A garota que eu amo me odeia escrita por Lailla


Capítulo 12
Eu quero você


Notas iniciais do capítulo

Mais um meus lindos, perdoem a demora *-* É que vou entrar em provas e semana que vem vai ser tenso pra eu postar, mas na próxima volto >.< Vou tentar adiantar o que puder essa semana s2s2s2s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/618429/chapter/12

O campeonato começava e o time feminino da Seirin já estava se aquecendo na quadra de seus sonhos. As meninas ficaram curiosas com Naname. Ela estava eufórica dias antes, mas naquele estava quieta e estranha. Hare franziu a testa, desconfiada. Quando a viu se abaixar para apertar o laço do tênis e fazer uma expressão leve de dor com a tentativa de disfarçar, Hare foi até ela. Se sentou ao seu lado.

– Nana.

– Hum.

– O que houve?

Nana abaixou a cabeça, tampando os olhos com a franja. Hare suspirou séria.

– Ele te visitou de novo, não foi? O que ele fez agora?

Ela não respondeu. Hare respirou fundo e olhou para frente.

– Não jogue hoje, tá?

Nana cerrou as mãos. Hayato chamou as que foram escaladas. Nana levantou e foi para a quadra.

– Nana. – Hare a chamou. Ficou séria e preocupada por Nana não atendê-la.

O apito soou e o jogo contra Midokaru começou. Toeko sorria para Nana, que parecia suar frio. Seu sorriso sumiu ao perceber isso. A Geração dos Milagres estava assistindo ao jogo.

– Nana-chan parece tão séria. – Momoi comentou. Kuroko reparava.

– Ela parece que está passando mal. – Ele comentou.

Aomine começou a reparar. Ela parecia mesmo estar passando mal. Seus olhos estavam meio abertos e ela suava frio, mal conseguindo se posicionar. Ele franziu a testa.

Nana correu e fez expressão de dor, parando logo. Aiko reparou e não entendeu. Passou a bola pra ela e Nana ia fazer um arremesso. Toeko ia impedir. Nana deu um giro, desviando, e jogou a bola com a expressão de dor mais acentuada.

– O que você tem? – Toeko perguntou ofegante.

Nana suspirou, mal conseguindo respirar.

– Continua o jogo. – Ela disse, séria.

Toeko arregalou os olhos ao vê-la pior. Não era a Nana com quem ela jogara semanas antes. Midorima reparava nela.

– Tem alguma coisa de errado.

– Eu sei. – Aomine rangeu os dentes já desconfiando.

Naname corria com dificuldade, ia passar a bola para Mariko, que arregalou os olhos ao vê-la. Uma jogadora da Midokaru tentou pegar a bola e esbarrou em Nana, que deixou escapar todo o ar sem conseguir sequer gritar. Ela caiu ajoelhada com a mão apoiada no chão e a outra na parte direita do tórax.

– Nana! – Hare exclamou nervosa.

Ela respirava com dificuldade pela dor. Apitaram e o jogo parou. Hayato foi até ela preocupado. Perguntou o que houve, mas Nana não respondia. As meninas ficaram preocupadas. Katsuo a poiou com ela ainda pondo a mão no tórax. Tremia e suava mais pela dor. Aomine franziu mais ainda testa. Os outros olharam para ele. Daiki levantou e saiu andando, irritado.

...

Naname estava no vestiário. Katsuo estava irritado por ela não ter contado nada a ele. O médico deu a ela um remédio para dor e uma bolsa de gelo, saindo logo depois. Hayato a fitou. Nana estava deitada pondo o gelo aonde doía.

– Por que você não falou nada? – Ele perguntou, sério.

Ela não respondeu. Apenas olhava para o teto.

– KOUSEN! – Ele exclamou sério. Ela se assustou e olhou pra ele – Como fraturou a costela?

Ela não respondeu, não sabia como. Ele bufou.

– Vai ficar sem jogar. Dois meses.

– Que... Ai! – Ela ia se levantar, mas a costela doeu.

– Ponto! Descanse. Vou voltar para a quadra. E descanse de verdade! – Ele determinou saindo do vestiário.

Ela suspirou e tampou os olhos com o braço. Daiki ouviu tudo do lado de fora. Entrou sem que ela notasse e a fitou. Sua blusa estava suspensa e ela segurava a bolsa de gelo do lado direito do tórax. Ele se encostou nos armários e cruzou os braços, sério.

– Agora vai falar pra mim quem faz isso com você? – Ele perguntou sério. Sua voz estava mais imponente.

