A garota que eu amo me odeia escrita por Lailla


Capítulo 6
Uma tarde de emoções


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, esse é cheio de emoções mesmo e muitas dúvidas vão surgir na cabeça de vocês 'kkkkk



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Depois do último jogo das preliminares, as meninas estavam indo para o vestiário. Elas comemoravam pulando em cima uma das outras. Naname olhava para trás sorrindo, indo na frente. Quando ela abriu a porta do vestiário delas, viu garotos. Apertou os olhos reconhecendo-os e recuou um passo vendo o número na porta. Era o número do vestiário delas, não estava errado!

– O que...

– Nana-chan! – Mariko correu – Vamos sair, Hayato vai pagar! – Ela abriu um sorriso.

Nana a olhou e virou a cabeça de volta para os garotos. Mariko os olhou e arregalou os olhos.

– Eles... – Mariko gaguejava – São eles...!

– Hai. – Naname cantarolou olhando para ela.

Mariko estava paralisada. Aomine estava no banco ao lado e puxou Nana fazendo-a sentar em seu colo.

– Yo.

– Hum! – Ela se sacudiu tentando sair de cima dele. Ele a fez sentar ao seu lado.

As outras meninas correram rindo para lá e deram de cara com Mariko. Olharam para onde ela olhava e acabaram ficando do mesmo jeito que ela. Kuroko tentou acordá-las com “Foi um bom jogo” sem expressão, mas não adiantou.

Midorima levantou e foi até Mariko.

– Prazer.

– Eu...

– Akemi Mariko, ne?

– Hai...

– Fala alguma coisa! – Sakura a balançava.

– Prazer...! – Ela praticamente gemeu ficando cada vez mais vermelha, olhando para aqueles olhos verdes.

– Ano... – Emi disse – O que estão fazendo aqui?

– Nós vimos o jogo de vocês. – Kise disse, fitando Aiko.

Ela estava atrás das meninas e se escondeu mais quando percebeu que ele a olhava.

– Precisam trabalhar mais suas habilidades, mas jogam bem. – Akashi disse fitando todas elas até fitar Hana, que estava corada por estar no mesmo cômodo que ele.

Mureni fitou Murasakibara e Nana percebeu, dando um risinho malicioso. Aomine deu uma cutucada de leve na testa dela e ela deu um tapa em sua mão.

– Vamos sair.

– Não.

Aomine fez cara de tédio. Kagami riu e Daiki o fuzilou.

– Vai logo. – Ele levantou puxando Nana pelo braço.

– Oe... Quem você pensa que é?!

– Anda logo! – Daiki a pegou no colo e a levou até o chuveiro.

Todos os olhavam, surpresos e pasmos. Midorima pôs a mão na testa, ele conversara com Aomine sobre aquilo!

– Hentai!

– Quer que eu tire sua roupa também?!

Depois do que ele disse, Aomine saiu correndo do chuveiro com um tênis voando logo atrás dele.

– Ano... Sumimasen, mas... – Hana dizia corada – A gente quer tomar banho.

– Hum? Hai! Perdão. – Akashi disse – Vamos. Quando elas terminarem nós damos os parabéns. – Ele disse dando um meio sorriso para Hana.

Todos saíram. Kise fitava Aiko que estava com o rosto vermelho em contraste de seu cabelo azul. Murasakibara olhava Mureni dos pés a cabeço, mexendo o pirulito que estava em sua boca. Depois que eles saíram, Hare fechou a porta já que nenhuma delas conseguia.

– Oe, Mariko? – Ela tentava “reanimar” Mariko, que ainda estava estática.

– Como...? Por que...?

– Não faço ideia. Mas eles estão aqui. – Hare riu.

– Ahhh...! Aproveitem! – Emi disse.

– Isso é fácil pra você falar. – Aiko protestou – Quem você gosta não estava aqui!

Emi deu de ombros.

– Ok, pessoal. Se acalmem. – Sakura disse – Vamos tomar um banho. Eles só querem nos dar parabéns. Ne?

Todas assentiram e o fizeram.

...

