de pagar as contas de água ou luz ao mesmo tempo ou é uma ou outra. E ainda, não tem condições de comprar roupas vestem, as que ganham com o bazar realizado a cada três meses com as irmãs e só comem no convento. – A situação daquela família mexeu com Gabriel, ele não parava de pensar em uma maneira de poder ajuda-los, iria precisar da ajuda de seus irmãos principalmente, a ajuda de Rafael!

Demônio! – Gabriel ouviu uma voz pronunciando essa palavra.

– Demônio aonde? – Perguntou o arcanjo preocupado e olhava em volta procurando pelo tal demônio citado.

Demônio! – Disse a voz mais alta e Gabriel percebeu uma coisa, a voz era transmitida mentalmente.

O arcanjo ainda procurava em volta procurando pela voz. Ao seu redor, estavam apenas uma família com duas crianças que estavam animados por irem se divertir na praça, do outro lado no cruzamento, um casal de namorados estavam abraçados aguardando assim como Gabriel para poderem atravessar.

Demônio! – Repetiu a voz pela terceira vez e agora, mais alto do que antes e não apenas isso Gabriel, pode sentir uma ameaçava próxima ao local onde ele se encontrava.

Passando pela família o arcanjo correu em volta seguindo a localização da ameaça. Ele passou pelo supermercado e continuo a correr, sentia a ameaça mais perto de mais forte. Gabriel continuou a correr e parou em um grande terreno abandonado.

O lugar estava praticamente deserto, antigamente o local era um antigo posto de gasolina, mas foi desativado após ser pego vendendo gasolina adulterada e desde então, o local ficou abandonado e sem cuidado agora, estava literalmente caindo aos pedaços com exceção do local onde era antiga conveniência, ainda estava um pouco intacto.

– Demônio! – Repetiu a voz pela quarta vez mas dessa vez não foi dita telepaticamente e sim verbalmente. Erguendo a cabeça Gabriel pode finalmente descobrir quem havia repetido essas palavras.

A figura estava sobre o teto da conveniência. Trajava uma armadura de prata completa com uma asa branca se destacando em seu peito, em seu braço esquerdo estava um grande escudo de prata com uma asa igual a de seu peito branca, mas maior se destacando em seu escudo, ainda sobre o escudo o cabo cinza, de sua espada era visível e em baixo parte da bainha de prata também era vista. Em seu elmo, uma cruz deitada com um contorno cinza era visível interligando a sua viseira, que deixava apenas os olhos da figura visível. Seus olhos verdes encaravam Gabriel como se ele fosse um inimigo terrível que deveria ser morto em segundos.

– Metatron... – Sussurrou o Arcanjo surpreso ao ver o seu irmão.

– Demônio! – Gritando o Serafim e abriu suas asas, um par de asas grandes brancas, elas sobre a luz do sol pareciam ser de cristal, a luz era refletida sobre as asas ofuscou um pouco Gabriel que foi obrigado a cobrir os olhos com as mãos, Metatron retirou a sua espada e atacou Gabriel, sua lamina estava a centímetros de atingir o arcanjo e Metatron foi violentamente arremessado para trás quebrando os vidros sujo e intactos da conveniência.

Metatron o que está havendo com você irmão? – Disse Gabriel telepaticamente.

Quando escutou a voz do irmão Metatron, se enfureceu ainda mais e expandiu a sua aura, o que era antiga conveniência agora eram apenas escombros.

Gabriel materializou sua armadura, uma armadura completa parecida com a de Metatron, mas com algumas diferenças. A armadura de Gabriel era dourada, e em seu peito sete asas brancas se destacavam, em seu elmo uma cruz deitada com um contorno amarelo deixando seus olhos azuis visíveis, o arcanjo usava uma bainha dourada e lentamente retirou sua espada e sua lamina, ao ser retirada era maior do que o que era vista sobre a bainha. E a lamina era envolvida por uma chama que queimava intensamente.

– Não quero ter usar o Flagelo de Fogo contra você meu irmão me diga, o que aconteceu com você? Por que está agindo assim nos atacando e nos chamando de demônios?

Metatron estava mais furioso. As palavras de Gabriel pareciam irritar ainda mais o serafim que novamente voltou a atacar. Gabriel defendeu do ataque sem muita dificuldade. Lamina contra lamina, a espada de Metatron que não era envolvida por chamas como a de Gabriel, resistia bem ao ataque do arcanjo e mostrou que não havia sofrido nenhum dano ao entrar em contato com a espada de seu irmão.

Gabriel aproveitou o momento para sondar a mente de Metatron e tudo que que o arcanjo conseguia ver era escuridão, como a mente de anjo poderia existir apenas a escuridão? E ainda mais de Metatron que é o primeiro e mais poderoso de todos os anjos?

