A garota que eu amo me odeia escrita por Lailla


Capítulo 11
O jogo não oficial: Kousen Naname retorna!


Notas iniciais do capítulo

Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa! Perdoem pela demora. Essa semana foi tensa. Mas o capítulo é bem legal, aproveitem hihi Sou suspeita, mas está bem legal. Emoções e mais emoções, fora as tretas. 'kkkkk *--------*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618429/chapter/11

O acampamento acabou, mas muitas coisas aconteceram!

Hana chegou correndo no intervalo, sorrindo sem parar. As meninas pensaram que Akashi tinha a levado em outro restaurante, mas...

– Minna!

– Que?

– Ai meu Deus, minna! – Ela sorria com as mãos no rosto.

– Fala porra! – Mureni gritou.

– Akashi-kun me pediu em namoro.

Elas ficaram boquiabertas. Hare sorriu gentilmente. Ninguém sabia, mas Kagami fora na casa dela alguns dias antes para pedi-la em namoro.

– Eu pensei que vocês já estavam namorando. – Emi disse – Do jeito que ele te agarra. – Ela abraçou Seikori fingindo agarrá-la. As duas riam.

– Ah, pare! Ele não me agarra.

– Não! Só não desgruda de você. – Mariko sorriu.

Todas riram. Hana ficou corada, isso era verdade. Mas estava muito feliz!

– E você e o Midorima-kun? – Sakura perguntou sorrindo – Ele parece ser romântico.

– E ele é. – Mariko sorriu pondo uma mecha atrás da orelha – Mas a gente nem se beijou, então...

– Não se beijaram ainda?! – Aiko cochichou, espantada.

Mariko ficou surpresa. Todas a olhavam.

– Espera. – Ela disse – Todas vocês já beijaram eles?

– Claro! – Mureni disse.

– Não. – Nana mentiu.

Emi, Hana e Mureni a olharam com cara de tédio. “Mentirosa. Cara de pau!”, pensaram.

– Hum, Kagami-kun me beijou no acampamento. A gente estava caminhando de noite.

– No parque naquela vez que a gente fugiu da lanchonete. – Aiko disse.

– Na casa de praia. – Hana disse.

– Na varanda da minha casa. – Mureni disse.

– No cinema. – Emi disse corando.

– Já?! – Mureni ficou surpresa – Que safada! – Ela riu.

– Ele é gentil.

Mureni riu.

– Claro. Meu vizinho também é gentil, mas não é por isso que eu vou beijá-lo.

– Mas eu beijei. Sempre gostei dele. – Emi cruzou os braços emburrada.

– No corredor da escola. – Sakura disse corada.

– Quem?!

– Teppei-kun. – Ela murmurou – A gente estava conversando quando eu disse que gostava dele. Ele fez carinho no meu cabelo e... Se aproximou, me beijando. – Ela se encolheu rindo de vergonha.

Seikori levantou a mão receosa.

– No quarto dele.

– Pior de todas. – Mureni riu.

– Pare! – Hana a recriminou – Foi o...?

– Hai. – Seikori disse – Pedi ajuda com um trabalho de casa para o Izuki-kun. Ele é bem inteligente, e... Bonito. – Ela corou – Ele me mostrou uma equação e eu cheguei perto pra ver.

“Seikori e Izuki estavam no quarto, sentados à pequena mesa que ele pôs lá. Fazia uma equação dizendo como ela deveria fazer. Seikori se aproximou dele, pondo uma mecha de seu cabelo loiro atrás da orelha. Sem querer encostou o braço nele. Izuki olhou para ela, era bonita e já havia visto no acampamento como era gentil e engraçada. Ele ficou observando-a enquanto ela via a equação.

– Sugoii ne. – Ela sorriu e virou para ele.

Viu que estava com os olhos arregalados para ela, estático.

– Hum! – Os dois exclamaram e viraram o rosto.

– A-Ano! – Seikori disse – Izuki-kun é inteligente! É mais fácil entender assim! – Exclamou, nervosa.

– Hum. – Ele a olhou – Akino-chan...

– Se-Seikori. – Ela corou.

– Não posso te chamar assim.

– Nande?

– Hum... – Ele engasgava com as palavras – Eu... – Apertou os olhos.

Ela o olhou. Abaixou a cabeça e tomou coragem. Tremia e corava.

– Eu... Gosto do Izuki-kun.

– Hum! – Ele exclamou surpreso – S-Sério?

