Uma Nova Chance escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 26
Á um passo I


Notas iniciais do capítulo

Voltei!! u.u
Serei breve: Obrigada pelos comentários e carinho de sempre! Não posso esquecer de dizer que vocês são DIVOS(as)
Outra coisa: dividi o final em 3 partes, sendo essa a primeira, para que não houvesse tantas falhas de coesão e para separar um período maior de tempo.
Capítulo dedicado á:
My, Rebecaisa, Carol Prior e Sammy! (E aos fantasminhas também, rs)
Boa Leitura



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Ao meu ver, a lista era infinita.

Ela ia desde um sacos de balas á balões gigantes no formato de princesas. Não que tais itens fossem necessariamente indispensáveis na festa da minha filha, no entanto, a opinião exagerada de Christina - com o apoio de Shaunna e Marlene - havia posto aqueles objetos e alimentos na minha lista meticulosamente organizada para que nada saísse errado no melhor dia de Ana Eaton.

 

4 pacotes de bala de goma

2 covers de Frozen

 

1 trono cor de rosa (com direto á diadema, cetro e soldados mirins de verdade)

 

300 lacinhos lilases para enfeitar os arredores da festa 1 bolo de chocolate com recheio de brigadeiro

 

Brioches - até você não querer mais

 

Descartáveis personalizados

 

Cupcakes

 

 

E a lista seguia desse modo. Obviamente, o que o que eu achava indispensável estava contida nela. Mas não em grandes proporções.

— Mamãe! - Ana deu um gritinho, correndo na minha direção. - O papai quer me sujaaaaaaaaar.

Tirei os olhos do computador. Tobias a alcançou quando a mesma estava perto de atravessar a porta, pegou-a no colo e a sujou seu rosto com um spray de chantili.

— Você merece mocinha. Quem mandou pegar meu bolo de chocolate?

— Pa-ra, pa-pa-i - disse entre risos. - Eu vou - pegou chantili do seu rosto e lambuzou o de Tobias. - comer todo o seu bo-lo!

Levantei discretamente e peguei o spray que Tobias tinha jogando no chão. Joguei um punhado na minha mão e caminhei lentamente com as mãos para trás até eles.

— Ah, é? Vai comer tudo? È o que vamos...

O surpreendi lambuzando sua nuca e em seguida todo o seu cabelo, rindo.

Meus pensamentos voaram para o dia emocionante da festa.

Ana estava vestida de "fada princesa do bolo". A fantasia continha uma saia repleta de babados rosa que ia até os joelhos, sapatinhas de verniz e uma coroa no topo na cabeça. E para completar o visual, a parte de cima da roupa era composta por imagens de cupcakes e asinhas coloridas.

À pedido dela, eu tinha aderido ao engraçado e vestido um longo vestido azul, e com uma ajuda muito bem vinda de Susan, fizera uma trança como a da protagonista do filme que minha filha era fanática. Tobias também não saíra ileso e estava perfeito dentro de belos trajes reais, o peito com medalhas decorativas e uma coroa na cabeça.

Tudo estava saindo como o planejado. O Jardim da xácara que Tobias passava as férias algumas vezes estava repleto de rosa, os não muito convidados conversavam entrosadamente e pareciam se divertir tanto quanto as crianças que corriam e brincavam pelo gramado bem aparado.

Estávamos felizes e o tempo corria na velocidade da luz. 

— Papai, pega esse aqui pra mim?

Ana apontou para um livro na estante do escritório de Tobias.

— Qual, esse? - ele levantou de sua poltrona e pegou nossa filha no colo para que ela escolhesse. - Você não vai gostar, querida.

— Eu vou sim! - leu com dificuldade a contracapa e sua testa se enrugou. - O que é antecedentes?

Eu ri e permiti que meu namorado lhe explicasse. A porta se abriu num rompante e nos assustou.

— Eu disse que a sua entrada não estava permitida, senhorita Molly! - a voz de Cara soou.

— Dane-se! Eu tenho que... - as palavras morreram em sua boca ao ver Tobias com Ana no colo. Mas ela logo se recompôs. -Meu querido! - caminhou até ele. - Há tempos não me procura, o que houve? 

Ana enroscou os braços no pescoço do pai e fitou a intrusa.

— E quem é essa? Suas novas modelos? O gosto daqui caiu bastante, embora a menina não seja tão ruim assim - disse desgostosa.

Apertei a agenda em minha mão com força.

— Se eu não a procurei, foi porque não tinha mais interesse.

— Mas como não?! Não se lembra o quanto nos damos bem em absolutamente tudo?

Ela mordeu o lábio. Vaca!

— O que é absolutamente, papai?

Molly franziu o cenho.

— Então quer dizer que adotou essa coisa? Compreendo. Se o problema for esse, não se preocupe, sou ótima com crianças. - fingiu uma cara inocente. Vaca de novo! - Oi menininha, você é muito linda, sabia? - fez uma voz infantil. - Se seu papai deixar, serei sua mamãe.