Quando todas saíram arrumadas do estádio, os meninos esperavam do lado de fora. Naname fez cara de tédio ao ver Aomine. Ele levantou e vou até ela.

– Vamos. – Ele disse pegando a mão dela.

– O que?

– Sair.

Daiki a puxou e eles foram embora enquanto os outros os olhavam se afastar. Um braço puxava Nana e o outro segurava sua mochila. Aiko quis rir, mas corou de novo ao ver Kise a fitando sem parar.

– Yo. – Kagami disse chegando.

– Atrasado. – Akashi disse.

– Gomen. Riko estava enchendo o saco no telefone marcando os treinos. E aí?

– Íamos dar os parabéns a elas e chamar pra sair.

– Hum! Nani? – Hana exclamou.

Akashi a fitou com aqueles olhos. Ela abaixou a cabeça.

– Ano, agradecemos, mas o nosso treinador... – Mariko dizia.

– Vocês podem ir. Na próxima vitória a gente comemora. – Hayato disse logo atrás delas, assustando-as.

– Então pra você não ficar sozinho a gente vai junto, ne Sakura? – Emi disse apertando as bochechas de Katsuo. Ele sacudiu as mãos e pôs a mão na bochecha.

– É. – Sakura riu dando de ombros – A gente sobrou mesmo.

– Também vou. – Seikori deu de ombros.

Hayato riu.

– Então, vamos. Querem ir pra onde?

Elas pensaram se entreolhando.

– Pizza! – Disseram em coro rindo.

Hayato se despediu dos outros e as três correram na frente. Kise levantou e sorriu para as meninas.

– E vocês? Querem ir pra onde?

– Vamos para aquela sorveteria. – Midorima disse.

– Vamos, vamos! – Momoi pulava segurando o braço de Kuroko.

– Ok. – Tetsuya disse.

– Eu não quero ir na sorveteria. Depois encontro com vocês. – Akashi disse.

– Eu também não. – Murasakibara disse – Ne, vamos. – Ele disse a Mureni.

Ela foi pega de surpresa, foi com ele de cabeça baixa e envergonha. Eles nem tinham se apresentado! Akashi olhou para Hana.

– Vamos?

– Hum... – Ela abria a boca para falar algo.

– Vai rosinha! – Aiko cochichou.

– Cala a boca. – Hana murmurou.

Ela olhou para Akashi e assentiu com a cabeça indo com ele. Quando chegaram na calçada um carro luxuoso veio buscá-los. Hana o olhou e ele assentiu com a cabeça. Os dois entraram e o carro foi embora.

– Sugoii... – Aiko disse.

– Vamos? Também consigo um carro. – Kise disse pondo o braço ao redor dela.

– Prefiro só um sorvete. – Ela deu uma risadinha.

– Vamos Kise. – Midorima disse já na calçada com Mariko do seu lado.

– Onde está Hare? – Aiko perguntou.

– Não viu? – Mariko disse quando eles se aproximaram – Ela foi embora com Kagami-kun.

– Hum... – Aiko cantarolou sorrindo maliciosamente – Nem avisaram a gente.

Mariko riu. Midorima olhou para ela, observando seu sorriso.

Murasakibara saiu com Mureni, Akashi com Hana e Midorima, Kise e Kuroro com Mariko, Aiko e Momoi. Momoi sorria o tempo todo, as outras se entreolhavam a cada minuto se perguntando como aquilo estava acontecendo.

...

Aomine e Naname estavam no parque. Ela estava sentada no banco, terminando de comer seu sorvete, e ele sentado no encosto vendo-a comer. Já comera seu sorvete a muito tempo.

– Não vai comprar outro? – Nana perguntou.

– Pra você fugir?

Ela deu de ombros. Tinha pensando nisso, mas achou que ele a seguiria, como sempre.

– Vamos. – Daiki disse vendo que ela terminara.

– Onde?

– Você vai ver.

Ela foi com ele. Chegaram num parque e Daiki continuou a andar, Nana pensou que eles estavam passeando até ele entrar com ela numa quadra. Ela cruzou os braços e o fitou.

