Evangeline - Between Blood and the Life escrita por Saulo Cunha


Capítulo 3
Transfiguração e o Poder Angelical


Notas iniciais do capítulo

para quem está acompanhando peço desculpas pela demora da atualização, estive ocupado.
para os demais, espero que gostem, e comentem, seu comentário é o combustível que move um escritor. Gosto de elogios, mas o que eu AMO MESMO É A CRÍTICA porque ela que faz querer melhorar. desde já agradeço.



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Londres, 22 de Julho de 2044

– Vamos! - Nico grita para Marrie que logo se transfigura enquanto salta pela janela do primeiro andar, ele a segue, não com a mesma velocidade, mas com a mesma motivação, e o mesmo objetivo, encontrar sua filha que ao se transfigurar pela primeira vez saltou por aquela mesma janela e agora corre perigosamente por Londres.

Marrie corre farejando o cheiro de Evangeline, pela intensidade ela está perto, o que faz com que ela corra mais rápido. Nico está logo atrás a uma distancia não tão grande, ele percebe sua velocidade aumentando e aperta o passo para tentar acompanha-la.

Ao chegar na Trafalgar Square, a praça mais movimentada de Londres, eles conseguem ver Evangeline, uma loba com os pelos totalmente brancos como a neve.

Evangeline olha de um lado para o outro assustada e faminta, a multidão está correndo aos gritos, uns de pânico outros de desespero, alguns outros de ambos. Os olhos de Marrie se encontram com os dela, tão linda, até mesmo na forma de loba, Marrie caminha devagar em direção a ela, Evangeline por sua vez ao perceber sua aproximação corre em direção a ela, não porque está com raiva mas assustada, ela salta em direção a sua mãe por puro extinto animal, Marrie se desvia do ataque fazendo Evangeline cambalear e cair, mas ela se levanta rapidamente investindo outro ataque, Marrie se força a voltar a forma humana, o que ela não conseguiria se aquela noite de lua cheia não tivesse uma motivação a mais para conseguir. Ao assistir aquilo Evangeline para hesitante, virando a cabeça de um lado para o outro com o olhar de curiosidade.

– Sou eu meu bebê. - Ela diz com a Voz firme - Mamãe.

Evangeline vira a cabeça mais uma vez e emite um som que ela reconheceu como um choro.

– Não vou machucar você - continuou, e cometeu o erro de dar um passo a frente.

Evangeline correu em sua direção, saltou e abriu a boca na altura do seu pescoço quando Nico apareceu saltando e abraçando-a eles caíram rolando ao chão.

– Nico! - Gritou Marrie correndo até eles e empurrando ele para longe dela.

Evangeline se levantou, varreu os olhos de um para o outro, ela já estava para atacar Nico quando Marrie gritou.

– Ei, venha me pegar! - Funcionou. Evangeline investiu em sua direção, ela se virou na direção oposta voltando a sua forma de loba correndo e levando Evangeline que a perseguiu até um lugar longe o suficiente, um lugar seguro para as pessoa de Londres.

Nico correu em direção a elas não o suficiente para acompanha-las, mas ele saberia onde encontra-las, no mesmo lugar onde ele levara roupas para Marrie todo dia após a noite de lua cheia, em uma pequena floresta à 20 quilômetros à noroeste.

Aquela definitivamente não era noite de sorte dos Bloodways. Ao chegar próximo a floresta Marrie se depara com um ravener, o que a faz parar bruscamente, rapidamente ela se vira e ataca sua filha para derruba-la, o demônio aproveita e as ataca estranhamente desengonçado, suas milhares de patas se embaralhando. Marrie se levanta, vai em direção à ele, o ravener investe um ataque com seu rabo de escorpião, rapidamente ela se desvia e arranca uma de suas patas, o gosto amargo do sangue faz ela retorcer o focinho, mas não há tempo para sentir nojo, não enquanto Evangeline estiver em perigo, o demônio está indo em direção a sua filha, Evangeline o ataca, mas ela não tem experiência, ainda não sabe controlar seus instintos, ela morde o pescoço do ravener, como uma leoa abate sua caça, segura firme ignorando o gosto do sangue, o demônio investe com sua calda atingindo o ombro da garota, o uivo de dor rasga o céus e a terra, quem estivesse a quilômetros de distância poderia ouvir.

