A garota que eu amo me odeia escrita por Lailla


Capítulo 7
O que há de errado com ela?!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618429/chapter/7

Depois do que houve no parque, Naname não falou mais com Aomine, e ele ficou furioso. Achava que ela era louca! Aceitou o beijo e logo depois ficou furiosa e ainda bateu no rosto dele sem no mínimo uma explicação.

Depois do ocorrido, ele contou para Momoi depois da aula. Andavam pelos corredores de Gakuen.

– Mas que merda que você faz pra ela fazer isso? – Satsuki disse furiosa.

– Eu não faço nada! – Ele gritou de raiva.

Ela se assustou, ele estava realmente com raiva. Ele abaixou a cabeça, tentando se acalmar.

– Gomen. – Daiki pôs as mãos nos bolsos.

– Sem problema. – Ela pensava – Isso é tão estranho. As meninas disseram que ela é legal e normal! Só um pouco reservada, não fala da família e nem nada. Mas ela é divertida. Mariko disse que a maioria dos trotes que fazem com o time é armação da Nana. – Momoi riu.

– Hum... – Ele mal prestava atenção. Respirou fundo – Quero saber a razão de ela fazer essas coisas.

– Talvez um dia você descubra. Se ela aceitou o beijo, e gostou, não acho que ela te odeie tanto assim.

– Mas ela sempre diz isso. E ainda me chamou de idiota por não enxergar o óbvio.

– Às vezes a pessoa mente por ter medo.

– Mas tem limite.

– Quem sabe o limite dela ainda não chegou?

Ele bufou.

– Dai-chan.

Aomine a olhou, Momoi estava sorrindo.

– Você gosta dela... Ne?

Ele foi pego de surpresa. Nana era bonita, tanto de rosto como de corpo, e tinha seios grandes como ele gostava. Todos falavam que ela era boa no basquete e que era divertida. Mas ele nunca vira esse lado dela, exceto o dia que ela deu a joelhada nele. Ele não esquecia aquela risada, aquele sorriso e a gentileza dela. Não esquecia a sensação que tinha quando a via corar por ele simplesmente pôr a mão em sua bochecha. E agora não esquecia aquele beijo, os lábios delas tocando os deles com intensidade. Ele queria beijá-la de novo, tê-la nos braços de novo.

Daiki abaixou a cabeça, cabisbaixo. Momoi sorriu, abraçando seus livros.

...

As meninas conversavam na quadra. Contavam como foi o encontro de cada uma com os garotos da Geração dos Milagres.

– Sugoii! – Seikori disse – Ele te levou num restaurante?

– Hai! – Hana sorria sem parar – Ele é tão cavalheiro! – Ela dizia com as mãos nas bochechas – Depois me levou para casa e ficamos conversando na varanda. Ele é tão bonito, tão fofo! Mesmo sério daquele jeito, ele ainda é fofo!

Sakura riu.

– E você Mariko? Conversou bastante com seu deus grego?

Mariko corou.

– Ela? Run! – Aiko riu – Corava a cada hora que ele falava com ela!

– Você também não conversou lá essas coisas com o Kise!

– Mais que você! – Aiko disse rindo – Você sempre disse que queria conhecer ele, mas na hora H fica toda mole!

Mariko bufou e virou o rosto.

– E você Hare? – Emi perguntou.

– Ano... – Hare corou.

– Ela sumiu com o Kagami. – Aiko disse rindo – Nem avisou nada.

– Gomen...

– Hum... – Sakura cantarolou.

– Não é nada disso! – Ela protestou – A gente foi jogar boliche.

– Hum... – Sakura cantarolou de novo.

Hare riu sem entender nada. Naname entrou no ginásio com um dos fones no ouvido.

– Oe, Nana! – Seikori a chamou. Nana a fitou – Conta pra gente como foi o encontro! A Hana foi para um restaurante chiquérrimo!

– Seikori! – Hana corou.

Nana apenas fez um sinal positivo com a mão e foi para o outro lado na quadra, se sentando no banco.

– Ahhh... O que houve com ela? – Seikori perguntou confusa.

– Será que o encontro não foi legal? – Sakura perguntou.

“Duvido.”, Mureni pensava e deixava uma risada escapar.

...

