A garota que eu amo me odeia escrita por Lailla


Capítulo 5
A conversa descoberta


Notas iniciais do capítulo

Mais um, mais um! Espero que faça vocês rirem muito 'kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618429/chapter/5

Faltava apenas um jogo para as preliminares dos garotos terminar. O time das meninas foi assistir, mas Naname não foi. Aomine estava presente no jogo, tanto como Momoi. Eles ganharam de 110 à 90.

No vestiário, as meninas foram dar parabéns aos garotos. Hare ficou com Kagami, conversando no banco. Seikori deu os parabéns a Izuki, que agradeceu com um sorriso, fazendo-a corar um pouco. Mariko dava coragem para Sakura dar parabéns a Teppei.

– Yo, Tetsu. – Daiki o chamou.

– Hum?

– Podemos ir lá fora um pouco?

– Ahhh... – Momoi reclamou.

– Não vai demorar. – Daiki disse a ela, mas mesmo assim ela fez bico.

Os dois viraram a esquina no corredor. Aomine se escorava na parede com as mãos nos bolsos, Kuroko o fitava.

– O que foi?

– Hum... – Daiki pensava – Você sabe da Naname? Ela veio a todos os jogos, mas o último não.

– Hum... – Kuroko pensava sem expressão alguma – Ela faltou a algumas aulas no colégio e aos treinos também. Kagami-kun perguntou a Hare-chan por que ela às vezes fazia isso. Ela disse que Naname-chan às vezes fica machucada.

– Machucada? – Ele arregalou os olhos.

– Hai. Kagami-kun disse que Hare demonstrou... Ter “falado demais”. Quando ele perguntou a razão ela não respondeu.

– Soka...

– Aomine-kun.

– Hum?

– Por que será que Naname-chan desaparece do colégio às vezes e sempre reaparece machucada? Eu já notei isso.

– Não faço ideia. – Ele disse franzindo a testa. Se lembrava do olho roxo e do braço enfaixado – Também quero saber.

...

Naname estava na cozinha quando a campainha tocou. Ela correu para atender.

– Hai!

Quando abriu a porta fez cara de tédio.

– Yo.

– O que você está fazendo aqui?

Daiki analisou o que ela vestia. Uma bermuda e um cardigã. “Mangas.”, pensou.

– Pare de me olhar! – Ela exclamou despertando-o – O que você quer?

– Ver uma coisa.

– Nani? – Ela perguntou impaciente.

Ele tentou pegar na manga do cardigã dela, mas Nana recuou para dentro. Ele andou para frente ainda tentando ver o braço dela.

– Pare com isso!

– Então me deixa ver. – Ele disse calmamente, entrando cada vez mais na casa dela – Que cheiro é esse? – Ele analisou, olhando para a cozinha.

– Eu estava cozinhando. – Ela disse com cara de tédio – Sai da minha casa.

– Cozinhando o que? – Ele sentia o aroma. Era bom.

– Comida! Vai embora. – Ela cruzou os braços.

– Parece bom.

Daiki entrou, indo para a cozinha, mas Nana agarrou em seu casaco mandando-o ir embora de novo. Num movimento rápido ele a olhou e a pôs contra a parede, segurando em seus ombros. Ela arregalou os olhos, assustada. Ele abaixou a mão e levantou as mangas dela, vendo os dois braços. Não havia nada. Se perguntava por que ela não tinha ido ao jogo então. Levantou o cardigã para ver a barriga dela, suspeitou que houvesse alguma coisa, mas não tinha nada. Ela despertou e deu uma joelhada na virilha dele.

– Oe, hentai!

Ele se ajoelhou no chão gemendo de dor, ainda segurando os braços delas. Nana se soltou e saiu de perto dele.

– Vai embora, tarado!

Ele levantou a cabeça na direção dela, ainda com dor. Suava frio, ela acertou bem no alvo.

– Porra... Isso dói... – Daiki gemia, apertando os olhos – Eu não ia fazer nada... Idiota.

– Hum? – Ela segurava o cardigã contra o peito, fechando-o mais.

– Queria ver se estava machucada...

– Nande?

– “Nande?”, bakayarô. Da última vez que te vi você estava com um olho roxo e o braço enfaixado... E não foi ao último jogo.

Ele tentava se levantar, apoiando a mão na parede. Nana correu e apoiou seu braço nela.

– Gomen.

– Idiota... Acertou em cheio. O que achou que eu faria com você?

