Razões Para Amar escrita por Febraico


Capítulo 7
• The Night Is Still Young


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :D
Emfim, devolvi o coraçãozinho do Killian hehehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618723/chapter/7

Fazia horas que Emma Swan não vira a luz do dia. Seu ultimo contato com o sol foi quando estava prestes a desmaiar em uma caverna subterrânea e a única entrada solar fora tampada por uma mulher oferecendo ajuda. Regina Mills.

Não fazia ideia do que havia tomado – talvez fosse somente água – e nem era um atendimento de emergência, afinal Emma estava desmaiando, mas aquela água fez com que a loira relaxasse e adormecesse.

Regina permanecera ao lado de Emma o tempo todo que a mesma se encontrava dormindo. Os anos que se passara ali sozinha nunca imaginou em ter uma companheira naquele lugar horrendo e sombrio. Demorou a se acostumar e será a mesma coisa com Emma, pensou Regina.

A fresta de luz foi preenchida pelo céu escuro anunciando a noite. Regina continuava ao lado de Emma quando a mesma começara a acordar. Levantou sua cabeça aos poucos que estava apoiada no ombro de Regina e espreguiçou-se. Sentindo-se melhor Swan conseguiu se colocar de pé e Regina imitou seus movimentos.

— Dormi muito. — Observou a entrada de ar.

— Por algumas horas.

Ambas conseguiram ver algumas nuvens escuras no céu pelo buraco aberto no topo da caverna. Swan desviou seu olhar para Regina. A mesma já estava fitando à loira antes e, para não ficar mais sem graça que estava Emma questionou:

— Que lugar é esse?

— Fiz esse lugar para pertencer a Malévola, mas fui traída há alguns anos.

Emma franziu a testa, curiosa sobre o que aconteceu entre Regina e a prefeita, mas quando Regina terminou de falar, Emma notou a expressão de ódio da morena deixando esse assunto enterrado e não perguntar sobre.

— Nossa briga é velha. — Continuou Regina. — Da floresta encantada até aqui no seu mundo sem magia.

— O que você quer dizer? — Swan hesitou.

— Você não pode acreditar agora, mas somos a origem dos contos que vocês hoje em dia conhecem.

A loira ficou cada vez mais curiosa e pediu que Regina explicar-se melhor. Conforme Regina contava como tudo começou – na floresta encantada – cada palavra que Emma ouvira, sua feição mudara de confusa para inacreditável. Era muito para Emma processar. Como podia algo real dar origem aos contos de fadas que hoje à maioria conhece? Swan sentiu uma enorme dor de cabeça, precisava parar de pensar.

Regina também explicara sobre o processo de poder usar magia naquele mundo e tudo isso dependia de uma garota. Aurora é a peça fundamental para todos os habitantes de Storybrooke poder usar sua magia novamente, mas para isso a maldição que Malévola jogara em Aurora precisasse funcionar e o amor verdadeiro da garota a acordasse do sono profundo.

— Aurora? A garota que trouxe comigo?

— Aurora está em Storybrooke? — Regina eleva a sobrancelha.

— Sim... Ela estava comigo — Sua lembrança de onde esteve começara a aparecer. — Na casa da prefeita.

Regina perambulou um pouco, pensativa. Aurora estava em Storybrooke e Malévola sabia disso. Malévola estava prestes a conseguir o que quer e ter sua magia de volta, portanto Regina precisava impedi-la.

— Precisamos dar um jeito de sair daqui.

O festival acabara quando começou a escurecer. A Madre Superiora conseguiu arrecadar um grande valor para poder melhorar a igreja e com isso todas as freiras estavam comemorando no Granny’s Diner. A prefeita também estava comemorando com todos os moradores de Storybrooke, seu discurso fora muito convincente e todos aplaudiram após a mesma estender a comemoração por mais algumas horas mantendo o Granny’s aberto ultrapassando seu horário de funcionamento.

Killian revirava seus olhos e sentiu-se enojado diante do discurso bobo de Malévola e se recusou aplaudi-la retirando-se da lanchonete. Desde que Sr. Gold roubou seu coração o rapaz não encontrou outra maneira de preencher o vazio que o coração fizera. Na verdade existira outro jeito, mas Killian nunca mais se esbarrou em Emma.