Aomine estava na rua caminhando sem lugar pra ir até que Akashi ligou para ele.

– Yo.

Agarrou ela de novo? – Akashi perguntou com a voz de tédio.

– Hum... Na verdade...

Akashi riu.

Momoi me contou o que houve.

– Ah... – Daiki respirou fundo – Ela é doida.

Hum, às vezes não.

– Como assim?

Daiki. – Akashi deixou sua voz séria – Pelo o que os outros disseram, aquelas garotas não são como as que nos assediam. Elas são maduras, sérias e... Decentes. Hana falou bastante de Naname, eu nem precisei perguntar. – Ele riu – Ela disse que Naname é diferente de todas as garotas que ela conheceu. Não me disse exatamente a razão, mas... Sabe.

Aomine parou na frente de uma loja. Viu a mesma caixa de joias que Nana observava na outra vez que eles se encontraram. A bailarina girava. Ele sorriu.

– É... Eu sei.

Ainda bem! – Ele disse aliviado.

– Hum?! Nande?

Kise queria brigar com você por não tratá-la como se deve.

– Contou a ele?!

Momoi contou pra todos nós.

– Argh... – Daiki rangeu os dentes – Aquela fofoqueira!

Akashi deixou escapar uma risada.

...

Depois da aula, Naname saiu com as meninas. Elas ainda conversavam sobre os meninos, animadas e eufóricas, mas Nana não dizia nada sobre o que aconteceu. Quando ela percebeu que já estava anoitecendo, de despediu de todas e foi para casa.

Caminhava de cabeça baixa se lembrando do beijo. Quando destrancou a porta de casa, ela viu... Ele.

– O que você está fazendo aqui? – Ela perguntou assustada.

– Hum... – Ele cantarolou com um sorriso malicioso – Eu soube que o seu time passou nas preliminares.

Nana tremia de medo, suava frio.

– Onegai... Onegai! N...

– CALA A BOCA! – Ele gritou – Eu te avisei, não te avisei?

Ele levantou as mangas do casaco e se aproximou dela. Vários barulhos ecoaram na casa de Naname. Até que ela saiu correndo de dentro de casa com a mochila do colégio pendurada no braço e a mão na barriga. Correu para longe e o mais rápido que pôde.

– NANAME!!!!

Ela apertou os olhos, chorando.

Ainda era começo da noite, Naname ficou na rua até mais tarde. Ela não queria voltar para casa. Andou horas, sem nenhum lugar para ir e muito menos um para dormir. Ela colocava a mão na cabeça todo o tempo enrolando mexas de seu cabelo no dedo, pensando se deveria ir para Riko ou para Hare. Mas as duas brigariam com ela de qualquer jeito. Sempre diziam que ela estava errada por permitir que ele fizesse aquilo com ela.

Nana deixou o ar escapar e parou em frente aquela loja, mas já estava fechada. Ela escorou na parede e olhou para o céu escuro. Seus olhos se encheram de lágrimas. Ela tentou parar as lágrimas passando a mão em um dos olhos, mas ela estava totalmente arrasada.

Aomine virava a esquina falando ao telefone com sua mãe.

– Hai, hai Okaasan. – Ele dizia emburrado – Eu sei que já está tarde! Já estou indo!

Ele parou ao ver Naname escorada na parede, chorando.

Oe, Daiki.

– Hum... Vou desligar. – Ele fechou o telefone, pondo-o no bolso.

Ela esfregava a mão nos olhos, Aomine nunca a vira assim. Pôs as mãos nos bolsos e voltou a caminhar. Parou na frente dela, de lado.

– Yo.

Ela fungou e viu quem era. Abaixou a cabeça envergonhada.

– Daiki-kun.

Ele se surpreendeu por ela o chamar assim. Na verdade ela nunca nem o chamou pelo sobrenome. Ele deixou seus olhos meio abertos, ainda estava com raiva dela.

– Passeando?

– Não.

– Hum. – Ele deu de ombros e voltou a andar – Melhor ir para casa. É perigoso ficar na rua a essa hora.

– Eu sei, mas... Não posso voltar.

Ele parou sem se virar, respirava nervoso. Aconteceu aquilo com ela de novo?

Quando ele se virou ela estava caminhando na direção oposta. Ele a alcançou e começou a andar atrás dela.

