First Date escrita por Ametista


Capítulo 5
5º: SwissAus


Notas iniciais do capítulo

Espero que este tenha ficado bom, recebi 3 ou 4 requests dele :v
estou sim falando de uma CERTA LEITORA *cof cof Blu cof cof* QUE ME PEDIU ATÉ NO SKYPE
Música: https://www.youtube.com/watch?v=vuqg53SVNZQ (Sim eu sei que também é o mesmo cara da de PruAus, julgue-me por ser fangirl ;7;)



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Era dia dos namorados. Vash estava em casa com a irmã, Lili.

“Hm?...L-Lili, pra quem é o seu?” Perguntou o suíço, um pouco nervoso. Não que eu seja um irmão superprotetor ou coisa do tipo, claro que não. Impossível. É completamente normal ficar preocupado com a pessoa de quem minha irmã..gosta.

“Não vou contar!” Respondeu a menina, rindo. “Eu vou entregar depois. E o seu, bruder?”

Vash engoliu em seco. Tinha o coração recortado para o cartão, a cola quente para decorá-lo, o envelope..mas não tinha destinatário. Só conseguia pensar em uma pessoa que, talvez, só talvez, ele pudesse..gostar.

“Não vai contar também?” Indagou a menor, tentando ler o que ele escrevia: nada. “Não consegue pensar em ninguém, bruder?”

“C-consigo..mas..”

“Então vá em frente! Esse é o dia pra essas coisas, bruder! Pode até fazer como um admirador secreto, então eles não vão descobrir!” interrompeu a garota, sorrindo largamente. O mais velho sorriu de volta, um tanto mais discreto.

“Certo. Acha que eu deveria, hã..m-marcar um encontro?”

Ja!” exclamou, animada. O suíço suspirou, e pôs-se a escrever. Em pouco tempo, teria de colocá-la no correio de alguém. Alguém...especial.

Roderich não tinha planos para o dia dos namorados. Não gostava de escrever cartões – só pensar em escrever o fazia torcer o nariz e se deitar no sofá. Não era só por má-vontade, também era por uma razão mais ‘poética’, se o austríaco se permitisse chama-la assim. Cartões borravam, se apagavam, eram perdidos. Não era bem assim com música: ficava na memória, enchia o quarto, trazia uma boa sensação para os espectadores.

Também não esperava receber nada, afinal, não era lá o mais querido da vizinhança. Das 5 pessoas que nela moravam, uma era sua ex-namorada, outro era o um dos que mais odiava, outro era o irmão do mesmo, que não parecia compreender sua arte, e os outros dois..bem, admitiria que um deles era diferente. Não era a garota adolescente: Roderich se referia à Vash Zwingli.

Somos apenas amigos. Afirmava, todas as vezes que alguém desconfiava sobre alguma coisa entre os dois, e não era uma mentira. Claro, tudo só começou a partir do ódio mútuo que nutriam em relação a um certo vizinho albino, mas até o momento presente, tudo dava certo entre os dois. Tinham a ocasional discussão à respeito de música durante à noite – É Lullaby, de Johann Brams! CANÇÃO DE NINAR, SEUS INCULTOS! – ou sobre a estranha obsessão do suíço com segurança, mas nada muito sério.

Dada toda esta lista de razões, o austríaco estava definitivamente chocado ao ouvir o correio sendo entregue, às 10 horas da manhã, logo após seu café e banho matinais.

Saiu, e não viu ninguém do lado de fora, mas o correio não estava vazio: recebera um cartão, embrulhado como se fosse um presente, com papel azul e um laço. Abriu, e leu com cuidado. As bochechas do austríaco esquentaram. Não pode ser..alguém..realmente gosta de mim?

Guardou o cartão no bolso da calça, e sentou-se no sofá, perplexo. O cartão pedia para que fosse até o Vraiment Cher, o restaurante mais caro de toda a cidade. Roderich passou a mão pelo cabelo, hesitante. Eu definitivamente não tenho esse dinheiro..OPORTUNIDADE DE PROVAR COISAS CARAS!

Roderich sorria largamente para as paredes, tentado a anunciar as notícias para elas. Não podia acreditar: estava indo ao Vraiment Cher!

Mais tarde, quando o sol começava a se por, o austríaco se dirigiu ao restaurante. Procurava por todos os lados qualquer um que pudesse ser o “admirador secreto”, sem suspeitar. Ele tem que estar aqui...ou ela..qualquer um que seja!

Vash estava atrás de uma árvore em frente ao restaurante, vestido com as melhores roupas que tinha: camisa social, colete preto e gravata verde – Lili disse que combina com os olhos...–, mais que preparado para o encontro. Bem, hipoteticamente.

