Razões Para Amar escrita por Febraico


Capítulo 6
• Practically Buried


Notas iniciais do capítulo

Véspera de feriado para os paulistanos mais um novo capítulo "procês" xD



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FLORESTA ENCANTADA

O príncipe nunca se incomodou com a presença de guardas o cercando toda hora e em todo lugar que ia, até porque conhecia muito bem seu pai e o rei não ousaria em deixar o herdeiro do trono andando por ai sem quaisquer medidas de segurança.

Rodeando o jardim do castelo sem nenhuma privacidade o jovem príncipe sentira exausto, pela primeira vez, ao ver tantos guardas ao seu redor e desejou que todos desaparecessem. Após seguir mais adiante o príncipe percebe a ausência dos guardas e virando-se para trás os encontra caídos.

Phillip não ousou em chegar perto de nenhum deles e sim estava desesperado para voltar para o castelo, mas ao virar-se caminho oposto dos guardas caídos e em direção de uma das entradas do castelo o príncipe encontra Malévola se aproximando.

— Alteza — Fazendo uma reverência curta. — seu desejo foi realizado. — Um sorriso sarcástico não faltara no rosto de Malévola.

— O que você quer bruxa?

O príncipe retira sua espada da bainha preenchendo o espaço entre os dois. Malévola abre um sorriso e depois continua:

— Fiquei sabendo que você está prometido a se casar com outra já que Aurora não está nesse mundo.

— Isso não é da sua conta.

Phillip permanecera com a espada apontada para Malévola enquanto a bruxa passava pelo príncipe e se acomodava num banco em meio do jardim. Cruzando-se as pernas, Malévola olha para Phillip com desdém.

— Sei de uma maneira para você encontrar Aurora no outro mundo. Gostaria?

— Você a amaldiçoou e agora quer que eu encontre-a? Isso não faz sentido.

— Tenho um plano, — Por fim Malévola se colocou em pé e fitou os olhos do príncipe. — mas terá que seguir conforme mandar.

Phillip demorou a acenar a cabeça para confirmar seu interesse no plano da bruxa. Malévola explicara tudo ao príncipe no imenso jardim do palácio e o jovem não poupou duvidas. O tempo fora se fechando de acordo com a crueldade que Malévola desenvolvia seu plano e assim que terminou, ordenou Phillip a começar imediatamente voltando para o palácio e envolver o rei. Mas sabendo que o rei não iria entrar num acordo com a bruxa tão facilmente, a mesma preparou uma poção para príncipe dar ao rei durante tal conversa.

Agora tudo estava nas mãos do príncipe. Se o jovem ousar trair a confiança de Malévola, a bruxa não poupará esforços para destruir mais um reino.

STORYBROOKE

Passara do meio dia e o céu não estava recebendo nem um raio solar. O vento também dizia que viria chuva mais cedo ou mais tarde, mas Aurora não se moveu um músculo desde que chegou, pouco mais cedo, a um brinquedo em forma de castelo feito de madeira longe o suficiente do centro de Storybrooke para que a jovem pudesse pensar.

Quando Aurora pensara que estava um centímetro perto de saber de seus pais biológicos o mundo adicionava mais dez metros. Dez metros cheio de obstáculos que fazia a garota se questionar do porque de estar correndo atrás dele. Dez metros cheio de duvidas sobre Storybrooke e seus moradores absurdamente malucos. Dez metros afastando-a do seu propósito, de Emma, de si mesma.

Ao pensar em Emma a garota imaginara a mulher que a trouxe no evento sobre arrecadar alguma coisa e em como a mesma estaria próxima da prefeita. Aquele jantar com a prefeita foi um fiasco. Um fiasco por ter ido, um fiasco por ter encontrado Phillip lá. Fazia poucos dias que os dois se conhecera, mas Aurora brigou com o rapaz de um modo que parecia que se conhecia há anos.

Será que senti ciúmes dele? Será que fiquei brava por ele não ter contado que estaria lá? Será que estou achando que ele deve explicações a mim? Meu Deus estou louca. Aurora decidiu descer do brinquedo quando fora abordada por Mulan.

— Te procurei no festival e não a encontrei.

Aurora corou ao ver Mulan se aproximando.

— Estava aqui esclarecendo minha cabeça.

— Estava indo a algum lugar? — Mulan sorriu.

A loira foi abrir a boca para dizer algo, mas fechou logo em seguida e voltou a sentar-se no castelo deixando seus pés balançar conforme o vento batia. Mulan fez o mesmo sentando do lado da garota e ambas se entreolharam por um breve momento até Aurora desviar seu olhar e fitar em alguma coisa bem distante que não a deixasse desconfortável.

— Emma levantou cedo. — Comentou. — Deve ter ido ajudar a prefeita no festival.

