Hinata's Revenge escrita por Yuki rin, Patty M Lee


Capítulo 12
Fim


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM O ATRASOOOO ;---; Mas foi realmente difícil fazer esse capítulo, passar de algumas partes e tal, e eu ainda fiquei doente (ainda estou, apesar de estar melhor). Mas não se preocupem :D Estou aqui para postar o possível último capítulo para vocês D:D (essa carinha quer dizer que eu não se fico triste ou feliz).
Aproveitem galera, ele está bem grande!



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Hinata’s Revenge

Capítulo 12 – Fim

Uma pequena faísca é capaz de atingir grandes proporções quando não apagada, o fogo vai crescendo e cada vez mais se alastrando, chegando ao ponto de um dia explodir e levar mais destruição por onde passa, deixando marcas irreparáveis para trás.

Marcas profundas que em anos não poderiam se apagar, pois sempre haveria aquela cicatriz, para lembrar, atormentar.

E isso se assemelhava muito com Hinata. Aquela pequena faísca que estava presente em seu coração foi crescendo consideravelmente pelos traumas na infância, as chamas foram a consumindo pouco a pouco, levando à cinzas os traços bons que tinha, os sentimentos que lhe trazia bem estar, lembranças que a faziam reviver momentos felizes e, principalmente, aquelas chamas foram capazes de consumir seus desejos, os seus sonhos, as suas esperanças. Devastou tudo, deixando aquele coração bom apodrecer, tornando-se uma confusão, não deixando trilhar outro rumo a não ser aquele que estava a sua frente, lhe cegando ao ponto de se perder em nela mesma.

Um coração machucado é capaz de muitas coisas, e quando a amargura é alimentada pela tristeza, ela nos impulsiona, faz termos coragem de cometer os mais terríveis dos atos, ela nos motiva.

Captando cada detalhe perceptível a ela, rodeava o local com os olhos chorosos atenta, gravando aquela cena em sua mente, a deixando marcada em seu coração, que a cada minuto que se passava agitava-se ainda mais, como se um enorme nó o esmagasse, subindo-lhe a garganta. As faces cansadas dos shinobis, os muitos corpos mortos ao chão, assim como os feridos que estavam caídos pelos cantos, naquelas ruínas que um dia foi uma linda vila. Constatar aquela visão lhe trazia mal estar, as lembranças dos gritos amedrontados que chegaram aos seus ouvidos assim que chegou em Konoha ecoaram por sua mente, o que no começo lhe trouxe um contentamento por ouvir aquilo, agora a arrepiava, assustando-a por tamanha brutalidade que tudo foi feito.

Diante de seus olhos, presenciou pessoas perdendo a vida, lutando e indo ao limite para se protegerem. Os olhos cheios de lágrimas vinham em seus pensamentos como flashes, fazendo-a reviver todo aquele pavor que espalhou, toda a maldade que cometeu...

Tinha sido um monstro.

Assim como aquele que um dia tanto julgou, tinha sido igual a ele, ido além daquela maldade, machucado pessoas, pessoas indefesas, e por mais que muitas delas houvessem a ferido com um simples olhar ou palavras, deveria ter deixado a vida se encarregar de fazer a justiça.

Ingênua foi ao pensar que passar por cima deles iria apagar as marcas profundas em seu peito, as cicatrizes que não a deixavam esquecer toda a mágoa, ressentimento e dor pelo qual passou.

Doía ainda mais a sensação de ser a culpada por algo tão desastroso, era insuportável.

— Tornou-se um deles novamente, Hinata? — Ouviu alguém sussurrar atrás de si, obrigando-a a virar se para encarar o portador daquela voz.

— Pain... — Murmurou com a expressão séria.

Olhando de lado onde Naruto estava, pôde ver que alguns ninjas cercavam o protegendo e Sakura, agachada ao lado dele, o curava, em suas mãos uma camada esverdeada que era concentrada bem no local atingido, enquanto removia a estaca de metal. Os suspiros agoniados de Naruto chegavam a ela, a careta de dor do mesmo a deixava preocupada. Encarando o líder da Akatsuki novamente, analisou a postura calma dele, tão calma como se não tivesse presenciando tal ocorrido, como se ele não estivesse ali, a face branquíssima como flocos de neve, a lembrava de defunto pela falta de cor.

