Giocare escrita por Maria


Capítulo 10
Corre


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Este capítulo tem mais ação que o outro.
Boa Leitura~



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(no quarto dos alemães)

Prússia: (sentado no chão) Então foi mesmo o Áustria!

Canadá: (ainda confuso. Vai até à janela, onde o francês estava encostado, e olha lá para fora) Não entendo…

Espanha: (sentado na cama, olha para ele) Estavas nervoso, foi por isso que não ouviste bem a voz dele.

Canadá: (acena com a cabeça, encosta-se à janela)

França: O Romano também o viu, podemos sempre lhe perguntar. (sorri para o Canadá)

Canadá: Claro…

Espanha: (suspira) Nunca pensei que o Áustria pudesse estar metido nisto… (cruza os braços) Ele não é o tipo de pessoa que anda por aí a dar marretadas nas pessoas.

Prússia: Ja, sempre tão finório e snob e preguiçoso… Quem diria… (suspira, triste) Só de pensar que estive com ele antes de vir para cá… Eu deveria ter reparado. (murmura, baixo o suficiente para o Espanha ser o único a ouvir) Ele provavelmente estava diferente e eu não reparei porque estou sempre a falar de mim e a pensar no meu umbigo…

Espanha: (toca-lhe no ombro) Não tinhas como saber que isto ia acontecer… Eu também estive com ele, à uns dias atrás…

(os dois continuam a falar sobre o Áustria)

França: (põe um braço à volta do Canadá) Então, como vai a vida?

Canadá: (desconfortável, tenta se afastar) Uh- bem-

França: (chega-se ainda mais perto e sussurra no seu ouvido, com um tom sério) Tens a certeza de que a voz era diferente?

Canadá: (apanhado de surpresa) S-sim... Eu acho, mas-

França: E reconheces-te a voz?

Canadá: Eu acho que já a ouvi antes, mas não naquele tom.

França: (acena com a cabeça e afasta-se do canadiano, o braço ainda à volta dos ombros dele) Ne faire confiance à personne. Nous peux avoir un espion parmi nous.*

Canadá: (surpreso, acena com a cabeça)

França: (a sua expressão séria desaparece) Oi! O que fazemos agora?

Espanha: (tosse) Bom, eu acho que deveríamos tentar encontrar o Áustria… Ele sabe mais que nós. E se o objetivo é aniquilar o adversário, podemos começar por ele.

Prússia: (levanta-se) Queres matar o-

Espanha: (abana a cabeça) No, no! Vamos apenas capturá-lo! Eu não era capaz de o matar… Ou tentar fazê-lo.

Prússia: (acena com a cabeça) Boa ideia… E onde o encontramos?

França: Se andarmos pela casa, devemos encontrá-lo, non?

Prússia: (olha para ele) E aproveitamos e exploramos a casa! Assim o meu irmão não pode dizer que não fizemos nada!

Espanha: (levanta-se) Sim! Parece uma ótima ideia!

França: (passando o cabelo por entre os dedos) Como esperado, o grand frère* tem sempre boas ideais.

Canadá: (suspira, afasta-se do francês) Tentem não fazer muito barulho, não queremos chamar à atenção…

Espanha, França e Prússia: (acenam com a cabeça)

Prússia: (vai até a porta) Então vamos, não tempos tempo a perder! (tenta abrir a porta, não consegue) Mas que… (faz mais força e roda a maçaneta. A porta continua fechada)

Espanha e França: (aproximam-se) O que se passa?

Prússia: A porta não abre!

França: Sai. (o prusso afasta-se. Tenta abrir a porta, falha. Bate com as duas mãos na porta) Oi, alguém! Abram a porta!

Espanha: A porta fechou-se sozinha? Agora este sítio está assombrado?

Prússia: Não sua cabeça de alho chocho! Alguém nos trancou aqui dentro!

Espanha: Mas quem-

França: (gritando) Inglaterra! Isto não tem graça! Se és tu, abre- Oh… Pois… (para de bater na porta, como se se lembra-se de algo) António? (cabeça baixa)

Espanha: (confuso) Sim?

França: Quando o Inglaterra caiu… Ele estava vivo?

(silêncio)

Espanha: (parado, claramente nunca tinha pensado nisso) Eu… Não sei… Ele caiu e eu parti do princípio que ele tinha desmaiado…

(silêncio)

Prússia: Então, pelo que sabemos…

Canadá: … Ele pode estar-

França: Não. (levanta a cabeça, sério)

(todos olham para o francês)

França: Não vamos pensar nisto. (olha para os outros três) Vamos pensar que ele está bem. Que todos estão bem. E que o Itália e companhia têm motivos para estar a fazer isto. O mais importante agora é abrir esta porta, encontrar o Áustria – se é que é mesmo o Áustria – e acabar com esta confusão.

Canadá: (acena com a cabeça) Tens razão.

