Uma Nova Chance escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 8
Os amigos, o idiota e Tris Part 2


Notas iniciais do capítulo

Hey babys! A pedido de vocês, forcei minha cuca e resolvi postar um capítulo hoje! Novamente, agradeço pelos lindos comentários, e leitores novos, espero que também estejam gostando da fanfic. Sem mais delongas, boa leitura!



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Bebi o resto da vodca e bati o copo no balcão. Desci da baqueta e comecei a andar para uma área mais afastada da balada. Tobias era sim um mentiroso, tinha que colocar isso na cabeça; ele era um idiota.
(...)

Me sentei numa mesa vazia e fiquei observando as pessoas dançarem.

Tinha que me controlar e estava ficando cada vez mais difícil. Aliás, o difícil não é esquecer, é convencer o coração de que não tem mais volta.

E a todo custo eu tinha tentado esquecer Tobias, tudo sobre ele. Mas era difícil, não só por Ana me fazer lembra-lo todos os dias, mas porque minha mente queria oesquecimento e mesmo que não admitisse, meu coração queria exatamente o contrário.

Quando percebi, estava com os olhos cheios de lágrimas.

– O que foi amiga? - Chris chegou com dois copos de cerveja e se sentou na minha frente.

– Eu não estou bem, só isso. - Falei limpando os olhos.

– Isso está na cara Tris, o que aconteceu? - Ela estendeu um copo e eu prontamente o peguei.

– Nada de importante. - sorri - Está aproveitando? - Bebi um gole.

– E muito! Agora pouco estava com um loiro de olhos azuis. Ai o idiota do Will chegou e "pediu" pra dançar comigo. - Ela deu um longo gole e jogou o copo na mesa. - Por que você não vai dançar também?

– Não estou no clima.

– Até a Shaunna, que é toda certinha está se agarrando com o Zeke. - Comecei a rir junto com ela.

– Agora, só falta você e o Will.

– E o Tobias e você. - Christina disse descaradamente.

– Nada a vê - dobrei meus braços, irritada.

– Tá bom, tá bom. - Christina virou tudo o que restava da sua vodca na boca. -

Mas vá se divertir, tem um monte de homem lindo aqui.

Comecei a rir.

– Se divirta por mim, Christina. - Chris largou o copo em cima da mesa e saiu dançando.

– Pode deixar.

Pensei em suas palavras. Eu deveria aproveitar? Peguei meu celular na bolsa: 23:14;

Aquele era o horário de maior movimentação, o tanto de gente de quando eu entrei, era pequeno comparado agora, parecia ter duplicado.

Não deveria ter aceitado o copo de Chris; era fraca pra bebida e não deveria abusar da sorte de ainda não ter desmaiado.

Me levantei da mesa e fui para a pista de dança. Eu não ficaria lá para ver os outros dançarem, ver o quanto estavam se divertindo.

Fechei os olhos por alguns segundos, deixando a música me levar. Comecei a dançar alegremente; No instante em que abri, vi um rapaz não muito mais velho sorrindo pra mim, enquanto dançava a um metro de distância. Forcei um sorriso.

Cabelo preto olhos claros, corpo musculoso. Ele era muito bonito. Começamos a dançar juntos.

Era estranho sentir um homem tão próximo de mim, naquela situação depois de tanto tempo.

– Me chamo Henry - ele sussurou no meu ouvido.

– Beatrice. - falei.

– Quer beber algo Beatrice?

– Já tive minha dose por hoje.

– Mais uma não vai fazer diferença.

Dei de ombros e Henry foi para o balcão de bebidas. Continuei dançando; não conseguia ver o que exatamente ele tinha pedido, mas se ele trouxesse algo forte, com certeza recusaria.

Já podia me considerar bem "alegre" quando Henry voltou com um líquido rosa num copo; ele estava com vodca e sorria constantemente; estendeu o copo para mim, e em um único gole tomei tudo.

Meu subconsciente pedia para que eu parasse ali e voltasse para a mesa, mas era impossível controlar a energia que saia de mim. Henry dançava cada vez mais próximo do meu corpo e eu não recuava nenhum passo.

Comecei a me sentir levemente tonta e sonolenta. Em algum momento, me segurei nos ombros de Henry, que me chamou diversas vezes, preocupado.

Minhas pernas começaram a fraquejar e Henry pediu para que eu me apoiasse nele.

O vulto de pessoas dançando, o embaçado momento em que Henry me levou para fora, foi um alívio, consegui respirar melhor; foi muito rápido, logo me senti tonta e cai, sendo segurada por alguém. O choque de bater em algo, e o som de ruídos foram ouvidos por mim. Senti alguém colocar a mão sobre minha testa e me chamar várias vezes. Por fim, apaguei por completo.
(...)

Dor. Era a única coisa que sentia naquele momento. Minha cabeça latejava e não conseguia nem sequer abrir os olhos. Respirava com dificuldade e sentia tudo ao meu redor girar, como se a qualquer momento pudesse cair. Meu corpo suava e não podia fazer nada a respeito. Tentei não me mexer muito. Um mal estar me invadiu e ás pressas me levantei. Não entendia nada as palavras que saiam da minha boca. Não conseguia distinguir nada. Juntei o resto de concentração que tinha e voltei a dormir.
(...)