– Nande?

– Não posso dizer.

– Por que não?

– Porque... Hum. – Ela mordeu o lábio.

– Vai pra Riko. Ou pra Hare. Elas moram longe?

– Não muito. – Ela balançou a cabeça – Mas elas brigariam comigo.

– Nande? – Ele disse com os olhos meio abertos, desanimado. Sabia que suas tentativas eram em vão.

Naname parou de repente fazendo ele se chocar levemente com ela. Abaixou a cabeça.

– Nana. – Ele disse com a voz firme, mas suave.

Ela levantou a cabeça um pouco.

– Por que você não me conta nada?

Ela não respondeu.

– Por que... Você se importa tanto?

Ele abaixou a cabeça. Pôs as mãos nos bolsos e se virou voltando a caminhar. Nana olhou para trás levemente, vendo-o ir embora. Abaixou a cabeça e voltou a andar. Eles se distanciavam.

– Oe, baka.

Ela se virou.

– Vamos. – Ele disse.

Ela arregalou os olhos, surpresa.

– Na... Ni?

– Pode ficar na minha casa. – Ele disse sem demonstrar expressão.

Ela apertou a costura do casaco.

– Vai vir ou não? – Ele voltou a andar.

Nana despertou e o alcançou. Daiki caminhava com as mãos nos bolsos e ela com as mãos junto a saia.

– Ne, só não liga muito para o que minha família vai falar.

Ela o olhou sem entender. Assentiu com a cabeça.

...

Eles chegaram a casa de Aomine. Ela era totalmente diferente da casa de Nana. Era grande e bonita, além da sua pintura que parecia ser nova!

– Tadaima. – Daiki disse tirando os sapatos com os próprios pés.

Naname tirou seus sapatos com as mãos, quase desengonçada por não se sentar.

– Oe, Ahou-mine! – Uma menina se aproximou batendo na cabeça dele – Okaasan está furiosa com você! Está atrasado para o jantar...! Hum? – Ela fitou Naname e abriu um sorriso – Uma garota!

Nana corou sem nem ao menos entender.

– Eu sou Aomine Sayaka. Sou a imouto desse baka.

– Hum... Kousen Naname.

Daiki fez cara de tédio. Bufou.

– Vamos logo.

Ao chegarem à cozinha, que também não era como a da casa de Nana, sendo um cômodo só e grande, a mãe de Aomine arregalou os olhos.

– Oh, Daiki! Porque não me avisou que se atrasou por causa de uma menina?

– Eu não estava com ela naquela hora.

– Soka. – Ela pensou, virou para Naname e abriu um grande sorriso – Ne, quer jantar conosco?

Naname abaixou a cabeça olhando para ela, corando. Ela ia dizer que não, mas seu estômago roncou tão alto que até o pai de Aomine escutou do outro cômodo.

– Oh, Daiki... Foi você? – Ele apareceu na cozinha – É isso que dá se atrasar.

Aomine fez cara de tédio. Nana estava de cabeça baixa, tampando seus olhos com a franja e corando extremamente.

– Ne, ne Naname-chan. Você joga basquete também?

– Hum... Hai. – Ela disse com vergonha.

– Sugoii!

– Oh? “Naname”? Kawai ne! Ne, vamos jantar. Naname, sente-se conosco.

– Hum... Hai.

Aomine a olhava. Nunca a vira envergonhada desse jeito.

A mãe de Daiki a fez se sentar ao lado dele. Sayaka se sentou a frente dela, sorrindo o tempo todo.

– Naname-chan é tão alta. Tão ruiva! Kawai!

Nana corou.

– Naname-chan. – A mãe dele a chamou.

– Hai.

– Você não estuda em Gakuen ne? – Ela reparou no uniforme de Naname.

– Não. Eu estudo em Seirin.

– Ah! – Ela sorriu – O colégio que o Kuroko estuda. Ne, como se conheceram?

– Hum... Eu estava indo embora. Kuroko-kun e Kagami-kun conversavam com Daiki-kun na frente do colégio. – Ela disse suavemente.

– Kawai. – A mãe dele disse sorrindo gentilmente.

– Ne, ne. Naname-chan? – O pai de Aomine a chamou – Quanto tempo vocês estão juntos?