Ela balançou a cabeça rápido, assentindo. Ele sorriu levemente. Tirou o cabelo da frente do rosto dela.

– Hum, Seikori...-chan. Eu... Hum... Também. Ne...

Ela o olhou, ele viu aqueles olhos brilhantes e suas bochechas levemente coradas. Chegou perto, pedindo permissão com o olhar. Ela ficou nervosa e mais corada. Fecharam os olhos lentamente e tocaram seus lábios. Quando cessou, se olharam. Seikori corou e se virou rápido para o caderno.

– Ne? – Ria tentando disfarçar – Como... Faz essa?

Ele sorriu. Olhou para p caderno.

– Assim. – Pegou um lápis e fez outra equação.”

– Safadinha. – Mureni cantarolava.

Seikori a fitou com cara de tédio.

Mariko as olhava, sorrindo. Mas estava chateada. Ela foi a única que ainda não tinha sido beijada. E o que mais a incomodava era que Midorima era extremamente romântico e tudo dava a entender que ele gostava dela. Mas por que não a beijava?!

...

Em duas semanas o time feminino da Seirin jogaria com Midokaru. Naname estava ansiosa e tentava não demonstrar, mas todas percebiam já que ela estava dando duro nos treinos e depois das aulas ficava no ginásio até mais tarde, treinando mais.

As meninas saíram depois das aulas e sorriam ao ver os meninos as esperando no portão do colégio. Daiki também estava lá, mas não via Nana. Todas estavam com seus uniformes da aula de ginástica. Calça e blusa de manga branca.

– Hum, Aomine-kun. – Hare o chamou.

Ele a olhou.

– Nana está treinando já tem... Uma hora. – Ela disse sorrindo – Ela disse que estava passando mal e fugiu para o ginásio.

– Só aquela maluca mesmo pra fugir e ir treinar! – Mureni disse.

– O jogo com a Midokaru está chegando. – Hana ria.

– Ela quer ganhar? – Akashi perguntou.

– A gente acha que sim. – Aiko riu – Ela ainda não engoliu o que a aquela grandona dos olhos vermelhos fez com Hare.

– Vou chamá-la pra você, Aomine-kun. – Hare disse indo embora.

– Vou com você. – Kagami disse.

Hare sorriu.

...

Naname fazia cestas no ginásio. Passava a bola pelas pernas e mirava, acertando a cesta sem nem ao menos a bola tocar na rede. Alguém a observava. Quando Nana fez outra cesta, a pessoa saiu com mais uma ao seu lado.

– Hum... – Ela cantarolou – Acha que vai nos vencer só com isso?

Nana virou com a bola na mão.

– Toeko-san? – Ela reconheceu a garota de olhos vermelhos.

A garota de cabelo roxo estava ao lado dela. As duas sorriram maliciosamente.

– Nosso jogo é em duas semanas.

– Queria ver o que planejam. – Toeko disse – Não consegui esperar.

– Hum... – Nana pensou e começou a sorrir – Quer jogar comigo?

– Talvez.

Nana riu.

– Mano a mano?

– Por quê? – Toeko perguntou tirando o casaco – Está com medo?

– Hum. – Nana sorriu – Deixo você começar. – Ela disse jogando a bola em direção a Toeko.

Ela pegou a bola, surpresa pela velocidade. Naquele momento Hare e Kagami entraram no ginásio. Hare correu até Nana.

– Aomine-kun está te esperando... – Ela viu Toeko – Hum... Oi.

Toeko bufou, mas sorriu maliciosamente.

– Que tal isso: Yuuri e eu contra você e sua... Amiguinha.

– Hã? – Hare olhou para Nana sem entender.

– Ela quer jogar. – Nana disse.

– Vai jogar pra valer? – Hare perguntou com esperança.

Naname a olhou, sorrindo.

– Não podemos desapontá-las.

Hare sorriu largamente. Ela correu até Kagami, pedindo para ele se sentar na arquibancada. Ele não entendeu, mas o fez. O jogo começara, Nana e Hare bateram as mãos. Quando Kagami viu as jogadas delas, arregalou os olhos, abismado e pegou o celular, começando a digitar.

“Vem para o ginásio agora! Kousen está jogando!”

...

Aomine estava no portão conversando com os outros e sentiu seu celular vibrar. O abriu calmamente e leu a mensagem. Arregalou os olhos e saiu correndo.

