Uma Nova Chance escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 9
Pedir para morrer


Notas iniciais do capítulo

*Podem me matar* demorei, mas voltei rs. Estive sumida, mas espero que continuem acompanhando a fanfic.
Boa Leitura



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– E quanto ao fato de eu acordar sem o meu vestido? - Falei, curiosa.

Tobias engoliu em seco. Era óbvio que ele me devia sérias explicações.

(...)

P.O.V Tobias

Olhei para Tris, esperando uma resposta; ela queria mesmo saber o porque de estar somente com as roupas íntimas.
Horas antes:

Fiquei num canto, distante da movimentação; vi Tris sentar visivelmente irritada numa banqueta em frente ao bancão e pedir qualquer coisa ao barman.

Depois de alguns segundos ele lhe entregou um líquido azul; ela pareceu analisar o conteúdo. Não deixaria ela beber. Me lembrava muito bem o quanto ela odiava alcoól e principalmente, ela era muito fraca para bebidas. Me movi e quando ela ia colocá-lo na boca, puxei o copo e coloqui-o no balcão. Tris virou confusa e quando me viu, fechou a cara.

Ela não se importou e pegou novamente o copo, o balançou um pouco e o colocou de novo sobre o balcão. Me sentei ao seu lado dela e pedi "o de sempre" ao barman.

– O que quer? - Ela perguntou.

– Conversar. - Respondi.

Ela deu de ombros e bebeu um pouco do líquido azul.

– Você não gostava de beber. - Comentei antes de dar um gole na minha bebida.

– Então ainda se lembra? - Ironizou.

– Lembro disso e de muitas outras coisas. - Falei.

– O problema é seu. - Tris virou todo o copo na boca.

– Por que está agindo assim? - Bati o copo vazio no balcão, já irritado.

– Eu quem pergunto. Você primeiro é simpático e depois me trata mal, como se eu nem existisse.

– A culpa é sua. - Acusei-a.

– Minha? A culpa é inteiramente sua.

– Foi você quem terminou, não eu. - Falei. E era verdade. Ela quem havia "terminado", não eu.

Tris abriu e fechou a boca várias vezes. Ela queria muito poder dizer algo, mas talvez não conseguisse.

Tris fechou novamente o rosto e pediu algo mais forte ao barman. Quando ele lhe entregou uma vodca, ela a virou de uma só vez. Senti a necessidade de alertá-la; ela poderia passar mal se continuasse a beber daquele jeito. Comecei a encara-la, pedindo uma resposta.

– Tive meus motivos. - Ela falou. Se ela tinha, por que não jogou tudo na minha cara de uma vez?

– Podia ter falado em vez de me deixar como idiota ligando pra você. - Pedi uma vodca.

– Podia simplesmente ter me esquecido. - Ela respondeu, incomodada.

– Não se esquece quem se ama, Tris. - Admiti e á vi gelar.

– Mentiroso. - Ela acusou.

– Não tenho porque mentir. - Dei de ombros.

Ela verdade, eu ainda amava Tris, mesmo que antes não falasse nem demostrasse da forma correta; eu queria concertar todos os meus erros, mas estava ficando difícil. Tris era a primeira e única pessoa que eu tinha aprendido a amar de verdade e eu não queria que tudo o que tivemos fosse para o ralo, mesmo que pra ela, isso já tivesse acontecido á muito tempo.

"Amar não mata ninguém, o que mata mesmo é ver seu amor nos braços de um outro". E saber que Al estava saindo com Tris, me decepcionava e jogava ainda mais na minha cara o quanto eu tinha sido um idiota. Que pessoa em sã consciência não perceberia o quanto Tris era maravilhosa? Ela sabia que algo estava errado comigo antes mesmo de perguntar; e ainda por cima, me ajudava, mostrava que estaria ali para o que quer que fosse. "Foram tantas brincadeiras, tantas conversas, tantas brigas resolvidas, tantas risadas e olhe agora, nem conversamos mais".

“Algumas pessoas se tornam meio que nossa necessidade.”

— Brenno Louidy.

E era assim que eu me sentia longe da Tris... Em nenhum momento minha mente parava de atormentar; e eu queria mesmo fazer alguma coisa, mostrar que tinha mudado. Então no momento em que vi Tris dançando, sozinha na pista, me lembrei de tudo de bom que tínhamos vivido e senti vontade de jogar tudo de novo para o alto e pedir descupas por ter sido o mais idiota da face da terra. E no instante seguinte ela estava se esfregando em outro. Me controlei e não fui até lá; observando de longe enquanto perdia Tris para um desconhecido.

Eles conversaram por alguns instantes, e o cara veio até o balcão, ao meu lado. Nem disfarcei em ficar olhando-o colocar um líquido numa das bebidas que ele tinha acabado de pedir e levar até Tris, que á engoliu num segundo. Por um momento percebi que ela estava bem, mas no outro, Tris estava parecendo uma gelatina, se segurando nos ombros do cara. Em segundos, o rapaz começou a levar Tris para fora, me levantei e comecei a segui-los para fora da boate.

Os alcancei, e corri para ajudar. Ele iria levá-la.

Deixa ela em paz! - Gritei chegando perto dos dois.

– Fica fora disso cara. Eu estou fazendo meu trabalho. - Dei um soco em seu rosto, e o idiota deixou Tris cair no chão.

Bati várias vezes nele, até que o mesmo saísse "correndo" (se é que tropicar significa correr).

Suspirei.

Minhas mãos não doíam muito por ter batido no cara; ergui Tris delicadamente do chão. Ela estava pálida e muito, muito mais leve do que e esperava que estivesse. Coloquei a mão em sua testa; chamei-a várias vezes.