Não vou conseguir. E se ele ficar desapontado? E se não gostar da comida? E SE A GRAVATA NÃO COMBINAR COM MEUS OLHOS??! Pensava o suíço, desesperado, se inclinando contra a árvore. Respirou fundo. Você consegue, Vash. Ele vai gostar.

Virou-se, e reparou que o austríaco já estava lá, impecável como sempre. Como ele consegue? Até com a cara de mal-humorado, eu..eu ainda consigo acha-lo bonito..argh! Isso não deveria ser possível!

Vash fechou os punhos, e inspirou. É agora.

Saiu de trás da árvore, e andou lentamente até o moreno, que nem parecia se dar conta de sua presença. Ele é tão..tão..bonito..NÃO! É SÓ RAZOÁVEL! Corrigiu-se Vash. O que o suíço não reparou foi que, ao pensar nisso, tinha uma expressão muito..peculiar. O austríaco ergueu uma sobrancelha e virou-se, fazendo com que ele corasse.

“Ah, Vash! Você..quer ir ao banheiro?” Perguntou, um pouco confuso. O suíço deu um tapa na própria testa, tão corado quanto poderia ficar.

“N-não, é..v-você...veio..realmente veio..” balbuciou, sem conseguir fazer uma frase com muito sentido. Foco, Vash! O austríaco corou, e cobriu o rosto com a mão, deixando os olhos.

“V-você..foi você?” Indagou, surpreso. Vash fez que sim com a cabeça. “I-isso é...bom..” disse, num tom baixo. O suíço pareceu dsapontado.

“Queria que fosse outra pessoa...não é?”

“Não! É só que..bem..” Roderich não conseguia estruturar suas frases, num estado de confusão, surpresa, e principalmente..transe. Os olhos verdes do suíço nunca foram tão chamativos, mas por alguma razão, Roderich não parava de encará-los. Como pedras preciosas..céus. Pensou, voltou a cobrir o rosto, que esquentava cada vez mais.

“O que foi, Roderich?!” Perguntou o suíço, que começava a ficar impaciente. Roderich abriu a boca, e não fechou, mas também não emitiu som algum. O olhar se desviara para os lábios do outro, e não queria mudar mais de lugar. Para ele, só observa-lo falar parecia tão..satisfatório. Sim, satisfatório. Roderich Edelstein estava, por uma vez, realmente satisfeito. Não precisava de mais nada. Poderia pedir a conta para o garçom, já estava bem.

“Roderich?” O suíço indagou mais uma vez, e esta foi suficiente para liberar o outro do transe.

“Hn?”

“Está..feliz ou não?”

“M-muito feliz..” respondeu o moreno, corando. O outro também corou, forte.

“E-está bem. Então..podemos entrar?” indagou, e para sua enorme surpresa, o austríaco maneou a cabeça em um não. “E-ehhh?!”

“Eu..realmente não quero comer nada, se isso não for incômodo.” Disse, mais calmo do que realmente estava.

“B-bem, eu não me importo, mas..quer dizer, eu..j-já paguei, e..” gaguejou o suíço, mas foi calado por um beijo leve do austríaco, que sorria discretamente.

“Isso paga de volta?”

“N-na verdade, não..hã..foram 350 dólares, e..” tentou explicar novamente, mas o mesmo ocorreu. Corou novamente, e o austríaco também dessa vez.

“Agora?”

“N-não, por-“

Desta vez, Roderich aprofundou beijo um pouco, coisa que pegou o loiro de surpresa. Não se debateu, pelo contrário. Deixou a boca um pouco aberta, e foi quase imediatamente respondido.

“E agora?” Roderich estava mais vermelho do que antes, mas o suíço sorriu, malicioso.

“Vou precisar de mais alguns se quiser considerar, Edelstein.”

“N-não é justo, eu..eu tentei tanto ser..m-mais confiante ali, e-AH!” Exclamou o austríaco, que em meio a seu argumento, foi interrompido por um beijo um tanto caloroso do suíço, que o puxara pela gola da camisa e trazido para perto – muito perto - de si. As bochechas do austríaco coraram furiosamente, e o suíço também estava mais vermelho do que de costume.

“A-aproveitei, e..aumentei o débito um pouco.” Disse Vash. Roderich virou os olhos, envergonhado.

“N-não vou me importar de quitar esta dívida, Zwingli.” Resmungou, e o suíço se aproximou novamente.

“Bom saber.” E voltou a selar os lábios com os de Roderich, como se o fizessem todos os dias.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Ficou melhor do que eu imaginava, na minha opinião humilde >/////



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