França: Quem está comigo? (estende o braço, a palma da mão virada para baixo)

Canadá: (estende o braço e põe a mão em cima da mão do francês) Eu.

Prússia: (sorri e faz o mesmo) O fantástico eu concorda!

Espanha: (faz o mesmo) Yo!

Prússia: Vamos capturar todos os que nos meteram nesta embrulhada e chamá-los à razão!

França e Canadá: Oui!

Espanha: Sí!

(os três levantam os braços com um grito, determinados)

França: Agora, a porta…

Canadá: Quem quer que a tenha trancado, trancou por fora.

Prússia: Tem de haver outra saída… (olha em volta)

Espanha: (olha em volta) Era pedir muito que estivesse aqui uma porta igual à da cozinha, certo?

França: (olha em volta) Temos uma cama, uma cómoda, uma janela, duas mesas de cabeceira e um quadro… (pensando) Seria muito clichê se houvesse uma chave atrás do quadro, certo?

Canadá: (acena com a cabeça, mas vai até ao quadro e tira-o da parede) Nada. (mete o quadro na parede)

Prússia: (abre e fecha as gavetas da cómoda. Quando não vê nada, empurra a cómoda para o lado) Nada aqui também.

Espanha: (a olhar pela janela) Muito alto, não podemos saltar.

França: Então só nos resta a cama. (puxa a cama, fazendo-a ranger)

Espanha: (tapa os ouvidos)

Canadá: (olha para o chão, excitado) Olhem, olhem!

França: (larga a cama e olha) Oh sim!

(No chão, estavam duas placas de madeira que faziam lembrar duas portas)

Prússia: (puxa as “portas” e estas abrem-se) Conseguimos! (olha para os outros) Agora, só precisamos de uma vela! (levanta-se)

França: (o seu sorriso lentamente torna-se numa expressão de puro medo)

Canadá: Toma- (dá-lhe uma vela)

Prússia: (feliz) Sigam-me! (vira-se)

França: (agarra-o pelo pulso)

Prússia: (olha para ele) França? Agora não é o momento para seres uma menina de cinco anos.

França: (aponta para a frente)

(todos olham)

Prússia: O qu- (para) Nein…

Bielorrússia: (encostada à parede, a olhar para eles)

(silêncio)

Bielorrússia: (desencosta-se de parede. Começa a chover lá fora)

França e Canadá: (“escondem-se” atrás de Prússia)

Prússia: (engole em seco)

Espanha: (nervoso, mas sorrindo) Uh… Agora era um bom momento para fugir, não acham?

(do nada, todos começam a correr para dentro da nova divisão, gritando. A divisão era nem mais nem menos do que umas escadas estreitas que desciam em espiral. Estava escuro)

Prússia: (à frente, segurando a vela e correndo) O que é que ela faz aqui?!

França: (atrás dele) Ela quer a nossa cabeça numa travessa de prata, só pode!

Canadá: (arfando, olhos arregalados e com os óculos a caírem-lhe pelo nariz)

Espanha: (no fim da fila) Corram mais rápido!

(aceleram a velocidade, chegam ao fim das escadas. Entram num quarto vazio tão pequeno que o Espanha, sem espaço, teve de esperar nas escadas. Avistam duas portas)

Prússia: (entra numa delas, deixando a vela cair) Scheiße! (volta para trás)

França: (empurra-o) Esquece a vela!

Prússia: (volta a correr para a frente, não reparando que ele e o grupo estavam a correr pela sala) Escondam-se!

(dispersam-se. O Prússia esconde-se dentro de um baú, o França esconde-se entre um dos sofás e a parede, rezando para que a escuridão o esconda, o Canadá esconde-se por baixo da mesa e o Espanha decide correr para a porta de entrada e esconder-se dentro de um armário que lá estava)

Bielorrússia: (entra na sala e olha em volta, os seus olhos adaptados à fraca luz que havia na casa. Levanta o vestido um bocadinho e pega numa faca que estava presa por uma liga à sua coxa direita)

Canadá: (mete a mão à frente do nariz, tentando bloquear o som da sua respiração)

Bielorrússia: (começa a andar pela sala, atenta a todos os sons)


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Sugestões?
Tanta pergunta... E continuem a mandar teorias. Gosto de as ler... O que é que o Rússia e a Bielorrússia fazem aqui? E o que é que o França quis dizer com "podemos ter um espião entre nós?"
Ciao!
*Ne faire confiance à personne. Nous peux avoir un espion parmi nous - Não confies em ninguém. Podemos ter um espião entre nós. (já agora, se eu não soubesse francês teria escrito uma coisa totalmente diferente. Fui ao google tradutor para confirmar se a tradução estava bem, visto que mesmo dando francês na escola posso ter-me enganado... E digamos que a segunda frase estava toda mal.)
*grand frère - irmão mais velho



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