Que é o caso de Nico, ele aumenta a velocidade, o que não seria possível se não fosse seu passado misterioso, a adrenalina, e a vontade de salvar sua filha, embora não soubesse do que.

Marrie ataca o demônio no mesmo lugar que Evangeline o atacara, porém por experiência e tática de combate, não por instinto. Antes mesmo dele tentar qualquer coisa, ela arranca a cabeça do demônio, esse se debate por um tempo e sucumbe.

Marrie já na forma humana corre em direção da sua filha agora também na forma humana e muito fraca.

– Não - a lágrima começa a se formar - não meu bebê, fica comigo.
Evangeline abre lentamente os olhos.

– Mamãe onde eu estou? - ela leva a mão ao ombro - ai - geme.

– Calma querida, não se mexa, papai já deve estar chegando.
Assim que ela termina de falar Nico aparece e rapidamente se ajoelha ao lado delas.

– O que aconteceu? - pergunta desesperado - Eu ouvi o uivo a seiscentos metros.

– Ele - Marrie aponta o corpo do revener com o queixo.

– Desgraçado! - Ele se levanta tirando uma adaga do cinto e atingindo o demônio no coração, esse chia e desaparece.

Nico se volta para elas lançando uma mochila para Marrie, só então ela percebe que está nua, retira um cobertor e estende sobre Evangeline, coloca a mochila como travesseiro.

– Não tente levantar querida. - ela fala e se veste, logo eles estão do lado dela novamente.

– E agora Nico? - diz - O que faremos.

– Não vai dar tempo de levarmos para casa o veneno já está fazendo efeito. - Ele tira uma estela do bolso.

– Nico, não - Ela arregala os olhos - claramente ela é uma licantrope, não vai aguentar ser marcada.

– Não temos opção amor - diz olhando em seus olhos - ou ela morre aqui ou a caminho de casa, ela tem sangue nephilim, esse deveria predominar, talvez funcione.

– Papai não quero morrer - Agora chorando - me salva.

– Você vai ficar bem querida - tenta acalma-la - não se preocupe

Ele olha para Marrie que assente confirmando com a cabeça.

– Amor vai doer - Ele adverte.

– Faça o que tiver que ser feito - diz Evangeline - para isso sou treinada.

Ele sorri, e leva a estela até o ombro dela desenhando o mais perfeito iratze, ela franze as sobrancelhas de dor, a marca começa a queima e brilhar, o brilho vai se apagando e formando uma cicatriz.

– Está melhorando - Ela sorri - quer dizer, não está doendo tanto.

– Meu bebê - Marrie a abraça, suas lágrimas escorrendo sobre as costas da garota - tão forte.

– Vamos - Nico sussurra - precisamos voltar.
Marrie solta Evangeline. Nico olha de uma para a outra fixando os olhos na sua filha.

– Agora você terá dois treinamentos.

Evangeline sorri, não tem nada que ela goste mais do que treinar, a não ser, se comparar isso com música clássica e violino.

ALGUMAS SEMANAS DEPOIS

Uma sexta-feira como outra qualquer, Nico voltava para casa com sua família do Royal Albert Hall, teatro mais luxuoso de Londres, onde assistiam a concertos e espetáculos todas as sextas. Mas esta seria diferente. Nico apesar dos seus trinta e três anos, tinha o cabelo inteiramente branco como a neve, sua altura considerada abaixo do normal para um caçador de sombras, mas apesar dos apesares ele é um dos melhores caçadores desde Jonathan caçador de sombras, senão o melhor. Porem ele era meio, digamos que rebelde, e essa rebeldia fez com que ele se casasse com Marrie Uma Licantrope que conheceu há nove anos atrás quando tirou ferias na França, eles tiveram uma filha, a bela Evangeline, que nasceu com os mesmos cabelos do pai, que se destacava em sua pele morena, e contrastava com seus olhos castanho-esverdeados . Evangeline agora com sete anos, treinara desde os três.