— Entreguem-me o jinchuuriki e não causarei nada a mais a essa vila. — Pain disse olhando friamente os shinobis na sua frente, em especial a Hinata, sua antiga aliada, pelo que podia perceber. — Em seus olhos eu percebo que já vivenciou o pior da vida. — Era notável a dor que Hinata sentia, e que, agora, parece triplicar, podendo ver o que causou a sua vila...

Arregalando os olhos, a kunoichi foi absorvendo as palavras direcionadas a ela, como se ele desvendasse a si somente com aquele olhar, podendo ver os sentimentos que um dia tanto reprimiu. Estar exposta daquilo a deixava sem reação.

— Assim como eu, você provou o pior que a humanidade tinha a lhe oferecer, olhe! — Apontou com o dedo ao redor de ambos. — Isso nunca irá acabar, essa guerra, a dor irá cada vez mais se alastrar, e chegara em um ponto insustentável. A mim isso tornou-se insustentável. — Frisou, dando um passo à frente se aproximando de Hinata. — Após ver diante de mim meus pais morrerem por causa dessa terrível guerra, dessa busca incessante por domínio, poder...

Com a cabeça baixa, Hinata pensou nas palavras do homem à sua frente, o tom neutro consistia em ter uma pontada de emoção a ela, indecifrável. A forma que ele falava mexia consigo, fazendo-a pensar em toda trajetória de sua vida, no ponto em que havia chegado, o compreendia, e, de certa forma, até concordava. Muitas batalhas no mundo ninja eram travadas, pessoas mesquinhas em busca de poder, e isso resultava em mortes, afinal, um lado tinha que perder para haver um vencedor.

— E serei eu quem acabará com isso, trarei a tão desejada paz. — Contemplou o céu enegrecido. — Imagine viver em um mundo sem guerras, mortes, sem dor... Criarei a maior e mais poderosa arma do mundo, com isso, realizarei essa vontade. Me basta entregar o jinchuuriki. — Baixou o olhar encarando Hinata.

O murmuro no local começou a soar. Os shinobis ali exibiam as faces chocadas com as palavras proferidas pelo nukenin. A revolta pouco a pouco foi tomando cada um deles.

Voltando aos poucos ao consciente, ainda sentia a dor queimar cada canto de seu corpo, e na menção de fazer algum movimento, parou subitamente sendo imobilizado pela kunoichi que o curava, encarou os olhos esverdeados, a aflição que ela sentia era perceptível. Queria pedir para deixá-lo ir, queria ver novamente Hinata, saber o que estava fazendo na vila e mesmo que seu peito agitasse com aquilo, lhe vinha certo receio ao poder descobrir que ela poderia ter feito aquilo, sequer gostaria de pensar em algo do tipo. Gostaria de acabar com aquele invasor, arrancar-lhe um pedido de misericórdia, o fazer desculpar-se pelo mal causado a vila, e mesmo que todas infinitas desculpas que desse nada, absolutamente nada e nem nenhuma iria o redimir por tal ato.

Reunindo força, inspirou profundamente e numa careta, ignorando totalmente a dor que sentiu pelo movimento, levantou um tanto a cabeça, flexionando o peito, a ardência multiplicava ao passar dos segundos, mas a ignorava dando mais atenção ao que acontecia além de si, e por mais que os corpos de seus amigos estivessem na sua frente e o atrapalhasse de enxergar direito, ainda sim podia ver Hinata ereta a alguns metros de si.

— Não se mexa, idiota! — Sakura resmungou a ele. — Por sorte, a estaca não atingiu os órgãos vitais, por mais que esteja raspando por centímetros... — A voz da kunoichi continha um tom de alívio num misto com preocupação. — Quieto. — Ordenou, querendo de uma vez por todas acabar com aquele procedimento. A agitação do amigo a atrapalhava.

Olhando sobre o ombro, a kunoichi encarou Hinata, aquela que sempre teve seu desagrado, e ainda tinha. Ainda mais por tudo que suspeitava que ela havia feito, pelos murmúrios dos shinobis que ouviu assim que entrou na vila. Sentia-se raivosa, preocupada... Era muito sobre si, ainda mais ao analisar o estado crítico de Naruto, que por mais que não corresse perigo, ainda sim havia se machucado.