– Ano... – Nana corou.

– Oe, Otousan! Não fale essas coisas! – Daiki reprovou.

– Tá, tá... – Seu pai balançou a mão.

Depois do jantar, Naname ajudou a mãe de Aomine a lavar a louça. Ele ficou a fitando, ela sorria e corava enquanto as duas conversavam.

– Ne, Ahou-mine nii-san?

– Hum? – Ele a olhou sem expressão.

– Ela é bem bonita. Você teve maior sorte.

Ele levantou uma das sobrancelhas emburrado e foi até a cozinha.

– Ne, Okaasan. Nana pode dormir aqui?

– Hum? Claro! – Ela sorriu.

A mãe dele passava os pratos para Naname e ela os guardava no armário. Ela ria o tempo todo, dizendo que Naname a ajudou bastante com os armários altos. Sayaka podia ser até parecia com Aomine, mas ela era muito mais baixa que ele, então normalmente ele que ajudava a mãe a guardar as coisas na cozinha.

Sayaka pegou no braço de Nana.

– Ne, Nana-chan. Vamos, eu já pus sua mochila no quarto do Nii-san.

– Hum? Ano... Pensei que iria dormir com você.

– Ah, Naname. – A mãe dele cantarolou – Não se preocupe, está tudo bem. – Ela piscou um dos olhos.

Nana corou. Aomine fez cara de tédio, pondo a mão na frente do rosto.

– Vamos, vamos! – Sayaka a puxou indo para as escadas.

– Etto...!

A mãe de Aomine ria com a mão na bochecha.

– Kawai, kawai.

– Okaasan, vou dormir.

– Hai, hai. Oh? Daiki.

– Hum? – Ele virou.

– Não faça muito barulho ok? – Ela piscou de novo.

Daiki ficou pasmo, perdeu a cor.

– Oe, não fale essas coisas!

Naname estava no quarto dele, sentada na cama com as mãos no colo. Viu a porta se abrir e alguém chamar Aomine.

– Daiki. – Era seu pai. Ele cochichava – Ne, trate bem a menina aqui. Precisa de camisinha?

– Argh! Pare com isso Otousan!

Ele entrou no quarto e fechou a porta, dando de cara com Nana, que estava vermelha. Daiki pôs a mão na cabeça soltando o ar.

– Desculpe por eles. Minha família é bastante... Liberal.

– Hum... – Ela balançou a cabeça – Tudo bem.

– Tá.

Ele foi até o armário. Pegou uma blusa e deu a ela.

– Hum?

– Você não tem outra coisa pra vestir... Ne? – Ele a olhava sem expressão.

– Hum. – Ela assentiu pegando a blusa.

– O banheiro é ali. – Ele apontou para a porta ao lado da porta do quarto.

– Hum. Hai.

Nana entrou no banheiro e fechou a porta. Aomine sentou na cama, imaginando o que aconteceu com ela. Apoiou os cotovelos na perna e a cabeça nas mãos. Juntou as mãos, cruzando os dedos, ainda pensando. Ele mordia de raiva um dos dedos quando a porta do banheiro se abriu. Nana saiu com o olhar baixo e o uniforme dobrado na mão.

Daiki arregalou os olhos, admirado por vê-la daquele jeito. O cabelo estava solto, a blusa era grande e deixava o ombro dela a mostra. Algumas mechas ficavam caídas em cima de seu busto e ela ficava abaixando a blusa para cobrir as coxas. Abraçou a muda de roupas.

– Hum... Arigatou. – Ela disse olhando para baixo.

Ele levantou e foi até ela. Ela levantou o olhar lentamente. Daiki levantou a mão pegando gentilmente as roupas dela. Foi até a cômoda e as colocou lá.

– Hum... – Ele dizia gentilmente. Não a olhava – Pode dormir na cama, eu durmo no chão.

– Hai...

Aomine arrumou uma cama improvisada para ele no chão. Deitou com o braço apoiando a parte de trás de sua cabeça, olhava para o teto.

Nana estava deitada, coberta até a cintura. Mexia as pernas um pouco enquanto apertava o travesseiro.

– Daiki-kun.

– Hum?

– Arigatou... Por me ajudar.

– De nada.

Ela sorriu sem que ele visse.