– Aominecchi! – Kise gritou sem entender.

– Melhor vocês correrem também! – Ele gritou.

Todos foram atrás dele sem entenderem nada. Momoi e Kuroko ficaram. Aomine foi o primeiro a chegar e deu de cara com Naname fazendo uma encestada, se pendurando no aro. Ele arregalou os olhos e os outros chegaram no momento que ela se soltou.

Riko havia visto todos correndo para o ginásio e chegou ofegante.

– Nani?

– Nana está jogando. – Hana disse.

– Sério?! – Ela exclamou esperançosa.

– Oe, minna! – Kagami os chamou.

Fez um sinal para todos se sentarem. Olhavam para as quatro, jogando.

Yuuri passou a bola para Toeko, que passou por Nana. A franja de Nana tampava seus olhos, ela sorriu.

– Ksha.*

Toeko arregalou os olhos. Não sentia mais a bola. Olhou para trás e Nana estava com a bola e sem olhar, a passou por trás das costas, como se a empurrasse. Hare apareceu e pegou a bola. Nana correu e Hare passou a bola por baixo das pernas de Yuuri, parando nas mãos de Nana novamente. Ela pulou e jogou a bola na cesta, fazendo o ponto.

– Su...goii... – Mariko disse, espantada.

– Ela joga assim desde quando? – Mureni perguntou abismada.

Riko se emocionava, quase chorava.

– Nani? – Aomine perguntou arregalando os olhos, surpreso.

Ela balançou a cabeça, negando que estava triste.

– Não a vejo jogar assim há tanto tempo.

– Nande?

Riko fungou e o olhou.

– Nee... – Ela disse gentilmente – Você sabe que Nana não é tão turrona quando aparenta ser, ne?

Ele assentiu levemente com a cabeça. Riko olhava para Nana, que jogava a bola para Hare.

– Ela ria o tempo todo, era divertida. Está voltando aos poucos, e isso é ótimo, mas... Hum... Uma coisa, há dois anos, a mudou completamente.

– Que coisa?

Riko o olhou, cabisbaixa.

– A irmã dela...

– OE! – Mureni gritou com raiva – É contra as regras.

Os dois olharam para a quadra, Nana estava caída no chão, já levantando. Estava com a blusa de ginástica rasgada. Toeko a segurou para impedi-la de jogar a bola, mas Nana continuou a correr e Toeko rasgou sua blusa ao jogá-la longe.

– Gomen, gomen. – Toeko cantarolou se aproximando.

– Isso não vale. – Naname rangeu os dentes a fitando.

Toeko riu.

– Ahhh... Não é nada pessoal, nem é um jogo oficial.

Nana deu um meio sorriso.

– Tem razão. – Ela disse, rasgando o resto da blusa e ficando apenas com um top preto.

Naname foi até Yuuri, que segurava a bola e a pegou. Foi na direção de Toeko.

– Quer jogar sério então, ne? – Nana cantarolou – Ótimo. – Ela disse jogando a bola na direção da garota.

Toeko ficou um pouco espantada, se perguntando se Nana já não estava jogando sério.

Nana foi para a quadra e dobrou levemente os joelhos. Toeko estava em posição, quicando a bola. Passou por Nana, mas viu seu cabelo ruivo, que estava solto, se movimentar. Toeko arregalou os olhos, a bola sumiu de sua mão de novo. Naname dera um tapa na bola, que ia para fora da quadra, porém ao atingir o chão, próxima a linha, a bola desviou e voltou para a quadra, na direção de Hare. Ela a pegou, sorrindo e correu.

– Agh... – Aiko gaguejava – Como...!

– Como ela consegue fazer essas coisas?! – Mureni disse furiosa – Ela escondeu isso o tempo todo?!

– Ganbatte! – Riko gritou eufórica.

– Oe, como ela fez isso?! – Aomine perguntou espantado.

– Ela inventou isso. Sempre falava que era um truque com a mão.

Ele não entendeu. Ela pensou.

– Sabe quando giramos a bola e a jogamos no chão ainda girando. Dependendo de como gire ela volta pra você ou vai para o outro lado.

– Hum...

– Nana faz isso com a mão. Na hora do tapa ela gira a bola rápido, e mesmo indo para fora da quadra, quando toca o chão ela volta.

– Mas foi em direção a Hare.

Riko riu.

– Isso eu nunca entendi. É o jeito, a força e a velocidade que ela dá o tapa.

