Giocare escrita por Maria


Capítulo 4
Reação


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Antes de mais nada, peço deculpa pelo atraso. Es escrevi e re-escrevi este capítulo umas mil vezes... Nada parecia bem... Mas enfim, fazer o quê?
Segundo, um especial agradecimento à BluPrinci pela ajuda que ela me deu com o italiano! Valeu! :D
E terceiro, agradeço a toda a gente que tem comentado! É sempre bom chegar a casa e ler uns reviews bacanos! ;)
Boa leitura~



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(um clarão, seguido por um estrondo)

Prússia: (acorda, assustado. Murmura) Deus… Foi só um trovão…

Alemanha: (vira-se para ele, olhos meio abertos)

Prússia: Também acordaste?

Alemanha: Já estava acordado…

Prússia: (leva a mão à mesa de cabeceira e pega no relógio) Ainda são onze e dez… (senta-se)

Alemanha: O que foi?

Prússia: (boceja) Tenho de mijar. Aonde estão os fósforos?

Alemanha: Na gaveta.

Prússia: (levanta-se. Abre a gaveta e tira a caixa de fósforos) Será que os outros também acordaram? (acende uma vela)

Alemanha: (cobre os olhos) Sei lá… Não faças barulho.

Prússia: (revira os olhos, andando para a porta com a vela na mão) Sim, sim… (sai do quarto) Agora, aonde é que era mesmo… (repara que a porta do quarto dos italianos está aberta) Hm? (espreita lá para dentro) Ita? Roma? (entra no quarto) Aonde é que vocês-

??????: (voz fraca) P-prússia?

Prússia: (para, olha à sua volta) Quem está aí?

??????: Aqui idiota… Ajuda-me!

Prússia: Romano? (sai do quarto, olha para todos os lados) Onde estás?!

Romano: Ao pé das escadas…

Prússia: (corre) Mas o que…?!

Romano: (encostado à parede, camisola cheia de sangue)

Prússia: (agacha-se, preocupado) Roma! O que aconteceu?! De onde é que vem este sangue?!

Romano: (abaixa o olhar) O meu braço…

Prússia: (olha pra o braço do outro. A camisola estava rasgada e um grande corte podia ser visto) Merda! (tira a sua camisola)

Romano: Oi, o que fazes?!

Prússia: Temos de tratar de ti, certo? (pressiona a camisola contra o corte)

Romano: (estremece) Não faças tanta força!

Prússia: Como é que isto aconteceu?

Romano: (engole em seco)

Prússia: Romano! (faz mais força)

Romano: AI! (empurra-o) Okay! Foi… Foi o Feleciano…

Prússia: (em choque) O Feli?! Porquê?!

Romano: Lembras-te da lenda que ele nos contou?

Prússia: (acena com a cabeça) Porquê?

Romano: Não sei, ele ficou louco e diz que quer jogar… Que quer jogar áquilo…

Prússia: Merda... Eu sabia que ele estava… UGH! (põe um braço à volta da cintura do Romano) Anda, vamos tratar de ti… E acordar os outros.

(no quarto dos italianos. O Romano, o Prússia e o Japão estão sentados numa das camas, enquanto o Alemanha anda em círculos)

Alemanha: (a andar de um lado para o outro, claramente nervoso) Estás-me a dizer que o Itália simplesmente pegou em ti, atirou-te contra a parede, deu-te um murro na barriga quando te levantaste e depois acidentalmente cortou-te o braço quando o conseguiste empurrar e fugir para o corredor?

Romano: Exato…

Japão: (acaba de pôr uma ligadura à volta do braço de Romano) Feito. Eu só não entendo o porquê disto tudo…

Romano: Ele disse qualquer coisa sobre um jogo…

Prússia: Não me digas que ele quer jogar esse Giocere ou Giocale!

Romano: (irritado) Chama-se Giocare, idiota! E sim, eu acho que é isso que ele quer!

Prússia: (leva as mãos à cara) Mas porquê agora?! O que é que aconteceu para ele ficar assim?!

Alemanha: (suspira) Isto é mau… (para, tenta se acalmar) Romano, tu que conheces o Itália à mais tempo… Há alguma maneira de o acalmar e acabar com isto?

Romano: (pensa) Bom, poderíamos fazer o que ele quer e jogar. Somos nações, não podemos propriamente morrer.

Prússia: (levanta-se da cama) Bela ideia! Mas, como sabemos o que fazer? E quais são as regras?

Alemanha: (para ele mesmo) Se é que elas existem…

Romano: Lembram-se da história? O jogo acaba com o nascer do sol, e o objetivo é eliminar os membros da equipa adversária. Parece simples.

Alemanha: Pois, mas se bem me lembro, não está mais ninguém nesta mansão sem sermos nós. O Itália não tem uma equipa.

Romano: Mer-

Prússia: (olhos arregalados, como se tivesse percebido algo) O telégrafo! Ele deve ter usado o telégrafo!

Alemanha: (abana a cabeça) Irmão não sejas um imbecil. Quem é que hoje em dia tem um telégrafo em casa? Quer dizer, muitas nações ainda os têm, mas quem te diz que eles recebem as mensagens?

Prússia: A não ser que isto tenha sido tudo planeado!

