Escudo do Tempo escrita por Poly


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Como vocês estão? Espero que gostem desse capítulo!



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–Gostando de brincar de casinha, Rogers?- Ironizou Natasha, jogando uma pequena mala de roupas para o herói enquanto entrava no pequeno apartamento sem nem ser convidada.

A ruiva lançou um pequeno sorriso forçado para Sophie e voltou sua atenção para Steve que lançava um olhar incrédulo.

–O que foi?

–Ninguém te ensinou a ser educada?

–Bom, nunca precisei dessas coisas.- Natasha se sentou no sofá, enquanto o proprietário continuava do lado da porta aberta.- Será que eu preciso te convidar para sentar no seu próprio sofá?

Steve cedeu, sentando perto de sua amiga enquanto Sophie se retirava da sala, tentando dar privacidade aos dois.

–Bom, vamos direto ao ponto. Você tem duas semanas de férias para brincar de casinha ou fazer seja lá o que você faz nas horas vagas. Poderia até chamar a Sharon para sair, ela é bonitinha.

–Férias? Acho que não Natasha. E eu posso escolher uma mulher sozinho.

–Ok bonitão, você é quem sabe. Mas falando sério agora, tenho duas semanas para encontrar o Bruce, consegui algumas pistas, mas não são concretas. Então aproveite esse tempo.

–Fico feliz que esteja o procurando ainda, sabe que é uma escolha certa. Mas não posso me afastar de tudo enquanto você estiver fora. Temos novatos para treinar, lembra?

–Esfria a cabeça, Rogers. Já resolvi tudo. A Pepper conseguiu convencer o Stark a tomar conta de tudo.

–Stark? Você enlouqueceu?- Perguntou se levantando bruscamente do sofá.- Aquele cara é completamente maluco!

–Relaxa Capitão! Não é como se ele fosse o responsável pelo estopim de uma possível terceira guerra mundial. Confia em mim, sabe que estou sempre certa.

–Isso é loucura Natasha, nós temos responsabilidades.

–Bom, eu estou tentando ter uma vida de verdade agora. -Ela disse ao dar um beijo rápido na bochecha de seu amigo.- E se eu fosse você, tentaria também.

Natasha foi embora, deixando o herói em pé na sala deserta, pensando na loucura que estava prestes a fazer. Ele sabia que deixar qualquer coisa nas mãos do homem da armadura era loucura, ainda mais com um bando de novos super-heróis inexperientes. Mas ele também sabia que sua vida precisava escapar logo da mesmice.

Ele suspirou e colocou o jantar de Sophie em uma bandeja e levou até o seu quarto, que temporariamente seria da francesa.

–Trouxe o seu jantar.- Ele disse ao ver a garota no corredor observando meia dúzia de porta retratos.

–Erskine é um conhecido seu?- Ela perguntou enquanto segurava um porta retrato que continha uma velha foto do cientista.

–Era um bom e velho amigo. Você o conhecia, Sophie?

–Ele e meu pai eram grandes amigos. Estudaram e fizeram algumas pesquisas juntos. Mas antes da Guerra estourar já não tivemos mais notícias dele. Você sabe onde ele está?

–Garanto que ele está bem, seja lá aonde esteja.- Steve disse, sem saber se deveria de fato contar sobre a morte do velho conhecido.- Seu pai é cientista?- O herói perguntou enquanto entrava no quarto e ajudava a garota a sentar na cama, logo depois colocando a bandeja em seu colo.

–Ele era.- Disse ela com o olhar vago.- Ele morreu em Auschwitz.

–Sinto muito, Sophie.

–Obrigada. Ele já estava velho e muito doente, fico grata que não tenha sido forçado a trabalhar naquelas condições absurdas.

–E sua mãe? Ou irmãos?

–Não tenho irmãos. Meus pais morreram quando eu ainda era um bebê, então o Sr. Chevalier me adotou.

–Bom, não pense nisso agora.- Ele disse enquanto retirava a bandeja, logo depois de Sophie devorar a sopa com veracidade.- Descanse. Depois conversamos.

Sophie deitou e capotou na cama do herói como uma criança estranhamente e exageradamente obediente. Ela era suficientemente educada para não tirar ninguém da sua própria cama, mesmo o sofá sendo perfeito para sua baixa estatura, ao contrário de Steve, ela não conseguiu abrir mão de uma boa noite de sono em uma cama de verdade. Era como deitar em uma nuvem fofinha para tirar um cochilo.

Steve nem ao menos sentou no sofá. Ele continuava pensando que havia dormido por tempo demais, e não queria mais desperdiçar o seu tempo. O céu ainda estava negro com poucas estrelas e o ar gelado entrava em choque com sua pele enquanto corria por duas horas e meia seguidas. Ele voltou para casa mais acordado do que nunca, e depois de um banho gelado se sentiu completamente desperto. Quando decidiu aproveitar sua disposição para terminar o relatório da missão, ouviu gritos.

–Sophie!- Gritou o herói correndo pelo apartamento e se deparando com a jovem gritando enquanto dormia.- Sophie, está tudo bem. Está tudo bem.- Ele disse suavemente enquanto acariciava o braço da garota desorientada recém acordada.

–Eles vão vir.- Disse ela com o olhar distante.- Eles vão vir. Eu não quero ir, Steve. Não quero uma vida de cobaia, não quero ser uma prisioneira de novo.

–Eles não vão vir, você está segura aqui.

–A Guerra acabou.- Ela sussurrou, ainda desorientada, para si mesma.

–Isso! A Guerra acabou, não precisa se preocupar.

–Em 1945. Que ano estamos, senhor Rogers?- Ela perguntou, já mais calma e consciente.

–Eu sei que pode parecer um pouco estranho. Na verdade, eu realmente sei que isso é estranho e assustador. Mas por favor, não se desespere.

–Por que eu iria me desesperar? Conte-me logo.

–Estamos em 2015, Sophie.- Disse Rogers, fazendo os olhos da jovem, não tão jovem assim, se esbugalharem.


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Notas finais do capítulo

Gostaria muito de ver vocês se manifestando nos comentários, só com a opinião de vocês posso ir melhorando a história. Então o que acharam? Espero que tenham gostado!