Aomine olhava para Nana.

– Ela é incrível...

Riko sorriu.

Toeko tentou bloquear Nana, mas ela deu um giro e passou pela garota. A velocidade era absurda. Yuuri bloqueou Hare, que jogou a bola para Naname. Toeko ia alcançá-la, mas Nana jogou a bola para trás entre as pernas e Hare a pegou, rindo. Fez cesta de dois pontos. Kagami ficou boquiaberta.

Naname quicava a bola olhando Toeko. Apenas uma garota a fez se sentir daquele jeito enquanto jogava. Foi no ginásio, quando ela tinha 14 anos. Uma americana do colégio rival de onde jogava.

Enquanto ela a olhava, Nana sentiu algo estranho. Uma coisa que não sentia há muito tempo. Ela deixou o ar escapar e paralisou vendo Toeko. Riko franziu a testa, sem acreditar. Nana abriu lentamente um sorriso com os olhos arregalados e cruzou os braços, com a bola em uma das mãos, abrindo-os rapidamente como se fosse jogar a bola. Mas ela desapareceu do nada. Todos exclamaram sem entender.

– Onde...? – Midorima analisava toda a quadra.

Riko abriu um sorriso. Subiu em cima de onde estava sentada.

– Ela voltou! – Riko gritou pondo as mãos em seguida na frente da boca, emocionada.

Aomine olhava aquilo, querendo saber como!

– Ela está...?

– Ela está na zona! – Riko disse, sentando.

Toeko estava paralisada. Nana passou por ela, como se quicasse a bola, mas não havia bola! Yuuri também não entendia, estava com os olhos arregalados. Hare passou por ela. Nana deu um tapa no ar e de repente Hare pegou a bola, jogando-a em direção a cesta e Nana fazendo o ponto em seguida, se pendurando no aro.

Aomine estava com os olhos arregalados.

– Ela... Consegue entrar na zona?

– Hai! – Riko disse animada – Foi há dois anos a primeira vez.

– Sugoii... – Ele disse, engolindo a seco – Pensei que ela fosse apenas rápida.

– A zona dela não é velocidade. – Riko riu.

– Não? – Ele não entendeu – Então é o que?

– Kuroko faz a presença dele desaparecer na quadra. Nana... – Ela ria eufórica – Faz a bola desaparecer para os outros.

Ele arregalou os olhos e voltou a olhar para Nana. Ela foi em direção a Toeko e jogou a bola para o lado, que sumiu. Yuuri alcançou a Hare e pegou a bola, mas ela desapareceu e logo escutaram o som da cesta. Nana havia dado outro tapa na bola sem que Yuuri percebesse.

Toeko estava furiosa. Naname sorriu e jogou a bola para ela, que passou para Yuuri. Ela correu para a cesta, mas Hare passou por ela, sorrindo e bateu na bola, que passou por baixo das pernas de Yuuri. Hare passou por ela, que estava paralisada de raiva, e pegou a bola. Correu rápido para a cesta, mas Yuuri a alcançou e a bloqueou. Hare jogou a bola para o alto, em direção a cesta.

Naname passou rápido por Toeko, que tentou alcançá-la, mas caiu ajoelhada no chão pela velocidade da rival. A bola ia acertar a cesta, porém mesmo assim Nana a pegou no ar e a enterrou no aro, quebrando-o. Ela aterrissou no chão com o aro na mão, ainda processando o acontecido.

Riko olhava aquilo abismada, com os olhos arregalados. Aomine engoliu a seco e os outros ficaram boquiabertos.

– Ano... Acho que o jogo acabou. – Nana riu pondo a mão na cabeça.

Yuuri caiu sentada, ofegante sem acreditar naquilo. Hare sorriu para a amiga. Toeko sentou, se esforçando para admitir mais uma derrota contra Nana.

Naname a olhou e foi até ela, enquanto o pessoal descia a arquibancada. Toeko a olhou, emburrada. Nana sorriu esticando a mão para ela. Mikasi aceitou e levantou com a ajuda da rival.

– Arigatou. – Nana deu um largo sorriso.

– Nande? – Toeko disse, espantada. Não entendeu.

Naname pôs a mão na cabeça de sorriu e riu.

– Só duas garotas me fizeram entrar na zona. Uma delas foi você. Arigatou! Foi divertido.

Toeko corou, aquilo realmente foi um elogio.