Romano: Está a dizer que o meu irmão, desde o inicio, queria-

Japão: (tosse) Peço desculpa por me intrometer, mas têm a certeza do que estão a fazer? Isto não é propriamente um jogo do esconde esconde. Podemos ser imortais, mas continuamos a sentir dor. E, nesta altura, eu acho que é mais importante percebemos o que aconteceu do que nos metermos em aventuras malucas. O Itália pode muito bem ter planeado isto, mas não acho que deviríamos dar palpites sem saber o que aconteceu. Devemos nos perguntar, o que o levou a comportar-se assim?

(silêncio)

Alemanha: (senta-se, confuso) De manhã ele parecia normal. Fazia piadas secas, que só tinham graça porque ele exagerava as vozes e ria que nem um perdido…

Japão: E quando chegámos aqui, ele continuava inocente e assustadiço…

Alemanha: Confesso que fiquei surpreso quando ele nos ajudou com a lâmpada, mas porra! Ele é mais velho que eu! Não pode ser assim tão inútil!

Romano: Hei! Não fales assim dele!

Alemanha: (olha para ele) Estou a elogiá-lo.

Romano: Tsk…

Alemanha: (suspira) Enfim, quando estávamos a ver os quartos, ele também não me pareceu estranho.

Prússia: Bom, quando eu cheguei ele estava normal… Quer dizer, ele do nada ficou muito calado, mas continuava normal...

Romano: Quando tu e o bastardo patata* do teu irmão saíram, ele não estava normal. Quer dizer, ele levou as minhas malas! E vocês sabem o quão pesadas elas são!

Japão: Então… Foi algo que aconteceu entre vocês chegarem e o Alemanha e o Prússia entrarem em casa.

(todos pensam)

Alemanha: (arregala os olhos) Não… Não me digas que…

Romano: (enervado) Fala logo!

Alemanha: (ignora) Não me digas que foi o que eu disse…

Prússia: (pensa) O que tu- Ah! Achas?

Alemanha: Quer dizer, eu digo isso todos os dias… Qual seria a diferença entre dizer isto hoje e dizer isto à dois anos atrás?

Romano e Japão: O quê?

Alemanha: (para o Romano) Lembras-te quando eu disse ao Itália para te ajudar com as malas?

Romano: (acena com a cabeça) E depois, ficou subentendido que tu disseste ele nunca faz nada.

(silêncio)

Alemanha: (nervoso, senta-se e leva as mãos à cara) Mas não pode ser isso! Eu-ele-

Prússia: (tenta acalma-o) Pode ter sido outra coisa! Ele se calhar só começou a agir assim porque se lembrou de algo!

Japão: Sim, pode ter sido uma memória.

Romano: (pensando) Isto não importa agora.

Alemanha: (olha para ele) O quê?

Romano: (levanta-se) Logo pensamos nisso! Agora, o mais importante é encontrar o meu irmão. Se estivermos certos e ele tiver usado o telégrafo, alguém de fora pode estar envolvido. Conhecendo o Feli como eu conheço, ele pode ter uma carta na manga… É melhor chamarmos mais gente, só para prevenir.

Prússia: (sorri) Roma! Quando queres, até consegues ser um líder!

Romano: (revira os olhos) Não te esqueças que eu sou o país da máfia.

Japão: (sussurra, para os outros não ouvirem) Doitsu?

Alemanha: Hm?

Japão: (sorri) Eles precisam de um líder a sério. Ideias são boas, mas apenas alguém com um espírito realista e de liderança as pode pôr em obra.

Alemanha: (entende o que ele está a sugerir. Levanta-se) Muito bem! Formação!

Japão, Prússia e Romano: (fazem uma fila na horizontal, com costas direitas e cabeça erguida)

Alemanha: Primeiro, vistam as fardas. Não vamos fazer… o que quer que isto seja em pijama. E as nossas roupas normais não nos dão tanta camuflagem como os uniformes dão!

Japão, Prússia e Romano: (acenam)

Alemanha: Segundo! O Romano tem razão, mais vale prevenir! Irmão, lembras-te daquele rádio que trouxeste? Vê se consegues contactar alguém com ele! A pessoa mais próxima de nós é a Hungria.

Prússia: (nervoso) Mas ela-

Alemanha: Nada de mas! Ela não precisa de nos ajudar diretamente, passar a mensagem a outro é o suficiente. E, por favor, tenta manter isto entre o menor número de pessoas possível. Estamos entendidos?

Prússia: (acena)

Alemanha: Terceiro! Precisamos de todo o tipo de velas, fósforos e objetos com que nos possamos defender. Romano e Japão, posso contar com vocês?

Romano e Japão: (acenam)

Romano: Como se tivéssemos escolha…

Alemanha: E em ultimo… Nunca andem sozinhos. Eu e o Prússia estaremos no quarto. Quando acabarem, venham cá ter. (fecha os olhos) Oh, já agora, fiquem só neste andar. É mais seguro.


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Notas finais do capítulo

Bom, neste capítulo quis me focar mais no que eles sentiram com a mudança de atitude do Ita em vez de os pôr em ação. É mais uma introdução, por assim dizer.
Já agora, eu adoro escrever as falas do Japão. Não perguntem porquê, mas eu adoro! E também gosto de escrever as interações entre o Prússia e o Romano. Eu não os vejo como um casal, nada disso. Apenas gosto da amizade que eles têm! O meu headcanon é que eles têm uma espécie de bromance...
Espero que tenham gostado! E como sempre, críticas e ajudas são bem vindas!
*patata - batata (eu achei meio óbvio, mas fazer o quê? e só pus assim porque soava melhor em italiano do que em português)



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