Demônios todos os seres celestiais são demônios... demônios... deve eliminar a todos! – Gabriel pode ouvir uma voz na mente de Metatron lhe dizendo essas palavras.

Então era isso Metatron está sendo controlado por alguém, e era o responsável por faze-lo ver os anjos como demônios e o fazendo os atacar, mas quem seria tão poderoso a ponto de poder controlar um anjo como Metatron?

Demônios todos os seres celestiais são demônios!

– Quem por um acaso é você? – Gabriel sondou mais a fundo tentando localizar o ponto de origem da voz. - Será que é Lúcifer? – Perguntou o Arcanjo. – Só pode ser ele tanta escuridão assim na mente de Metatron.

Gabriel estava se convencendo que Lúcifer era quem controlava Metatron, mas algo o fez mudar de ideia.

Metatron você deve matar todos os demônios Celestiais todos os anjos se tornaram demônios e foram corrompidos e devem ser exterminados! – A voz agora falava com ferocidade mas havia algo de diferente nela, Gabriel poderia sentir um enorme poder junto com ela e uma presença terrível, poderosa e maligna ele, já havia se encontrado com Lúcifer algumas vezes depois que seu antigo irmão havia caído, aquela presença não se comparava nada ao Arcanjo sombrio.

Gabriel continuou sondado procurando a origem daquela terrível voz.

Você nunca irá me encontrar arcanjo Gabriel. – Disse a voz na mente de Gabriel que ficou chocado.

– Como me descobriu? – Perguntou ele ficando mais chocado.

Achou mesmo que poderia se esconder de mim? – Perguntou a voz - Tolo nada pode se esconder de mim nada e você, não descobrirá quem eu sou só, irá descobrir se eu assim permitir e agora seu tolo morra!

Após dizer aquelas palavras Gabriel voltou a si mas voltou tarde demais. Metatron se livrou da guarda de Gabriel e atingiu com sua espada bem em sua asa direita que caiu aos seus pés.

– AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH! – Gritou Gabriel caindo de joelhos no chão. Sua espada caiu a seus pés e o arcanjo levou a mão sobre a asa ferida.

As asas de um anjo não servem apenas para que eles possam voar, elas são uma ponte que os liga aos céus, e também são escudos que os protegem contra magia, influências, e poderes de alguns demônios ou seres malignos. As asas também são partes de seu corpo e de seus poderes, quando um anjo caí e perde as suas asas essa é a maior humilhação que pode acontecer a um anjo, e além disso o anjo em si perde metade dos seus poderes por estarem sem suas asas.

Dor, confusão, agonia, humilhação, fragilidade, derrota, era tudo que Gabriel estava sentindo naquele momento. Ele não conseguia mais usar os seus poderes, e não sabia como se defender de Metatron. Gabriel estava muito vulnerável e a qualquer momento poderia morrer nas mãos de Metatron.

– Metatron... – Dizia Gabriel com a dor em sua voz. – Irmão não a deixe controlar você.

Metatron chutou Gabriel fazendo o seu corpo voar alguns metros e parar sobre o muro do que restava da antiga conveniência, Metatron se aproximava lentamente e quando estava perto o bastante cravou sua espada sobre a barriga de Gabriel que voltou a gritar.

Metatron lentamente retirou sua espada e sua lamina ficou banhada com o sangue de seu irmão.

– Morra demônio! – Metatron se preparava para dar o golpe final em Gabriel quando o mesmo ocorrido com Rafael voltou a acontecer.

Uma poderosa luz envolveu Metatron o fazendo parar o seu ataque. O serafim tentava se afastar da luz, mas a luz era mais intensa do que da última vez.

Metatron sentia o seu corpo queimar, nunca o serafim tinha sentido uma dor como aquela, ele sentia o seu corpo queimando de dentro para fora, sentia sua armadura muito pensada e quente e também, sentia aos poucos sua energia deixando o seu corpo.

NÃOO!! – Gritou a voz que controlava Metatron. – ELE AGORA É MEU!!

Um grande terremoto fez a cidade toda tremer. Uma fenda partiu o antigo posto em dois, e o copo de Gabriel estava preste a cair sobre ela quando a luz o envolveu o impedido de cair.

O corpo de Gabriel estava envolvido pela luz. Ele parecia um bebê envolvido nos braços de sua mãe.

Uma luz negra envolveu o corpo de Metatron e segundos depois o serafim havia desaparecido e o terremoto cessado.

Gabriel estava deitado sobre a fenda inconsciente e sua armadura havia se desmaterializado. Com o corpo todo ferido o arcanjo agora lutava com todas as suas forças para ficar vivo enquanto, aguardava que seus irmãos o encontrasse.


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