– Hum... – Ela resmungou – Não quebre a cesta no campeonato... Baka.

Nana a olhou, surpresa. Sorriu de novo.

– Hai! – Disse animada.

Toeko sorriu, desafiadoramente.

– Oe! Yuuri! Vamos!

– Hai, hai... – Ela disse desanimada, se levantando.

– Ano... – Hare a chamou – Como se chama?

– Rinara Yuuri.

– Hum. – Hare sorriu – Arigatou! Quero jogar com vocês de novo.

Yuuri franziu a testa.

– Hum... Hai.

– Que bom! – Hare deu um largo sorriso.

– Oe, Yuuri! – Toeko a chamou de novo.

Yuuri foi até ela. Mikasi olhou para Nana.

– Nos vemos no campeonato.

– Hai! – Naname disse sorridente.

Os outros viam Toeko e Yuuri irem embora. Nana sorria, sem perceber que ainda segurava o aro quebrado. Riko caminhou bufando até ela.

– Você quebrou a cesta! – Ela gritou com os punhos fechados.

Nana exclamou apavorada, se protegendo com o aro.

– Go-Gomen! Foi sem querer!

Aomine quis rir. Nunca viu Nana assim. Lembrou então de Riko dizendo que uma coisa a mudou completamente. Mas agora queria saber o que foi que a fez mudar tanto. Se não era o que ele mais temia, o que seria então?

– Você... – Riko rangia os dentes.

Algumas meninas puseram a mão na frente da boca querendo rir, outras gargalhavam sem se importar. Kise ria e Murasakibara também, porém vendo Mureni gargalhar.

– O-Onegai... – Nana gaguejava.

– Vai ficar na posição do caranguejo. – Riko a fuzilou.

Naname exclamou, apavorada e saiu correndo implorando para Riko não fazer aquilo. Riko correu atrás dela pela quadra. Naname ficou atrás da pequena prateleira das bolas, mas Riko correu dando a volta e Nana correu. Aomine começou a rir. Nana desviou quando Riko quase a pegou, mas como sua prima, ela sabia os truques. Naname desviou de novo, mas Riko a enganou com o movimento e a pegou, fazendo-a cair no chão.

– Hahá! – Riko a segurou.

Ela a virou e sentou na bunda de Nana, puxando as pernas dela para trás. Naname tentava gritar, batendo a mão no chão pedindo por ajuda. Mas sua voz não saía e as garotas só riam.

...

Nana estava pondo o gelo nas costas, enquanto franzia a testa, indignada por ninguém tê-la ajudado. Mureni ainda gargalhava. Nana a fuzilou, mas Aomine se sentou ao lado dela.

– Yo. – Ele disse rindo – Melhor?

– Cala a boca. – Ela resmungou.

Ele riu.

– Nee, quero que jogue assim comigo.

Ela o olhou em dúvida.

– Será que vai entrar na zona comigo? – Ele deu um meio sorriso encantador pra ela.

Nana corou.

– Etto... De repente.

Mureni foi até eles, eufórica.

– Ahhhh! Você dois!

Eles a olharam.

– Quando isso vai ficar oficial?

– Hã?! – Eles exclamaram em coro, arregalando os olhos.

– Nani?! Está louca? – Nana exclamou – Como você faz uma pergunta dessas?!

– Fala sério! Você já o beijou mesmo! – Mureni ria.

Naname perdeu a cor. Como aquela maluca sabia daquilo?!

– Na... Nani?! – Ela levantou deixando a bolsa de gelo cair.

Os outros chegaram perto. Tentando entender o que se passava.

– Foi sim! – Ela apontou para Nana – Eu vi! Estava no parque... Contra a grade da quadra. – Ela ria.

Nana parecia virar areia e se esfarelar.

– Como sabe disso?!

– Eu vi! – Mureni exclamou – Estavam se agarrando!

Naname ficou extremamente vermelha.

– Pra quem disse que odeia ele, você estava gostando dele te beijar daquele jeito. – Ela riu – Intenso... – Ela cantarolou.

As outras puseram a mão na boca, querendo rir. Todos já sabiam que eles se gostavam, mas ficaram surpresos pelo beijo contra a grade de uma quadra.

– Eu também vi eles se beijarem! – Emi exclamou pulando, com o braço levantado. Ela já ria.

– NANI?! – Nana exclamou, querendo desaparecer.

– Foi na casa da praia. Eu ia acordar ela, mas Aomine-kun estava com ela. Nana estava... – Ela ria – Numa posição... Hum...