O suspiro sôfrego chegou a seus ouvidos, desviando a atenção de Pain, voltou a cabeça para trás, olhando diretamente a Naruto, percebeu o olhar duro de Sakura sobre ela, o olhar acusatório. Nas mãos da kunoichi uma estaca de metal, e pela arma o sangue de Naruto lhe deixava aflita, mas ao mesmo tempo aliviada. Por ver o mesmo ali resmungando de dor.

Ele havia sido atingido por sua culpa. Mesmo indiretamente, causava mal às pessoas perto a si, ao seu otou-sama, e por mais que naquele momento não soubesse dizer se pôde ou não perdoa-lo, ver ele naquela situação lastimável que presenciou a instantes a trás, lhe deixava eufórica.

Assim como um ser humano, errou tanto, sofreu mais do que devia, sentiu raiva, quis vingança, fez tantas coisas incertas... Foram muitos erros, tropeços da vida, e tudo aquilo havia formado aquela mulher que era naquele momento, forte... Lhe faltava algo em seu peito, para lhe preencher, como era anos atrás. Aquela alegria que sentia ao lado daquele que, agora, encarava. E ver o mesmo direcionar o intenso olhar sobre ela, a deixava arrepiada, como se ondas de choque a invadissem, deixando-a hipnotizada nas orbes safiras brilhantes.

— Eu... — Disse incerta, ainda encarando Naruto. — Acredito que chegará um dia em que as pessoas entenderão uns aos outros. — Olhou séria para Pain. — É nisso que acredito.

— Não seja tola. — Grunhiu Pain.

— Se ousar novamente referir-se à ela assim... — Disse Naruto furioso com os olhos safiras semicerrados, surgindo de súbito ao lado de Hinata, fazendo a mesma o encarar no mesmo instante, assim como Pain.

Seu peito se aquecia somente com a presença dele, bem ali, ao seu lado. A proteção, nostálgica, que ele sempre teve por ela estava presente novamente, como se nunca ambos houvessem se separado. Se sentia segura ao lado de Naruto, bastava somente a presença dele, para saber que nada aconteceria consigo, por mais que soubesse se defender, era reconfortante. Queria perguntar à ele se tinha ideia que ela havia contribuído com aquela destruição em Konoha, se ele havia a perdoado...

— Eu dei uma chance a vocês, sendo assim, o capturarei a força! — Falou Pain, num salto para trás, ficou a muitos metros dos poucos ninjas, encarando-os sem emoção.

Por um momento, Pain parecia extremamente concentrado e, de súbito, uma grande cabeça cercada por chamas roxas brotou do chão, e da boca saiu os outros cinco caminhos de Pain. Tendō ofegou um pouco e se manteve na retaguarda, parecendo estar fraco, enquanto os outros tomavam suas posições de batalha. No entanto, Jigokudō, que possuía habilidades únicas, assim como os outros, se manteve atrás de Tendō, protegendo-o.

Após o choque inicial, a face de Naruto tornou-se séria, olhando de lado para Hinata, que estava ao seu lado, pôde contemplar a beleza quase sobrenatural que ela tinha, a feição decidida que transmitia a ele tranquilidade, pois sabia que ao lado dela, tudo poderia. Com o braço estendido ao lado do corpo, levou sua mão até a dela, segurando-a, apreciando a pele macia, o calor que dela exalava, apertou a mão dela e sentiu a mesma retribuir o gesto, e somente aquilo bastou para fazê-lo esboçar um mínimo sorriso, feliz.

— Hinata, vamos! — Ao redor de sua pele, um camada amarelada começou a surgir, cobrindo por inteiro, assim como em Hinata, mas com a coloração arroxeada. Onde ambas se misturavam, tornava-se num rosa.

— Hai! — Assentiu. Olhando os seus antigos companheiros e agora inimigos virem em direção a eles, atacando.

~xXx~

Confuso, era assim que se sentia. Um turbilhões de pensamentos rodeava sua mente, a preocupação lhe apertava o peito, a angustia o corroía por dentro, mas acima de tudo, estava cansado, cansado de tudo aquilo, a exaustão deixava sua pernas latejando, cansado daquela invasão, dos ataques. Ver diante dele pessoas feridas, cansadas igual ele, mortas... E, principalmente, ela.