Ela abaixou o braço, se assustando. Olhou para ele. Não sabia o que dizer. Ele a encarava.

– Vai falar ou não?

Ela desviou o olhar.

– Naname! – Ele exclamou. Ela o olhou, assustada – Que porra está acontecendo?! Cada vez que você aparece, está com um machucado pior.

– Não posso contar... – Ela disse suavemente.

Ele a olhou indignado. Foi até ela, se sentando ao seu lado.

– Você está brincando, ne?! Fala quem está fazendo isso com você!

Os olhos dela ficaram marejados. Balançou a cabeça, negando.

– O que houve com sua irmã? – Ele perguntou de repente.

– Como...?

– Normalmente gêmeas vivem juntas. Você nunca fala dela. O que aconteceu com ela?! Você é... – Ele pensava indignado – Você é normal! É divertida, engraçada e vive rindo. Mas quando acontece isso, você muda! O que tem de errado com você?! Quem está fazendo isso com você?!

Ela respirava, querendo chorar.

– Eu não...

– “Posso contar.”?! – Ele passou a mão no cabelo e esfregou o rosto.

Daiki estava irritado. Naname escondia tudo dele. De raiva, ele levantou e socou o armário, que amassou um pouco. Nana o olhava, assustada. Não sabia o que dizer.

– Eu quero ficar com você, sabia?! – Ele exclamou.

Ela arregalou os olhos.

– Mas com você me escondendo tudo, dá pra ver que não quer nada comigo.

Ele foi em direção à porta.

– Daiki... – Ela tentou levantar, mas sentiu a dor e parou.

– Não venha com desculpas! Não quero mais ver sua cara se não for pra me contar tudo! – Ele disse irritado e saiu.

Ela apoiava o cotovelo na cama improvisada. As lágrimas caíram.

– Droga... – Nana disse deitando e chorando.

Ela não conseguia contar a ele. Não sabia como! Era complicado demais pra ele se envolver. Por que ele não entendia?

O jogo com a Midokaru terminou com 100 à 105. Seirin ganhou com um pouco de dificuldade. As meninas foram ver como Nana estava. Ela fingia estar bem. Tanto pela dor, que realmente melhorou pelo remédio, quanto por Daiki. Ela sentia como se um buraco tivesse se formado em seu peito. Hare a encarava constantemente, sabia o que acontecera e estava começando a se irritar com ela.

...

Um mês e meio se passou e Nana estava bem melhor, porém inconsolável. Ela passou a gostar de Daiki e principalmente quando ele a visitava ou a buscava no colégio. Ele parou de ir vê-la, realmente não queria ver mais sua cara. Ela mal prestava atenção nas aulas, apenas olhava para a janela.

Nana estava no intervalo. Kuroko se aproximou dela. Hare estava chateada com ela e não estavam se falando direito. As meninas estavam preocupadas com isso.

– Kousen-chan?

Ela o olhou. Ele se sentou ao seu lado. Estavam atrás do prédio, no banco.

– Nee? Aomine-kun está preocupado com você. Mas ele não diz de verdade.

Ela abaixou a cabeça.

– Naname-chan. Por que não diz logo que gosta dele? – Kuroko perguntou.

– Porque não é esse o problema.

– Então qual é?

Ela balançou a cabeça, negando. Ele compreendeu e olhou pra frente.

– Sabe, eu nunca vi Aomine-kun gostar de alguém assim. Antes parecia só rivalidade e desejo de jogar com você. Mas ele começou a gostar mesmo de você. – Kuroko disse levantando – Seja qual for o problema, só diga que gosta dele e que não está pronta pra contar seja o que for.

– E como você sabe se gosto dele? – Ela o olhou com os olhos marejados.

Ele sorriu gentilmente.

– Pelo fato de estar quase chorando por se importar com ele.

Ela ficou surpresa. Abaixou a cabeça, apertando a barra da saia. Kuroko saiu e Nana ficou pensando. Ela gostava mesmo de Aomine.

...

Poucos dias depois, Nana refletiu e tomou uma decisão. Ainda não conseguia contar a Daiki o que escondia, mas ela queria ficar com ele. Diria que gostava mesmo dele, que quando estivesse pronta contaria tudo.

Ela foi para a casa dele e tocou a campainha.

– Hum? Naname-chan! – Sayaka abriu um sorriso – Veio dormir aqui de novo?

– Hum... Hai. – Nana corou.

– Entra, entra! Nii-san ainda não chegou. – Sayaka disse enquanto Nana entrava e tirava os sapatos.