Dor. Dor. Dor. Não conseguia diferenciar nenhum som exterior do latejar da cabeça. Estava doendo muito.

Com muito esforço, abri os olhos. Me encontrei num quarto organizado e bem limpo. Não tinha ideia de como havia ido parar ali; Henry. Só podia ter sido ele. Eu nem o conhecia e ele havia sido legal o bastante para me ajudar.

Me movi com dificuldade na cama. Minha ficha caiu. Eu não podia ter simplesmente ficado com o cara. Não podia! Levantei calmamente os lençóis brancos, olhei para meu corpo com receio e esperei me encontrar de outra forma quando vi que ainda vestia minhas roupas íntimas. Graças!

Suspirei.

O que quer eu Henry e eu tivéssemos feito, eu não me lembrava.

Olhei ao redor do quarto, com a vista meio embaçada. Era espaçoso e bonito, com papel de parede estilo clássico.

Ouvi sons vindos de fora do quarto escuro. Olhei para a janela no canto e vi poucos raios de sol atravessarem-na. Meu vestido, sapatos e bolsas estavam sobre uma cadeira no canto.

Me levantei um pouco zonza da cama. Arrumei alguns fios de cabelo que insistiam em cair no rosto.

Abri a porta do quarto e encontrei um corredor não muito longo. O som de fogão ligado e o cheiro de panquecas era bem chamativo pra mim, andei calmamente, sem me importar com meu estado físico - incluindo a "roupa".

Caminhei até encontrar o cômodo de onde vinha o cheiro.

O rapaz estava de costas, com calça de moletom e sem camisa. Semicerrei os olhos, eu o reconheceria em qualquer lugar.

Tampei minha boca antes que ela emitisse um grito. O que eu estava fazendo na casa dele?

– Tris - Tobias se virou e veio na minha direção - eu disse pra você ficar no quarto.

Não consegui dizer nada, franzi a testa em sinal de confusão.

– Você não está nada bem para começar - ele levantou as mãos. Avaliou meu corpo por completo e depois saiu rápido da cozinha, voltando com uma camiseta de mangas longas. Era suficientemente grande para servir em mim. - Vista isso e depois conversamos.

Coloquei a camiseta clara no corpo; por que tudo o que Tobias tocava tinha que ficar com seu cheiro? Tinha que admitir que até era bom.

Tobias tinha voltado a cozinhar as panquecas e no fogão, até que o desligou e trouxe uma xícara de café.

Ele apontou com a cabeça para que eu me sentasse numa banqueta na frente do balcão e o fiz; Tobias se sentou de frente para mim;

– Como vim parar aqui? - Perguntei num sussuro. Se levantasse ainda mais a voz, sabia que minha cabeça iria explodir.

– Quer mesmo saber? - Ele sorriu maliciosamente.

Tobias só podia estar brincando comigo.

Olhei incrédula para ele e o mesmo sorriu.

– Não é o que está pensando Tris - ele bebeu um gole do seu café -, os anos passaram e você continua sendo a mesma pervertida de sempre.

Lancei um olhar mortal e ele levantou as mãos.

– O que aconteceu. - Pulei para outra pergunta pausadamente.

– Envenenada, drogada, dopada.... Chame-se como preferir, foi isso que aconteceu com você. - Ele disse sério.

– Como assim? - Quase me engasguei com o café forte e bem preto.

– O homem que estava dançando com você, colocou alguma coisa na sua bebida e você apagou. - O corpo de Tobias se contraiu. - Como é que você aceita beber com alguém que nem conhece?

– Eu não tive culpa, já não estava muito bem.

– Você é fraca pra bebida, deveria ter jogado aquele copo de vodca no lixo assim que você o pediu.

– Você não faria isso.

– Faria sim, só fui burro de acreditar que você pararia de beber.

Não respondi. Tobias estava certo. Eu deveria ter parado de beber.

Eu tinha responsabilidades afinal. Minha filha e Marlene deveriam estar preocupadas;

Estava envergonhada de estar naquela situação. Justo eu;

Eu podia estar morta agora.

– O que você fez? - Indaguei, agora um pouco melhor pelo efeito do café.

– O cara estava te levando pra fora, não fiz nada de mais e pedi para que ele me entregasse você.

– Você não é muito á favor do diálogo - sorri, ao lembrar dos tempos em que ele partia pra cima de qualquer um que chegasse perto demais de mim - o que exatamente você fez? - Tobias deu de ombros.

– Só bati nele, ele saiu correndo e pude trazer você pra casa, já que não tenho ideia de onde você mora.

E se depender de mim nunca vai saber.....

Tobias tinha feito mais que um favor; ele havia mostrado que de algum modo tinha mudado e que não era o mesmo idiota. Se não fosse uma coisa, eu deixaria seu novo lado generoso passar.

– E quanto ao fato de eu acordar sem o meu vestido? - Falei curiosa.

Tobias engoliu em seco. Era óbvio que ele me devia sérias explicações.


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Notas finais do capítulo

E hoje eu tenho o direito de falar o quanto a Tris é maluca; e sobre o fato da Tris acordar sem o vestido? No próximo capítulo tem mais "explicações :3" Espero que tenham gostado do capítulo. Beijos