– Eu não vou jogar com você.

– Vai sim. – Ele sorriu.

– Nem temos uma bola.

– Por que você acha que eu estou de mochila? – Ele disse abrindo-a e tirando uma bola de basquete.

Ela fez cara de tédio.

– Vamos. – Ele quicava a bola.

Ela revirou os olhos e se escorou na grade.

– Não quero jogar com você... – Nana abaixou a cabeça.

Aomine reparou que ela estava cabisbaixa. Se endireitou e jogou a bola para ela. Naname a pegou num reflexo.

– Viu? Não é difícil. – Ele sorriu.

Ela o olhou, pensando. Pôs a bola no chão e se escorou na grade de novo. Daiki se aproximou dela, também escorando na grade.

– Por que não quer jogar comigo? Não sou bom o suficiente? – Ele riu.

– Não é isso. – Ela dizia cabisbaixa.

– Então o que é?

– Nada.

– Hum... – Ele levantou uma das sobrancelhas – Acho que já sei.

– Não. – Ela deixou escapar uma risada sarcástica – Você não sabe.

Daiki a olhava. Se pôs na frente dela, apoiando as mãos contra a grade, prendendo-a. Ela o olhou, surpresa.

– O que está fazendo?

Ele sorriu, chegando bem perto dela. Nana tentou recuar, mas apenas segurou a grade atrás de si, nervosamente.

– Ne... Naname. – Ele sorria – Você gosta de mim.

– O que? – Ela arregalou os olhos.

– Então nega. – Ele disse dando de ombros.

Ela virou a cabeça e cruzou os braços.

– Não preciso negar. Você que é idiota demais pra não enxergar o óbvio.

– Tem certeza?

Aomine pôs a mão em sua bochecha, virando o rosto dela. Aproximou o seu rosto. Nana tentou empurrá-lo, mas ele a beijou. Ela tentou sair, mas ele a prendeu contra a grade da quadra. Daiki acariciava a cintura dela e aos poucos ela fechou os olhos e abriu lentamente a boca.

Ele a abraçou, puxando o corpo dela contra o seu. Nana apertava sua camisa e colocava a mão na nuca dele até chegar ao seu cabelo, acariciando-o.

...

Kise, Midorima e Kuroko estavam na sorveteria conversando com as meninas.

– Ne, Mariko-chan. – Momoi a chamou – O seu cabelo é tão bonito. Como consegue deixá-lo assim? – Ela disse mexendo no cabelo de Mariko – Sugoii, é tão macio! Ne, Midorin?

Midorima ajeitou os óculos com cara de tédio. Não entendia nada daquilo. Aiko riu. Kise a fitou, sorrindo.

– Ne, Aikocchi.

Ela o olhou e corou.

– Você é a pivô ne?

– Hum. Hai.

– Suas jogadas são boas.

– Ano... Você me viu jogar?

– Hai. – Ele sorriu apoiando o rosto na mão, o que a deixou intrigada.

– Você também é boa capitã. Suas jogadas são bem calculadas. – Modorima disse a Mariko.

– Arigatou. – Ela corou.

– Ne, ne Mariko. – Momoi a abraçou – Você é muito boa mesmo. Midorin te elogiou bastante quando viu você sair dos bloqueios. E as suas cestas também!

Mariko corou.

– Oe, Satsuki! – Ele a reprovou.

Momoi riu balançando a mão como se não fosse nada demais.

...

Hana se perguntava como chegara num lugar tão chique. Ela e Akashi se sentaram numa mesa e um garçom veio atendê-los.

– Boa tarde, Senhor Akashi.

Seijuro assentiu com a cabeça.

– O de sempre senhor?

– Hai.

– E para a senhorita?

Hana olhou o cardápio, sem saber o que pedir. Akashi disse um prato que ela não entendeu o nome e o garçom se retirou para pegar os pedidos.

– Arigatou. – Ela disse sorrindo sem jeito – Eu não entendi nada.

Ele deu um meio sorriso.