Se lhe perguntassem, não saberia responder quando se apaixonou por ela, foi tudo de repente, em um momento gostava de atormenta-la, no outro, sentia o peito ir a mil somente ao vê-la, o jeito explosivo que ela tinha o encantava, a dedicação que mantinha em seu posto lhe fascinava, até seus defeitos, que eram tantos, e cada um deles foram capazes de lhe deixar assim, bobo. Um bobo apaixonado. Embora guardasse aquele sentimento somente consigo, era inevitável disfarçar aquele amor, pois bastasse ela lhe dirigir um olhar, aquele lindos olhos cor de mel, que suas armaduras caíam, tão rápido. Sorria a toa por lembrar momentos entre eles, como no decorrer de anos, os vários monstruosos cascudos que levou por admira-la, um tanto quanto babando, a bela comissão de frente que possuía. Foram tantos momentos juntos, ao mesmo tempo, tão longe.

E agora estava tudo tão estranho. Saber que o atual estado dela lhe deixava mal, o tamanho ódio que apossou de si ao ver ela naquela maca, morta, arrancou-lhe várias lágrimas que tanto custou segurar. Ter a consciência que ela se foi sem saber de seus sentimentos o atormentava.

Nas muitas conversas que ambos tiveram, Tsunade sempre fez questão de deixar claro que morria por Konoha, para salvar a vila, um habitante, qualquer um. E aquela triste realidade que presenciava o machucava.

Naquele momento, saltava por entre as florestas de Konoha, veloz, na busca pelo culpado de toda a ruína de Konoha, da sua ruína.

Após uma conversa com Inoichi Yamanaka, foi descoberto que os diferentes Pains que causavam a destruição na vila eram controlados. E segundo o mesmo, após invadir a mente de uns dos inimigos, foi descoberto tudo por trás daquele ataque, seguiria algo em proporções assustadoras ao universo ninja.

Como muitos receptores de chakra espalhados pelos corpos dos Pains eram controlados, sabendo que o cabeça estava perto, os ninjas de Konoha faziam uma varredura nos picos mais altos de montanhas, e era justamente para um em especial que Jiraiya seguia o percurso. Estando no modo sennin, mesmo incompleto, podia sentir os chakras de qualquer pessoa.

E sentiu o dele, os deles. E era justamente para lá que ia, em direção aos seus pupilos no alto da montanha, a poucos metros dele.

~xXx~

Há muitos minutos a luta já havia se iniciado e bastaram somente esses minutos para descobrirem os segredos que rodeavam os seis Pains com quem lutavam.

Ambos estavam ofegantes, principalmente Hinata, que há muito tempo estava lutando, embora naquele momento estivesse ao lado certo, e ter a certeza disso, lhe dava ainda mais força para prosseguir. As palavras de Hamura ecoavam por sua mente, a deixando aliviada por ver Naruto correndo na sua frente lhe batia um vontade enorme de fazer o certo, protegê-lo de tudo e de todos, assim como muitas vezes ele fez consigo.

Com isso em sua mente, deixou os enorme leões gêmeos formarem-se em seus punhos num tamanho descomunal, tomando seus braços, a coloração arroxeada era como chamas, queimando-os. Analisou os passos decididos que Naruto dava em direção aos inimigos, enquanto ele corria, sua mão estava erguida em direção ao céu estrelado, com a palma deitada. Um mínimo poder esbranquiçado foi surgindo, e com o passar dos segundos, crescendo monstruosamente, formando uma enorme shuriken de chakra que rodopiava sob sua mão. Era linda, observou Hinata, encantada com a técnica.

Enquanto Naruto foi em direção ao primeiro ninja mais gorducho que concentrava-se a frente, naquela formação que estavam, Hinata correu em direção a uma mulher, igualmente estranha que, como os outros, possuía cabelos alaranjados vibrantes. A kunoichi saltou em direção ao céu, parcialmente perto uma da outra, Hinata se pôs a tentar golpeá-la entre socos e chutes, mas para sua frustração, a inimiga escapava agilmente, sem nenhuma dificuldade. Com a queda que teve, caiu com os joelhos flexionados ao chão, encarando a kunoichi que, ainda ao céu, conjugava várias invocações de animais enormes que por entre nuvens de fumaça surgiam, e buscava ataca-la, obrigando-a a escapar para não ser atingida.