– Boa noite. – Disse docemente.

Ele olhou para o lado, na direção da cama. Sorriu, corando levemente.

...

A noite estava calma, um pouco fria e Aomine não conseguia dormir. Quando caía no sono, logo acordava e ficava fitando o teto. De vez em quando ele olhava na direção da cama, mas logo desviava o olhar. Olhou para o relógio, eram quase duas da madrugada. Ele bufou impaciente, estava com insônia e querendo muito dormir. Começou a ouvir gemidos de cima da cama. Olhou para o lado, ouviu Nana chorar. Ele se sentou e a viu. Estava se contorcendo na cama apertando o travesseiro, gemendo e chorando.

Daiki arregalou os olhos, confuso. Levantou e se sentou na cama.

– Oe, Nana. – Ele cochichou tentando acordá-la.

Naname começou a se bater de olhos fechados.

– Matte... – Gemia – Onegai...!

Ele se desesperou. Ela começou a tentar bater dele, dormindo. Daiki pôs as mãos nos ombros dela, tentando acordá-la, mas só quando passou levemente a mão pelo rosto dela e por sua franja ela acordou. Nana segurava com força a blusa dele e começou a chorar quando viu que ele a viu daquele jeito.

– Oe! – Ele cochichava passando a mão por sua bochecha, limpando as lágrimas do rosto dela – O sonho! Quem fez aquilo com você, não fez aquilo... Ne?! – Ele perguntou desesperado.

Ela não respondeu.

– Só me responda isso. Só isso! – Ele implorou.

Ela balançou a cabeça, negando. Estava ofegante, tentando respirar. Daiki ficou aliviado. Se levantou e foi até a janela, abrindo-a. Voltou para a cama e pegou Nana no colo, levando-a até a janela. Ele a apoiava nos braços, próximo à janela. O vento acariciava seu rosto e ela logo se acalmou.

Daiki a sentia inspirar e expirar calmamente, sentia ela encostada nele, mas não estava nem aí se os peitos delas estavam encostados nele. Ele ficou com medo do sonho dela, mas um pouco aliviado de ela negar o que ele mais temia.

– Gomen... – Ela disse.

– Hum?

– Pelo tapa... – Ela disse com a voz ainda embargada.

Ele a abraçou.

– Hum... Tudo bem.

Ela passou a mão pela barriga dele até chegar às costas, abraçando-o. Daiki sorriu e como ela estava melhor, a fez sentar no chão com ele. Aomine apoiava as costas na parede, logo abaixo da janela. Ele estava com as pernas abertas e Nana entre elas, a abraçava contra o peito. Ela respirava de tal forma que o calmava também.

A pergunta que ela fizera a ele não parava de ecoar em sua cabeça. “Por que... Você se importa tanto?”.

– Hum...

“Eu não sei...”, ele pensou.

– Nani? – Nana perguntou.

– Hum? Nada. Estava pensando.

– Em que? – Ela disse docemente, recostando-se mais no peito dele.

– Não consegui dormir.

– Hum... Gomen.

– Não foi culpa sua. – Ele riu – Eu estava com insônia.

– Gomen.

– Hã? Nande?

Ela deixou um riso escapar.

– Eu não sei.

Ele sorriu e acariciou o cabelo dela até cintura, fazendo-a chegar ainda mais perto dele. Nana levantou a cabeça pondo a mão gentilmente no peito dele, seus rostos ficaram próximos. Seus olhares se encontraram. Ela deixou escapar o ar olhando para ele. Aomine abaixou a cabeça, encostando-a no ombro dela.

– Ne... Nana.

– Hum? – Ela disse docemente – Nani?

– Por que você não me conta nada?

– Eu não conto nada pra ninguém.

– Hum, soka. Mas Hare e Riko sabem.

– Riko é minha prima. Hare me conhece desde o ginásio.

– Você era diferente no ginásio?

– Hum... Um pouco.

– Soka...

Naname se sentia acolhida, mas não queria que ele pensasse mal dela se respondesse a tudo. Ela tinha medo do que ele pensaria. Pôs a mão na bochecha dele e passou para o cabelo, acariciando-o.

– Ne... Daiki?

– Nani?

– Acho que não te odeio tanto.