A maneira que Emma sorriu ao ser assustada fez Killian abrir um breve e curto sorriso por relembrar desse momento, mas logo foi desfeito. O homem também lembrara – caminhando Granny’s afora – o real motivo de ter feito Emma Swan sorrir naquela noite, estava levando-a para terminar o plano sujo de Rumpelstiltskin.

Seu movimento foi imediato. Levou seu gancho ao peito, percebendo a falta do seu coração, e fechou sua mão como se estivesse segurando algo valioso nela que não pudesse perder. Notou-se que o caminho que tomou era sentido a loja de penhores e que estava praticamente em frente da loja, porém estava na calçada do outro lado da rua. Notando a placa indicando que a loja estava aberta e o rapaz atravessou a rua. Seu caminhar esbanjara fúria e a forma que adentrou a loja também.

— Acredito que já tenha o que queria. — Sua voz elevava cada passo que dava em direção do balcão. — Agora é minha vez de ter o que quero de volta crocodilo.

— Como desejar capitão.

Gold nem se hesitou ao ver aquele homem transformado em fera invadindo sua loja e sua expressão ao ouvir o pedido de Killian foi radiante. Tirou de uma gaveta qualquer a caixa que continha o coração arrancado à força de Killian Jones. Com um sorriso artificial Rumple abriu tal caixa tirando o coração do homem, ficando por alguns minutos com o mesmo na mão.

— Não atrapalhe as coisas. — Alertou Gold.

O homem deu um passo para trás ao sentir Rumple pressionar o coração em seu peito. Sentiu-se desconfortável no inicio, mas logo a dor passou e percebeu que seus sentimentos voltaram. Um aperto em seu peito fez questionar Rumple sobre sua preocupação com Emma Swan e a garota.

— As garotas estão bem?

— Tudo sobre controle.

O sorriso que Rumple estampou em seu horrendo rosto fez Killian se preocupar mais. Ele estava tramando junto com Malévola e sabia que não conseguiria nenhuma informação verdadeira sobre as duas. Precisava descobrir por conta própria.

Não foi muito difícil invadir a casa da prefeita. Aurora esperou a empregada depositar o lixo na calçada – para mais tarde o colhedor recolher – e seguiu-a até a entrada dos funcionários, localizando na lateral da casa, colocando seu pé para que a porta não travasse pelo sistema automático. Aurora ficou a tarde toda se escondendo trancada no armário da faxineira. Ouviu Malévola chegar do festival e sair novamente dizendo que ia numa tal de comemoração no Granny’s. Ouviu, também, os poucos funcionários da prefeita ainda em seus expedientes se despedindo e retornando para suas respectivas casas, dizendo o quão cansativo fora tal dia.

A garota esperou alguns minutos para sair do armário depois que o ultimo funcionário se foi. Ficou com medo de o mesmo ter esquecido algo, voltar e encontra-la dentro da mansão. A mansão tinha vários cômodos e não fazia ideia por onde começar. Resolveu, então, olhar todos os cômodos do primeiro andar e depois subir para o segundo andar.

Cozinha, sala de jantar, sala de estar e mais uns duzentos cômodos desnecessários Aurora vasculhou ponta a ponta. Nenhuma passagem secreta e muito menos Emma Swan. Voltando para a entrada – onde localizava a escada dando acesso para o andar de cima – a loira ouviu um barulho vindo da cozinha. O desespero tomou conta de Aurora, seus olhos se arregalaram e sua única alternativa foi correr escada acima.

Seu desespero foi tanto que tropeçou na maioria dos degraus. No topo da escada fitou para baixo, pensando que alguém ouviu sua maneira desesperada de subir uma escada. Suspirou aliviada e voltou sua atenção ao corredor imenso dando acesso a vários cômodos. Talvez sejam quartos e banheiros, mas Aurora sabia que encontraria Emma em um deles.

Felizmente seu tênis não ecoou no taco e Aurora conseguiu se mover silenciosamente até o primeiro cômodo. Antes de alcançar a maçaneta a jovem ouvira passos subindo a escada, estavam tão próximos que não conseguiu ir para nenhum lugar. Suas pernas gelaram, começou a soar e suas mãos ficaram tremulas. Um pé fora exposto no piso do segundo andar acompanhado logo em seguida pelo outro e pelo restante do corpo. Seu alivio fora enorme que ecoou corredor afora.