Enquanto desviava dos ataques, voltou sua atenção a Naruto, que por intermédio do seu Byakugan, fora facilmente localizado e, para sua preocupação, o encontrou preso pelos braços do ninja que a pouco tempo atacava. Pela circulação de chakra, pode notar que estava sendo sugado. Aflita, se pôs a correr em direção a ele, mas o mesmo assentiu olhando-a, como se dissesse que estava tudo bem, o pequeno sorriso que esboçava em sua direção a tranquilizou.

— Kuchiyose no Jutsu. — Invocou Hinata. Sentindo-se subitamente mais desgastada pelo uso enorme de chakra pela invocação.

Aos ouvidos dos espectadores que acompanhavam aquela luta, o rugido feroz foi ouvido. Byakko então se pôs a deter os animais, que igualavam seu tamanho. Com destreza, os apunhalavas com as patas da frente.

"Byakko, cuide deles." Comunicou-se com ele por telepatia.

Seus olhos perolados vagaram novamente por aquele espaço procurando por Naruto, era impossível não se sentir preocupada, mesmo tendo a consciência que ele era forte. Após uns segundos, o encontrou acima de um sapo gigante, com um suspiro aliviado, correu em direção a ele, mas, subitamente, um dos ninjas inimigos com a feição monstruosa surgiu em sua frente, uma espécie de humanoide careca. Dando uns passos para trás, foi afastando-se devagar, sendo seguida por ele. Uma espécie de míssil surgiu acima de seu ombro, mirando em sua direção. Estática no mesmo local, não conseguia mover suas pernas, como se algo a mantivesse presa naquele lugar, impossibilitando-a de qualquer ato para defender-se, pelo cantos dos olhos, mirou Pain e viu que ele apontava o braço em sua direção, prendendo-a.

Ofegante, observava o corpo do membro da Akatsuki ao chão, com a ajuda de Gamakichi pôde derrota-lo. As habilidades dos adversários em compartilhar uns com os outros o que viam atrapalhava no êxito em derrota-los, pois sempre escapavam com facilidade. Quando preso pelos braços do Akatsuki mais gorducho instantes atrás, não pôde mover-se pela força brutal que o mesmo tinha, naquele momento, a dor ao peito pela perfuração ainda o incomodava e que, graças a Kurama, pode regenerar-se rápido com o chakra dela, então ficou impossível escapar das garras dele. E como se uma luz surgisse em sua mente, lembrou-se dos ensinamentos que teve quando foi ao Monte Myōboku para aprender o modo sennin, com base na energia da natureza. As palavras daquele que o ensinou ecoaram por sua mente e, com isso, achou a saída perfeita para aquele Akatsuki, que no final, acabou transformado numa estátua de sapo. Até riria da cara feia que o inimigo ficou se não fosse pela situação que estavam.

Assim que foi solto, invocou seu sapo gigantesco, e juntos combinaram de impossibilitar os Pains de compartilhar as visões uns com os outros. Usando o tamanho de seu sapo seria fácil, o que de fato foi. Com o chakra de Kurama em volta a si, e no modo sennin, se movia muito ágil, sua força muito acima do normal, e mesmo seu oponente tendo uma forca descomunal, ainda sim fora fácil vencê-lo, junto de sua técnica que havia aprendido junto de sensei, que tamanho o impacto pelo auto poder de destruição, havia explodido na barriga do adversário, fazendo voar longe de si e, claro, fez questão de verificar o óbvio.

Sendo disperso dos pensamentos, olhou em direção ao enorme animal semelhante a um leão, na cor azulado, que lutava com panda gigante, que conheceu ser do inimigo.

— Ajude-o!! — Pediu Naruto à Gamakichi. Vendo o mesmo no mesmo instante sair pulando com uma espécie de espaço nas garras.

