Escudo do Tempo escrita por Poly


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Mil desculpas pela demora! Eu realmente queria ter postado antes, mas a semana passada foi super corrida e puxada.
E queria agradecer pelos comentários! Me deixaram super feliz!
Espero que gostem desse capítulo!



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–Você não deveria brincar sobre uma coisa dessas, senhor Rogers.- Sophie cruzou os braços, parecendo uma criança irritada, fazendo Steve segurar uma leve risada.

–Certo, eu sei que você pode se assustar, mas por favor não surte. Eu vou te mostrar algo.- Ele levantou e pegou um objeto que parecia ser uma caixinha extremamente fina, que estava sob o criado mudo, e voltou a se sentar na cama, dessa vez mais perto da jovem.

Ele ligou o aparelho, fazendo os olhos da francesa se esbugalharem. Ela não conseguiu controlar os seus dedos, e tocou a tela que emitia luz, como uma criança curiosa que quer ter o mundo em suas mãos.

–O que é isso?- Ela sussurrou depois do herói afastar os seus dedos da tela.

–Você gosta de música, Sophie?- Ele perguntou enquanto vasculhava suas músicas, ainda muito confuso com aquele tipo de tecnologia.

–Se você me perguntasse se respiro, a resposta seria a mesma. Todos amam música, Senhor Rogers.- Sophie continuava com os olhos cravados no pequeno aparelho.

–Está certa, Sophie. Mas o que gosta de ouvir? Jazz?

–Música clássica.- Ela disse ao lembrar das inúmeras aulas de violino e ballet durante sua vida em Paris.

–Posso saber seu compositor favorito?

–Bethoveen.- Ela sorriu, quase podendo ouvir seu professor de violino tocando maravilhosamente Ludwig van Beethoven durante a sua infância.

Steve sorriu ao achar a quinta sinfonia de Bethoveen interpretada por David Garrett, uma música indicada por Bruce. Ele conectou os fones e colocou-os nos ouvidos de Sophie, fazendo-a soltar um gritinho no momento que ele clicou em "play".

Ela piscava compulsivamente os olhos estranhamente assustada com a sensação que a música estava causando. Ela nem se lembrava da última vez que havia escutado música! E aqueles fios, considerados mágicos pelo herói, traziam a impressão que uma orquestra inteira tocava dentro de sua cabeça. Era maravilhoso!

–Senhor Rogers!- Ela gritou irritada quando ele retirou um dos fones do ouvido dela, para colocar em seu ouvido.

–Vamos compartilhar.- Ele lançou um sorriso e se levantou da cama, estendendo a mão para a jovem, que aceitou com relutância.- Quero te mostrar algo.

Ele a conduziu até o terraço do prédio baixo, porém que oferecia uma boa visão da imensidão de prédios. Ela ficou transtornada com os prédios imensos que pareciam poder encostar as nuvens e com as luzes da cidade que nunca dorme, fazendo com que se sentisse dentro de um livro de ficção científica.

–Não estamos mais em 1945, Sophie. Eu sinto muito em te dizer isso.- Ele disse ao se escorar na mureta ao lado da jovem.- Eu nasci em 1918, e por alguma razão do destino, ou por vontade de alguma forma maior, acordei no século XXI.- Ele se assustou ao ouvir a risada da jovem enquanto ele explicava.- O que? É verdade! Ou você realmente acredita que ainda estamos presos no século XX?

–Desculpa, mas.- Ela conteu o riso.- Mas isso parece muito estranho!

–Espere aqui então.- Ele disse e correu pelas escadas até o seu apartamento, alguns minutos depois voltando com um livro grosso de história.

Steve pousou o livro na mureta, e começou a folhear as páginas.

–Olhe, aqui temos a primeira Guerra Mundial.- Ele apontou para algumas fotos do livro, chamando a atenção da garota, logo depois vagando por outras páginas.- A Crise de 1929, Segunda Guerra Mundial.- Ele apontou para fotos de cidades completamente destruídas e uma foto de Hitler, fazendo ambos fecharem a cara e lançarem um olhar que carregava um infinito para a foto.- Logo depois temos a Guerra Fria, a Queda do Muro de Berlim.- Ele continuava a avançar na história freneticamente, fazendo a jovem se perder em tanta informação.

–Senhor...- Ela murmurou.- Por favor, pare.

–Steve. Me chame apenas de Steve, certo?- Ela assentiu e ele desviou o seu olhar para a imensidão de prédios.- Está vendo?- Ele disse ao apontar para o sol que nascia e parecia procurar brecha entre as torres de concreto.- O sol continua o mesmo, isso não mudou. Pode parecer tudo muito estranho, eu concordo. Mas algumas coisas nunca mudam, Sophie.- Ele disse e se afastou, deixando-a apreciar uma das melhores coisas do mundo.

A mente de Sophie estava uma confusão, os fios de conhecimento se embolaram, formando um grande emaranhado. Mas ela se sentia realmente livre, pela primeira vez, ao sentir a brisa fraca, a sensação da "orquestra em sua cabeça" e ao ver os primeiros raios do sol a saldarem.

Talvez tudo fique bem, ela pensou, porém logo depois se deparou com o dono de um braço de metal que a observava no fim da rua. Um calafrio a atingiu em cheio com aquela imagem, fazendo-a piscar, para logo depois se surpreender com a rua que estava deserta. Ela suspirou, pensando se o que ela havia visto era apenas um delírio, ou se ela estava de fato sendo seguida e observada.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acharam? Eu achei que ficou fofinho, mesmo que o capítulo tenha ficado um pouco curto.
Essa é a música que citei no capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=Z7oPHkqzPqA
Espero que tenham gostado, e comentem!



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