Ele sorriu. Como ele queria pôr a mão na bochecha dela e beijá-la de novo! Mas depois de tudo isso... Não achou certo. Levantou a cabeça e a olhou, tirando levemente a franja dela da frente de seus olhos. Pegou Naname no colo e a pôs na cama.

– Boa noite. – Daiki beijou sua testa e se deitou no chão.

Nana olhou na direção onde ele estava. Pôs a mão debaixo do travesseiro e o abraçou sorrindo.

– Boa noite... – Ela murmurou.

...

O despertador soou e Aomine logo o desligou para não acordar Naname. Ele se sentou e a olhou dormir. Ela estava um pouco descoberta, com as pernas a mostra e levemente dobradas uma por cima da outra. Ela se mexeu enquanto dormia, estava com a blusa suspensa e sua barriga aparecia, assim como sua calcinha. Aomine se ajoelhou ao lado da cama e a observava dormir. Ela estava dormindo tão serena que ele sorriu. Correu os olhos pelos cabelos dela, ombros até chegar a barriga. Mas quando parou na barriga, viu algo estranho. Ele levantou um pouco a blusa e viu o lado direito do abdômen dela roxo.

Daiki deixou escapar o ar ao ver aquilo. Abaixou a cabeça, apertando os olhos. Cerrou as mãos e levantou com raiva. Seus olhos estavam marejados, ele não tinha a menor ideia do que estava acontecendo com ela! Se ajoelhou na cama e abaixou a blusa dela, cobrindo-a com o cobertor. Foi para o banheiro tomar banho.

Quando Nana acordou, Daiki estava de toalha e pegando roupas no armário. Ela corou e se cobriu mais, ficou vendo as costas dele, os músculos eram visíveis. Ele olhou para trás.

– Ohayô.

– Ohayô...

– Deixei uma toalha pra você no banho.

– Hum... Hai! – Ela levantou.

Pegou a roupa em cima da cômoda, onde ele havia posto e correu para o banheiro, fechando a porta. Se ele não estivesse tão preocupado, teria rido do que ela fizera.

No café da manhã, todos olhavam para eles. Sayaka sorria o tempo todo, a mãe dele piscava para Nana e o pai dele o olhava pelo canto do olho. Quando Daiki via, seu pai sorria fazendo-o fazer cara de tédio. A mãe dele disse que foi ótimo ela dormir lá, que Daiki nunca levou uma menina pra casa. Nana corou.

Aomine levou Naname para o colégio, mesmo sendo longe. Ela andava calada e de cabeça baixa. Ele andava com as mãos nos bolsos. Quando chegaram na porta do colégio, eles ficaram frente a frente. Todos que chegavam olhavam para os dois e começavam a cochichar.

– Aquela é a Kousen do time de basquete?

– É sim! Olha com quem ela está!

– Não acredito! Aomine Daiki!

– Da Gakuen?!

– Hai!!!

– Sugoii!

Nana corava e virava a cabeça. Aomine também estava sem jeito.

– Ne... Quando não der pra voltar pra casa, pode ir pra minha.

– Hum... – Ela corou mais – Arigatou.

– Já vou indo.

– Hai...

– Ja ne. – Ele disse indo embora.

Nana o fitou, ele ficava bem com o uniforme do colégio, um terno cinza azulado. Ela entrou e todos ficaram a olhando. Quando chegou na porta da sala, Mureni pulou em cima dela.

– Ne, ne? Safada-san. Por que não nos contou que o encontro foi tão bom? Ele até te trouxe para o colégio!

Mureni sabia do beijo, mas não queria falar nada ainda. Como Nana fazia trote com todas, ela esperava que aquele segredo a ajudasse em algum momento.

– Como sabe disso?

– Todos estão comentando. – Ela abriu um sorriso.

– Ah... Não quero falar sobre isso. – Ela virou o rosto de bico.

– Soka, soka. – Mureni riu – Tudo bem! Boa aula. Ganbatte! – Ela correu pelo corredor acenando para Nana.

Naname desconfiou, mas acenou de volta, entrando em seguida na sala de aula.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hihihihihihihihhi


Ah, é! Eu inventei a irmã do Aomine. Não sabia se ele tinha irmã no desenho mesmo e nem se ele morava com os pais também né 'kkkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A garota que eu amo me odeia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.