Algo além deles atraiu sua atenção, atônito, percebeu Hinata parada a frente do inimigo, o mesmo apontando em direção a ela explosivos. Rápido, correu em direção a ambos, invocando dois Kage Bunshins, ainda em movimento, com auxílio dos clones, Naruto criou um Rasenshuriken e, por estar usando o chakra da Kurama, a técnica ganhou um aspecto vermelho transparente. Indo em direção a inimigo, observou Hinata olhar para ele pelo cantos dos olhos, assim como o inimigo. Do nada, um barulho ensurdecedor ecoou pelo local, um tremor na terra desequilibrou-o, pôde ver o ninja na sua frente oscilar um tanto, aproveitando que o mesmo parecia um tanto confuso, desferiu a técnica bem ao corpo dele, destruindo-o de imediato pelo poder avassalador, pôde ver a cabeça dele rolar pelo chão. Preocupado, olhou para Hinata caída ao chão.

— Ei. — Chamou tocando o rosto dela. As poucos, foi abrindo os olhos, encarando a feição preocupada de Naruto a ela. A respiração desregulada dela soprava sob sua face. — Você está bem? — Sussurrou a ela.

— Eu não mereço isso... — Murmurou fechando os olhos. — N-não depois de tudo que eu fiz. — Encarou-o, aos poucos, sua visão foi ficando embaçada pelas poucas lágrimas acumuladas.

Ver ele ali, tão perto de si, preocupado com seu bem estar, a lembrava que não merecia aquilo, não depois de tudo que havia feito. Mesmo querendo se redimir, ajudando-os a vencer o inimigos, aquilo não era nada. Nada comparado ao que ela havia feito, de certa forma, nem ali, ao lado dele deveria estar, mesmo sentindo-se tão bem acolhida, tão bem ao lado dele.

— Não diz isso... — A voz saiu mais rouca que o normal.

Olhou-a, querendo somente com aquilo transmitir todo o sentimento que sentia por ela, com isso, levou a mão direita até a face dela, apreciando a textura suave que tinha, com o polegar, acariciou a bochecha avermelhada até chegar ao lábios dela, rodeando suavemente, querendo gravar cada traço, detalhes da boca entreaberta. Engolindo em seco, umedeceu seu lábios, a vontade de provar os lábios dela crescia cada vez mais, descendo aos poucos a cabeça, aproximou devagar de Hinata, podendo apreciar a mesma fechar os olhos, corada, esperando-o.

— Naruto, seu idiota! — Sakura gritou, deixando-o assustado, fazendo ele virar a cabeça e olhar a ela rapidamente, assim como Hinata.

Contrariado, Naruto levantou-se com as bocheches coradas, estendendo a mão a Hinata, ajudou ela a se levantar. Ambos estavam envergonhados e olhavam em direção diferentes. O coração de Hinata ainda batia acelerado pela aproximação deles dois.

— Vocês vão ficar aí? — Perguntou a kunoichi, achando graça da situação. — Precisamos detê-los!

— Hai! — Confirmaram ambos. — Venha Hinata... — Pegou-a pelo braço, todo desajeitado, arrastando-a para longe dali.

A metros de distância, pôde ver seus amigos lutando juntos para deter os inimigos. Trabalhando em equipe, haviam conseguindo derrotar mais um dos Pains, a mulher que invocava animais, com sua derrota, as invocações também haviam desaparecido.

"O verdadeiro não está entre eles. Jiraiya neste momento está seguindo em direção ao mesmo, ao que me parece, este era seu pupilo. Como vocês já sabem, eles compartilham uns com os outros a mesma visão, com isso, é quase impossível serem acertados. Busquem atrapalhar a visão deles. Ainda tem dois, pelas informações que tenho, um deles, o que se intitula como líder, de cabelos rebeldes, tem o poder de manipular as forças atrativas e repulsivas, como a gravidade, o outro é capaz de reviver todos os outros. Tomem cuidado." A voz de Inoichi soou pela mente de todos os shinobis concentrados no local onde os inimigos estavam concentrados. Atento no que o mesmo disse, Naruto olhou Hinata em interrogativo, a mesma assentiu a ele, confirmando que também havia escutado.

Determinados, seguiram em direção ao resto do grupo, tão logo juntando-se a eles.

— Isso é comigo. — Naruto deu um passo ficando à frente dos demais, que lhe olhavam confiantes. Ao seu lado, Hinata estava séria.

Olhando um para o outro, sorriram. Ambos colocaram as mãos a frente do peito, em selos extremamente iguais. Olhando pelo cantos dos olhos, percebeu que também era observado por Hinata, sorriu a ela, tão logo ficando sério novamente.

