Giocare escrita por Maria
Notas iniciais do capítulo
Oi!
No final deste capítulo, o Itália finalmente mostra um bocadinho da sua "nova personalidade", por assim dizer. Também vai haver uma histórinha!
Obrigada pelos comentários pessoal! É sempre bom chegar a casa depois da escola e ver que alguém leu a minha fic e gostou! :3
Boa leitura~
(Noite, na cozinha)
Romano: (com uma t-shirt branca e calções) Mas que merda! Prússia! Onde está a puta da luz que eu te pedi?!
Prússia: (de camisa e calças) Tem calma! (entra na cozinha, lanterna a óleo na mão. Pousa a lanterna no balcão) Aqui tem, donzela.
Romano: Ahahah, era suposto eu rir? (mexe a massa que está no fogão) E é um milagre este fogão ainda funcionar.
Prússia: Onde é que arranjas-te a massa?
Romano: O meu irmão trouxe alguma comida. Achavas que íamos comer estas mistelas que aqui estavam? Devem não só estar podres, como provavelmente sabem a teias de aranha em decomposição.
Prússia: (encosta-se ao balcão, divertido) Que comparação foi essa?
Romano: (dá de ombros. Vai até a um dos armários e tira dezasseis tomates lá de dentro, um a um. Murmura) Agora, será que eu consigo fazer o molho…?
Prússia: (olha para a janela) Isto não pode ficar aberto a noite inteira… (fecha as persianas de madeira) Não quero que nenhum ladrão entre aqui. Seria muito trabalhoso ter de me levantar para o derrotar!
Romano: (revira os olhos) Pois, provavelmente o bastardo do teu irmão é que teria de tomar conta do assunto. (vai ao armário e tira três cebolas e um frasco com umas ervas)
Prússia: He-
Itália: (entra na cozinha, ainda fardado) Ciao!
Prússia: Porque ainda estás assim?
Itália: Uh…. Quero tomar banho primeiro. (sorri) Cheira bem! O que estás a cozinhar?
Romano: (olha para ele, visivelmente desconfortável) Esparguete à bolonhesa…
Prússia: (fica sério) Ita, está tudo bem?
Itália: (ainda sorridente) Hm? Porque não haveria de estar?
Romano: Porque será? Oh, pergunto-me. (sintam a ironia)
Itália: (sorriso cai por breves momentos, mas volta) Eu já disse, estou apenas cansado. Arranjar uma lanterna não é fácil! Fiquei todo sujo e peganhento e-
Romano: Tsk, como queiras. (começa a cortar os legumes) Já te disse que vamos falar, quer queiras quer não.
Prússia: (confuso) Posso saber o que se está a passar?
Itália e Romano: Nad-
Alemanha: (grita da sala) Itália!
Itália: Vou já!
(Hora da refeição, na sala de jantar. Prússia, Romano e Japão de um lado da mesa, e o Itália e o Alemanha no outro)
Romano: Ah! Apreciem os meus dotes de culinária! (come)
Prússia: (diz qualquer coisa, mas como tem a boca cheia não se percebe nada)
Alemanha: Está aceitável… E irmão, fala de boca fechada.
Prússia: Falo como então?
Alemanha: (percebe que se enganou, continua a comer)
Japão: Sim, está muito bom…
Itália: (come silenciosamente, um sorriso estranho na cara)
Prússia: (limpa a boca) O que é vamos fazer a seguir?
Alemanha: Dividir os quar- Acabaste de deitar molho de tomate na minha camisola?!
Prússia: (apanhado em flagrante) Uh… Não?
Alemanha: (suspira)
Itália: Romano! Ficas comigo, certo?!
Romano: Que remédio…
Alemanha: (para o Prússia) Parece que vou ter de dividir a cama contigo… Japão, vais ter de ficar no outro quarto.
Japão: (sorri) Não me importo. Tem a sua beleza.
Romano: Beleza?! É rosa misturado com vermelho, cortinados azuis e todo o tipo de merdas espalhadas pelo meio!
Itália: (alegria súbita) Porque não ficamos cá em baixo a falar e a jogar qualquer coisa?
Romano, Japão e Prússia: (olham para o italiano)
Alemanha: Desde que essas piadas não sejam as mesmas desta tarde.
Itália: (sorri) Viva! Vai ser tão giro! (come um pouco) Hm! Lembrei-me de uma história muito boa para contar!
(todos continuam a comer. Quando acabam, sentam-se na sala, três velas acesas no chão)
Prússia: Conta lá a história, Ita!
Itália: Ve, é uma história de terror!
Romano: (revira os olhos) Tu? A contar uma história de terror? Oh, acho que vou mijar as cuecas!
(todos se riem, menos Itália)
Itália: Oh, mas não é uma história merdosa qualquer…. Esta aconteceu mesmo.
(silêncio)
Alemanha: (espantado) Desde quando é que usas esses termos?
Itália: Quais termos?
Alemanha: Bom, palavrões.
Itália: Oh, Alemanha, Alemanha… Há tanto que não sabes sobre mim (sorri)
Romano e Prússia: (trocam olhares)
Japão: (sério, a tentar perceber o que se está a passar)
Alemanha: (tosse) Enfim, conta lá.
Itália: (levanta-se e vai para o meio da sala) Há muito, muito tempo atrás… No início do Renascimento para ser mais exato, havia duas crianças que viviam numa casa muito grande e bem abastecida. Os seus nomes são desconhecidos, e, apesar de serem vistas muitas vezes e terem várias conversas com diversas pessoas na rua, ninguém sabia quem eles eram. Numa noite, quinze jovens, adolescentes, encontraram-nos na rua e decidiram convidá-los para um jogo… O jogo era bem simples. Haviam duas equipas, a que derrota-se mais membros da equipa oposta até ao nascer do sol ganhava. Os irmãos, jovens e inocentes, que confiavam na sua população, concordaram em jogar. O que eles não sabiam… Era que “derrotar”, para os mais velhos, significava aniquilar por completo.