– Sei lá. – Ela o levava até o sofá – Você vive tentando me tocar.

– Seu rosto, imbecil! – Ele se sentou.

Ela ficou em pé o olhando, envergonhada.

– Gomen...

– Hum? – Ele a olhou, surpreso. Abaixou a cabeça – Não tem problema...

Ela foi até a geladeira e pegou um saco de gelo, dando a Daiki. Ele agradeceu, um pouco surpreso com o gesto. Pôs o saco de gelo dentro da calça e respirou aliviado. Nana arregalou os olhos, pondo a mão na frente da boca, querendo rir.

– Está rindo é? – Ele perguntou, indignado.

– Gomen. – Ela disse rindo.

– Porra, você é boa de mira.

Ela agachou no chão e começou a rir com a mão na frente do rosto. Ele quis rir também olhando pra ela, mas se segurou.

– Acho que tenho que me acostumar. – Comentou.

– Como assim?

– Do jeito que você é maluca, vai fazer isso de novo.

Ela cruzou os braços, apoiando-os nos joelhos e sorriu. Levantou rindo e foi para a cozinha, terminar a refeição que estava preparando. Aomine a olhava, curioso vendo-a cozinhar. Ele a observava dos pés à cabeça. Viu que ela não era bonita apenas de rosto.

– Melhorou? – Ela voltou a rir.

Ele apertou os olhos em sua direção. Levantou e foi para o banheiro. Ela estava sentada no braço do sofá balançando as pernas quando ele voltou.

– Ele estourou? – Ela ria.

– Há, há. – Ele disse empurrando-a. Ela caiu no sofá, rindo.

– Dois pratos? – Ele perguntou olhando para a mesa.

– Já que você ficou aqui, pensei que a sua ousadia ia pedir pra comer também.

– Hum. – Ele disse a fitando.

Olhou para a panela. O cheiro era bom, ele estava com fome e com água na boca.

– Vai me dar joelhada de novo?

– Não. – Ela balançou a cabeça rindo.

– Hum. Sei...

Os dois sentaram à mesa e começaram a comer. Nana havia feito curry. Ela o olhava comer, ele parecia estar gostando muito.

– Sugoii! – Daiki exclamava.

Nana olhava para o prato sorrindo enquanto ele comia. Em minutos o prato dele estava vazio e ele suspirava satisfeito.

– Ne, ne. Posso repetir?

Ela o olhou, surpresa. Balançou a cabeça, assentindo. Ele levantou rápido e fez mais um prato. Quando terminou, suspirou satisfeito e repetiu mais uma vez. No fim, Daiki estava sentado no sofá com um sorriso satisfeito no rosto.

– Nossa... Nunca comi um curry tão bom! – Ele pensou alto.

Nana estava na poltrona, virou o rosto corando um pouco.

– Arigatou. – Ela disse suavemente.

Ele a olhou, curioso.

– Ne.

Ela o olhou.

– Por que não foi ao jogo?

– Hum... Viajei.

– Pra onde?

– Ver meu pai. – Ela disse sem olhá-lo.

– Ele não mora perto?

– Estados Unidos. – Nana disse.

– Hum? Você é americana?

– Não. Meu pai é. Mas eu já morei lá.

– Porque não mora com a sua família então?

– Não acha que está perguntando demais?

Ele se calou, e coçou a cabeça rindo.

– Gomen. É que é tão raro você responder uma pergunta minha que eu estava até gostando.

Ela corou. Daiki levantou e foi até ela.

– Me leva na porta?

– Hum? Hai! – Ela levantou.

Ele estava do lado de fora, se despedindo.

– Obrigada pela comida.

– Hum. – Ela assentiu – Desculpe por... Sabe.

– Hai... – Ele sorriu.

Aomine pegou em seu rosto e beijou a bochecha dela. Nana corou.

– Não pense mais que eu faria uma coisa daquelas com você, baka.

Ela o olhou, surpresa. Assentiu com a cabeça.

– Até mais. – Daiki disse indo embora.

Naname fez um aceno, ainda anestesiada e corada.

...

Aomine estava em uma videoconferência com o pessoal da Geração dos Milagres e Kagami.

– Ela chutou seu saco?! – Kagami dizia rindo.

– Cala a boca! Ela pensou que eu ia agarrar ela.

– Pondo-a contra a parede, na casa dela, você queria o que? – Midorima disse franzindo a testa e ajeitando os óculos.