— Tajuu Kage Bunshin no Jutsu! — Centenas de clones tanto de Naruto, quanto de Hinata surgiram no local. A frente, eles, liderando-os.

Nos clones de Naruto, dois Kage Bunshin os auxiliava, enquanto um terceiro clone segurava o Ōdama Rasengan, a técnica possuía o aspecto referente a cor do chakra normal, mas seu tamanho é o triplo do Rasengan comum, assim como o poder destrutivo era muito maior. Enquanto isso, os Kage Bunshin de Hinata tomavam a distância do algo que estava a metros deles, concentrava uma grande quantidade de chakra em uma de suas mãos, executando a mudança elemental de chakra para a natureza de Raiton, tão logo tornou-se um mediana esfera, dela saía faíscas de raios. Então correram em direção aos inimigos.

— Ōdama Rasengan!

— Chidori!

Gritaram ambos em uníssono, atacando os Akatsuki, batendo de frente com suas técnicas. Um longo e ensurdecedor som surgiu assim que entraram ambos em contatos. A fumaça tomou conta do local, assim como a poeira, que aos poucos, tomou o céu. O barulho dos clones sendo desfeitos ressoaram, assim como os gritos, não de dor, mas de motivação a seguir em frente. Aos o que observavam a sequência, viram diante de seus olhos muitos dos clones de Naruto e Hinata serem jogados para longe, pela técnica eficaz que Tendō possuía da gravidade, não deixando ninguém encostar em si. Mas toda técnica havia sempre um ponto fraco, e com a sua não era diferente, pois, após usá-la, ficaria impossibilitado por alguns segundos de usar qualquer outra.

E mesmo o Akatsuki sendo incrivelmente forte, nem ele daria conta da montanha de Kage Bunshin que ainda o atacava. Após diminuir consideravelmente a quantidade de clones que vinham em sua direção e a de Jigokudō, ele se viu sem poder para se defender dos ataques.

Ficando os dois Akatsuki de costas, Nagato viu pelo olhos deles, tanto Naruto quanto Hinata indo em direção de ambos. A colisão certeira causou um grande impacto, e assim, uma avassaladora explosão surgiu diante dos olhos safiras e perolados, o enorme poder não podendo expandir para os lados, pelas pressão que ambos os ninjas faziam, expandiu para cima, formando um reto que seguia além das nuvens, das estrelas, clareando o céu pelo tom azulado daquele intenso poder.

Ambos não podendo aguentar a pressão em suas mãos, tanto pelo cansaço que os consumiam quanto pelo uso exagerado de chakra pela técnica. Sentiram seus corpos serem jogados para direções apostas com brutalidade, fazendo-os rolar pelo chão até perder a velocidade.

Com os olhos perolados semicerrados, quase fechando, ainda pôde apreciar o céu estrelado da noite, sentia todo seu corpo dolorido. O tumulto era ouvido, parecia estar distante, as falas não era compreendidas por ela. Tentou levantar a cabeça e olhar ao seu redor, mas seus músculos não obedeciam suas ordens. Vagando o olhar ao seu redor, viu vários shinobis sorrindo, outros choravam, alguns caídos ao chão, igual a ela, outros de joelhos, ao que lhe parecia, rezando. Tudo era captado aos mínimos detalhes por seus olhos, a energia leve que havia se instaurado do nada ali deixava sua pele arrepiada. O vento passou por Hinata, causando um pequeno tremor nela, de seus olhos, pequenas lágrimas começaram a escorrer, o choro cada vez tornando-se mais forte, fazendo as lágrimas molharem sua face e soluços escaparem de sua garganta.

Estava tudo bem, não estava? Seu peito se apertava cada vez mais, ao pensar no que seria de seu futuro, depois de tudo, de se dar conta da boba que havia sido. Seu coração saltava frenético por pensar em sair de perto dele. Era o certo, não era? Justo no momento em que deixou aquele amor que nutriu por ele há anos preencher seu coração novamente. Pôde apreciar a presença dele ao seu lado e, novamente, deixar se perder nos sorrisos que só ele tinha, a sensação plena de felicidade que somente ao lado dele teve. Aquilo era o suficiente, não é? Ter passado tudo com ele, ter gravado tudo em mínimos detalhes, deixando marcado em sua mente. Para poder lembrar um dia.