Romano: (olha para o irmão, pensando) Isso parece-me familiar…
Alemanha: Isto não parece o tipo de história que… Como é que eu ei de dizer isto…
Prússia: Não faz o género dele?
Alemanha: Exato.
Itália: Ve? Eu ainda não acabei.
Alemanha: Então acaba, né?
Itália: O jogo começou bem calmo. Os grupos não se encontraram uma única vez até à meia-noite… Oh, sim, esqueci-me deste pormenor. Os grupos começavam em zonas diferentes da rua. (tosse) Enfim, até essa altura, ninguém encontrou ninguém. Os dois irmãos ouviam os jovens do seu grupo a falarem sobre os outros num tom estranho, mas decidiram não ligar ao que eles diziam… E então, quando as doze badaladas soaram, uma sombra foi avistada. Era uma menina, pouco mais velha que eles, encapuzada. Ela dirigiu-se a eles, muita calma, como se esperasse algo. Do nada, os mais velhos correram para ela, de navalha na mão. Ela sorriu e fugiu. Quando os irmãos os perseguiram, confusos, viram a menina a ser assassinada. Eles ficaram chocados e tentaram fugir, mas os do outro grupo apareceram e encurralaram-nos. Muito aconteceu nessa noite… Eles conseguiram escapar e foram ter com outros do seu grupo, mas de nada serviu. Quando o sol apareceu, eles eram os únicos sobreviventes, as suas roupas brancas tingidas de vermelho… Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, mas os irmãos nunca mais foram vistos juntos. Esse jogo ficou conhecido por Giocare, e diz-se que quem o joga e sobrevive… (para para pensar) Ve, não me lembro do resto!
(silêncio)
Japão: Itaria-kun?
Itália: (ainda a sorrir) Sim?
Japão: Onde ouviste esta história?
Itália: Oh! Esta história aconteceu na minha cidade. Ficou muito conhecida na altura, não se falava noutra coisa! (leva a mão ao queixo, pensando) Muitos idiotas tentaram jogar isto depois… Eram suicidas que nada tinham a perder, creio.
Prússia: Mano, esses gajos não são fantásticos… Não mesmo.
Alemanha: Bom, é uma história trágica, admito. Mas não me desperta nenhum terror, pavor ou medo.
Itália: (olha-o) Não? Bom, faz-nos pensar em quem devemos confiar…
Romano: (acorda dos seus pensamentos) O que se passa contigo hoje? E bom, agora é a minha vez de contar a minha história!
Itália: (volta a sentar-se) Já disse que estou bem…
(a noite continua, sendo raras as vezes em que a voz do italiano mais novo foi ouvida. Mais tarde, no quarto dos alemães)
Prússia: (sentado na cama, de pernas cruzadas) Oi, West!
Alemanha: (a arrumar as suas roupas na cómoda) Hm?
Prússia: Aconteceu alguma coisa antes de eu chegar?
Alemanha: Não? (de cócoras, a arrumar nas gavetas mais baixas) Porquê?
Prússia: (ligeiramente irritado) Jesus, não me digas que não reparas-te?
Alemanha: (suspira) Irmão, se me queres dizer algo, apenas diz.
Prússia: (grunhe, deixando-se cair no colchão) O Ita! Não reparaste?! A sério?! Desde quando é que não lês a atmosfera?
Alemanha: (apercebe-se do que ele está a falar) Oh, isso. Bom, toda a gente tem maus dias.
Prússia: Não estás nem um pouco curioso ou preocupado?
Alemanha: (suspira, levantando-se) Não posso negar que este comportamento me preocupa, mas acho que não o devemos levar a sério. Ele amanhã já vai estar todo feliz da vida a gritar “pastaaaaaaa” pela casa.
Prússia: (acomoda-se na cama) Se o dizes…
Alemanha: (deita-se ao lado de Prússia) Eu sei o quanto te preocupas com ele, eu também me preocupo, mas tenta dormir. Prometo que amanhã tudo voltará ao normal.
Prússia: (apaga a vela) Gute nacht.*
Alemanha: Gute nacht.
(nessa mesma noite, no quarto dos italianos, às onze horas)
Romano: (a dormir de barriga para baixo)
Itália: (acordado, de farda posta. Tira uma lanterna elétrica da mala e guarda-a num saco de pano, em conjunto com duas granadas, uma pistola e um saco de balas para a mesma. Olha para o seu irmão, ri-se baixo) Oh, Romano… O quão esquecido tu és. (guarda uma faca no saco, um sorriso negro aparece no seu rosto e os seus olhos parece que ficam com um tom mais escuro) Giochiamo?*
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E é isso!
A personalidade dele mudou mais drásticamente no fim... Mas provavelmente ainda não se entende muito bem como ele ficou.
Pergunta do capítulo: O que é que vocês acham que vai acontecer?
Bom, eu não tenho muito tempo durante a semana, mas vou tentar publicar, pelo menos, mais dois capítulos até sexta.
Espero que tenham gostado! Críticas e ideias são sempre bem vindas!
*Gute nacht - Boa noite
*Giochiamo? - Vamos jogar?
(ps - quando eu fui ao google tradutor, confirmar se era assim que se escrevia, descubri uma coisa. Giochiamo com ponto de interrogação significa isto, mas sem o sinal significa jogar.
Italiano __(/ )__/ )