Evangeline - Between Blood and the Life escrita por Saulo Cunha


Capítulo 2
Surge a Herdeira


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer por estarem aqui na continuação dessa aventura. Espero que gostem e acompanhem comigo essa história, desde já agradeço, boa leitura.



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Londres, 25 de Maio de 2037

– Vamos logo Nico! - grita Marrie entre os dentes, sua respiração está acelerada - minha bolsa estourrrou. - seu sotaque francês agora mais forte por causa da exultação.

– Vamos pelo portal - responde ele assustado.
Ela agarra Nico pelo colarinho puxando-o para si, com o olhar furioso, diz em um tom que foi mais para um rosnado.

– Seu idiota, nós vamos parra um hospital mundano, non da parra simplesmente aparrecerr lá. E você sabe que eu odeio porrtais. - agora sussurrando - agorra vá pegarr o carrro! - Exclama.

Nico a segura em seu colo até o carro, liga o motor e vai a toda velocidade permitida, passando por alguns faróis vermelhos, mesmo sabendo o risco de morte, ele não tinha muita escolha, já que se não fizesse Marrie o mataria.

Entrando no hospital, os médicos o olham com uma certa desconfiança, pois não é todo dia que se vê um senhor com o rosto de jovem, acompanhado de uma garota bonita, não uma que mesmo nos seus vinte e um anos aparentava ter dezessete.

– O senhor vai querer entrar com sua filha - diz uma enfermeira.

Ele a Fuzila com o olhar, já dando um passo em direção a enfermeira, quando Marrie o segura pela mão.

– Sim - responde ela - Ele vai entrrarr comigo. - Ela se vira para ele.

– Non vai querrido?

– Sim amor, - responde em um tom mais calmo - claro que sim.

Na sala do parto Marrie e os médicos estão preparados. Ela nunca havia sentido uma dor tão grande, o parto correu tudo bem, e a criança então venho ao mundo, os médicos se assustaram, ''como pode nascer com tanto cabelo?'' Foi a pergunta de um dos médicos, todos o olharam. " Como pode nascer com os cabelos brancos?" respondeu todos os outros em coro ao médico. Marrie segurou a criança eu seu colo uma linda menina, que herdara os olhos verdes da mãe e os cabelos inteiramente brancos do pai. Lagrimas começaram a descer sobre seu rosto.

– Olá minha linda filha - diz entre lagrimas - minha linda Evangeline.

Nico se aproxima delas, beija a testa de Marrie olhando para Evangeline, em resposta ela sorri, se Nico amava o sorriso de Marrie mais do que tudo, esse amor foi superado aqui, ele não resiste aquele sorriso e deixa lagrimas caírem sobre os cabelos de Marrie.

– Nossa (ele enfatiza o 'nossa') linda Evangeline. Aquela que traz boas novas.

Três Anos Depois

Era noite de lua cheia, Nico e Marrie resolveram levar Evangeline para conhecer a música clássica, em comemoração ao seu aniversário. Decidiram então ir ao Royal Albert Hall. Naquela noite teria uma peça de apresentação da nona sinfonia de Beethoven.

Evangeline se apaixonou por aquilo, e logo pediu um violino para o seu pai. Caminhando de volta para casa todos os olhavam, também não é todo dia que se vê um homem jovem com o cabelo inteiramente branco, acompanhado de uma jovem com cabelo de fogo, e uma criança de três anos que herdara os cabelos do pai, brincando e dançando na rua. Eles moravam a apenas quatro quarteirões do teatro, e voltaram caminhando para a casa. Eles preferiam

assim já que Marrie não poderia morar em um instituto.

Nico nunca deixara de fazer suas obrigações como caçador de sombras, estava em todas as reuniões do conclave de Londres, quando necessário, Marrie sempre o ajudara a tomar as decisões corretas em relação ao assuntos tratados nas reuniões.

Evangeline estava a todo vapor naquela noite, corria, pulava e dançava sem música. Então decidiu que era um papagaio e subiu no ombro do pai, e como um bom papagaio faz.

– Bebê - disse ele - vamos brincar de outra coisa.

– Bebê vamos brincar de outra coisa. - Repetiu em um tom que seria uma imitação do animal.

Marrie sorriu o que fez com que Evangeline continuasse a brincadeira.

– Agora você vai ficar me imitando? - Indagou.

– Agora você vai ficar me imitando.

– Pare com isso.

– Pare com isso - repetiu entre risos.

– Está bem agora já chega - diz tirando-a do seu ombro - Já é meia noite, já passou da hora de ir para a cama.

– Ah! - Exclama a garota ainda cheia de energia para gastar

– Vem vamos deitar mamãe precisa sair está noite. - Diz Marrie agora sem o sotaque francês, que perdera com facilidade.

– É noite do au, au mamãe? - Pergunta

– Sim amor - responde - noite de lua cheia.

Ao segurar Evangeline no colo, percebe que seus olhos estão diferentes.

– Nico olha, os olhos dela estão mudando de novo. - Diz levando a filha até ele.

Evangeline nascera com os olhos verdes da mãe, porém a cada aniversário foi ganhando o castanho do pai, o que o tornou um castanho esverdeado. Agora porém não está como antes, ao se aproximar de Nico, ele pode ver os mesmos olhos de Marrie, não essa Marrie que está a sua frente mas a que ela se tornará essa noite.

– Pelo Anjo! - sussurra embasbacado - Ela tem seus olhos.

– Nico já estou sentindo os efeitos da lua, preciso sair, estou preocupada. - Deixa uma lágrima cair - como ela pôde nascer assim? O sangue Nephilim deveria prevalecer.

– Pode ir amor - Ele a beija - Não se preocupe eu cuidarei dela.

Evangeline fica olhando de um para o outro confusa, mas não diz nada.

– Está bem eu vou - responde Marrie - até amanhã - completa, e dá um último beijo em Evangeline e Nico antes de partir.

Nico leva Evangeline até o quarto e se deita juntamente com ela, os dois passam a noite acordados, conversando. Ele porque estara preocupado, ela por efeito da lua cheia. Por sorte esses foram os únicos efeitos que Evangeline sofrera durante aquela noite.

No outro dia, Marrie voltou preocupada, Nico explicara tudo o que aconteceu. E foi assim lua cheia, após lua cheia, durante alguns anos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentem, critiquem, acompanhem, recomendem.
Obrigado. E até mais.



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