Eles estavam caminhando pela Kensington Gore Avenue, quando de repente, uma gritaria, eles correm em direção ao barulho, correndo com dificuldade na contra mão do fluxo de pessoas, Evangeline puxa Nico para o meio da rua onde Marrie já estava a correr e agora eles conseguem se locomover com mais facilidade. Ao dobrar a esquina eles se deparam com dois drevaks, Evangeline leva a mão à boca com ânsia de vomito.

– Você está bem? - pergunta Marrie preocupada com a filha.

– Sim mamãe - ela responde - só não imaginei que o cheio deles seriam tão podre assim.

– fique atrás de mim está bem - fala Marrie preocupada

– Está bem mamãe, mas papai me treinou para isso né? - perguntou - Eu posso lidar com isso.

– Sim, foi para isso que a treinei - interrompe Nico - mas esses são perigosos, então obedeça sua mãe querida.

– Está bem papai - Ela diz e se move para trás até Marrie.

O tempo da conversa foi o suficiente para que a rua se esvaziasse. Marrie ao perceber, se transfigura e com a boca coloca Evangeline nas suas costas, enquanto ela faz isso Nico já está correndo para atacar o primeiro drevak, ele sobe em cima de um carro já pegando uma Lamina, dá um salto mortal e grita no ar.

– DUMAH - a lamina se acende no ar e ele a crava na testa do primeiro que some, deixando o ar com cheiro ainda pior do que estava. Marrie Ataca o outro mordendo sua perna e lançando para o ar.

Evangeline aproveita o impulso, salta das costas da mãe tirando uma adaga que estava na meia e lança no peito do demônio, que cai cambaleando, mas ainda vivo.

– Papai! ela grita correndo em direção ao Drevak. Nico pega uma lamina das costas e lança para Evangeline que pega ela no ar. Se Evangeline fosse uma Nephilim comum não seria tão veloz para idade que tem, mas Nico percebera que ela era diferente, desde o evento com seus olhos no seu terceiro aniversário, percebera que ela nascera uma espécie de Hibrida de Nephilim e Licantrope, por isso ele a treinou desde os três anos. Evangeline tem a capacidade de se transfigurar e receber as marcas do anjo. Até hoje ninguém conseguiu descobrir como isso aconteceu, e o porque dela ter nascido especial.

Evangeline transfigura apenas as pernas para ganhar mais velocidade, enquanto ela corre em direção ao demônio ela grita.

– RAPHAEL - invocando o espirito do anjo na lamina, o brilho tão intenso que Marrie curva sua cabeça e estreita seus olhos para tentar ofuscar o brilho. Evangeline salta na direção do demonio e dá o golpe final arrancando a cabeça do Demônio, e desta vez ela não consegue suportar o cheiro. ela vomita no mesmo lugar onde havia um demônio a segundos atras.

Nico e Marrie (já na forma humana) correm em direção a ela. Nico tira a lamina da sua mão e guarda, Marrie abraça sua filha.

– Você esta bem? - ela diz

– Sim, mas, - ela se vira para Nico - papai eu preciso conhecer o cheio destas coisas. EEECAAAA - ela faz uma careta, estreitando os olhos, sorrindo, mostrando a língua, uma careta típica de uma criança de oito anos.

– Está bem amor - Nico diz - Vamos arrumar um jeito de você se acostumar com esses cheiros.

Os três se abraçam e continuam a caminhar para casa.

– Finalmente matei meu primeiro demônio - Evangeline diz toda saltitante e sorridente.

Nico esfrega seus cabelos brancos - Seu primeiro de muitos querida, de muitos - Ele sorri.


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Notas finais do capítulo

To be continued...



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