– Fala de uma vez! – Aiko exclamou.

– De quatro abraçando ele e o beijando! – Emi disse rápido tampando a boca em seguida.

– Nana! – Mariko e Hare a recriminou.

– Então foi por isso que você voltou rindo. – Seikori disse – Mentirosa.

Emi riu. Nana estava pálida e paralisada. Hana ria.

– Peguei os dois se beijando na praia, vi da varanda da casa de praia.

– Praia? – Sakura perguntou.

– Hai. – Han cantarolou – Eles estavam... Etto... – Ela ria.

– Nani? Nani? – Mureni queria saber, ansiosa.

– Se beijando na areia... Só de... Hum... Só com roupas de baixo.

– Nana! – Riko gritou a recriminando.

Naname agachou com as mãos na cabeça, corando absurdamente. Era pra isso ficar em segredo! Os garotos fuzilavam Aomine, que desviava o olhar, pondo a mão na parte de trás da cabeça.

– Hentai. – Disseram em coro.

– Eu estou vendo. – Mureni disse – Odeia ele pra caramba! – Ela ria.

Nana bufou bem alto.

– Vão ficar me sacaneando?!

– Se você dizer que gosta dele, eu paro!

– Então vai ser assim mesmo ne. – Nana apertou os olhos em direção a Mureni.

Ela levantou e andou, saindo da quadra e indo em direção ao vestiário. Entrou no corredor.

– Hum? – Mureni não entendeu – O que ela vai fazer? Se esconder? – Ela riu.

– Não faço ideia. – Hare disse – Mas acho que isso não vai ser legal... – Ela pensava.

Depois de alguns minutos, Nana saiu do corredor e foi para a quadra com quatro sutiãs em cada mão. As meninas não entenderam.

– Nana... – Hare estremeceu – O que vai fazer?

As outras a olharam, ficando nervosas.

– Não vai jogá-los. Ne?! – Seikori perguntou nervosa.

Nana bufou.

– Eu disse que nunca repito os trotes! Então... Vejamos. – Ela via os sutiãs – Esse aqui.

Pegou um sutiã rosa bebê de tamanho grande.

– Adivinhem de quem é? – Nana sorria.

Ninguém precisou, Hare exclamou arregalando os olhos e pondo as mãos na frente da boca. Nana riu, pondo o sutiã nas orelhas.

– Isso parece até um abafador. É extragrande? – Ela gargalhava.

– Nana! – Hare gritou desesperada tentando pegar o sutiã, mas Nana levantou a mão – Por que pegou o meu? Não fiz nada!

– Por diversão mesmo. E você é uma ingrata! Esqueceu? – Ela ria.

Naname correu até Kagami e deu o sutiã a ele.

– Toma, sortudo. Eles são bem grandes. – Ela ria.

Hare foi atrás dela, mas Nana correu saindo de perto. Kagami levantou o sutiã, corando. Hare pegou, mais corada ainda.

– Etto... – Nana cantarolava – Esse! Bolinhas!

Aiko corou. Ia abrir a boca pra falar algo, mas Nana já estava dando o sutiã a Kise.

– Esse é o da Mureni! – Naname disse sem esconder de quem era o sutiã grande e roxo – Quem disse que vingança não é doce? – Ela gargalhava.

Mureni ficou boquiaberta e vermelha. Tentou pegar o sutiã, mas Nana desviava girando e o deu a Atsushi. Mureni pegou na hora, tentando esconder.

Emi tentou pegar os sutiãs, exclamando. Nana desviou rindo e deu o sutiã preto a Midorima.

– Sinceramente, – Ela ria – Pensei que seria verde.

– Oe! – Mariko exclamou pegando seu sutiã e o escondendo atrás das costas.

Ela estava mais envergonhada pelo sutiã ser o menor de todos.

– Olha! – Nana cantarolou – Akashi-kun tem sorte! Hana é selvagem – Ela disse girando um sutiã de onça.

Hana perdeu a cor. Não era pra ninguém saber!

– Baka, baka, baka, baka! – Ela exclamou vermelha correndo atrás de Nana.

Naname gargalhava correndo dela. Hare agachou no chão com as mãos na cabeça, completamente envergonhada.

– Peguem ela! – Mureni disse.

Nana ainda tinha um plano para o resto dos sutiãs.