– Ne, Akashi-kun. Por que me trouxe aqui? Um sorvete estaria bom. – Ela sorriu gentilmente.

– Hum... – Ele pensava, olhando cada detalhe do rosto dela até ela corar e ele sorrir – Bem, a meu ver você não merece “bom”.

Ela fez uma expressão surpresa, olhando para ele.

– Pra mim você merece “excelente”. – Akashi deu um meio sorriso.

Hana corou, sorrindo gentilmente pra ele. O garçom trouxe o pedido e eles começaram a comer.

...

Kagami e Hare estavam no boliche. Hare jogou a bola e fez um strike. Taiga marcou no papel. Quando se levantou, ela veio correndo até ele e o abraçou.

– Isso é tão legal. – Ela sorria – Eu nunca tinha jogado isso.

– Que bom que sua primeira vez foi comigo. – Ele sorriu.

Hare o olhou e riu.

– Não fale essas coisas Kagami-kun.

– Hum? Nande?

– Tem duas formas de interpretar isso. – Ela disse corando.

Ele entendeu e corou, coçando a cabeça. Hare riu e mexeu no cabelo dele, ficando na ponta dos pés. Taiga sorriu.

...

Murasakibara estava numa loja de doces com Mureni. Ele comprou uma sacola cheia de doces, e saindo da loja começaram a caminhar e comer.

Ela o observava. Ele era ainda mais alto pessoalmente.

– Hum? Nani?

Ela corou e virou o rosto.

– Nada.

Atsushi mexeu na bolsa e pegou um pacote de palitinhos de chocolate. Abriu quase rasgando a embalagem e ofereceu a ela. Mureni pegou um e começou a comê-lo, sem jeito. Ele a fitou, não haviam conversado muito.

– Seus rebotes são bons.

– Meus o que? – Ela o olhou, corada.

– Quando você pega a bola.

– Ah! – Ela diss, envergonhada pelo que pensou – Arigatou. Você é melhor quando ataca. No ataque! – Ela corou, só estava falando besteira.

Ele riu.

– Relaxa.

Ela sorriu, respirando aliviada. Pôs uma mexa atrás da orelha e olhou para o parque que passavam. Ela fitou a quadra e viu duas pessoas lá. Quando os reconheceu arregalou os olhos. Viu Aomine e Nana se beijando! Ela pegando no cabelo dele e ele acariciando a cintura dela, abraçando-a contra a grade.

– Meu Deus...!

– Nani? – Ele ia olhar.

– Ah, nada! – Mureni pulou na frente dele agarrando seus braços e virando-o para desviar a atenção.

Ele se surpreendeu com a mudança do comportamento.

– Ne, Atsushi-kun, conheço um lugar legal pra ir!

Ele corou ao vê-la chamá-lo pelo nome. Ela agarrou na mão dele e o fez correr com ela. Mureni precisava pensar rápido em um lugar legal pra ir. Acabou levando-o ao parque de diversões.

...

Aomine e Nana se beijavam. Ela agora estava com uma mão na nuca dele e a outra no cabelo do moreno. Ele a segurava contra seu corpo com o braço em volta da cintura dela e a mão por dentro do cabelo da ruiva. Se beijavam contra a grade da quadra do parque. Aos poucos o beijo intenso se tornava calmo com os selinhos que ele dava na boca dela.

Quando cessou, Daiki olhou para ela. Nana abaixou a cabeça contra o peito dele e abaixou as mãos até seu tórax.

– Nande... – Ela rangeu os dentes.

– Hum? – Ele não entendeu.

– Por que fez isso?! – Ela disse com raiva.

– Hum? Mas você...

Nana olhou para ele e deu um tapa em seu rosto, o empurrando para longe de si. Ele a olhava com a mão no rosto, sem entender.

– Oe, Nana!

– Você é convencido! Acha que pode chegar perto de mim assim e me beijar do nada?! – Ela gritou quase chorando de raiva.

Ela não o deixou falar mais nada, pegou sua bolsa e saiu correndo. Ele a olhava sumir de vista, estático. Tentava entender o que acabara de se passar ali.


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