Sua voz de desaprovação deu para Mulan perceber a opinião que Aurora tivera sobre o jantar ontem à noite e que não ocorreu nada de bom para ser comentado.

— Desculpe, mas a prefeita está sozinha lá no festival.

Aurora voltou sua atenção à morena que se explicou melhor:

— Onde quer que Emma tenha ido depois do jantar não foi para a pousada e muito menos para o festival.

Aurora ficou sem reação. Não sabia o que dizer até porque Emma é adulta e sabe lidar sozinha sem precisar que uma adolescente fique no seu pé, mas aquilo deixou a loira intrigada. Emma já havia sumido assim uma vez – quando ela fora buscar o jantar no Granny’s na primeira noite na cidade – e agora Aurora estava com impressão que Emma tinha sumido novamente.

— Ou quem sabe ela nem chegou a sair da casa da prefeita?! — Aurora deu um tempo para respirar antes de acusar Malévola de ter feito algo novamente. — Precisamos ir ao festival.

Depois de ver que o fusca amarelo de Emma Swan não estava mais em frente da pousada Aurora apressou mais seus passos até chegar à igreja. Apenas uma coisa passou pela sua cabeça: Emma tinha retornado a Boston. Sem perder a fé de acha-la a loira desviava desesperadamente entre multidões em frente da igreja onde estava acontecendo o festival de arrecadações.

Mulan tentara o máximo não perder Aurora de vista, mas estava quase impossível. Agarrando a mão de Aurora fez com que a loira parasse por um instante e a troca de olhares foi inevitável, fazendo ambas corarem.

— Estava quase te perdendo. —Mulan deu uma desculpa que não soou muito bem. — Não corra muito. Nós vamos acha-la.

Aurora voltou seu olhar para a mão da garota que segurava a sua mão com firmeza. A loira assentiu com a cabeça e partir daquele momento, ambas andara uma do lado da outra com as mãos dadas.

Sua expressão de preocupada, e desesperada ao mesmo tempo, sumira assim que Mulan a tocou. A energia que uma transmitira para outra era inexplicável, como se ambas tinham uma conexão a tempo. Aurora soltou um leve suspiro para que a morena não percebesse. A loira estava contente em ter uma amiga.

A loira estava olhando para o lado oposto quando Mulan a puxou e indicou a prefeita do outro lado da praça. Com um sorriso maior que já vira a prefeita exibia-o como se estivesse tudo certo, mil maravilhas. Aurora começou a soar de nervoso e sua raiva fora aumentando conforme se aproximava de Malévola.

— Onde está Emma Swan? — Berrou.

A prefeita, assustada com o berro da garota, sai de trás da barraca fitando friamente Mulan e ao desviar o olhar para Aurora, a mesma abre um sorriso de lado.

— Emma estava bêbada e não deixei dirigir então pedi para Phillip a levasse para a pousada. Ele não te contou?

Aurora não tinha visto Phillip naquele dia, como iria saber? Talvez o motivo do carro de Emma não estar em frente da pousada seria esse que Malévola contara, mas algo em Aurora estava dizendo para não depositar muita confiança nela. Muitas coisas estavam borbulhando na cabeça de Aurora e como Mulan estava apenas observando-a, resolveu explodir.

— Para de ser sínica. — Seu tom de voz estava mais elevado. — Ela não foi merda nenhuma para a pousada. Ela já sumiu uma vez, não seria novidade se um deles a raptasse novamente.

Após digerir as palavras que acabara de dizer Aurora olhou para Mulan e percebeu que a garota não sentiu ofendida ao se referir dos moradores de Storybrooke. Malévola caminhou sutilmente para fora do festival com as duas garotas atrás dela. Já distante do evento, com um olhar para lá de feroz, a prefeita fita ambas e dispara:

— Posso prendê-las agora mesmo por desacatar-me, mas creio que vocês não querem ir para o xilindró e sim procurar Emma Swan. Estou correta? — As garotas se entreolharam e a prefeita continuou. — Então saiam do meu festival, da minha frente e não me venha com tolice que eu a sequestrei.

Malévola abrira um sorriso, endireitava sua postura e se pôs no caminho de volta para o festival. Mulan virou-se e, junto com Aurora, acompanhou com o olhar Malévola voltar para seu festival de merda. A morena não sabia mais aonde levar Aurora para procurar por Emma, mas Aurora já sabia onde vasculhar. Sem Mulan perceber sua saída a loira começa a caminhar em direção da mansão da prefeita. Talvez Malévola acorrentou-a em algum cômodo e Aurora estava determinada de invadir a propriedade da prefeita.

FLORESTA ENCANTADA

Um exército de aproximadamente cinquenta homens cavalgava em cavalos negros rumo ao reino da Rainha Má. De onde eles partiram não era muito longe, cerca de duas horas já estavam à espera da Rainha no portão do tal reino. O líder dos homens fora o primeiro a passar pelos portões quando se abriram seguindo pelos restantes. A rainha viera ao encontro dos homens, parando-os na entrada do castelo.