— Mulan — levando a mão à testa para secar seu suor. — Quase você me mata.

— Não foi minha intensão. — Aproximou da loira. — Mas o que pensa que está fazendo?

— Sinto que Emma não saiu daqui noite passada depois do jantar. Ela deve estar em algum lugar escondida.

Mulan surpreendeu-se com a coragem de Aurora. Arqueou uma sobrancelha e permitiu-se em abrir a primeira porta de uma investigação perigosa. Ambas entraram no quarto fitando todos os cantos possíveis. Estava vazio. Completamente, sem nenhum moveis. Depois de checar o cômodo, Aurora se sente incomodada sobre algo.

— Como você entrou?

— O estoque da cozinha não é um bom lugar de esperar todos os empregados saírem.

Aurora se convenceu.

— Certo, vamos. Temos muitos para procurar.

FLORESTA ENCANTADA

Da sacada de seu quarto, Regina observara Phillip treinando seus guardas e o príncipe estava se saindo muito bem. Enquanto observara os movimentos do príncipe e os restantes acompanhava-o, Regina tinha seu pensamento em outro lugar: na generosidade do rei Hubert. Todos de seu reino tinham medo da rainha, por isso a obedecia, mas Regina nunca recebia apoio interno muito menos externo. Mas Regina aproveitaria o máximo, já que tem em mãos o filho do rei. Só Regina suspeitar de traição que o massacre ao reino de Hubert estará feito.

Não tinha mais o que observar, depois que o treinamento fora ficando mais intenso e Regina sentiu-se exausta. Caminhou até sua penteadeira, acomodou-se na cadeira e deu uns últimos toques no cabelo, na maquiagem pesada e seu fiel escudeiro: o batom vermelho. Sua coleção de vestidos pretos era absurdamente enorme, tendo de todos os tipos, formas, tamanhos, detalhes únicos e um grande degradê de preto. Tecnicamente, preto é sua cor.

Rainha Má usava um de seus vestidos básicos de ficar em casa, sem muitos detalhes extravagantes, mas era divino para uma lady passar o dia em seu quarto sem ninguém para atrapalhar, mas uma risada sarcástica invadiu seu quarto junto com uma nevoa densa que logo desapareceu.

— O que faz aqui Rumple? —Incomodada pergunta.

— Vim tratar de negócios. — Se aproximou mais, perambulando em torno da penteadeira. — Soube que não revidou a dragão, por quê?

— Minha maldição está quase finalizada. Ela estará em um ótimo lugar nesse novo mundo, não é necessário mata-la.

O senhor das trevas depositou suas mãos no ombro da rainha, balançou a cabeça negativamente diversas vezes e produziu um zumbido. Ele estava insatisfeito com a resposta de Regina e faria o impossível para a mesma bater de frente com Malévola.

— Branca se casou, terá um bebê e depois que você atrapalhou a maldição dela, você acha que você perderá alguns soldados e ficará por isso?

Regina hesitou. Passou pela sua cabeça que Malévola esteja aprontando algo mais poderoso que sua magia, algo que pudesse afetar Branca, Príncipe Encantado e sua filha já que a família toda é essencial para sua maldição. Rainha Má também lembrara que a bruxa ameaçou sua maldição e que não terá resultado no futuro próximo. Regina precisa agir o quanto antes, imediatamente. Quem sabe fazer uma aliança.

— Você está certo. — Regina se levantara da cadeira sorrindo maleficamente. — Trocarei de roupa e farei uma viagem.

Príncipe Phillip ficara no castelo de Regina, seguindo ordens de tomar conta enquanto a rainha partira em sua viagem de ultima hora. Phillip selecionou os melhores soldados – que treinava naquele dia – para protegê-la durante todo o percurso. O jovem questionou aonde a rainha iria com tanta urgência, mas a rainha negou responder já que não devia satisfação a ninguém.

A Rainha Má optou por ir de carruagem para o reino de Malévola. Sua carruagem era toda preta, com enfeites acima em forma de uma coroa em cada lado da carruagem. Seus cavalos eram negros e o uniforme do soldados que a seguiam também. Sua viagem durou algumas horas e conseguiu fitar o castelo de Malévola quando se aproximava cada vez mais.