– Ne, ne? O que vocês acham de eu procurar pelos seus pares? – Ela ria.

Seikori, Sakura e Emi engoliram a seco e exclamaram começando a correr atrás dela.

Naname corria pela quadra enquanto os garotos as assistiam correrem atrás dela, desesperadas. Nana subiu na arquibancada e as outras atrás dela. Aiko estava do outro lado e a encurralou. Mureni ia agarrá-la, mas Nana desceu a arquibancada pulando e rindo, quase fazendo-as se chocar. Ela passou por Hare, que ainda estava agachada.

Hare a fitou e bateu as mãos nos joelhos, indignada começando a correr atrás de Nana. Riko assistia a tudo, gargalhando.

– Melhor tomarem conta das portas! – Ela gritou.

Todas arregalaram os olhos, desesperadas. Naname já estava a caminho da porta da saída de emergência, mas Mureni já havia chegado para detê-la. Ela riu e desviou indo para a outra.

– Pega ela! – Exclamaram, mas os garotos estavam paralisados vendo tudo aquilo.

Nana passou pela porta e as meninas gritaram, correndo atrás dela. Riko riu pulando e saiu correndo atrás. Os garotos também correram. Suspeitavam de que aquilo ia dar merda. Aomine não estava com eles.

Naname correu quase por todo o colégio. Ele já estava quase vazio, então ninguém viu aquela confusão. Com os desvios que Nana fazia das garotas, elas foram parar na piscina. Todas iam agarrar Nana, mas ela desviou pulando a borda e indo para o outro lado mais próximo. As garotas caíam na piscina gritando. Os garotos ficaram boquiabertos. Riko gargalhou.

– Argh! – Mureni bufou de raiva. Estava encharcada – Vou te pegar!

Nana pôs as mãos nos joelhos, gargalhando. Mureni saiu da piscina pingando litros e correu atrás dela, que largou os sutiãs e saiu correndo. Os garotos foram ajudar as meninas a sair da piscina, enquanto viam Nana e Mureni pular a cerquinha da piscina e sair correndo.

O cabelo de Hana estava encharcado e ela tossia. Akashi a ajudou, querendo rir. Kise ajudou Aiko, gargalhando. Ela quis bater nele, mas o fuzilou e o fez rir mais. Kagami ajudou Hare, que se abraçou para ele não ver o sutiã por baixo da blusa. Ela corou mais e ele riu, dando a ela seu casaco para se cobrir.

Murasakibara tirou Seikori e Emi da água de uma vez, e por último Sakura. Midorima ajudou Mariko, que estava corada e quase chorando. Ele ia perguntar o que houve, mesmo tendo uma suspeita óbvia. Ela o fez largar sua mão e saiu correndo.

Quando passou pelo pequeno portão, Kuroko e Momoi chegaram, vendo aquilo tudo. Estavam de mãos dadas.

– O que houve?

– Nana fez um trote com elas. – Midorima disse.

– E Mari-chan? Ela está bem?

Ele abaixou a cabeça em dúvida.

– Não sei.

Shintarou pôs as mãos nos bolsos e saiu andando na direção que Mariko foi.

– E onde vocês estavam? – Kise cantarolou.

– Etto... – Momoi corou.

– Pedi Momoi-san em namoro. – Kuroko disse com cara de nada.

– Nani?! – Kise exclamou e começou a rir – Finalmente!

– Hum! – Momoi corou mais.

– Mas porque saíram correndo naquela hora? – Kuroko perguntou.

Kise riu e começou a contar o que houve.

Mureni corria atrás de Naname, mas ela a despintou atrás do prédio. Parou pra respirar, pensando para onde iria. Recuava alguns passos, esperando que Mureni a alcançasse. A porta se abriu e alguém puxou Nana para dentro tampando sua boca e fechando a porta. Mureni apareceu bufando e correndo, agora, trás do nada.

A pessoa segurava Nana, mas ela se debateu e os dois caíram sentados. Ela ouviu a risada de Aomine, que a soltara. Olhou para trás.

– Maluco.

Ele ria.

– Não fui eu que saí correndo com os sutiãs na mão.

Ela revirou os olhos, querendo rir. Encostou as costas no peito dele, suspirando. Correu muito. Ele viu o top dela e corou, nem notara até aquele momento. Sentiu o cheiro de tutti frutti no cabelo dela, era do shampoo que ela usava. Ele aproximou o rosto do cabelo dela e respirou fundo querendo sentir mais daquele cheiro.