— Vossa Majestade — O jovem líder toma a palavra. — Rei Hubert tomou ciência que a bruxa Malévola atacou vosso reino recentemente e para apoiá-la o rei ordenou esses homens a servirem a partir de agora.

Regina, posicionada no topo da pequena escada, - composta por três degraus – pede para o jovem descer do cavalo e acompanha-la até o salão principal. O salão era imenso e só era ocupado por alguns pilares e – no fim do salão – o trono da rainha. Havia alguns soldados perambulando pelos cantos que a rainha ordenou todos saírem.

— E quem veio em nome de Hubert? — Regina o questiona se acomodando em seu trono.

— O próprio filho, Phillip. — Revela mantendo-se distante da pequena escada que elevava o trono. — Vossa Majestade também salvara a vida de Aurora, filha de Stefan e grande amigo de meu pai. Esses homens que o trago é o mínimo que meu pai pode retribuí-la.

Uma expressão de desconfiança pairava no rosto da Rainha Má, mas logo cedeu e sua expressão tornou-se triunfante, orgulhosa. Regina fez um sinal com a mão para que o príncipe se aproximar mais. Obedecendo-a, Phillip ajoelha-se no primeiro degrau posicionando sua espada a sua frente e apoiando sua cabeça no pomo do objeto olhando para baixo. Voltando-se sua atenção para a Rainha, continuou:

— Posso permanecer no castelo e liderar os homens. Sou um ótimo soldado.

— Ótimo.

Rainha Má exibiu-se um grande sorriso ao ouvir as palavras do príncipe. Um belo príncipe lutaria por uma Rainha que não era para lá das melhores. Isso era uma coisa de orgulhar-se.

Seu turno noturno era no jardim. Phillip fizera sua ronda normalmente, andando em todo o jardim quando foi surpreendido por uma névoa verde escura atrás de uma macieira. Rapidamente o garoto lançou seu olhar para todos os cantos para ver se havia algum soldado por perto. Nada. Phillip soltou um leve suspiro ao se aproximar da árvore.

— Vejo que a primeira parte do plano deu certo. — Malévola manifestou. — Vestido como um guarda do castelo.

Seu tom irônico fez com que arrancasse um breve sorriso de ambos.

— Precisamos ser rápidos. — Phillip tivera uma feição séria. — Qual o próximo passo?

— Estamos mais perto que você imagina. — Malévola tocara no ombro do rapaz. — Vamos devagar.

STORYBROOKE

Sentindo areia em seu rosto Emma desacordava de um longo e profundo sono. A loira sentara levando suas mãos ao rosto limpando sua baba. Swan também percebera que já era noite, já que o local estava totalmente escuro, impossibilitando sua visão. Não tinha noção nem de onde estava e nem o tempo e aos poucos sua visão fora clareando, dando a perceber que estava em uma caverna ou algo muito parecido.

Assustada Swan se colocara em pé e com as pernas tremulas chegou até uma enorme rocha. Batendo os olhos novamente no ambiente a mulher tentava acreditar que estava numa caverna de verdade. Tentava também lembrar o que aconteceu no dia anterior, onde estava da ultima vez e com quem estava, mas o desespero invadiu seus pensamentos não a deixando ter noção nem do passado e muito menos do presente.

Correu até a parede e sua sequência de socos contra a enorme parede feita de rocha foi inútil. Não poupou a voz, gritou até sua garganta arranhar e não obteve resposta. O que restara era desistir. Emma foi se sentando escorada na parede ao voltar sua atenção para o canto onde ouviu algo. Talvez esteja louca, mas não custou perguntar:

— Alguém?

Repetiu algumas vezes coma voz falhando, mas não teve retorno. Nenhum retorno dito e sim visto.

Uma mulher com cabelo negro até o ombro surgira na única fresta que luz que havia naquela caverna. Emma pensara que era um anjo. Sua visão estava embaçada ao aceitar a mão da morena estendida. Será que levaria para o céu?

Emma estava quase perdendo os sentidos quando a mulher levou seu cantil à boca da loira, molhando-a com água. No começo Swan recusou a água, mas logo começou a tomar. A morena sentou-se no chão ao lado da loira e virando o cantil todo para que a mulher tomasse toda a água. Levou um tempo para Emma conseguir se comunicar de novo.

— Quem é você?

— Regina. — Pronunciou. — Regina Mills.

Olhando ao redor, Emma tivera outra curiosidade.

— Onde estamos?

— Praticamente enterrada. — Respondeu com um sorriso no rosto.


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Notas finais do capítulo

Abiguinhos leitores, finalmente botei a cara da Regina no sol. Não muito, mas já é o começo. Seria legal se vocês botar também né? (risos)
Beijos, até o próximo capítulo.



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