Corri para meu carro, focando em levá-la em segurança em vez de ficar olhando para seu rosto.

Abri a porta de trás do carro e coloquei Tris deitada nos acentos. Coloquei um casaco meu sob sua cabeça e prendi um cinto ao redor do seu corpo.

Tentei não ir tão rápido mas também não muito devagar. Tris não estava bem! E eu era o culpado! Na verdade, eu sempre era o culpado...

Depois de alguns minutos, estacionei em frente ao meu apartamento, corri para o banco de trás assim que sai do carro e peguei Tris no colo; ela suava bastante. Fechei a porta do carro e entrei apressadamente no prédio. O porteiro olhou torto para mim.

– Preciso que ligue imediatamente para o Mattew. - Mencionei o médico do prédio. O porteiro olhou para Tris em meus braços.

– È uma amiga. - Respondi, corri para o elevador e com dificuldade, apertei várias vezes no botão do mesmo, que depois de alguns segundos intermináveis abriu. Entrei no elevador e apertei em "34", era o último, na cobertura. O elevador podia ser bem rápido quando queria e em dois minutos eu entrava com Tris no meu apartamento.

Levei Tris para o quarto de hóspedes e esperei Mattew vir me ajudar.

– O que foi cara? - Mattew gritou, um pouco sonolento da sala.

– Estou aqui no quarto de hóspedes! - Gritei, me ajoelhando ao lado da cama. Tris continuava suando, ainda mais que antes.

Mattew veio bocejando e se assustou quando viu Tris na cama.

– Não pense besteira e me ajude. - Falei.

– O que aconteceu? - Mattew perguntou.

– Ela foi dopada. - Falei.

Mattew saiu correndo e em alguns minutos voltou, trazendo sua maleta médica.

Tris não se mexia e suava cada vez mais. Mattew examino-a e constatou em alguns minutos que não era muito grave, Tris continuava respirando e o único motivo dela estar muito quente e vermelha, era a forte dose de calmantes. Mattew falou que ela ficaria bem e que em alguma hora ela jogaria tudo para fora;

Ele foi embora e resolvi tomar um banho. Fui rápido ao tomar uma ducha e ao me trocar. Voltei para o quarto de hóspedes, encontrando Tris, tentando se levantar, apertando fortemente a barriga. Sem um aviso prévio ela se levantou.

Corri para ajuda-la e a levei para o banheiro. Segurei seu cabelo loiro e longo antes dela despejar tudo na privada; e em seguida ficar mais pálida.

Peguei Tris no colo e coloquei ela sobre a cama. Um pouco hesitante, tirei o vestido preto que ela usava; me senti péssimo fazendo aquilo, mas ela precisava "respirar". Guardei o vestido e cobri Tris com o lençol. Me sentei numa poltrona do quarto e adormeci.

(...)

Acordei com o despertador do celular.

Desliguei-o. e olhei para Tris. Sua respiração estava calma e ela tremia um pouco. Ainda sonolento, fui até o guarda-roupas e peguei de lá um cobertor, cobrindo-a.

Era estranho o fato dela estar no meu apartamento; seria pior quando ela descobrisse. Por hora, era melhor que ela estivesse na minha casa, do que morta, pensei.

Fechei a porta assim que sai do quarto de hóspedes.

Me sentia estranhamente feliz, por ter tirado Tris de sua "confusão". Era provável que ela nem agradecesse no outro dia, mas aquilo já era suficente; saber que minha garota estava bem era a melhor sensação que podia receber.

(...)
Contei o acontecido. Literalmente, claro.

– O.k. - Tris me olhou, desconfiada.

Bebi um gole do meu café.

Ficamos num silêncio constrangedor até que Tris se pronunciasse:

– Obrigada - ela sussurou.

– Não entendi, podeira repetir? - Falei, provocando-a.

Tris revirou os olhos e suspirou.

– Obrigada, se não fosse por você... obrigada. - Ela disse,

– Não precisa agradecer, tenho bons motivos pra ter feito isso.

Sabia o quão cara de pau era, e já era a terceira vez que mostrava gostar muito de Tris; ela só podia ser cega para não perceber.

– Que dia é hoje? - Ela grunhiu, colocando a mão na cabeça.

– Sábado. - Respondi, indo até o fogão para pegar as panquecas.

Minha vizinha, Tori tinha sido gentil e me ensinado a cozinhar algumas coisas.

– Droga - ela resmungou -, preciso ir Tobias. - Ela disse, descendo da banqueta.

– Nem tente - falei, colocando ela novamente na cadeira. - Depois você vai.

– È sério, preciso ir.

– O que é tão importante? - Perguntei, visivelmente curioso.

Ela pensou por alguns segundos antes de responder.

– Preciso falar com uma pessoa, é urgente, Tobias.

Minha ficha caiu. Ela queria falar com Al. Se não fosse pelo contrato, poderia mandá-lo para o inferno. Até quando ele não estava presente, causava problemas.

– Tobias? - Tris indagou, preocupada. - Preciso ligar para uma pessoa, se importa?

Bufei.
– Nã, pode ligar. - Falei.

Ajudei Tris a descer da banqueta.

Observei-a sair da cozinha e seguir o caminho para o quarto.

Ela era muito especial, não tinha dúvidas. Queria poder provar isso á ela.

Só precisava de outra chance.


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Notas finais do capítulo

E este foi o capítulo. Gostaram da versão do Tobias? Ele é um fofo né? Rsrs
Adorei escrever a parte dele batendo no cara (que saiu "tropicando!" kk)
Espero que tenham gostado!
Beijos