– O que está fazendo? – Ela perguntou querendo sorrir.

– Gomen. – Ele disse encostando a cabeça na dela.

Nana ficou de lado, ainda encostada nele. Ele corou e desviou o olhar ao ver o decote.

– Ne, eu... – Ela sorriu – Não te odeio mesmo.

Ele sorriu gentilmente olhando para ela. Ela aproximou o rosto, corando levemente. Ele pôs a mão em sua bochecha e a beijou. Ela sorria, mordendo o lábio e voltando a beijá-lo.

...

Midorima caminhava procurando por Mariko, até que a viu atrás do prédio que fazia uma grande sombra onde ela estava. Ela estava escorada na parede, passando o braço no rosto. Chorava.

Ele ficou surpreso e se aproximou. Parou ao lado dela. Viu que seu cabelo estava com cachos novamente, mas ainda molhados.

– O que houve?

Ela balançou a cabeça, negando com as mãos na frente do rosto.

– Você não devia ter visto. – Murmurou.

– Mas você nem estava vestida nele. – Ele tentou melhorar algo, rindo levemente.

Ela abaixou as mãos e se abraçou na altura dos seios, com vergonha.

– Eles... Não são grandes.

Midorima franziu a testa em dúvida.

– E daí? Não é por causa dos seus peitos que eu gosto de você.

Mariko o olhou, surpresa. Ele viu seu rosto molhado pelas lágrimas. Ela abaixou a cabeça. Ele suspirou e ficou de frente pra ela.

– Eu... – Ela dizia – Não sou tão bonita quanto as outras, meu cabelo é enrolado e eu não tenho tanto corpo como elas. Eu sou feia... É por isso que você não quer me beijar ne?

– Hum. – Ele engoliu em seco. Não imaginava que ela se sentia assim – Por que está dizendo essas coisas?

– Porque todas elas já beijaram. Todas...

Ele sorriu gentilmente aos poucos. Pegou no rosto dela e limpou as lágrimas com o dedo.

– Eu não sabia que eles já tinham beijado elas. É que... Eu queria esperar.

Ela ficou surpresa.

– Nee... Gomen. – Ele disse – Queria te levar no terraço daquele prédio de novo. Eu ia te beijar lá, mas o prédio entrou em reforma e muitas coisas estão no terraço.

Ela abaixou o olhar, entendendo.

– E você não é feia. – Ele deixou escapar uma risada – Eu te acho linda.

Mariko o olhou, surpresa. Ele era mais alto que ela, encostou a cabeça na parede e ela olhou para cima, fitando seus olhos. Ele pôs a mão na cintura dela.

– Eu tinha receio de conversar com você, porque te achava muito bonita. – Ele riu – Não conta para as outras, mas Kagami escutou uma vez vocês conversando na quadra e ouviu cada uma dizer de quem gostava. Ele contou pra gente e quisemos conhecer vocês. Sei lá... Pareciam mesmo que gostavam da gente. – Ele riu – Eu realmente gostei de você de cara quando te vi no vestiário. – Ele disse se lembrando de Mariko ao entrar sorrindo e falar com Nana, que os olhava.

Ela ficou admirada, não imaginava aquilo.

– Eu não estou nem aí se você não tem peito como as outras, porque eu não quero ficar com as outras. Eu gosto de você porque você é assim. E eu te acho linda por isso.

Ela corou enquanto fitava aqueles olhos verdes encantadores por trás dos óculos. Midorima desencostou a cabeça da parede e aproximou o rosto do dela. Mariko corava mais enquanto o via fechar os olhos e tocar em seus lábios com os dele. Os lábios dele eram macios e ela ficou mais encantada ainda. Fechou os olhos ao passo que ele pôs o braço em volta de sua cintura fazendo-a chegar mais perto dele.

Ao passarem pelo portão, Midorima estava com as mãos nos bolsos e Mariko apertava a barra da blusa. Ela estava corada e sorrindo. Ele tirou a mão do bolso e a deixou livre ao passo que ela fez o mesmo. Tocaram os dedos levemente e deram as mãos. Ele sorriu por querer fazer aquilo e olhou para ela, que estava sorrindo gentilmente para frente, virando levemente o rosto para ele não ver.

Midorima a levou para casa e na porta a pediu em namoro. O sorriso de Mariko não tinha tamanho!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem *----*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A garota que eu amo me odeia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.