– Idiota. – Akashi disse.

– Não é assim que se trata uma menina, Aominecchi. – Kise disse.

– Da próxima vez traz a comida. – Murasakibara disse com água na boca.

– Você devia pedir desculpas a ela. – Kuroko disse.

– Ela chutou seu saco! – Kagami continuava, agora dando gargalhadas.

– PARE DE REPETIR ISSO! – Aomine gritou.

Akashi revirou os olhos.

– Mas por que você se preocupa com ela? Pelo visto ela não gosta de você.

– Sei lá.

– É o ego dele! – Kagami gritou – Ela não quis jogar com ele. Kuroko disse que ela é rápida, e ele quis apostar com ela, mas ela não deu bola.

Aomine fez cara de tédio e bufou.

– Ela é rápida mesmo? – Midorima perguntou.

– Um pouquinho. – Daiki disse.

– Mentira. – Taiga disse.

– Naname-chan pode estar do outro lado da quadra, e a bola indo para a cesta. Ela sempre alcança a bola. – Kuroko disse.

– Sugoii! Sério? – Kise perguntou curioso.

– Hai... – Aomine disse tendo que admitir.

– Interessante. – Akashi disse – Talvez ela seja mais rápida que você.

– É ruim hein! – Daiki protestou.

– Se ela não quer jogar com ele não tem como saber. – Midorima disse pensando.

– O Inter-colegial das meninas vai começar em duas semanas. Elas estão treinando há meses. – Kuroko disse – Podemos ir a um dos jogos.

– Legal! Elas são boas? – Kise perguntou.

– Hai. – Tetsuya respondeu sem expressão.

– Falando nelas, escutei uma coisa há alguns meses. – Kagami disse.

Todos se voltaram para ele.

...

Hayato via a tabela dos jogos com as meninas para as preliminares. Elas tinham alguns jogos até jogarem finalmente no estádio que tanto almejavam.

Naname levantou a mão.

– Naname.

– Quando vamos jogar com Midokaru?

– Hum... – Katsuo via na folha – Depois das preliminares.

Ela assentiu com a cabeça.

– Nana-chan quer jogar com aquela garota? – Aiko perguntou rindo.

– Talvez. Ela disse que queria revanche.

– Hum... – Mureni disse – Por que não dá um soco nela só?

– Porque ela não quer revanche de porrada, baka. – Nana disse tombando a cabeça.

Mureni fez cara de tédio.

– OE, MINNA! Vamos treinar! – Katsuo exclamou.

– Eba, vamos morrer! – Sakura disse levantando.

Katsuo a fitou e ela deu uma risadinha.

Hare estava se surpreendo por Naname estar treinando por vontade própria. E ainda mais por ela querer jogar contra um time em especial. Pelo visto ela estava levando a sério. Nana-chan está voltando!

...

As preliminares femininas começaram. Nana pedia para ficar no banco na maioria dos jogos. Mas quando Hayato a escalava, ela não fazia muita coisa a não ser passar a bola ou alguns arremessos de 2 pontos. A Geração dos Milagres e até Kagami, viam todos os jogos delas de lugares discretos aos quais as meninas não os veriam. Isso pelo o que Kagami contou a eles. Momoi aproveitava a ida de Aomine para ir junto e ficar com Kuroko.

– Não parece que ela faz muita coisa. – Midorima disse observando o jogo.

– Ela não está levando a sério. – Aomine disse com as mãos nos bolsos.

– Nande? – Kise perguntou.

– Ela é como Murasakibara-kun. – Kuroko disse.

– Como assim, Tetsu-kun? – Momoi perguntou abraçando ele e mexendo em seu cabelo.

– Naname-chan quando não quer jogar ou não vê risco de o time perder, ela não faz muita coisa.

– Ela deve ter o ego pior do que o Daiki. – Akashi disse.

Aomine faz cara de tédio.

O time das meninas ganhou. Nana não fizera muita coisa.

As preliminares foram passando e os meninos as assistindo para ver a razão de Nana ser tão boa. Mas não viram nada demais. Ela apenas ficava com a expressão séria, passando a bola ou fazendo pouquíssimos arremessos.

Com Naname não jogando muito, eles passaram a observar as outras meninas jogarem. Midorima fitava Mariko, que desviava constantemente dos bloqueios e fazia cestas.

– Ela é boa mesmo.

– Hai. – Kagami disse, fitando Hare.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A garota que eu amo me odeia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.