De uma coisa tinha certeza.

Sempre o amaria.

Seus sorrisos, o jeito bobo e determinado. Os olhos safiras, os mais lindos que um dia já havia visto. Tudo nele era apreciado por ela, e o amava justamente por aquilo, por aquele jeito único.

Sorriu. Feliz. Um feliz triste. Feliz pelas memórias, pelo amor incondicional que nutria por ele, um sentimento puro, que foi capaz de mostrar-lhe o rumo certo, capaz de clarear seu coração quando o mesmo estava escuro, perdido em sentimentos que a tornava ruim. Triste por deixa-lo. Konoha não era mais o seu lugar, não depois de tudo.

Levando a mão ao rosto, secou as lágrimas, que ainda escorria por seus olhos. Não se permitiria ficar triste por partir, deveria ficar feliz, por ter passado mais um tempo ao lado dele, era nisso que sua mente insistia. Mas seu coração era tolo, não a obedecia, afinal, nele ela não poderia mandar.

Um suspiro cansado atraiu sua atenção, o som de algo arrastando-se obrigou Hinata a olhar na direção. Seus olhos se encheram de lágrimas novamente ao ver Naruto se arrastando pelo chão ao encontro dela, sua feição era cansada, mas o mesmo mantinha um grande sorriso no rosto, os olhos brilhavam, felizes, olhando-a.

Quando enfim alcançou ela, deitou ao seu lado, ambos olhavam ao céu, apreciando a presença um do outro.

De repente, uma enorme invocação apareceu perto a eles, causando a surpresa de todos. De onde estava, puderam ver o enorme objeto abrir a boca, e dela sair várias luzes verdes espalhando-se pelos mais diversos lugares, inclusive perto deles dois. Reunindo forças, ergueram-se, ficando sentados e viraram os corpos, olhando para trás na direção em que aquelas luzes iam. Não muito distante deles, havia um corpo de um shinobi morto em combate, aquela luz esverdeada, se perdeu dentro do corpo do ninja, e do nada, o ninja se mexeu, voltando a vida.

Não acreditando no que eles viam, largos sorrisos formaram-se nas faces de ambos e, ao poucos, foram virando as faces, um de encontro ao outro, até por fim, se encararem.

— Acabou... — Sussurrou Naruto. Levantando a mão, pondo uma mecha do cabelo de Hinata atrás da orelha.

— Naruto e-eu... — Ofegou pela proximidade deles. — Eu não posso ficar...

Interrompeu tapando lábios dela. Olhando-a diretamente, fez um carinho nos lábios chamativos, escorregou a mão, segurando-a pelo queixo. — Eu sei o que vai falar, mas... Nunca mais deixarei sair do meu lado, e mesmo que insista, eu irei contigo. — Aproximou os rostos, sentindo a respiração dela bater contra sua face. — Porque... Eu te amo Hinata.

Não eram mais necessárias palavras ali, apenas pelo o olhar, refletia o amor que um sentia pelo outro. Num contato que tanto ansiou, Naruto tomou os lábios de Hinata, beijando-a com fervor, experimentando o gosto adocicado da boca dela, por entre o beijo, sorriram, abrindo os olhos se encararam, em suas orbes denunciava toda a alegria que sentiam, com os braços, Naruto a trouxe para mais perto a ele, abraçando-a com carinho, acariciou os cabelos negros azulados.

Podia escutar o coração dele bater acelerado contra seu ouvido, o aconchego dos braços fortes dele em volta a sua cintura, lhe trazia conforto. Naquele momento, não desejou estar em nenhum outro lugar, a não ser ao lado de Naruto. Porque ao lado dele...

Ela se sentia completa.


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Notas finais do capítulo

Não sei nem o que dizer galera, nunca cheguei num ponto final de fic shuahsaushaushuahsahshasuh Mas não se preocupem, suspeito que temos mais uns planinhos pra essa fic, e com certeza para outras ;) Iremos voltar!
Agradeceríamos que nos dissessem o que acharam da fic! Agora que ela aparentemente acabou, seria muito legal ver um comentário à respeito dela :)
Até a próxima genteee!!



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