— Eu já tenho uma mamãe.

Fui ao encontro da minha filha e Tobias a passou para os meus braços.

— E eu ficaria grata - ressaltei. - Se você se retirasse o quanto antes daqui, Molly.

— Ah! - exprimiu os olhos - Agora eu lembro de você. A moça da festa. Humm. Não pense que Tobias é do tipo que vai te dar uma chance, mães solteiras não servem para nada.

— A questão é  - Tobias dobrou os braços, irritado. - Nem eu nem Beatrice estamos livres. - Ergueu a mão onde um anel de compromisso jazia. - Dê o fora daqui. Por bem ou por mal.

Molly bateu o pé.

— Está me trocando por uma mulher que carrega um fardo?! Temos uma história juntos!

— Não, não temos não. Cara, por favor, chame os seguranças.

Cara, que observava silenciosamente o desenrolar da confusão balançou a cabeça e saiu apressadamente da sala. Seu olhar torto não mais era dirigido á mim, o que ela sentia era apenas ciúmes, pelo menos fora isso que ela admitira em nossa conversa há alguns dias atrás.

— Você é um idiota se acha que irei deixar que essa intrometida vai tirá-lo de mim! Você é meu e de mais ninguém.

O que se seguiu não me surpreendeu. Os seguranças subiram e Molly foi expulsa para nunca mais voltar e podíamos desfrutar das nossas férias sem preocupações. As lembranças desagradáveis de Molly haviam esvaindo-se e a realidade do mar e da areia vieram com força, junto com o apitar insistente do celular.

— È ela novamente?

Tobias assentiu.

— Já trocou de chip?

— Duas vezes.

Mordi o lábio e dei de ombros.

— Já pensou em mandá-la para bem longe como fez com o Eric? - sugeri.

— Estou procurando meios de enviar essa louca, perseguidora e maníaca para fora da minha vida, de preferência, para o outro lado do mundo.

Tobias bufou e segurei seu rosto com minhas mãos, fazendo com que nossos narizes se tocassem.

— Mande deixá-la na floresta da Amazônia, ouvi falar que algumas áreas de lá são bem perigosas e certamente ideias para pessoas pertinentes como Molly.

— Você tem razão, amor. E tem também a La isla de La Munecas, as Catacumbas de Paris, o Body Farm e...

— Credo. Vocês estão muito macabros hoje - Christina disse, sorvendo em seguida um gole de seu suco - acompanhado da versão mini de um guarda chuva colorido.

Prosseguiu:

— Assim vocês me dão ânsia de vômito. Seria mais romântico se estivessem fazendo aquelas declarações do casalzinho chiclete ali - apontou para Zeke e Shaunna, ela sobre o colo dele, trocando beijos.

— Fugimos do original - falei.

Chris seguiu seu caminho até a outra espreguiçadeira e sentou ao lado de Will, que logo se prontificou para ajudá-la a sentar. De acordo com ele, minha amiga não podia - de forma alguma, independentemente da hora, dia ou ocasião - fazer esforço embora ela não tivesse ultrapassado os três meses de gestação e tivesse uma barriga não tão proeminente.

Eu tinha descoberto que não tinha nada melhor que férias depois de voltar á carga horária cansativa de trabalho. Meu corpo mais parecia uma lata velha e outro motivo bastante plausível para querer minhas semanas fora do escritório era poder estar com meu namorado e meus amigos. Poderiam ser férias completas se minha filha não tivesse me trocado pelos avós e resolvido ficar no hotel apenas uma semana. 

— Você nunca me disse a razão de ter tantas amigas.

Indaguei á Tobias. Perguntas sem sentido saiam com frequência quando eu estava ao seu lado.

— Por que essa pergunta ciumenta á essa hora da manhã?

— Já são - peguei seu pulso e verifiquei as horas no rolex - quase três horas da tarde, Tobias. E você ainda não respondeu minha pergunta.

Ele sacudiu a cabeça em concordância, dobrou os braços atrás da cabeça depois de me puxar para ele e recostou-se na cadeira de praia.

— Bem - começou. Ergui minha cabeça e o apreciei de olhos fechados, esperando uma resposta.

Suspirou pesadamente

— Enfim, na época não sabia, mas agora entendo: eu queria encontrar uma garota parecida ou igual á você.

Fiquei segundos com a boca aberta e em seguida o beijei rapidamente. Seus orbes azuis me fitaram por um longo instante e seus lábios se abriram num sorriso cativante. O tipo de sorriso que eu iria ver para o resto da minha vida, todas as manhãs e noites.

— Ainda bem que não há ninguém que possa te substituir. Estou louco para te ver de branco, sabia?

Demonstrei da melhor forma possível o meu contentamento com suas palavras  e me aconcheguei ao seu lado. Eu também estava mais que eufórica para atravessar a porta da igreja.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Vou me esforçar para a parte II vir o mais rápido possível!
Casameeeeeeeeeeento ♥