Evangeline - Between Blood and the Life escrita por Saulo Cunha


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

O Gênesis. Onde tudo começou



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França, 23 de Agosto de 2036

Pelas ruas da Dijon, despreocupada e sem rumo, Marrie caminhava devagar, vestia uma calça skine moletom cinza, uma camisa lisa branca, e carregava com o dedo indicador sobre o ombro esquerdo uma jaqueta de couro preta, embora não fosse tão baixa, ela calçava um tênis sneaker com salto (que foi moda no ano de 2014/2015). Seus cabelos que eram de um vermelho intenso voavam ao vento, que naquela noite, apesar de quente, estava forte. Aos seus vinte anos, sempre saía para andar aos sábados como aquele.

Uma licantrope sem bando, ela sabia deles, mas preferia ficar sozinha, não tinha pais (ao menos não sabia quem eles eram). Não se lembra quem a transformou, não se lembra nem mesmo quando e nem como foi, tudo o que sabe é que sempre foi uma licantrope.

Marrie adorava noites como aquelas, o cheiro do vento, o calor do asfalto, o ruido dos carros, as música e conversas dos bares, tudo tão simultâneo e harmonioso.

Então decidiu entrar no Mixte, um sofisticado bar onde nunca tinha ido antes, caminhando em direção ao balcão, as luzes verdes nos cantos do teto que dão um contraste com o azul da parede deixando um ambiente agradavel chama sua atenção, a pista de dança que tem o chão quadriculado em preto e branco, está semi cheia, ao chegar no bar pede uma bebida qualquer do menu, enquanto espera pela bebida, se vira de modo que fica encostanda do balcão, olhando para pista de dança. A música é agradável e convidativa, por diversas vezes pensou em ir até a pista.

– Mademoiselle? - Diz o barman lhe oferecendo o drink.

– Merci - Ela entraga o uma nota e pega a bebida. - Pode ficarr com o trroco - diz agora em inglês.

– Obrrrigado Senhorrrita - Ele agradece com um sotaque que ela, apesar de sempre viver na França, achou engraçado.
Então da o primeiro gole na bebida e faz uma careta.

– Além de doce é forrte - diz em voz alta para ninguém em especial.

– Da próxima vez pede um Sweet Beach, é doce mas não é tão forte. - Diz um homem que parou ao seu lado.
Ela se vira para ver de quem é aquela voz, só vê um senhor tão idoso que toda sua cabeça é branca, ela o cutuca.

– Foi o senhorr que falou comigo? - pergunta para ele, que está de costas debruçado no bar.

– Senhor? Ele responde sem virar o rosto. - Está bem se adivinhar minha idade eu pago seu drink.

– Non querro advinharr - ela rebate - e além do mais, meu drrink já está pago. Obrigado. - Ela diz e começa a caminhar para a pista de dança. Mas ele a segura pelo braço.

– Deixe-me lhe pagar outra bebida - Insiste ele.

– Se eu forrsse voc... - Interrompe a fala ao se virar e olhar para ele. Seu rosto não é de um idoso, pelo contrário, parece tão jovem quanto ela, seus olhos castanhos e firmes expressam força, sua beleza é algo que Marrie nunca tinha visto antes.

– Se você fosse o que? A senhorita dizia. - Diz ele sorrindo.
Seu sorriso fez Marrie desmoronar por dentro. Porém ela se mantém firme e diz.

– Se eu fosse você, não se aproximaria de mim. Se soubesse quem sou.

– Certamente sei, senhorita - ele se aproxima e diz ao seu ouvido - Uma bela licantrope. Mas se a questão é QUEM você é, podemos resolver isso. - Ele estende a mão - Prazer Nicholas Bloodway.
Com um olhar de espanto, ela recua.

– Quem é você? Como você sabe? O que querrr comigo? - Dispara ela.

– Tudo bem você é rápida, então vamos lá. Eu sou Nicholas Bloodway. Como eu sei? Bom, digamos que é meu instinto de caçador de sombras. O que eu quero? Pagar um drink já é o bastante por enquanto.

– Caçadorrr é? - Ela diz se aproximando novamente - Bêlos caberros Srrr. Bloodway. Prrazerr - Marrie Whispering.
Ele beija a mão de Marrie.

– Encantado. Uma Bebida? - pergunta.

– Que tal uma Dança? - ela pega a mão dele antes de ouvir a resposta e o puxa para a pista.
Eles dançam e conversam por algumas horas, então decidem ir para um lugar mais reservado.

Depois de caminhar por alguns minutos eles param em uma praça, ele gira de modo que ficam de frente, atrás deles tem uma fonte onde tem dois querubins, um de frente para o outro, com a ponta das asas encostando umas nas outras. O vento faz a água cair sobre eles. O silêncio toma conta da situação por alguns segundos.

– Você é uma ótima dançarina. - ele diz, para tentar quebrar o silêncio que o o torturou por uns trinta segundos. Sem encontrar respostas nos olhos dela, ele continua. - Posso te lev...

– Você vai me beijar, ou eu que vou ter que tomar atitude? - Diz ela olhando em seus olhos e com um sorriso sugestivo nos lábios. Ele então segura sua nuca e beija sua boca, que é mais quente que o normal, ele gosta disso e intensifica o beijo segurando agora sua cintura, a medida que o faz, sua boca fica mais quente. Ela faz o que queria fazer desde o primeiro momento em que realmente o viu, segura seus cabelos brancos com as duas mãos e o puxa para si.

Um Nephilim e uma Licantrope, em um beijo que seria o começo de uma historia proibida, desafiadora e um tanto quanto surpreendente.


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Notas finais do capítulo

Aceito sugestões. Críticas e elogios também né rsrsrs. Mas a questão é gostaram?



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