Não demorou muito para Regina estar dentro dos aposentos da bruxa. O corredor principal era enorme e escuro. Regina caminhou até chegar ao fundo do corredor, onde havia três degraus que davam acesso a duas escadas distintas, uma para esquerda e outra a direita. Um caminhar ecoou vindo da escada esquerda e logo Malévola encontrou Regina.

— Ora, ora, ora. Mais que bela visita.

Ambas se entreolharam e Malévola continuou:

— Mas o que devo a honra?

— Achei ofensivo você ir ao meu reino e me ameaçar. Vamos resolver isso.

Malévola sentiu-se surpresa, arqueou uma sobrancelha e abriu um sorriso. Posicionou-se um pé atrás – deixando o outra na frente – em posição de combatem esperando Regina a atacar, mas a rainha má não moveu um músculo.

— Não vou mata-la em seu próprio castelo. Vamos nos tornar aliadas para o bem das duas no futuro que chegará em breve.

STORYBROOKE

Aurora e Mulan corriam contra o tempo para achar Emma Swan. Vasculharam a metade dos cômodos do andar de cima e todos estavam vazios, a maioria até sem móveis. Passando de quarto em quarto, eis que ambas encontraram uma porta trancada. As garotas se entreolharam e deduziram que para estar trancada havia algo para esconder, já que os outros cômodos estavam destrancados.

— Vamos, precisamos abrir. — Aurora empurrava a porta sem sucesso. —A comemoração talvez esteja acabando. Vamos!

— Calma Aurora. — Interrompeu Aurora de se jogar contra a parede novamente. — Vamos usar essa presilha.

Mulan tirou do bolso da sua calça jeans uma presilha, entornou um pouco, colocou na fechadura e girou algumas vezes. Aurora ficou impressionada ao ver o conhecimento de Mulan em abrir fechaduras e lembrou-se das vezes que uma família a adotava e deixava trancada em seu quarto sem poder sair e nem brincar. Sua atenção voltou à garota quando ouviu um barulho da fechadura destrancando, trocaram olhares e entraram no quarto.

A loira passou a mãos nas paredes procurando por um interruptor, mas como não encontrou decidiu segurar a mão de Mulan.

Ao sentir a mão de Aurora agarrando com força a sua, Mulan corou. Não sabia ao certo o que fazer, mas percebeu que Aurora estava deixando a garota decidir o que fazer: entrar no quarto escuro assim mesmo ou sair dali. Seu primeiro passo adiante fora intenso. Ficou com receio que seu pé ecoasse no chão, mas o barulho que produziu não foi provocado pelo seu pé e, sim, pela porta atrás das garotas se fechando brutalmente.

Aurora agarrou-se mais em Mulan, suas mãos e pernas ficaram trêmulas e sua respiração começou a ficar ofegante. Mulan estava assustada um pouco, mas não do jeito que Aurora estava. Sussurrou para Aurora manter a calma e continuaram a andar. Ambas deram poucos passos, mas para Aurora ela já tinha caminhado um campeonato de corrida. Seu desespero fez com que ficasse imobilizada, parando Mulan junto.

— Não quero mais andar. —Sussurrou. — Emma não está aqui.

A luz foi acesa. Os olhos das garotas se arregalaram e ambas viraram para a porta. Aurora ficou boquiaberta, sem saber o que dizer e nem o que fazer.

— Garotas. — Um passo foi dado em direção das meninas. —Ocupadas?

— E-estamos de saída. — Gaguejou. — Desculpa o incômodo.

— Que isso, vamos lá. A noite ainda é uma criança.

Malévola segurou o braço das duas – uma de cada lado – e saíram do quarto, levando para sala de jantar. Perguntou se ambas gostariam de um xicara de chá ou de café, mas nenhuma conseguiu responder, de tanto assustadas estavam. Malévola não poupou sorriso e risadas o caminho todo, estava contente em tê-las em mãos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostados leitores *-*
Não deixe de comentar. Criticas e elogios são bem-vindos.
Até o próximo. :*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Razões Para Amar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.