– Hum, hai.

– Pode pôr suas coisas no quarto dele. – Ela sorria – Okaasan saiu e Otousan ainda não chegou. Estou fazendo umas coisas. Se importa de esperar no quarto dele?

– Não, tudo bem. – Nana sorriu.

– Arigatou.

Sayaka voltou a fazer seus afazeres e Nana subiu para o quarto de Aomine. Ela entrou e fechou a porta. Observou o quarto dele e sorriu. Todo garoto era desorganizado assim? Pôs sua bolsa ao lado da cama e foi para o banheiro.

Vinte minutos depois Daiki chegou. Sayaka deu um “oi”, mas esqueceu de falar que Nana estava no quarto dele. Ele entrou suspirando. Largou a mochila no chão e se jogou na cama. Olhou pra baixo e viu uma muda de roupas.

– Hum?

Sentou e a pegou sem entender. Era um uniforme feminino. Quando viu o sutiã, arregalou os olhos. Ficou boquiaberta. Naname saiu do banheiro naquele momento.

– Okaerinasai. – Ela sorriu.

Ele a olhou e ficou pasmo. Nana estava vestida com um casaco seu, que chegava até as coxas dela. Seu cabelo estava solto.

– Nani...

Ela se aproximou e se sentou ao lado. Ele estava paralisado.

– O que você está fazendo aqui? – Ele perguntou – Está... Vestindo o que?!

Nana se aproximou e o beijou. Ele ficou estático. Ela cessou o beijo e ficou próxima do rosto dele.

– Gomen. – Ela disse suavemente.

Ele relaxou a expressão, a fitando.

– Vai... Me contar agora? – Ele perguntou calmo.

Ela balançou a cabeça, negando. Sorriu envergonhada.

– Quando eu souber como falar, eu falo.

Ele abaixou o olhar, já estava um pouco cansado de ela esconder tudo dele.

– Ne... – Ele ia dizer.

Naname levantou e ficou de frente pra ele na cama. Se inclinou pra frente, sorrindo.

– Nani? – Ele perguntou confuso.

Ela sorria, envergonhada.

– Eu quero ficar com Daiki.

– Hã?

Ele ficou estático. Nana se endireitou e abaixou o zíper do casaco, deixando cair pra trás. Aomine ficou paralisado a olhando daquele jeito. Ela estava apenas de calcinha e as mechas de cabelo tampavam seus seios.

– Nee? – Ela se inclinou pra frente, pondo as mãos nos ombros dele – Quer ficar comigo?

– Ahm... – Ele gaguejava – Fazendo a pergunta assim é maldade. – Ele corou.

Ela deu uma risadinha, empurrando ele e fazendo-o se deitar. Se sentou, ficando em cima dele.

– Etto...

Ela sorriu e se inclinou pra beijá-lo.

– Eu gosto de você. – Ela disse quando parou.

Ele olhava aqueles olhos verdes. Os cabelos vermelhos deslizavam pelas costas de Nana e caíam perto do rosto dele. Ela começou a afrouxar sua gravata e a desabotoar a blusa dele. Ele estava hipnotizado enquanto ela o vazia. Quando Nana o fez se sentar, tirou o paletó e em seguida a gravata, ele despertou aos poucos. Ela o beijou mais uma vez e começou a tirar sua blusa. Daiki segurou suas mãos carinhosamente e a fez parar. Ela o olhou.

– Nani? – Perguntou suavemente.

– Não posso fazer isso. – Ele a olhava.

– Nande?

Ele a segurou e a sentou do seu lado. A beijou com intensidade. Parou e encostou a testa na dela.

– Porque eu gosto de você.

– Mas é por isso que eu...

– Eu quero namorar você. – Ele a olhou.

Nana ficou surpresa.

– Quero conhecer você por completo, mas você não deixa. – Ele deixou escapar uma risada fraca.

Ela abaixou o olhar.

– Gomen ne...

Daiki pôs a mão na bochecha dela. Ela o olhou e ele a beijou, deitando-a. Nana o abraçou, sorrindo. Ficaram se beijando por um tempo, mas Aomine parou quando percebeu que começava a ficar intenso e que Nana estava praticamente nua, além de o querer. Ele emprestou uma blusa para ela e os dois adormeceram em sua cama. Daiki a observava dormindo, ela estava serena. Ele tirava alguns fios de cabelo de seu rosto, a abraçou. Ele a olhou de novo, ela sorria dormindo. Ele adormeceu a olhando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A garota que eu amo me odeia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.